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O Espaço é o limite

Acadêmicos do curso de engenharia aeroespacial da UFSM são selecionados para curso de Tecnologias Espaciais do Futuro e experimentos do Espaço, em Samara, na Rússia



Não é somente em época de Copa do Mundo que brasileiros viajam à Rússia. O país, que também é uma da grandes potências mundiais no setor tecnológico, avivou, desde a eclosão da Guerra Fria, seu interesse pelo setor aeroespacial. A partir das competências e conhecimentos adquiridos ao longo dos anos, as instituições de ensino superior da Rússia aproveitam para oportunizar a outras nações o acesso a informações mais amplas em relação às Tecnologias Espaciais. Um exemplo é o curso ofertado na escola de verão da Universidade Aeroespacial de Samara (SGAU), chamado Tecnologias Espaciais do Futuro e Experimentos no Espaço, para a qual, neste ano, foram classificados os acadêmicos do curso de Engenharia Aeroespacial da UFSM Wilcker Neuwald Schinestzki, José Carlos Ignacio Gonçalves Zart e Lorenzzo Quevedo Mantovani.

 

 

O curso é coorganizado pelo Centro Espacial, pelo Rocket TsSKB-Progress e pela Academia Russa de Ciências Espaciais. As aulas são ministradas em inglês, contando com a participação de estudantes de graduação e pós-graduação pertencentes a diferentes áreas, como engenharia aeronáutica, tecnologia da informação, telecomunicações, eletrônica, astrofísica, engenharia aeroespacial e mecatrônica. No local, as abordagens de estudo são diversas, indo da geração de nanossatélites ao movimento relacionado no espaço (voo de formação).

 

Antes de irem para Samara, os acadêmicos da UFSM passaram por uma seleção, que consistiu, primeiramente, na análise dos currículos, com intermediação da Alar – Faculdades Russas, organização mediadora da ida dos educandos para o território eurásico. Já no curso, na Rússia, os participantes foram divididos em quatro grupos e tiveram que desenvolver um nanossatélite para uma possível missão de resgate de um astronauta. Wilcker conta que ele e seus colegas, José e Lorenzzo, voluntariaram-se para participarem do grupo 1. “A missão nos chamou a atenção por ser bastante desafiadora, visto que é algo que, até onde sabemos, nunca foi colocado em prática. Ao final do projeto, cada grupo teve que apresentar e defender o seu projeto para uma banca de professores e profissionais, respondendo às perguntas realizadas no final da apresentação”, explica o aluno. No local, os jovens participaram de palestras sobre tecnologias avançadas de nanossatélites, design, navegação e controle. Além disso, eles receberam  treinamentos referentes ao emprego de alguns aplicativos, a partir dos quais são construídos nanossatélites e subsistemas eletrônicos.

 

 

No ano passado, o também acadêmico do curso de Engenharia Aeroespacial Gabriel de Jesus Coelho da Silva foi chamado para o mesmo curso, além de outros sete brasileiros. Na época, a formação foi dedicada ao aniversário de 60 anos do lançamento da Sputnik 1 missão que enviou o primeiro satélite artificial da Terra – e aos 75 anos da Universidade de Samara.   

 

 

 

Adaptação

 

Samara – conhecida como Kuibyshev de 1935 a 1991 – é a 6ª maior cidade russa, situada na parte sudeste da Rússia Europeia, na ligação dos rios Volga e Samara. Seu território abrange 46.597 hectares, com população de 1.164.685 habitantes, de acordo com o censo de 2010. Em 2018, o local foi sede da Copa do Mundo, com a Cosmos Arena.

 

Lorenzzo indica ter se adaptado bem à cidade. “Samara é muito bonita, e tem grande história no setor Aeroespacial, então está sendo uma ótima experiência. A universidade possui uma boa infraestrutura e bons professores, além de museus, laboratórios e salas de aula bem equipadas. Para se adaptar à alimentação que demora um pouco”, lamenta.

 

 

Wilcker Neuwald Schinestzki (E), Lorenzzo Quevedo Mantovani e José Carlos Ignacio Gonçalves Zart, junto ao aluno representante da Universidade Federal do ABC (UFABC), de São Paulo, que também participa do curso, na Rússia

Uma das dificuldades admitidas pelo estudante José é o idioma. “É um pouco difícil, pois não domino o idioma russo, porém, com a internet, é possível utilizar os tradutores para realizar a comunicação”, admite. Na Rússia, a maioria das pessoas não têm domínio do idioma inglês, o que se tornou uma dificuldade para os jovens de Santa Maria. Mas isso parece ser apenas um detalhe, como expressa José, especialmente pelos pontos turísticos que conheceram. “Existem lugares muito bonitos aqui. Conhecemos um museu militar em Toliatti – cidade cerca de 20km de Samara – onde eles tinham vários modelos de aviões de caça, bombardeiros, mísseis, blindados e um submarino gigantesco, todos utilizados nas duas guerras. Também visitamos um vilarejo próximo à Samara, onde conhecemos as montanhas Zhiguli, um lugar muito bonito”, comenta.

 

A conclusão do curso ocorreu no dia 31 de agosto.  

 

 

Reportagem: Guilherme de Vargas, acadêmico de Jornalismo

Edição: Andressa Motter, acadêmica de Jornalismo

Ilustração: Lidiane Castagna, acadêmica de Desenho Industrial

Fotografia: arquivo pessoal

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