O Seminário Integrador promovido em parceria entre o PPGEPT (Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica), o PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) Química e o PIBID Educação Especial reforçou a urgência de discutir a inclusão nos processos de formação docente. A atividade, que reuniu estudantes da graduação e da pós-graduação, teve como objetivo central refletir sobre práticas pedagógicas mais humanas e inclusivas, a partir da escuta de pessoas com deficiência (PCD) e da vivência concreta nas escolas.
A professora Cláudia Barin, uma das organizadoras do evento, destaca que a escolha da temática surgiu das inquietações trazidas pelos próprios estudantes do PIBID, ao relatarem desafios que observam no cotidiano escolar. “Como posso propor uma ação mais inclusiva? O que devo fazer para auxiliar alunos com deficiência?” Essas foram algumas das perguntas que motivaram a realização do seminário.

Fortalecendo Vínculos e Saberes para uma Educação mais Inclusiva
A proposta, construída em diálogo entre as professoras Cláudia Barin (PIBID Química) e Sabrina (PIBID Educação Especial), encontrou no PPGEPT um espaço fértil para ampliar a abordagem sobre inclusão. Segundo a professora Claudia, a parceria fortalece os vínculos entre graduação e pós-graduação, promovendo uma troca de saberes que enriquece ambos os níveis de formação. “Aproximar esses sujeitos amplia a construção de um fazer pedagógico mais inclusivo e humano”, afirma.
Um dos pontos altos do evento foi a escuta ativa de estudantes com deficiência, convidados a compartilhar suas trajetórias até a universidade, os obstáculos enfrentados e as estratégias que facilitaram seu percurso acadêmico. “Nada melhor que alguém em seu lugar de fala para nos ajudar a compreender as demandas da inclusão, para além das adaptações arquitetônicas”, ressalta a docente.

A professora Cláudia Barin acredita que a universidade tem papel fundamental na promoção de debates sobre inclusão e diversidade. “A UFSM já proporciona espaços de formação sobre essa temática, mas esse processo será realmente efetivo quando toda a comunidade acadêmica se comprometer com um fazer pedagógico inclusivo, não para o mero cumprimento da legislação, mas por uma verdadeira transformação dos espaços de ensino, pesquisa e extensão das universidades.”
A realização do seminário não pretendeu encerrar o debate, mas sim ampliá-lo, criando oportunidades para que professores em formação e em exercício repensem suas práticas à luz das experiências compartilhadas. “Acredito que todos saíram do evento tocados, pensando em como construir ambientes mais acolhedores e inclusivos”, conclui a professora.