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Movimentos da singularidade

Formandas do curso de Dança Bacharelado repensam o corpo como forma de expressão



As expressões corporais artísticas são capazes de contar histórias através das lembranças e emoções, tanto dos artistas quanto do público. Na UFSM, essa interação entre artistas e plateia é colocada em prática em cursos como o de Dança-Bacharelado, no qual uma das etapas necessárias para a conclusão é a apresentação de um espetáculo. Nas noites dos dias 9, 10 e 11 de outubro foi levado ao público o resultado do processo de criação chamado COISAS VELADAS que abrem BRECHAS para o ENCONTRO dos CAMINHOS QUE HABITO com orientação e direção do professor Flávio Campos e performance pelas bailarinas e formandas Joana Fernandes, Letícia Nascimento Gomes, Mylena Moreira e Sariana Lima.

As palavras em maiúsculo do nome do espetáculo fazem referência ao solo (dança individual) de cada dançarina. As células, como são chamadas a criação dos solos, foram pensadas durante o Trabalho de Conclusão de Curso 1. Entre as provocações que moveram esse projeto estava o questionamento feito pelo professor Flávio:  “qual era o corpo que ocupava, ou ainda, que entrava e saia deste antes, durante e depois da graduação em dança?”. No meio do ano, o solo culminou em um projeto individual que foi chamado de “pretexto de estudo” e apresentado ao público.

Segundo o professor, o objetivo principal do processo é que cada dançarina entre em contato com aquilo que é mais significativo em relação à expressividade e aos sentidos individuais. As bailarinas são incentivadas a pensar sobre aspectos do corpo antes, durante e depois dessa experiência em formação de dança. Esse processo possui uma trajetória muito além da execução, pois possui uma abordagem integrativa que associa conteúdos e aspectos sociais, culturais, emocionais, políticos e históricos, além de vivências fora e dentro da Universidade.

Com a afirmação de que “não se faz arte sozinho”, o professor Flávio ressalta a importância e o feitio da integração entre os cursos. Para criar a apresentação, colaboraram acadêmicos de Terapia Ocupacional, Música, Artes Visuais, Licenciatura em Dança, colegas do Laboratório EspaçoCorpo, entre outros acadêmicos de dança. O figurino, o cenário e a música foram pensados no processo de criação e surgiram a partir disso com a colaboração do coletivo, nada foi trazido de fora da instituição.

COISAS VELADAS que abrem BRECHAS para o ENCONTRO dos CAMINHOS QUE HABITO fala sobre o universo de quatro mulheres e o momento em que esses universos se cruzam, se afastam e se conectam. A apresentação é organizada por momentos distintos na estrutura cênica e no clima da trilha. Para a dançarina Letícia Nascimento Gomes, a realização do espetáculo e a produção foi muito intensa: “Trabalhamos numa perspectiva de dança que acolhe as singularidades, circunstâncias cotidianas, emocionais, sensoriais e experiências de cada indivíduo, sendo isso tudo material para trabalho”.

Para o diretor da apresentação, “A dança pode ser um encontro consigo mesmo, e por isso faz o outro se sentir junto, afetando este outro, seja na empatia ou na rejeição”, o que, segundo ele, enriquece a trajetória das dançarinas e do público. Nesse sentido, Mylena Moreira, uma das formandas, revela que, a partir do espetáculo, teve a certeza de estar no caminho certo: “cada dia de apresentação uma sensação diferente tomava conta de mim. Cada uma na sua particularidade, me contemplava e afirmava dentro de mim o porquê de eu estar aqui, fazendo isso e dançando isso”.

Reportagem: Mirella Joels, acadêmica de Jornalismo

Edição: Luciane Treulieb

Fotografia: Rafael Happke

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