Ir para o conteúdo Revista Arco Ir para o menu Revista Arco Ir para a busca no site Revista Arco Ir para o rodapé Revista Arco
  • Acessibilidade
  • Sítios da UFSM
  • Área restrita

Aviso de Conectividade Saber Mais

Início do conteúdo

Baratas resistem à radiação? Mito ou verdade?

A ideia de que, no fim, só sobrarão as baratas não é bem assim...



Os insetos estão por toda a parte. Estima-se que eles já tenham ultrapassado o número de seres humanos, ainda que apenas uma pequena parte das espécies – entre cinco e dez milhões – tenha sido catalogada. Entre os mais conhecidos, estão as baratas. Além de causar medo e nojo em muitos, e indiferença em outros, esses insetos envolvem mitos.

 

Um deles defende que as baratas são extremamente resistentes à radiação e, por isso, no fim do mundo, sobrariam apenas elas. A afirmação surgiu a partir de observações acerca dos bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em 1945. Segundo as especulações, as baratas resistiram por mais tempo à exposição radioativa do que os seres humanos.

No entanto, a professora Andressa Paladini, do Departamento de Ecologia e Evolução do Centro de Ciências Naturais e Exatas da UFSM, explica que tudo depende do nível de radiação. “Nos casos de Hiroshima e Nagasaki, ainda que muitos insetos tenham sobrevivido, aqueles que estavam no raio de ação das bombas não aguentaram e morreram”, comenta a professora, derrubando o mito da total resistência das baratas. 

 

Recentemente, o programa MythBusters: Os Caçadores de Mitos, do Discovery Channel, testou a resistência das baratas à radiação em três níveis: ao serem submetidas a mil rads – unidade de medida da radiação -, 10% das baratas morreram; a 10 mil, mais da metade não suportou; por fim, a 100 mil rads, nenhuma sobreviveu.

 

Segundo Andressa, é possível afirmar que os insetos são de três a cinco vezes mais resistentes do que os seres humanos, já que as lesões celulares neles acontecem de maneira mais lenta. Além disso, os insetos têm o esqueleto conhecido por exoesqueleto, que funcionam como se fosse uma armadura de proteção contra intempéries e radiação. 

 

Barata de Madagascar

 

Os machos da espécie emitem sons que se assemelham ao do chocalho de uma cascavel. Denominadas cientificamente por Gromphadorhina portentosa, habitam o solo de florestas e se escondem entre troncos. Também conhecidas como “assobiadoras” devido ao ar advindo dos espiráculos, é considerada a maior espécie de baratas em tamanho do planeta, medindo entre 5 a 8 cm.

Confira, abaixo, um carrossel de imagens de outros insetos estudados pela professora Andressa:

Repórteres: Andressa Motter e Camila Oliveira, acadêmicas de Jornalismo

Fotógrafo: Rafael Happke

Editor: Maurício Dias, jornalista

Divulgue este conteúdo:
https://ufsm.br/r-601-5960

Publicações Relacionadas

Publicações Recentes