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O patinho roqueiro

Por Maicon Molinari dos Santos*



Era uma vez um patinho chamado Tom. Ele usava óculos que o tornavam feio, e por isso seus amigos o chamavam de “Patinho Quatro Olhos”. Tom morava com o seu pai, pois sua mãe foi morta por caçadores.

Tom adorava ficar no Facebook, mas seu pai, que era um grande cisne, não gostava da ideia de seu filho ficar 24 horas em frente ao computador. Tom achava que porque tinha tudo o que queria deveria só curtir a vida.

Mas a sorte do patinho começou a virar contra ele. Já que seu pai estava ficando muito velho para trabalhar, queria que seu filho fizesse isso por ele. Entretanto, Tom não queria trabalhar, ele gostava da vida que tinha no Facebook. Ali ninguém o chamava por apelidos ofensivos. Então seu pai falou que se Tom não fosse trabalhar ele seria expulso de casa. Mesmo assim o patinho não foi. Então foi expulso de casa.

Sem saber o que fazer, o patinho andou pelas ruas da cidade, sem rumo, até que esbarrou em um pato maior que ele. Esse pato, que se chamava Diego, disse que tinha uma banda. Logo eles viraram amigos. Conversaram tanto que nem perceberam que estava escurecendo. Então, Diego chamou Tom para ir dormir em sua casa, porque Diego viu que Tom poderia ser um grande amigo e contribuir na banda.

Enquanto isso, a situação do pai de Tom não estava nada bem, pois estava acabando o dinheiro e sem dinheiro ele não poderia comprar alimento. O pai de Tom estava com muitas saudades do filho, mas não podia chamá-lo de volta, se não Tom nunca aprenderia a lição e voltaria a ficar 24 horas no Facebook.

Tom e Diego estavam só de curtição. Até que Diego apresentou sua banda para o patinho, os “Linkin Patos”. Tom achou demais!

Diego perguntou:

– E você Tom, toca algum instrumento?

– Eu me amarro em tocar guitarra. Desde pequeno aprendi e faço mó sonzera!

– Mazaaa, que fera! Tu não quer participar do Linkin Patos? Estamos precisando mesmo de um guitarrista!

É claro que Tom aceitou na hora. Além de gostar de tocar guitarra, Tom estava fazendo um amigo que nem tinha ligado se ele usava óculos ou não.

Logo os Linkin Patos ficaram famosos e começaram a ganhar muito dinheiro, enquanto o pai de Tom estava doente e sem alimento. Até que um dia, o pai do patinho foi ver como era o Facebook e viu um vídeo da banda na rede. Reconheceu seu filho na hora. No final do vídeo aparecia o número de contato. Imediatamente o pai ligou para o filho. Marcaram de se encontrar em uma hora.

Pai e filho se encontraram na hora e no local marcado. Tiveram uma longa conversa e Tom aceitou voltar para casa. Mas claro que Tom continuou na banda e seu pai, agora que tinha um filho rico, passava o dia no Facebook divulgando os shows da banda do filho.

Assim, o pai do Tom melhorou de saúde, Tom mostrou aos seus amigos que não fazia diferença nenhuma usar ou não óculos.

O filho aprendeu que trabalhar pode ser divertido, que também é uma maneira de “curtir a vida”, e o pai aprendeu que deve ter outras medidas para educar seu filho e jamais expulsá-lo de casa.

*Maicon Molinari dos Santos participou do Ateliê de Textos em 2013, quando cursava a 7ª série da Escola Estadual Professora Celina de Moraes. O Ateliê de Textos é um projeto de ensino e extensão coordenado pela professora Cristiane Fuzer, do Departamento de Letras Vernáculas da UFSM. Entre as atividades desenvolvidas pelo projeto, está a reinvenção de contos fantásticos a partir de clássicos da literatura infanto-juvenil.

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