Na última terça-feira, 2 de novembro, faleceu em São Paulo o artista plástico roraimense Jaider Esbell. Além do trabalho artístico marcado pela causa Macuxi, sua comunidade de origem e a curadoria, Esbell era um grande ativista da causa indígena, atuando como uma figura importante na Arte Indígena Contemporânea (AIC). Suas obras estão em exposição desde setembro de 2021 na mostra Moquém_Surarî: arte indígena contemporânea (da qual ele também era curador) no Museu de Arte Moderna de São Paulo, e na 34ª Bienal de São Paulo, na qual Esbell é um dos principais artistas.
Jaider Esbell foi um personagem marcante na história da política de acervos do Laboratório Corpus e do Centro de Documentação e Memória. Além do depoimento emocionante dado pelo artista sobre a importância da Profa. Neusa Carson nos estudos relacionados à língua Macuxi (na época da exposição Neusa Carson: Língua e Memória, organizada pelo Laboratório Corpus em 2013), Esbell publicou também o livro Memória e cultura Macuxi, organizado por Simone Oliveira e Verli Petri, em parceria com o Laboratório Corpus e o Programa de Pós-Graduação em Letras, em 2014.
A equipe do Laboratório Corpus lamenta profundamente a perda, e deseja forças aos familiares e amigos do artista.