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Poéticas fronteiriças, a narrativa brasileira contemporânea

Técnico-Científicos Publicado: 11 agosto 2021 - 20:56 Última modificação: 17 agosto 2021 - 23:15 Ouvir

Google Meet - Santa Maria

24/08/2021 18:00 - 01/09/2021 19:00

Descrição

131º SEMINÁRIO DE ESTUDOS AVANÇADOS

Título: Poéticas fronteiriças, a narrativa brasileira contemporânea
Palestrante: Prof. Dr. Ilse M. R. Vivian

Mais informações: https://drive.google.com/file/d/1FriiAiXyDD1d_fjHGba45F-0rqEKLib8/view?usp=sharin

Ementa:  A disseminação de textos que se caracterizam pela construção de memória marca visivelmente o campo literário brasileiro das últimas décadas. A avalanche de narrativas pessoais, que se afirmam como testemunhos do passado, coincide com a renovação temática e metodológica realizada por diversas áreas do conhecimento, como a Sociologia da Cultura, os Estudos Culturais, a Filosofia e a História. A literatura brasileira contemporânea tem sido espaço de expressão dos trânsitos operados nos processos culturais e na composição das alteridades, questionando, dentre outras formas, a neutralidade e a universalidade dos saberes consagrados pela modernidade. As narrativas que põe em concorrência a memória e a história no percurso de uma vida, ao mesmo tempo que reivindicam direitos à lembrança, instauram uma enunciação que só pode se cumprir pela singularidade da experiência, matéria que, pelos desdobramentos narrativos, adquire valor por ser construída em comunidade.

A realização do trajeto de reconstituição da própria vida e a ordenação da matéria vivida implicam, portanto, os deslocamentos temporais e espaciais, os quais, ao oferecerem uma visão prismática e plural que problematiza e põe em relação presente e passado, impedem tanto a objetivação quanto a subjetivação das imagens. A personagem, como lugar de articulação e negociação entre distintos territórios culturais, emerge como campo de coexistências.  As perspectivas por essa via de observação permitem a formulação do ser como continuum que, confrontando a dualidade eu/outro, escapa às fronteiras epistemológicas que têm por base a fixação das identidades e cerceamento de seus sentidos, “conceito fechado de diáspora que se apoia sobre uma concepção binária de diferença” (HALL, 2003).

Se, como bem constatou Walter Benjamin (1994), o discurso histórico sempre esteve sob o controle de uma visão que se quer única, produzindo bens culturais para a padronização, o discurso poético contemporâneo, a contrapelo, tem reunido vozes que, a partir de histórias localizadas, de espaços fronteiriços, manifestam a recusa a fundamentações essencialistas e/ou naturalizadas pelo projeto político e epistêmico da modernidade/colonialidade. A des/re/territorialização dos espaços discursivos, a transgressão e/ou subversão das fronteiras entre realidade e ficção, a transposição dos limites entre interioridade e exterioridade, as formas de dessubjetivação, por meio das continuidades e descontinuidades na construção das imagens são alguns dos mecanismos engendrados pelas narrativas na construção dos questionamentos sobre as origens e a finitude, sobre raça, gênero, etnias, nacionalidades e cosmologias, colocando em xeque noções basilares do mundo moderno, como a centralidade e o valor do conhecimento racional e suas conexões por causalidades. Essas questões serão temas do presente seminário, que objetiva, à luz dos Estudos Decoloniais, examinar e debater as estruturas e os efeitos projetados pela narrativa literária brasileira produzida nas últimas décadas.

Datas: 24, 25 e 31 de agosto e 01 de setembro.

Horário: das 18h às 19h.

Plataforma: Google Meet

Inscrições: https://docs.google.com/…/1mTpuEBHGVwx6bTqP0bXrSeX…/edit

Carga Horária: 16 horas.

Programação

PROGRAMA

Unidade I: Pontos de origem da estética decolonial
Noções que fundamentam as epistemologias decoloniais;
A opção decolonial, aesthesis, conhecimento e arte;
Cruzando as fronteiras dos realismos, as estruturas narrativas de O inventário das coisas ausentes (2014) e de A noite da espera (2017).

Unidade II: Memórias migratórias
As articulações de saberes e lugares;
A geopolítica do corpo e a historicidade da voz: nada belo, nada bom, nada apropriado;
As transposições espaço-temporais em Hanoi (2013) A noite da espera (2017).

Unidade III: Imagem, memória e modernidade, perspectivas outras
Da modernidade visual ao sentir na pele, os sentidos da decolonialidade;
A interculturalidade e as matrizes local/global, pensadores da terra e da água;
Geografias da experiência, Becos da memória (2017) e Torto arado (2019).

Contato

Via email.

ppgletras@ufsm.br

Localização

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