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Carta da Editora

Por Luciane Treulieb



Tanto a ciência quanto o jornalismo têm como essência a curiosidade. A rotina dos repórteres, assim como o universo dos cientistas, inicia com pontos de interrogação e termina em textos repletos de novas informações. Mas, por exemplo, enquanto os cientistas falam em escopolamina, os jornalistas precisam explicar aos leitores que essa é uma droga proveniente de uma planta alucinógena. Quando os cientistas citam as bolhas de cavitação, os repórteres precisam deixar claro que elas são gotículas de gás que surgem de maneira dissolvida no meio líquido. Os dois casos – o texto científico e a reportagem – diferem quanto ao propósito da escrita, e, sendo assim, também são distintos os públicos a que se destina a informação e a linguagem que deve ser usada para que a comunicação se efetue.

Buscando atrair mais pessoas para o universo científico, em outubro de 2013, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) abriu um espaço no seu portal on-line destinado especialmente à popularização da ciência. Estão disponibilizados ali, por exemplo, entrevistas, fotos e vídeos produzidos pelo próprio CNPq ou por pesquisadores e instituições por ele apoiados. Ao oferecer a possibilidade de “linkar” a população leiga ao mundo muitas vezes considerado inacessível de cientistas e pesquisadores, o órgão também está dando a chance para que parte da comunidade, talvez sem contato prévio com o universo científico, revele um gosto pela ciência até então desconhecido. Também divulgados nesta parte do portal do CNPq, museus interativos, olimpíadas científicas e feiras de ciências são algumas formas atrativas, divertidas e desafiadoras de conquistar novos “curtidores” para o mundo científico e, ainda, para descobrir novos talentos para a área da pesquisa.

A revista Arco se inclui nessa empreitada da popularização da ciência através da divulgação científica. Entendemos que a ciência deve ser mostrada como algo próximo do dia a dia da população, e essa ideia nos guia a cada edição na seleção das pautas. É importante que escolas e universidades eduquem os alunos para dialogar e, através de esforço intelectual, buscar soluções para todo tipo de inquietações, desde questões simples do cotidiano até temas complexos da realidade que precisam ser estudados de forma mais rigorosa. Práticas como perguntar, observar, experimentar, acertar e errar, comuns à rotina dos cientistas, precisam ser incentivadas a serem desenvolvidas por jovens e crianças.

A divulgação científica possibilita que os saberes alcançados no ambiente acadêmico cheguem a diversos públicos e se torna, desse modo, uma contribuição social que o meio universitário presta à sociedade. Uma forma de os pesquisadores da nossa Universidade contribuírem para que a popularização da ciência se efetive é divulgar o que vem sendo produzido dentro dos seus laboratórios. Cenário promissor contra o Alzheimer, uma das matérias desta edição, nasceu assim: da vontade do pesquisador de mostrar ao público o trabalho que vem desenvolvendo.

A influência da ação humana na natureza e a maneira como isso afeta o desenvolvimento social e econômico de qualquer país estão cada vez mais atreladas ao conhecimento científico e tecnológico desenvolvido nacionalmente. Novos temas de pesquisa surgem nesse contexto e são pautas de debate na sociedade. Nessa conjuntura, a sustentabilidade virou o assunto do nosso Dossiê, enfocando as pesquisas desenvolvidas na UFSM que buscam formas de melhor aproveitar os recursos naturais, gerando menos impactos ambientais, e a futura aplicação prática dessas pesquisas, na construção de moradias sustentáveis. Esperamos que as matérias desta edição da Arco despertem o interesse dos leitores e os façam refletir e questionar sobre o mundo que nos cerca. Boa leitura!

Editora-chefe da revista Arco: Luciane Treulieb

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