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Mais do que brincar, aprender

Em meio à difícil rotina de tratamento do câncer infantil, existe um projeto que estimula não só a brincar, mas também a superar barreiras



Ser diagnosticado com uma doença, por mais fácil que seja a cura, sempre nos deixa em alerta. Quando se trata de uma criança e a doença em questão é o câncer, a preocupação é ainda maior. Com um tratamento longo e contínuo, a presença nos espaços hospitalares é constante, tanto para os familiares quanto para as crianças e adolescentes. De forma quase instantânea, altera-se a rotina e, com ela, os hábitos. No entanto, o entendimento e a adaptação a esse processo não ocorrem no mesmo ritmo. Estar em um tratamento como esse não precisa significar, porém, o afastamento da infância.

Foi pensando nessas questões que nasceu, em 2008, o projeto Estimular Brincando, do curso de Desenho Industrial. A professora Fabiane Vieira Romano, coordenadora do projeto, conta que, na época, foi procurada pelas alunas Danieli Nejeliski, Eliana Paula Calegari e Roseane Santos Silva para “começar um trabalho relacionado ao design social, que estivesse ligado ao caráter da pesquisa, mas também da extensão”.

No início, foram desenvolvidos brinquedos adaptados para pessoas com necessidades especiais, com enfoque na Escola Antônio Francisco Lisboa. Posteriormente, a ideia seguiu com a atuação no Núcleo de Educação Infantil Ipê Amarelo, da UFSM. Já os trabalhos atuais são direcionados ao Centro de Tratamento da Criança e do Adolescente com Câncer (CTCriaC), do Hospital Universitário de Santa Maria, e à Turma do Ique, um espaço de assistência à criança e ao adolescente em tratamento de câncer.

Com a chegada do projeto nos dois espaços voltados a crianças e adolescentes com câncer, iniciou-se uma parceria com a graduação de Terapia Ocupacional. Desde então, a professora Amara Holanda e alunos do curso também ajudam a fazer com que o Estimular Brincando melhore a rotina dos pequenos, através do desenvolvimento de brinquedos e mecanismos diferenciados. É o exemplo dos dedoches, diversos fantoches que representam cada um dos profissionais que passam a fazer parte da rotina das crianças. Outra ferramenta criada foi um calendário personalizado, que auxilia, principalmente, aqueles que permanecem longos períodos hospitalizados. Para a professora Amara, as crianças acabam perdendo a noção de tempo dentro do hospital, pois é um lugar que “sempre tem luz acesa, barulho e um dia é muito parecido com o outro. Com o calendário eles conseguem marcar, com os adesivos, o dia da consulta, de tomar o remédio, da visita. É uma forma de organizar o dia a dia e fazer uma conexão com esse tempo que é daqui de fora”.

A professora Fabiane destaca que, “quando a gente fala em estimular brincando não é só para fazer brinquedos, por isso houve uma evolução no projeto. Percebemos que também é possível estimular, de forma lúdica, para a compreensão do tratamento, para uma alimentação melhor…” Podem ser ações simples, mas que ajudam a percorrer um caminho que é desafiador.

Fotografia: Pedro Porto

Fotografia: Pedro Porto
Repórter: Daniela Pin Menegazzo
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