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Relatos – Educar e Cuidar



A seguinte contribuição faz parte da iniciativa Educar e Cuidar [clique e saiba mais]
e é de inteira responsabilidade do autor do texto. Contribua você também!

12.08.2020

Por que tudo isso…? (Parte 7)

 

Divago e aclamo, vamos lá Rubem Alves! Recorro a obra “A Educação dos Sentidos – conversas sobre a aprendizagem e a vida” (2018) para que possamos novamente pensar: “Por que tudo isso…?”. Na Educação dos Sentidos I, a proposição do autor se dá no sentido de “o mundo do isso” e “o mundo do tu” e completa: “É tudo a mesma coisa”. Convida-nos a transitar pelo paraíso dos sonhos e dele desfrutar e realizar. Usa a inteligência, o desejo e o prazer como condutos para realizarmos nossos sonhos. Através desses condutos despertamos os sentidos – visão, audição, olfato, tato e gosto que, segundo ele, “são todos órgãos de fazer amor com o mundo, de ter prazer nele”. 

Novamente pergunto: “Por que tudo isso?” se somos puro sentido, somos pura interação, somos toque, somos abraço, somos aperto de mãos, somos afetos, somos escuta, somos corpo, somos arrepio, somos sensibilidade, somos olhar, respiro, transpiração. Necessitamos desse mundo para nele concretizar o sentido de nossa existência, permanência no outro e com o outro, com a natureza, com o ar, com a terra, com a água. Somos tudo isso e hoje, quase nada diante do inesperado, do incerto, do enigma que a natureza nos lançou. 

“Por que tudo isso?” completa a fase inicial da sua jornada estimando ter contribuído nesse e para esse tempo. Um tempo único. Um tempo singular e humanitário que cada um de nós poderá ter uma versão da sua temporalidade.



Graziela Franceschet Farias 
Professora do Departamento de Metodologia do Ensino/UFSM

 

Pandemia: A importância de (auto)refletir e cuidar da saúde mental

Andresa Kaspary Zwirtes – Acadêmica Curso de Pedagogia Diurno e integrante GeoIntegra/UFSM

Este relato tem como intenção apresentar um pouco de como está sendo este momento, nele vão estar anseios e medos, dúvidas e questionamentos, encontros e reencontros, momentos de reinvenção, de conhecer-se e ter empatia pelo outro. Acredito que, assim como eu, muitos de vocês estão passando ou já passaram por tudo isso.

Penso que todos já se perguntaram milhares de vezes: quem diria que 2020 seria assim?! Ninguém esperava! Sem dúvidas, um ano que entrou para a história da humanidade! E todos os planos que já havíamos feito para este ano? Planos para a faculdade, para o semestre que se iniciava, para a elaboração do trabalho de conclusão de curso, e, até mesmo, os planos do nosso primeiro dia de aula como universitários. Todos estes planos foram interrompidos de modo drástico para todos nós.

São questionamentos que passam inúmeras vezes em nossa mente. Mas, me pergunto, assim como todos nós: Como lidar com tudo isso que está acontecendo? De algum modo, nossa sanidade mental é afetada, pois estamos vendo milhares de pessoas vindo à óbito há cada dia que passa. Igualmente, estamos privados de sairmos de casa, de interagirmos com outras pessoas, de trocarmos carinhos, de vivermos à costumeira rotina. 

De fato, não é nada fácil para nenhum de nós! Toda forma de viver foi quebrada. Somos desafiados dia a dia à nos desafiarmos, à criamos novos meios de viver. Será que é doloroso? Para alguns sim. Para outros nem tanto. Por isso, devemos ter empatia ao próximo, visto que, nenhum de nós é capaz de saber a dor que o outro está passando. O que nos basta é sermos compreensíveis com o outro e com nós mesmos neste momento. 

Para finalizar este relato, quero que tirem um tempo para refletirem sobre tudo o que já viveram e estão vivendo. Que (re)considerem tudo o que já passaram. Que pensem nos momentos bons e ruins que este isolamento, que esta quarentena e o Covid-19 nos possibilitou, especialmente a mudança. Que pensem naqueles momentos em que muitas vezes achávamos que não conseguiríamos superar e, depois conseguimos. Com isso, aprendemos a sermos mais fortes. Lembre-se ainda que você não está sozinho(a).

Bom, finalizo deixando uma mensagem do monge Dalai Lama, para que possamos refletir e conectarmos energias positivas: Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver

Por mais complicado que pareça o momento, não desista! Acredite em dias melhores! Tenha empatia pelo outro, seja resiliente. Ame-se e sinta-se bem pela pessoa que és!

 

Quando isso irá acabar?

 

Gessica dos Santos – Acadêmica Curso de Pedagogia Noturno e integrante GeoIntegra/UFSM

 

A resposta que todos nós queríamos ouvir era LOGO. Porém, infelizmente, vivemos dias de incertezas, angústias e ansiedade. A minha rotina acadêmica hoje não é mais aquela de reclamar do ônibus lotado, dos vários trabalhos para apresentar na semana, do dia cansativo que tive. Morro de saudades das risadas com os colegas e até das brigas. 

E quem diria que as tão aclamadas atividades no ambiente de suporte Moodle passariam de 20% para 100%. Meu combustível diário era a UFSM, de segunda à sexta-feira, pois estava lá todas as manhãs e noites. 

A rotina era corrida e parar assim sem poder assimilar que uma quarentena não são quarenta dias causa tristeza, desânimo e todos aqueles sentimentos que eu sei que não são somente meus. Estamos em uma pandemia onde lutamos diariamente pela vida como se estivéssemos em uma guerra e o inimigo, além do vírus, está no desafio de manter senso de normalidade, otimizando o tempo com cursos online (para ACG), assistindo aulas no Moodle e mantendo cronogramas de atividades. 

Mas aí, sucedem-se dias não tão bons, que tu tentas produzir, mas não consegue. Liga a TV e a notícia é: muitas vidas que já se foram (bate um pavor)! Pessoas que desrespeitam decretos e o governo então, nem preciso mencionar, vem a indignação.

Mesmo que essa pandemia seja contida dentro de alguns meses (esperançosa), acredito que ela nos deixará um legado que vai conviver entre nós por anos. Mudará o modo como nos movemos, como construímos, como aprendemos e nos conectamos. Será impossível voltar à vida normal como se nada disso tivesse acontecido. Mas seguimos munidos de fé, amor, proteção e nos cuidando. Resiliência, força e positividade para os dias não tão bons. E para todos que estão se cuidando e fazendo tudo certinho, desejo muita saúde e boa sorte!

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