Em 2021, o estudo World Scientists’ Warning of a Climate Emergency (Aviso dos Cientistas Mundiais sobre a Emergência Climática, em português), publicado na Revista BioScience, decretou que o estado de emergência climática é a nova realidade social. Ondas de calor, secas, inundações, furacões, tempestades e incêndios florestais são exemplos das consequências extremas das mudanças climáticas, ocasionadas pela ação do ser humano.
O aumento da frequência e da intensidade dos eventos climáticos extremos afetam muitas dimensões da vida humana, animal e ambiental. Esses fatores provocam o aceleramento das mudanças climáticas, que, por sua vez, prejudicam a produção agrícola e animal, a segurança alimentar, a renda e o bem-estar das famílias. Também aumentam a migração forçada, principalmente com origem nos locais mais afetados pela aceleração do fenômeno: países que são menos desenvolvidos e mais pobres economicamente. Outro fator que está relacionado à temática é o aumento de
pragas e doenças infecciosas como consequência da degradação ambiental e, inclusive, o aparecimento de novas epidemias e pandemias com mais frequência. Os últimos relatórios emitidos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) – organização científico-tecnológica criada no âmbito das Nações Unidas – apontam tais fatores como importantes alertas sobre a mudança do clima.
Nesta edição da Revista Arco, as mudanças climáticas são discutidas a partir dos eixos da segurança alimentar, dos fluxos migratórios e dos impactos na saúde. Neste dossiê, você vai adentrar na discussão que permeia todas as esferas sociais e conhecer pesquisas e iniciativas de cientistas e pesquisadores da UFSM que buscam mitigar prejuízos e refletir sobre a problemática.