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Relatos de Extensão 2023: Patrimônio histórico



Número: 053499

Nome do projeto: Patrimônio histórico cultural, memória, educação e preservação

Coordenação: Maria Medianeira Padoin

Objetivo geral: Propiciar ações de extensão que envolvam especialmente acadêmicos e servidores da UFSM e a comunidade regional, com o fim de colaborar efetivamente na preservação, valorização, divulgação da memória e do patrimônio, como fator e instrumento/política educacional de desenvolvimento regional e de valorização e preservação da cultura

Linhas de extensão: Patrimônio cultural

Período de realização: 01/02/2020 a 31/01/2025

ODS: 04

Desde 2015 o Programa de Extensão atua na promoção da preservação, valorização e divulgação do patrimônio e memória das regiões da Quarta Colônia, Bagé e Rivera/Uruguai. Coordenado pela docente do Departamento de História, Maria Medianeira Padoin, a ação é composta por docentes e discentes de graduação e pós-graduação das áreas de História,  Arquivologia e Museologia. Em 2021 a iniciativa recebeu o prêmio “Buena práctica distinguida en el eje Gestión Cultural do Observatório Ciudad-Universidad” vinculado a Mercocidades pela Asociación De Universidades Grupo Montevideo (AUGM).  Segundo Medianeira, foram realizadas diversas ações desde o surgimento do projeto, que visam a “criação de uma cultura política pela importância de preservar também a memória documental, como a fotográfica, os arquivos administrativos, e arquivos/acervos privados das famílias”.

Por meio das ações em diversas regiões dentro e fora do país, o projeto colabora com a preservação efetiva do patrimônio e da memória, junto à comunidade regional, e com o envolvimento de acadêmicos e servidores da Universidade. “O projeto contribui ao colaborar na preservação da memória e mostrar a importância de um trabalho qualificado”, afirma a docente.


São João do Polêsine

A iniciativa começou a atender o município em 2015, a partir da demanda da Prefeitura pela organização do acervo de arquivos públicos. Segundo Medianeira, o projeto realiza capacitações para gestores públicos do município para, assim, auxiliar na criação de um arquivo institucionalizado. “O município vai ser o primeiro que vai ter um arquivo histórico público”, afirma a coordenadora. Durante a pandemia o programa desenvolveu a reconstituição da história de emancipação do município, foram recolhidos depoimentos por meio de entrevistas online com as famílias mais antigas que participaram desse processo, além de entrevistas com produtoras de artesanato e da comida tradicional, onde foram registrados os depoimentos e publicado uma cartilha com a síntese do conteúdo.


Quarta Colônia 

O projeto também realiza ações em diversos municípios da Quarta Colônia, em parceria com o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Quarta Colônia (CONDESUS). A docente Maria Medianeira já realizava ações no município de Nova Palma desde os anos 90, por conta da demanda observada e requerida pela prefeitura e pelo Centro de Pesquisas Genealógica (CPG). De acordo com Medianeira, na região não existe ainda uma organização própria e institucionalizada para arquivos públicos e históricos, por isso são importantes as atividades tanto de preservação direta dos acervos, capacitação e sensibilização para políticas de profissionalização e preservação. “A gente começou a trabalhar com os prefeitos do Condesus, e demonstrar para eles o que é um arquivo público e histórico que preserva adequadamente não só o acervo administrativo, mas também aqueles acervos das pessoas da comunidade”, disponibilizando para a pesquisa. Outras parcerias incluem: o trabalho com o Centro de Pesquisas Genealógicas de Nova Palma (CPG), que é um dos maiores acervos sobre imigração do Estado; e com a cidade de Faxinal do Soturno, em que foi reorganizado o Museu Fotográfico Irmão Ademar da Rocha. O trabalho realizado na Quarta Colônia também foi levado para eventos e oficinas na Espanha e em Portugal, em 2018 e 2019. Junto a este Programa,  ocorreram ainda as iniciativas de Educação Patrimonial no período da Pandemia, junto às Secretarias de Educação e Cultura, que contou com a parceria e apoio financeiro do então aspirante Geoparque Quarta Colônia da Unesco.


Bagé e Uruguai (Rivera)

A cidade de Bagé, por meio da Secretaria de Cultura e do Museu Dom Diogo, solicitou o apoio para a  criação de um arquivo histórico municipal. Desta forma, a docente Maria Medianeira e os docentes Luciana Brito e Jorge Alberto Cruz, por meio do Programa, promoveram qualificações de profissionais para o trabalho na preservação de acervos. Em 2019 a ação promoveu um ciclo de palestras ministrados por  discentes ou egressos de mestrado e doutorado do curso de História e Patrimônio Cultural da UFSM, demonstrando resultados de pesquisas nos acervos de Bagé. Além de apoiarem a organização de documentos do acervo do século XIX, doados pela família de Joca Tavares para o acervo público da cidade, no qual a docente Fernanda Pedrazzi e o doutorando Gustavo Andrade atuaram. O  Programa também tem seus desdobramentos junto ao Museu Patrimônio Regional de Rivera, organizando eventos de grupos de pesquisa e promovendo ações para colaborar na conservação do acervo. Segundo Medianeira, o Museu de Rivera recebeu o acervo das famílias brasileiras após o fechamento do museu de Livramento. “Encontramos quase 4.000 fotografias da revolução federalista e da revolução de 1923, e de outros momentos da história regional da fronteira. Nós passamos uma semana no mês de junho com discentes da História e de Arquivologia, fazendo o levantamento do material para a pesquisa. Também colaboramos na identificação e adequação das condições de preservação de algumas fotografias”, conta a coordenadora.

 

A iniciativa oportunizou o levantamento de problemas das cidades, o que gerou a produção de cartilhas, capacitação para ações de preservação de arquivos, e outros projetos vinculados, principalmente por meio de editais internos do Programa Institucional do Geoparque Quarta Colônia. Maria Medianeira explica que a importância do projeto está no auxílio para os municípios criarem seus arquivos históricos e para a preservação da memória das regiões, oportunizando a produção de conhecimento e pesquisas. “Pretendemos continuar com a questão da preservação e essa prática de uma educação patrimonial, que leve a consciência e a responsabilidade na gestão e na formação dos cidadãos”, conta a docente. 

Texto: Giulia Maffi e Júlia Almeida

Ilustração: Samuel Teixeira

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