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Orquestra Sinfônica de Santa Maria comemora 55 anos de promoção da cultura e do ensino no interior gaúcho



Fundada em 1966 pelo maestro, compositor e professor Frederico Richter, a Orquestra Sinfônica de Santa Maria (OSSM) comemora, neste dia 07 de abril, 55 anos de atuação junto à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A Orquestra desenvolve suas atividades através da integração entre o Ensino Universitário e a Extensão Universitária, levando, ao público gaúcho, cultura e ensino nas suas apresentações. Os eventos artísticos promovidos pela OSSM perpassam diferentes formatos, apresentando e democratizando, ao público, apresentações de concertos, óperas, ballets, criações cênicas e apresentações de música popular, algumas delas em parceria com outras instituições culturais.

Além das atividades de Extensão Universitária promovidas pela OSSM, a Orquestra tem um papel de destaque no que se refere ao ensino da música de concerto. Através da parceria com os Cursos de Música da UFSM e de inserções didáticas na comunidade regional, a Orquestra é uma das poucas orquestras-escola estáveis na região sul do Brasil, oportunizando, assim, a formação de jovens instrumentistas de destaque no cenário nacional. Atualmente, a Orquestra Sinfônica de Santa Maria, vinculada à Pró-Reitoria de Extensão UFSM e apoiada pela fundação Associação Cultural OSSM, é formada por 48 musicistas, a maioria deles alunos bolsistas da UFSM, além de egressos dos cursos de Música, professores e colaboradores, que dão suporte ao funcionamento administrativo da orquestra.

Frederico Richter (fundador da OSSM), acompanhado do reitor da UFSM Paulo Burmann, do ex-regente Marco Antonio de Almeida Penna (a direita), do ex-regente Ênio Guerra e do atual regente João Batista Sartor (a esquerda)./Foto: Sérgio Marques

O maestro e atual diretor da Orquestra, professor João Batista Sartor, destaca que a OSSM vem desenvolvendo um importante trabalho na aproximação da sociedade e da produção artística desenvolvida pela UFSM. “A Orquestra tem um olhar especial para com a comunidade e a sua tradição cultural e musical. Tentamos, através da OSSM, aproximar a realidade musical da nossa comunidade por meio das parcerias. Pensamos em colocar Santa Maria dentro da Orquestra, democratizando a arte e mantendo um repertório executável e dentro dos quesitos artísticos”, comenta Sartor.

A Orquestra Sinfônica de Santa Maria também busca, para além do repertório da música de concerto, apresentar, ao público, outros gêneros musicais. Um exemplo dessa diversificação é o espetáculo “O Quebra Nozes”, de 2019, que trouxe, ao Centro de Convenções da UFSM – de forma gratuita -, um dos mais famosos clássicos mundiais. Apresentações de ópera, musicais e espetáculos com corais e artes circenses também integram o repertório da OSSM, dialogando com diferentes segmentos da sociedade regional.

“Outro olhar importante da OSSM é visando à ampliação dos endereços de concerto. Em 2019, realizamos concertos nos campi e em algumas cidades atendidas pelo Projeto Geoparques. Nosso objetivo é ampliar e manter essa participação dentro e fora do Rio Grande do Sul”, enfatiza o professor João Batista, ao lembrar dos espaços nos quais a Orquestra se apresenta. Além do Centro de Convenções da UFSM, sede da OSSM, a Orquestra apresenta-se em praças e em outros espaços públicos, objetivando incluir, na plateia, diferentes grupos sociais e que não tenham uma tradição de acompanhar a música de concerto.

Concerto da Orquestra no Centro de Convenções da UFSM./ Foto: Assessoria OSSM

Para a Coordenadora de Cultura e Arte da UFSM, professora Vera Lucia Portinho Vianna, a Orquestra Sinfônica de Santa Maria representa uma grande conquista não apenas para Santa Maria, mas para todo o estado do RS. “Formada dentro de uma instituição pública, como uma orquestra-escola, tem desenvolvido um papel importante na formação de estudantes, além de atuar na aproximação das pessoas e na promoção do acesso à música de concerto a todos os públicos”. A Coordenadora também destaca que a UFSM vem colaborando para que a OSSM esteja cada vez mais presente na vida dos espectadores que a acompanham, dando ânimo à vida cultural da comunidade.

“A OSSM tem um papel fundamental na democratização do acesso à cultura e à arte. Além disso, aproximar o conhecimento erudito do conhecimento popular faz com que as pessoas se sintam parte dessas atividades, garantindo o direito constitucional de acesso às manifestações artísticas e culturais. E, estando dentro da UFSM, a orquestra é um momento de aprendizado para os estudantes de Música, que conseguem fazer trocas com os profissionais que atuam dentro da OSSM. Essa troca é muito positiva, pois gera benefícios para todos os envolvidos, em especial para o público”, lembra o Pró-Reitor de Extensão da UFSM, Professor Flavi Ferreira Lisbôa Filho.

O principal esforço desempenhado pela Pró-Reitoria de Extensão UFSM é o de garantir e ampliar a atuação da Orquestra. Além de disponibilizar um novo espaço para servir de sede à OSSM (o Centro de Convenções), a PRE atua facilitando o intercâmbio cultural e democratizando a arte nas cidades que abrigam os campi da UFSM. “Desde 2018, a Orquestra vem ampliando as atividades culturais em todos os nossos campi, circulando por todas as cidades-sedes. Infelizmente, do ano passado para cá, não conseguimos dar continuidade a essa programação presencial”, ressalta Flavi.

A Orquestra Sinfônica de Santa Maria é um dos principais espaços de formação musical no interior gaúcho. Jamille Padoin, musicista e violinista da OSSM, destaca que a Orquestra é uma inspiração para ela, e que a atuação do grupo foi decisiva para a sua formação musical e humana. “A OSSM tem um papel que começa na formação de músicos dentro da UFSM, até chegar ao público e à comunidade, não somente levando a música de concerto – seu principal objetivo -, mas também carregando um compromisso social e cultural. Nesses tempos de pandemia, a Orquestra procurou manter o contato com o público de maneira incansável, mostrando a importância e a necessidade da música e das artes”, comenta a violinista.

Beatles in Concert, 2019. / Foto: Sérgio Fialho

Orquestra em tempos de pandemia

2020 foi um ano desafiador devido à pandemia de covid-19. Sem poder realizar os concertos presenciais, a Orquestra Sinfônica de Santa Maria precisou se reinventar, transpondo suas atividades para o ambiente digital. Um dos trabalhos de destaque foi o “Festival Online Vem Cantar com a Orquestra Sinfônica de Santa Maria”, que alcançou 600 mil views nas redes sociais. Em homenagem aos profissionais que atuam na linha de frente no combate ao novo coronavírus, a OSSM também produziu um vídeo especial, com a música “Here comes the sun”, da banda britânica The Beatles. Em 2021, a Orquestra lançou o vídeo “O Oboé de Gabriel”, com música de Ennio Morricone, em homenagem aos profissionais da área da saúde e às vítimas da covid-19.

“A inserção através das mídias busca atingir vários públicos e fortalecer parcerias, aproximando a OSSM da comunidade. É uma proposta importante, colocando a orquestra ao lado da comunidade”, lembra o maestro João Batista Sartor. A Orquestra Sinfônica de Santa Maria também desenvolveu atividades educativas, como a Plataforma Online de Ensino de Música, em parceria com a Associação Cultural Orquestra Sinfônica de Santa Maria; e o Café com Maestro, com convidados do cenário musical nacional, entrevistados pelo maestro Cláudio Ribeiro.

“Nós somos uma orquestra universitária e vamos tentar levar, à nossa comunidade, o maior alcance possível, intercambiando culturas com essas comunidades, ao mesmo tempo em que buscamos cooperações e termos de excelência artística e de ensino. É importante estar atento às inovações, às mudanças, à tecnologia, e sempre inovando. Porque a música, como era feita há 40 anos, está diferente, e o ensino também. O mundo mudou, e a OSSM deve acompanhar e inovar, adaptando-se às mudanças que estão sempre acontecendo de forma multifacetada”, finaliza Sartor.

Redação: Wellington Felipe Hack/PRE

Revisão: Erica Medeiros/PRE

Apoio: Fernanda Terres Halberstadt e Roberta Hoffmann/OSSM

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