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Ideia que ilumina

Luminária feita com LEDs oferece vantagens à iluminação pública



O resultado salta aos olhos: uma luminária de eficácia elevada, com alto índice de reprodução de cores e que pode ter vida útil de até 10 anos. O Grupo de Estudos e Desenvolvimento de Reatores Eletrônicos (Gedre) da UFSM é o responsável por desenvolver esse projeto, pioneiro no Brasil. A luminária foi feita a partir de diodos emissores de luz (LEDs), dispositivos que apresentam diversas vantagens para a iluminação (veja quadro).

A concepção da luminária surgiu em 2011, como parte da dissertação intitulada Metodologia de Projeto Eletrotérmico de LEDs aplicada ao desenvolvimento de Sistemas de Iluminação Pública, que tinha por objetivo investigar as características de operação do LED sob diferentes temperaturas. O doutorando em Engenharia Elétrica Vitor Cristiano Bender, que desenvolveu a proposta, explica que, desde o final dos anos de 1990, os LEDs deixaram de ser utilizados apenas como sinalizadores em aparelhos eletroeletrônicos e começaram a apresentar potencial para uso em iluminação. Isso fez com que a potência dos dispositivos aumentasse para terem a capacidade de produzir mais luz. No entanto, com a potência, aumentou também a temperatura, o que acarretou na redução do fluxo luminoso e até mesmo na falha do LED.

A grande sacada do projeto desenvolvido na UFSM foi justamente buscar entender a interação entre corrente elétrica, temperatura e fluxo luminoso, resolvendo o problema e permitindo a criação de uma luminária que tivesse garantidas todas as vantagens que os LEDs apresentam para a iluminação. Além do gerenciamento térmico, o projeto destaca-se pela otimização fotométrica da luminária, com o direcionamento da luz produzida para a direção desejada, que, no caso da iluminação pública, são as vias, evitando que a luz seja direcionada para casas e edifícios.

Já o circuito eletrônico que aciona os LEDs da luminária possibilita o uso racional da energia elétrica. Estima-se que a luminária proposta proporcione uma redução de 25% no consumo de energia elétrica na faixa de potência em que opera, podendo a redução ser ainda maior quando a tecnologia for aplicada em outras potências. Atualmente, dos cerca de 15 milhões de pontos de iluminação pública instalados no Brasil, 63% são com lâmpadas de vapor de sódio (HPS), que consomem mais energia.

Outro diferencial é que o modelo de luminária proposto cumpre com as normas vigentes quanto à manutenção e operação do sistema. Ao contrário de outros modelos, a luminária desenvolvida pelo Gedre apresenta um invólucro totalmente em alumínio, para otimizar a dissipação do calor e evitar a injeção de água, dejetos de pássaros e poeira nas aletas do dissipador e nos LEDs.

A luminária foi finalizada em julho de 2012, depois de cerca de um ano de experimentos, e desde então tem sido utilizada como mostruário dos projetos desenvolvidos pelo grupo, além de servir como base de resultados experimentais para o desenvolvimento de artigos científicos. Uma patente do projeto foi requerida e está em processo de concessão. Caso haja interesse de órgãos de financiamento público ou privado, o projeto poderá ser industrializado e até aplicado a outras potências de luminárias.

Repórter: Ricardo Bonfanti

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