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Dermeval Saviani convoca luta “coletiva e propositiva” pela Educação



Educador palestrou no dia 10 de outubro, no CT

Em palestra na tarde desta segunda-feira (10), no auditório do Centro de Tecnologia da UFSM, o educador e filósofo Dermeval Saviani convocou uma luta “coletiva e propositiva” pela Educação. Para o idealizador da Pedagogia Histórico-Crítica, o Brasil vive um momento de “retrocesso” com o surgimentos de propostas como o projeto Escola sem Partido e a PEC 241, que limita os gastos públicos.

Por mais de uma hora, o professor emérito da Universidade de Campinas (Unicamp) discursou para um auditório lotado de estudantes e professores. O pesquisador apresentou um panorama histórico sobre a escola e a educação formal para, em seguida, apontar os principais aspectos da crise política brasileira e seu impacto para a educação pública no país.

“Após os regimes autoritários das décadas de 1960 e 1980, começou-se a discutir o papel da escola no regime democrático e a recuperar o seu papel na formação para exercício da cidadania. Mas o atual governo tem tomado medidas, como o corte de orçamento, o fim da vinculação das receitas para educação e saúde e a proposta neoconservadora de reforma do ensino médio, que modifica agressivamente a LDB, que provocam o que eu chamo de assoreamento da educação”, pontuou Saviani.

O educador também criticou abertamente o projeto Escola sem Partido, que limita a autonomia de educadores nas salas de aula. O projeto, apelidado de “Lei da Mordaça”, já teve a relatoria definida na Câmara dos Deputados e vem sendo replicado em casas legislativas estaduais e municipais — o que, segundo Saviani, é inconstitucional. Por ser um projeto que modifica a Lei de Diretrizes de Base (LDB), a iniciativa só pode ser encaminhada pelo Congresso Nacional.

“Como pode ser um projeto de Escola sem Partido se há partidos ligados à direita apoiando o projeto, como PSC, PSDB e PP?”, alfinetou.

Ao final da palestra, Dermeval Saviani respondeu perguntas da plateia e convocou a formação de movimentos de resistência, como a divulgação de cartas de repúdio, mobilização nas casas legislativas e ocupação de escolas.

“São medidas que já funcionam. A ocupação das escolas é algo importante, pois é uma forma de mostrar que os estudantes não estão inertes à violação dos seus direitos, o que também mostra certo nível de politização dos jovens”, apontou.

 

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