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A escrita como arte

Oficina de caligrafia experimental foi a primeira do Projeto Líquen



De lápis e canetas para telas e teclados. Com o aumento do acesso a tecnologia, as crianças aprendem cada vez mais cedo a escrever no teclado – muitas vezes antes ainda da escrita manual. A escrita cursiva (com letras emendadas umas nas outras) virou facultativa em 2011 no estado de Indiana, nos Estados Unidos, que recomendou que a escrita em teclados de computador fosse ensinada nas escolas. A tendência é evidente: a escrita manual está ficando para trás quando o assunto é utilidade.

 

Em contrapartida, a escrita ganha um tratamento mais artístico na caligrafia. A palavra vem do grego kalli, que significa beleza, e graphia, que significa escrita – a arte de escrever belas letras. Muito explorada por designers, a área estuda a letra em toda sua forma: hastes, traços, e toda sua estrutura. O trabalho é manual, o que proporciona o desenvolvimento dos gestos e a expressão da personalidade de quem escreve.

 

 

É através da caligrafia que Shaiani Duarte, graduada em Desenho Industrial pela UFSM, busca reconectar as pessoas com a arte da escrita cursiva. A designer desenvolveu uma oficina de Caligrafia Experimental em que pessoas sem qualquer contato com as técnicas do desenho aprendem a produzir a sua própria pena – caneta própria para o desenho da letra – e fazem os primeiros traços, criando as formas de suas próprias fontes.

 

O que Shaiani espera é que cada vez mais a escrita seja tratada como arte, e ela realmente acredita que a caligrafia vem ganhando espaço no universo artístico. “Trabalhar o manual antes do digital proporciona ver o objeto de uma maneira mais ampla, trazer algo mais gestual e muito da personalidade do artista. Tanto na caligrafia quanto na ilustração é visível o trabalho fica único”, afirma.

 

Projeto Líquen

A primeira oficina de Caligrafia Experimental aconteceu em Santa Maria, no dia dois de abril. O conhecido Boteco do Rosário recebeu os 22 oficineiros, de  diversas áreas de atuação, que conheceram um pouco mais sobre a arte das letras. Também estiveram presentes no evento o Physalis Estúdio, vendendo sketchbooks artesanais, e a Lorelai Lovely Baking, com tortas e cupcakes.

 

 

A oficina foi a primeira realizada pelo Líquen, projeto idealizado por Mariana Piccoli, professora do curso de Design da Unifra, que tem como objetivo oferecer um espaço de troca e especialização para os alunos fora da sala de aula. Piccoli conta que o Projeto Líquen nasceu em função da demanda dos alunos, interessados em áreas que não eram abordadas na grade curricular, mas foi expandida para a comunidade, de modo que os eventos oferecessem um espaço qualificado de aprendizado e trocas também para profissionais qualificados e o público interessado em aprender. “Além da faculdade, é uma oportunidade de aprender e ensinar algo. Por isso o termo Líquen, que é uma simbiose. Tem que ter a pessoa que ensina e a pessoa que aprende pra ele existir”.

 

O próximo projeto do Líquen acontece no próximo final de semana. O sábado (16 de abril) vai ser dedicado à oficina de maquiagem de drag queen, ministrada pela Eros Ariel, ou Ariel Barcelos, estudante de Desenho Industrial na UFSM e Drag Queen. O evento acontece no Espaço 42, localizado na Rua Coronel Niderauer, nº 1271, em Santa Maria. Para mais informações, consulte o evento e a página do Projeto no Facebook. Já estão programadas, também, oficinas de origami e modelagem em massa clay.

 

Reportagem: Daniela Sangalli e Nadine Kowaleski
Fotografias: Projeto Liquen

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