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Educar e Cuidar

A Comunidade do Centro de Educação tem se envolvido em diversas ações de apoio, de cuidado e de acolhimento aos acadêmicos, aos familiares, às crianças, aos professores da educação básica, entre outros, durante o período de isolamento social, necessário ao controle da pandemia da COVID 19, as quais, certamente, fortalecem a tríade formativa, ensino, pesquisa e extensão, ensejada pela UFSM.

A Direção do Centro de Educação optou por criar o espaço “Educar e Cuidar” para divulgação das diversas atividades que estão sendo realizadas pela Comunidade CE. 

Para divulgação de textos e vídeos educativos favor enviar para assessoriace@gmail.com.

Vídeos

Textos

Textos produzidos por alunos da Educação Especial-Diurno na disciplina Eja, ministrada pela professora Helenise Sangoi.

GRUPO MÃOS BILÍNGUES: POSSIBILIDADES FRENTE AO ENSINO  REMOTO 

Carmen Amanda Wandcheer Idalgo 

Acadêmica de Educação Especial 

Bolsista do projeto Mãos Bilíngues 

Com o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e,  principalmente, com a publicação do Decreto nº 5626/05, a oferta de educação  bilíngue passou a ser a diretriz que norteia os direitos dos alunos surdos, por  considerar essa educação fundamental para o exercício da cidadania. Logo, viu 

se a necessidade urgente de introduzir a prática da Língua de Sinais (LS) no  espaço das licenciaturas da comunidade universitária da UFSM e em escola de  ouvintes onde surdos estão incluídos.  

Até o ano de 2019 o Projeto de Extensão “Grupo: Mãos Bilíngues” era,  então, o responsável por introduzir o aprendizado da Língua de Sinais aos  alunos/as dos anos iniciais das escolas parceiras. O projeto divide-se em dois  momentos.  

No primeiro momento utiliza-se a glosa (tradução da língua oral para a  estrutura da língua sinalizada) de canções selecionadas com a finalidade de  viabilizar a prática da Língua de Sinais para acadêmicos/as ouvintes da UFSM.  As glosas das canções escolhidas são todas preparadas e ensinadas por uma  professora surda juntamente com os/as participantes do grupo. 

O segundo momento é destinado ao aprendizado da LIBRAS aos alunos  ouvintes dos anos iniciais das escolas municipais e/ou estaduais. Porém, em  virtude da pandemia do vírus Covid-19 e a necessidade do isolamento social, o  projeto necessitou passar por readequações conforme as recomendações da  Comissão de Biossegurança da UFSM.  

A partir de agosto de 2020, o projeto vem sendo executado semanalmente  por meio de encontros virtuais, através da plataforma de videoconferência  “Google Meet”. Estes encontros mantém a proposta do primeiro momento,  idealizado pelo grupo Mãos Bilíngues, ou seja, a preparação da glosa de músicas 

infantis e, a continuidade ao aprendizado da Libras pelos acadêmicos/as  ouvintes e, também pelos professores/as ouvintes das escolas parceiras do  projeto. No entanto, para manter o distanciamento social, as escolas  permanecem fechadas garantindo a segurança da comunidade escolar.  

O segundo momento do projeto, então, precisou ter outro foco. Visto que  o deslocamento do Grupo até a escola é inviável, apenas professores/as  participam, de forma remota, do projeto. Sendo assim, o projeto Mãos Bilíngues  continua oferecendo subsídios para desenvolver a prática e fluência da LIBRAS  no contexto acadêmico da UFSM, assim como o aprendizado da Língua de  Sinais aos professores das escolas parceiras.

Pandemia, Educação e a possibilidade de se (re)construir.

No início do ano de 2020 fomos surpreendidos pela chegada do coronavírus que causa uma doença chamada Covid-19. Cujo, é transmitido através do contato próximo ou de uma pessoa doente para outra, sendo assim, a transmissão ocorre por meio toque do aperto de mãos contaminadas, tosse, espirro e entre outros.


Provocando diferentes sintomas, tais como, tosse, febre, dor de garganta e dificuldade para respirar. Contudo, é importante ressaltar que nem sempre as pessoas infectadas apresentarão sintomas, tendo como denominação “pessoas assintomáticas”. Assim sendo, todas as questões abordadas anteriormente resultaram em uma pandemia, na qual compreende-se que é quando uma nova doença afeta e se espalha por diferentes regiões, causando um descontrole na velocidade em que essa doença se transmite, gerando um grande surto.


Dessa forma, surgiu a necessidade de pensar em estratégias de cuidados em relação a saúde, destacando então, a importância do isolamento e distanciamento social, que tem como objetivo a diminuição de interação entre as pessoas de uma comunidade, visando amenizar a velocidade de transmissão da doença.


Adentrando nesse assunto, é de grande relevância pensar em como os educadores e as instituições de ensino estão (re)adaptando-se para ministrar e planejar metodologias pedagógicas através do ensino remoto. Visto que essa nova realidade exige mais demandas do que no presencial, tanto pela questão de tornar o conhecimento acessível a todos os estudantes, dado que, os alunos estão inseridos em diferentes realidades e contextos sociais.


À vista disso, uma estratégia metodológica interessante de realizar tanto no ensino remoto quanto no ensino presencial, é disponibilizar um objeto de estudo, que pode ser representado em forma de um filme, uma música ou algum objeto que contém na casa dos estudantes e a partir disso, produzir um slide interativo que contenha os conteúdos que a professora tem intuito de trabalhar.


Para que essas dinâmicas se tornem acessíveis e agradáveis durante o processo de ensino e aprendizagem, é interessante planejá-las com base na aula expositiva dialogada, cujo, caracteriza-se pela exposição de conteúdos com a participação ativa dos estudantes, considerando o conhecimento prévio dos alunos, e o professor tendo como função a mediação para que os aprendizes questionem, interpretem por meio do objeto de estudo. Sendo assim, a Pandemia trouxe a possibilidade de se (re)construir enquanto ser professor e ser estudante, pelo fato de sair a zona de conforto e se dispôr (re)inventar ideias, planejamentos e se (re)organizar com o objetivo de propiciar um ensino qualidade e que realmente estimule o estudante a aprender.

Educação e Saúde Mental: os dois parâmetros mais afetados na Pandemia?

Em um ano marcado por um vírus que se disseminou pelo mundo fazendo com que as pessoas ficassem isoladas em suas casas e sendo submetidas a realizarem todas as atividades de forma remota, o questionamento que fica é: “a educação e a saúde mental foram os dois parâmetros mais afetados durante a Pandemia?”.


Em março de 2020, quando tudo parou e fomos obrigados a ficar em casa, tivemos que realizar todas as atividades do dia a dia à distância e conseguir lidar com toda a demanda que nos foi ofertada. Na educação não foi diferente. Todas as aulas, trabalhos e cursos que eram presenciais foram oferecidos de forma remota em todo o país. 

Logo no início do ensino remoto, muitos alunos, assim como professores, ficaram perdidos sobre como tudo iria funcionar. Os alunos por não saberem se iriam conseguir suprir a demanda a qual lhes seria dada, e os professores por não possuírem um bom conhecimento sobre as plataformas digitais. Sem muitas explicações,
os docentes tiveram que aprender a lidar com sites e com as demais tecnologias sem nenhum tipo de suporte. Os discentes, por sua vez, começaram a ficar sobrecarregados e não conseguiram enfrentar muito bem as tarefas.


De acordo com experiências de pessoas próximas, pude ver de perto o quanto a pandemia afetou a saúde mental. Todos os dias eram milhares de notícias sobre a Covid e muitas demandas da faculdade, e isso acabou afetando o estado físico e mental dessas pessoas. O físico devido às noites de insônia em como e quando tudo iria acabar, o que afetava o desempenho no dia seguinte. Já o estado mental foi afetado por inúmeras inquietações, o medo de contrair a doença, a pressão das atividades acadêmicas, etc. Devido isso, essas pessoas tiveram que procurar por apoio psicológico, onde puderam entender melhor os seus limites.


Diante do exposto, é possível afirmar que a educação e a saúde mental, tanto de alunos quanto de professores, foram afetadas por esse fenômeno que parou o mundo. Creio que daqui para frente, continuando ou não o ensino de forma remota, as instituições devem preocupar-se cada vez mais com a qualidade de ensino oferecida, e, também, com a saúde mental de alunos e professores, para que no futuro possamos ter pessoas com maior qualidade de vida para lidar com momentos históricos como este.

Ensino Remoto: e agora?

Descaso. Preocupação. Insegurança. Inquietação. Estes são alguns dos efeitos gerados pelo ensino remoto. Infelizmente, a COVID-19 vem impactando diversas áreas da sociedade. Dentre estas áreas atingidas, além da saúde e economia, está a educação, que desde o início da pandemia está enfrentando diversos obstáculos para buscar formas e meios de conduzir o ensino da melhor maneira possível, mesmo diante das dificuldades encontradas neste período.


É perceptível que no momento vivenciado o ensino remoto tem sido um assunto de extrema relevância. Entretanto, nem sempre essa forma de ensinar é vista e valorizada de maneira adequada, considerando que diversos alunos e professores estão tendo dificuldades significativas para ter acesso a esse tipo de ensino e acabam não recebendo nenhum apoio ou assistência que possibilite e/ou facilite este acesso.


O fato de o ensino remoto estar sendo percebido com tão pouca importância e desconsideração desencadeia muitas preocupações, inquietações e inseguranças. Tal fato gera estes desassossegos porque todos foram surpreendidos com essa situação e buscou-se no ensino remoto uma forma rápida de continuar os processos de ensino e aprendizagem.

Entretanto, percebe-se que esse ensino vem se mostrando cada vez mais desafiador para professores e alunos em função de muitos aspectos que o envolvem, como por exemplo, o distanciamento, o acesso a internet, a motivação, o despreparo e o desconhecimento de métodos e estratégias de ensino e aprendizagem a distância,
considerando que o ensino remoto, ao contrário do que muitos pensam, não é apenas ensino através da tela de um computador. Essa forma de ensinar diz respeito a (re)invertar-se e desafiar-se diariamente para tornar esse processo mais leve e tranquilo diante da situação vivenciada.


Destaca-se então, a necessidade de que se tenha um olhar mais específico para estas questões do ensino remoto, buscando meios de proporcionar o acesso e a permanência dos alunos neste tipo de ensino.
Para que isso de fato aconteça, é importante que sejam elaborados programas e ações que contemplem e amparem o ensino remoto. Dessa forma, teremos um processo de ensino e aprendizagem que atenda a
todos e todas, valorizando a equidade.

Atualmente a educação está enfrentando sérias dificuldades, independente de qual for seu nível, seja, infantil, fundamental, médio e/ou graduação. Todos estes, e demais, estão enfrentando uma série de conflitos para readaptar seus processos de ensino e aprendizagens por conta da COVID 19. Essa realidade fez todos reorganizar suas rotinas, aprender a estudar de um modo, que talvez nunca fosse cogitado, ou seja, a educação a distância. O ensino remoto acaba sendo algo muito distante da realidade brasileira, por isso, falar de um ensino remoto no Brasil gera bastante polêmica, uma vez que, parte dos estudantes não possuem os recursos necessários para as aulas online.


É de suma importância citar que, a educação a distância se torna um novo desafio para os estudantes, aprender a modificar sua rotina, estudar sem sair de casa, sem possuir o contato de professores, colegas, amigos e de se deslocar até a instituição, são grandes hábitos que fazem parte do alunado e que de imediato, foram quebrados. Com o tempo, a educação a distância acaba fazendo parte da nova configuração de aprendizagem do estudante, sendo ela positiva ou negativa.


Como já mencionado, são incontáveis fatores que nos fazem dependentes desse novo ensino, como: o contexto sócio cultural que o indivíduo está inserido, o acesso à internet que muitas vezes acaba dificultando a aprendizagem do aluno. De imediato, isso se interliga com a motivação dos estudantes para realizar as atividades escolares em casa, pois em tempos de educação a distância a internet se torna uma aliada para os estudos, e logo pode haver grandes dificuldades de estabelecer uma rotina de aprendizagem em casa, sendo que o aluno precisa de um grande esforço para aprender e gerenciar o tempo dentro de casa.


Enfim, são diversos impactos que a pandemia está proporcionando aos estudantes, no entanto, com algumas ações e planejamentos, é possível possuir uma boa educação regular e profissionalizante. Apesar desses inúmeros desafios do ensino a distância durante a pandemia da Covid-19, aos poucos os professores, alunos e familiares conseguem adaptar-se à realidade, promovendo uma troca de aprendizagens satisfatória.

Com a pandemia do coronavírus e o isolamento social, assuntos como doenças mentais vieram mais a tona. As pessoas como consequência do isolamento começaram a sentir falta do contato humano e de suas rotinas, além da piora diária da pandemia, que cada vez mais causa mortes, que abalam o psicológico de todos.


As doenças mentais que eram vistas como “frescura” até um tempo atrás, estão se tornando cada vez mais comuns nos dias atuais. Com essa quebra de “tabus”, a saúde mental tem se tornado um assunto decorrente em diversos espaços.


De acordo com Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) a um aumento nos sintomas de depressão e ansiedade em diversos países. E com a pandemia houve uma diminuição dos serviços ofertados para a saúde mental, o que prejudicou ainda mais a situação.


Mas como contornar essa situação? O que pode ser feito para melhorar a saúde mental das pessoas, tendo em vista o isolamento social causado pela pandemia do coronavírus, sem que coloque vidas em risco de contagio?


Essas perguntas, entre outras tem sido feitas cada vez com mais frequência e servem para nós refletirmos sobre os cuidados que devemos ter com nós mesmos e com as demais pessoas.


Já que, no contexto atual tem sido cada vez mais difícil conseguir o apoio de profissionais capacitados, devemos tentar nos prevenir dessas doenças, para que assim mantermos nossa saúde mental em dia. Coisas como praticar exercícios físicos e manter hábitos saudáveis, podem ajudar a manter a saúde mental de forma adequada, porém sempre lembrando de tomar todas as precauções e cuidados para não se contaminar com a COVID-19.


Preste atenção nos seus familiares e pessoas que convivem com você, note se ele/a tem estado meio para “baixo” nos últimos dias, se estão mais agitados, ou qualquer outro comportamento que tenha mudado nos últimos tempos, prestem atenção nas pessoas ao seu redor. Saúde mental não é brincadeira, e doenças mentais não são frescura.

Aulas remotas e educação a distância são necessárias para dar continuidade ao ano letivo em meio às restrições impostas pela pandemia de covid-19. Com a suspensão das aulas presenciais, o Ministério da Educação autorizou as aulas online e as atividades remotas. A medida abrange universidades, faculdades e escolas.

Escolhi esse assunto por ser muito importante e atual, e também por abranger muitos desafios. Desafios tanto para os professores como para os alunos em diversos contextos. Não é nada fácil para os professores darem suas aulas de forma online, muitos tem dificuldades com as tecnologias e assim em organizar as suas aulas, e principalmente a questão da internet, que afeta professores e alunos, pelo fato de não ser boa o suficiente, ou não ter.

A educação a distância não se limita somente a tecnologia, mas também está relacionada com a saúde mental, já que a educação foi uma das áreas mais afetadas pelo covid-19. Deveria ter um suporte psicológico ofertado aos professores e alunos, pois só quem está em função da educação a distância, sabe o quanto está sendo difícil e muitas vezes desmotivador, colocando assim em risco a aprendizagem.

Já que o ensino remoto é uma realidade entre nós, acredito e defendo em diferentes maneiras de estímulos para que esse ensino realmente aconteça, como materiais mais lúdicos e diversificados, vídeos animados explicativos, dinâmicas, isso são apenas exemplos de diversos trabalhos que podem serem criados, pois não adianta se falar em aulas online e elas não acontecerem, com alunos desmotivados, cansados, sem vontade de ligarem suas câmeras e participarem, sem vontade de fazerem os trabalhos propostos (não generalizando, mas sabemos que essa é a realidade de muitos).

Também acredito ser importante ressaltar sobre a participação da família, que é uma das peças chave, para que os alunos e professores saibam que tem com quem contar, com quem pedir ajudada quando se sentir abalado, com dificuldades, e principalmente para contar assuntos positivos. O apoio de quem amamos e convivemos é essencial.

A questão é que fomos todos pegos de surpresa e a comunidade teve que se adequar na medida do possível. Sabemos que o ensino nunca mais voltará a ser o que era antes, pois nos libertamos das paredes da sala de aula e descobrimos um mundo de oportunidades. Os professores vivenciaram novas ferramentas de ensinar e os estudantes de aprender dentro de suas possibilidades.

Muitos eram os planos para 2020. Porém, um vírus mortal tomou conta rapidamente de várias partes do mundo inteiro, afetando diversas áreas da sociedade. Assim, com este alerta mundial de incertezas por causa do novo coronavírus ninguém está imune, mas alguns grupos serão mais vulneráveis a ele, podendo levar a
consequências fatais. Desse modo, medidas restritivas foram impostas para amenizar o alto risco de contágio.

Neste período delicado e atípico a pandemia está modificando a maneira como nos relacionamos com os outros, com o mundo e com nós mesmos o que era entendido por “normal” virou inviável enquanto isso, estamos seguindo algumas normas de convívio e higiene, buscando assim minimizar os efeitos e perdas de entes queridos ou de desconhecidos.

Assim sendo, foi necessário permanecer por longos e incansáveis meses em isolamento social, os sorrisos encobertos por máscaras, os apertos de mãos substituídos por muito álcool em gel, os beijos e os abraços por chamadas de vídeo e longas conversas virtuais na intensão de diminuir a saudade, as escolas e universidades passaram-se fechadas e as aulas presenciais substituídas por muitos encontros online, as viagens desmarcadas, as fronteiras fechadas, trabalhos remotos, o desemprego atormentando milhares de famílias, as ruas ficaram vazias e os hospitais lotados, os pequenos ou grandes planos adiados e as rotinas reorganizadas na medida do possível.

Desse modo, é imprescindível desacelerar e refletir não existe ninguém melhor que ninguém, não importa se você é rico milionário ou podre, se é alto ou baixo, gordo ou magro, se tem carro do ano ou uma mansão para morar, o que existe é uma sociedade lutando dia após dia contra um inimigo invisível no qual, está evidenciando, que não importa se você está em um país que impera pobreza ou em um de primeiro mundo, pois está assolando tanto de um, quanto de outro.

Portanto, é evidente que vida é insubstituível e muito valiosa em situações como essa, podemos aproveitar para ampliar nosso olhar e trazer novos significados para a maneira como agimos, pensamos ou sentimos. Talvez, o universo está tentando nos ensinar e nos proporcionar um momento de ressignificações, transformações, questionamentos sobre o sentido da vida e sobre o quanto as pequenas coisas importam.

Além disso, às vezes parece que essa pandemia não vai ter um fim, mas mesmo a mais terrível das tempestades tem um final e este momento em que todos estamos enfrentando irá passar. Desse modo, não podemos perder a fé e a esperança, elas são as nossas aliadas quando o desespero tentar tomar conta da nossa alma.

Ano de 2020, ficará marcado na história mundial como o ano em que as pessoas tiveram que se reinventar, enquanto ser humano e enquanto profissionais nas mais diversas áreas de atuação, frente à pandemia do COVID-19 (SARS-COV-2). Foi um ano que os cuidados com a saúde foram redobrados, na qual as orientações para a prevenção do COVID foram o uso de álcool gel e uso de máscaras faciais e foi recomendado o distanciamento social para a proteção daqueles que amados por nós. Durante esse ano atípico, as aulas foram substituídas por aulas on-lines, as pessoas foram seguindo com suas vidas para garantia do sustento familiar. Foi um ano de desafios principalmente para os surdos, pois, mostrou o quanto a acessibilidade para eles ainda é fragilizada no âmbito escolar e social. No âmbito escolar, deve-se ao fato da falta de legendas nos vídeos e aulas online tendo que os surdos que fazem leitura labial se esforçarem o dobro para conseguir acompanhar as aulas. No âmbito social, devido ao uso das máscaras faciais, a dificuldade está no entendimento do discurso proferido pelas pessoas. Essa dificuldade foi sentida principalmente, por surdos que são dependentes da leitura labial e pelas pessoas ouvintes, pois, elas perceberam que estavam a fazer leitura labial de forma inconsciente. Segundo um artigo publicado na Revista Interface, escrito pela fonoaudióloga Ilma Alessandra Cabral, o uso da máscara facial simples (tecido) pode atenuar o som da fala entre 3 a 4dB e a máscara N95 atenua em até 12dB. Mesmo tendo essa dificuldade na comunicação entre as pessoas, existem estratégias que visem melhorar essa comunicação como, por exemplo, ter paciência em repetir e elevar um pouco o tom da voz para ser compreendido. Além disso, existem aplicativos que podem ajudar a quebrar essa barreira comunicacional como o app Live Transcribe (Android) e Listen All (IOS). Ambos os aplicativos fazem a mesma função: converter a fala em texto.

Onde está a felicidade? Dentro de um mar agitado de medo, incerteza e insegurança, compreender os sentimentos mais profundos que enlaçam a humanidade é um movimento de auto-cuidado e preservação da vida. É constante a procura de algo que preencha as grandes lacunas existenciais, que reorganize as inquietações internas e o caos que circula de mãos dadas com a humanidade. 

Porém, diferente do que muitos pensam a felicidade não é um exoesqueleto, não pode ser encontrada no emprego dos sonhos, amor verdadeiro, corpo estimado, nem mesmo a viagem dos sonhos é o destino para a felicidade; A felicidade não pode ser encontrada fora de nós!

Os mecanismos de resposta as inquietações humanas precisaram ser reavaliados após e durante a singular experiência do COVID-19. Tornou-se improvável construir respostas prontas a padrões de perguntas que variam a cada segundo.  

Conforme Sócrates, “A vida não examinada, não vale a pena ser vivida”. A reflexão sobre si mesmo, a falta de respostas e a infelicidade com as que foram obtidas, tornaram possível perceber o alarmante mal estar mental da geração.  O amor Ágape veio a golpe contra o amor próprio. 

Dentro de redes sociais, somos medidos por uma régua desigual que tenta ditar o que devemos agradecer, qual é o lugar que devemos buscar no mundo; Porém, não há  lugar, nós somos o nosso único bem pertencente, portanto, a grande prova da existência é viver sem medo de dançar com o reinicio. 

Um dos livros mais lidos do mundo, a Bíblia, destaca um significativo conselho sobre como ser feliz, “Melhor um prato de verduras onde há amor do que um boi gordo onde há ódio”- Provérbios 15:17. 

 

Portanto, permita olhar para sí mesmo com mais amor, lembre-se, nenhum doente se cura ao conversar com um medico, o processo de cura tem base interna! Cuide de sua saúde mental, questione sobre como vê a si mesmo, resignifique, recomece veja a delicadeza da existência ao permitir que os detalhes da afetem a sua singularidade. Pergunte-se, estou feliz dentro de mim?

Socialize sua avaliação deste período da quarentena CAICE/CSA
  • O que é?

A CAICE/CSA lançou esta proposta com o objetivo de socializar sentimentos e ideias de Estudantes, TAEs e Professores do CE sobre seus fazeres, ações e realizações do período “Fica em casa”, por meio da escrita, complementando o trabalho iniciado pela UAP através de vídeos. A proposta não identificará o(a) autor(a), limitando-se a colocar, apenas, se é estudante, TAE ou professor.

O mini texto (relato) deverá ter, no máximo dez (10) linhas e ser enviado para o e-mail caiceufsm@gmail.com.
Os relatos são publicados aqui no espaço “Educar e Cuidar”. À medida em que vão sendo recebidos pela CAICE, os relatos serão socializados diariamente. Sugerimos que contenham as seguintes reflexões: 

    1. Como me sinto realizando as atividades/trabalhos acadêmico-pedagógicas em casa e de modo virtual?

    2. Quais são as maiores dificuldades/desafios encontrados neste período?

    3. Aspectos positivos ou propositivos da quarentena e deste modo de ensino e de aprendizagem (nos processos que envolvem ensino, pesquisa e extensão), assim como da vivência cotidiana.

Mais uma vez, sua participação é muito importante!

Autora: Ane Carine Meurer

 

A pandemia fez com que eu, em poucos dias, revivesse a história das minhas ancestrais mulheres. Cuidar dos filhos, da casa (da comida, da limpeza, etc.). Tudo isso acrescido ao trabalho online, de orientação e supervisão das tarefas escolares dos filhos, a manutenção do trabalho remoto na Universidade. Mas, como esses corpos historicamente foram forjados para a adaptação, isso era apenas parte do trabalho: ainda somos e estamos submetidas à loucura de termos que higienizar tudo; saímos limpando como se com nossa “fragilidade” pudéssemos vencer o vírus, demarcando território: “aqui ele não entra!”.

 

Sabemos, contudo, que essa delimitação transcende a esses territórios, vincula-se novamente a nossa história, a nossa cultura, a nossa educação, a nossa classe social. Assim, a bagagem hereditária e os atributos ambientais dirão se esse vírus irá se territorializar ou não em nosso organismo, assim como sobre a potência dessa territorialização.

Apresenta-se aí o projeto de educação, entre eles, nossa cultura alimentar e que poderá ou não nos ter levado a termos que enfrentar um diabetes, uma hipertensão etc. Que condições econômicas temos para a nossa saúde diante de todos os problemas de desemprego, subemprego a que é submetida a população brasileira e porque não, mundial. Enfim muitas dúvidas, poucas certezas. 

 

Uma esperança: que a humanidade aprenda com essa vivência a lição. E que saibamos identificar que um vírus ainda muito mais perverso paira historicamente em nossas relações. Urge a sua identificação e o seu rechaçamento das nossas relações.

 

 

As coisas do lado de cá estão um tanto confusas, de uma hora para hora o mundo que vivemos está passando por uma transformação da qual não estávamos preparados. É como se vivêssemos dentro daquelas histórias que pareciam ser só histórias, mas agora é nossa realidade. O vírus que circula pelo mundo tem espalhado muita dor e tristeza, inicialmente quando ele parecia estar mais distante de nós, parece que não nos demos conta da gravidade da situação e agora estamos vivendo em quarentena, sem contato social, saindo de casa só para o necessário.

Os dias que passam são cercados de dúvidas e incertezas, tento manter a rotina, mas ela está diferente. O dia de hoje, por exemplo, quarta-feira, costuma ser agitado, fiz tudo o que faço normalmente, acordei e tomei meu banho e café, o próximo passo seria correr até parada de ônibus e ir até a universidade para a reunião de um projeto que participo “Clube de Matemática” você iria adorar, por meio dele eu e minhas colegas desenvolvemos atividades para alunos com dificuldades em Matemática.

 

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As incertezas sobre o Covid 19, a mudança na rotina e a redução do contato físico e social, podem causar ansiedade e estresse, precisamos nos cuidar mentalmente e fisicamente. Mas também neste momento difícil, precisamos pensar nas pessoas que, mesmo com medo e insegurança, precisam sair todos os dias para trabalhar em serviços essenciais, assim como eu que saio todo dia de manhã, às 7 horas com medo e ansiedade. Medo? Sim, muito medo de trazer este vírus para minha família, pois sei que se alguém pegar, serei eu quem está transmitindo. É muito difícil lidar com essa sobrecarga emocional.

Hoje saí no mesmo horário, peguei o ônibus, sempre com muito cuidado, usando máscara e álcool gel. Ao mesmo tempo vejo muitas pessoas sem se cuidar. Será que eles não entenderam ainda o que está acontecendo? Quando chego no centro, vou até meu trabalho, faço as mesmas atividades todos os dias, atendimento aos pacientes, mantendo as orientações de cuidados a serem tomados nas realizações dos exames, mas sempre com o pensamento em como queria poder estar em casa. Até que são 14 horas, ufa! Hora de ir embora. Depois de mais um dia de trabalho tenso, vou até o vestiário, tiro o uniforme, e vou correndo para a parada de ônibus, onde novamente são tomados todos os cuidados possíveis.

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Texto: Diário de quarentena

 

Pedagogia Noturno

 

Escrevo da varanda da casa de meus pais, pegando um maravilhoso sol da manhã nos pés. Daqui enxergo a Nati lendo em sua cadeira de praia como faz todos os dias, junto dela está seu fiel escudeiro Salem, um gato abandonado há alguns meses que foi acolhido por nós. A cena é muito tranquila, enquanto ela calmamente passa os olhos pelo livro, o gato fica passando por meio de suas pernas e às vezes ela desce uma mão para acariciá-lo. Daqui posso ouvir de fundo o canto das caturritas nas araucárias e o rádio da mãe que está sempre ligado, às vezes isso não é tão legal. Tudo está comum para uma manhã de quarentena.  

Esse final de semana foi bem corrido, praticamente não parei fazendo as coisas da bolsa. Fico pensando que se fosse um semestre normal, esta seria a época em que estaríamos escabelados de tanta coisa para fazer. Mas terminei uma atividade agora de manhã, então estou feliz. Sinto muita saudade da universidade. Passar por aquele arco me dava a sensação de estar passando por um portal e entrando em um universo a parte. Um universo cheio de novos saberes e fazeres, que me alegravam e me apavoravam ao mesmo tempo.

Aqui as coisas são muito diferentes, o cenário dos estudos é sempre o mesmo, não mudo de cômodo. Acho que o acontecimento mais emocionante da semana foi quando a colheitadeira do tio pegou fogo. Eu estava em uma reunião no quarto e o que pude ouvir eram pessoas correndo e gritando, carros e moto indo e vindo para acudir e apagar o fogo. No final, ninguém se machucou e os danos não foram tão grandes. Por conta da reunião, nem fui para fora ver, mas depois cada um que me via falava:

– Você não viu o que aconteceu?

– Estava pegando fogo!

– Até a Nona correu para avisar!

Assim fiquei sabendo de tudo no momento em que sai do quarto. Mas enfim, acho que essas histórias poderão nos distrair um pouco nesses tempos difíceis. Outro dia escrevo mais.

Texto: Diário de quarentena

 

Pedagogia Noturno

O primeiro pensamento que vem à cabeça quando nos reportamos à esta nova realidade social é a palavra estranhamento. Somos seres que planejamos! Qualquer passo dado cotidianamente requer um preparo, pensar no que fazer amanhã, nas implicações desse fazer, se precaver ou se antecipar. O segundo pensamento é o desesperançar. Há uma onda de desesperança na pandemia, não conseguimos visualizar nada de bom pela frente, não adianta marcar datas, encher as agendas, combinar cafés, abraços, rodas de conversas.

Por outro lado, como tudo tem os dois lados, voltamos à casa, à nossa casa interna. Começamos pelas faxinas e organizações antigas que estavam por fazer nos armários, nas gavetas, e em tudo o que deu pra fazer em casa. Depois passamos pra casa interna, meditações, leituras que não tínhamos mais tempo pra fazer, artigos pra terminar, coisas do trabalho, as possíveis de fazer. Mas qual o objetivo mesmo? Se somos porque convivemos, porque aprendemos e precisamos do outro para sabermos quem somos. Se pensamos o trabalho juntos e juntas. Que tempo contraditório é esse. Que tempo… de viver junto, mas separado, de viver longe, mas perto. Tempo estranho e nublado.

Fica o desafio de nos reinventarmos, de olharmos com atenção aos problemas que temos no Brasil, na escola, na universidade, na saúde, na estrutura que incide diretamente na vida de quem mais sofre as mazelas do capitalismo e da forma de (des)governar o país. A COVID 19 veio tirar máscaras, ainda que seja um dos principais instrumentos de prevenção.

O que sentir? Vários sentimentos. Várias reações…, várias adaptações…, em especial estar num espaço de trabalho CASA. CASA UM ESPACO TAMBÉM DE MUITOS SENTIMENTOS. Trabalhar em casa de forma REMOTA. Sim remota, ensinar e aprender, acompanhar tantos alunos e colegas, abraços, faz falta… enfim aprender. Sinto-me profissionalmente limitada, pois acredito que a Universidade, o Centro de Educação – Curso de Pedagogia –  é o espaço de criação de laços, amizades e convivências.    

Inúmeros desafios, a exigência de tornar-me aprendiz das tecnologias REMOTAS, buscar estímulo para serem curiosos nas novas propostas dadas, apontando novas formas do que realizavam. 

Para a continuidade, reporto-me a Freire, que afirma que o sonho de um mundo melhor nasce das entranhas do seu contrário. Por isso, corremos o risco tanto de idealizarmos o mundo melhor, desgarrando-nos do nosso concreto, quanto de, demasiado “aderidos” ao mundo concreto, submergirmos-nos no imobilismo fatalista, retratando o processo da PANDEMIA da COVID 19.

Olá, sou estudante do curso de Pedagogia – Diurno, estou no primeiro semestre do curso e confesso que não há pontos positivos nessa quarentena. Está sendo bem difícil manter as atividades acadêmicas em dia, devido à grande quantia que é enviada e pelo acesso que tenho tido com a internet. A maior dificuldade é manter-se com o psicológico equilibrado perante toda essa situação.

Quanto às questões positivas em relação a esse período de quarentena, posso dizer que melhorou a relação familiar, devido à sobra de tempo. Mas referindo-se as relações acadêmicas, reconheço o esforço de todos os professores, em tentar manter o contato com todos nós estudantes, mas para nós, que estamos no primeiro semestre, sem possuir nenhuma experiência, tem sido tudo bem difícil.

De certa forma me sinto bem realizando as atividades em casa, mas é totalmente diferente das aulas presenciais onde temos a explicação do professor que é fundamental para darmos o primeiro passo para iniciar a atividade proposta. As dificuldades surgiram e vão surgir; como o acesso à internet, pois eu não tenho a mesma em casa, mas consigo realizar as atividades colocando crédito no celular, muitas vezes atraso para enviar, porque tenho dificuldades financeiras. 

A quarentena nos afastou fisicamente, porém está nos mostrando para quem realmente somos importantes. 

Criamos um grupo da turma para conseguirmos nos ajudar e isso foi um dos pontos positivos da quarentena, pois a união faz a força. Outro ponto positivo é que qualquer dúvida em relação a certo trabalho, nós vamos para a pesquisa, ou seja, para o google e isso está ajudando a praticarmos e a ter curiosidade.

COMO MANTER A ROTINA DE ESTUDOS EM TEMPOS DE ISOLAMENTO SOCIAL?

Material produzido pelas Bolsistas da Direção do Centro de Educação

Débora Alani Vargas da Silveira – Acadêmica de Letras Português/UFSM, bolsista Direção CE
Fabiéle Morin Pereira – Acadêmica de Pedagogia/UFSM, bolsista Direção CE
Nitieli de Lima Betin – Acadêmica de Economia/UFSM, bolsista Direção do CE

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Relatos – Grupo de Pesquisa GeoIntegra/CNPq/UFSM

   A iniciativa dos relatos (auto)biográficos em tempos de Pandemia por Coronavírus nasce durante as reuniões do Grupo de Pesquisa GeoIntegra/CNPq/UFSM, realizadas quinzenalmente desde o mês de abril de 2020. A motivação inicial se deu pela necessidade das/dos colaboradores/as compartilharem suas experiências de vida no instante em que, inesperadamente, fomos forçados ao distanciamento social, ao isolamento familiar e a intensas mudanças no estilo de vida. 
O ir e vir, prerrogativa dos cidadãos, deixou de ser rotina e passou a ser por necessidade de saúde, trabalho e alimentação. Por estes e por tantos outros motivos, o tempo se mostrou lento, os espaços pouco acessíveis e o movimento (mesmo que restrito aos nossos lugares de vida) tornou-se algo tão necessário para nos manter vivos. 

Acesse os relatos de professoras e acadêmicas da UFSM e redes de ensino de SM:

Publicado o e-book “Sons, imagens, pensamentos: infâncias em tempos de pandemia

A Editora CLAEC tem a honra de divulgar a publicação de mais um livro em formato de e-book. Trata-se do livro Sons, imagens, pensamentos: infâncias em tempos de pandemia, de autoria da Professora Doutora Sueli Salva, docente da Universidade Federal de Santa Maria e do Doutorando Lucas da Silva Martinez, acadêmico da Universidade Federal de Santa Maria.

O livro discute narrativas de crianças sobre o período da pandemia de Covid-19, dando destaque ao olhar da criança como modo de entender o mundo. A obra também apresenta imagens e QR codes com acesso ao áudio das crianças e outros materiais que enriquecerão a leitura. A partir da filosofia, sociologia, antropologia e educação, espera-se contribuir com o tema da infância, e a partir do olhar e escuta sensíveis construir uma pedagogia da infância.

A publicação está disponível online e em acesso aberto e pode ser visualizada clicando aqui.

 

Giséli Duarte Bastos – Téc. Assuntos Educacionais, Direção CE.

Tem um lugar, tem um cantinho
Lá numa esquina da Universidade
Olhando de longe: que pequenininho!
Olhando de perto: que diversidade!

Ali cabe tanto, cabe toda uma gente
Cabe técnico, estudante e cabe docente
Cabe toda uma Comunidade
Que luta pela educação pública, inclusiva e de qualidade.

Temos que valorizar
O que acontece ali dentro!
Médico, bombeiro, astronauta
Todos precisam do professor que se formaram nesse Centro

Se você já entrou ali
Deve entender o que sinto
E também já deve ter se perdido
Pelos corredores que parecem labirintos

Nesse Centro cabem 50 anos de história
De tantas trajetórias! Tão plurais!
É tanto orgulho que quase nem cabe!
Mas cabe sim e cabe mais.

Cabe adulto, cabe criança
Cabe sonho, cabe amizade
Cabe futuro, cabe esperança
De ver a educação como prioridade!

Rafaela Antunes Vaghetti – 9 anos

A MENINA E O VÍRUS CORONA

Livro infantil criado por Rafaela Antunes Vaghetti, com nove anos de idade, sobre o Corona Vírus. 

Enviado pelos pais Helenise e Marcos , com finalidade de dar visibilidade as percepções das crianças sobre este momento de Pandemia.

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Kelly Christiane Gonçalves Eich – Acadêmica de Pedagogia Noturno UFSM
Professor (a).
 
Faz a educação chegar,
Enquanto uma pandemia enfrenta.
Mesmo querendo chorar, 
Ele inventa e se reinventa.
 
Transforma um obstáculo 
Em uma oportunidade
Pois levar a educação ao mundo
É sua verdadeira arte.
 
Em tempos de insegurança, 
Ele leva a esperança,
E sua maior recompensa,
É  o sorriso de uma criança. 
 
Não tem corona, não tem covid,
Não tem peste alguma que o proíba,
Pois educar não é um convite,
Educar é sua própria vida. 
 
Educar nunca foi problema 
E sim uma solução,
A vocês o meu singelo poema
Como forma de GRATIDÃO.
 
AUTORA: Kelly Christiane Gonçalves Eich.
 
Henrique Fernandes da Silva –  Acadêmico de Licenciatura Plena em Pedagogia UFSM

Quando a COVID-19 começou sua expansão no mundo, emergiram diferentes pessoas em diferentes lugares do mundo dizendo as mais diversas coisas sobre o vírus. Em geral, algumas das opiniões sobre a pandemia manifestavam-se (e ainda manifestam-se) em torno de conspiração, punição divina, arma biológica ou imprudência de uma cultura. Visões populares, religiosas, filosóficas ou científicas. Visões criadas pelo medo, não compreensão da gravidade, busca por entendimento da situação ou quais consequências esse fenômeno terá; enfim, as pautas tinham e ainda tem algum interesse ou finalidade. 

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Que o mundo passa por uma pandemia já não é novidade; novidade é ver como isso mudou nossas vidas, hábitos e o que possivelmente se verá amanhã. Foi numa simples ida ao mercado que tive esse estalar de realidade. Ao meu lado, uma senhora comprava arroz. Mais a frente, em outro corredor, uma criança pequena pedia insistentemente a sua mãe por uma barra de chocolate. Na fila, um jovem adulto discutia com a caixa por um preço etiquetado de maneira errada. O que me todos tinham em comum? a máscara. 

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Caroline Silveira Spanaveello – Doutoranda em Educação – PPGE/UFSM

É uma pergunta no mínimo intrigante… Poderíamos, para respondê-la, nos respaldarmos em uma série de lugares comuns, frases feitas ou até mesmo em teorias da Educação, da Psicologia, da Sociologia, ou tantas outras que concorrem desde sempre para a compreensão do ser humano em todas as suas dimensões. Entretanto, quanto mais nos apropriamos desses saberes, tenho a impressão de que mais nos distanciamos do significado da infância e do nosso papel enquanto adultos diante desses seres ímpares que muito mais têm nos ensinado do que aprendido conosco. Humberto Maturana, Biólogo Chileno, estudioso da “Compreensão Ontológica do Fenômeno do Conhecer”, faz referência a algo que tenho considerado fundamental para a compreensão deste processo de aprendizagem humana, aqui com especial destaque para a infância. 

 

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Sueli Salva – UFSM

Caros/as estudantes e colegas, estamos vivendo momentos diferentes de tudo que já conhecemos, de um dia para o outro nos disseram para ficar em casa. De um dia para outro nos disseram que não podíamos abraçar, acariciar, beijar. Que devíamos cuidar dos mais velhos. Junto com isso nos disseram que não teríamos aulas presencias e as crianças também deveriam ficar em casa. Muitos, de um dia para o outro, ficaram sem o seu trabalho, ficaram sem escolas onde deixar as crianças, ficaram sem as aulas na universidade, ficaram sem o convívio dos/as colegas, ficaram sem aula. Nos disseram que tínhamos que ficar em casa, mas também nos disseram que não estávamos em férias. Tudo isso, para que hospitais pudessem ter tempo de organizar-se para receber centenas, milhares de pessoas que adoecerão gravemente ao serem contaminados por um vírus que ocasiona a Covid 19.

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Valdo Barcelos – Prof. e escritor – UFSM

Fico imaginando que furo estaria dando o jornal que estampasse na sua primeira página o título dessa crônica. Imaginem o Comandante do Exército Brasileiro, general Edson Leal Pujol, acordando e dando de cara com essa manchete. Cairia na risada ou acharia que estava tendo um pesadelo. Nem uma coisa nem outra. Afinal um general não foi nomeado para Ministro da Saúde do Brasil no meio da maior pandemia do século? Uma regra básica da gestão pública ou privada, é que só tem algo pior que um chefe nomear um incapaz para um cargo importante na gestão de sua empresa: é esse incapaz aceitar a nomeação. Parece que foi o que aconteceu com a nomeação do general da ativa Eduardo Pazuello para o Ministério da Saúde. E diga-se, não atuava na área de saúde nas Forças Armadas.

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Em função dos movimentos antirracistas que se espalharam desde os EUA para o mundo, uma pergunta tem sido feita a intelectuais e pesquisadores das questões raciais no Brasil: porque o movimento negro aqui não tem a força e a visibilidade do movimento negro nos EUA? Os representantes de nossa elite intelectual, via de regra branca, ficam constrangidos. Não é para menos. É essa elite que ocupa os postos de comando nos tribunais, parlamentos, universidades, igrejas, Forças Armadas. Uma das respostas mais frequentes é que o Brasil se constituiu de forma menos violenta que os EUA quanto ao racismo. Essa resposta mostra o enorme sedentarismo intelectual de grande parcela da intelectualidade. Uma preguiça em refletir sobre o país real e um histórico servilismo das elites em relação aos demais intelectuais dos ditos países “desenvolvidos”. O antropólogo Da Matta, afirma que a elite brasileira é uma das mais insensíveis do planeta. Para Darcy Ribeiro, há que nos libertarmos das práticas acadêmicas de copiar e imitar os intelectuais de além-mar, para não nos transformarmos em “acadêmicos perfeitos”, do tipo que só se preocupa em colocar “poréns” nos textos que outros escrevem. De preferência textos de estrangeiros. O que anseia este tipo de intelectual é fazer doutorado fora e quando voltar recitar o que lá ouviu.


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Existe um filme produzido nos Estados Unidos da América, na década de 60 do século passado, intitulado Caça de um clandestino. Ele conta a história de um pássaro que surge em Nova York e espalha pela cidade um estranho vírus contaminando toda a população. 

Coisa estranha: as pessoas passam, então, a agir de forma muito esquisita. Diminuem a agressividade; param de odiarem-se umas às outras – como ainda não havia as redes sociais elas destilavam seu ódio pelo velho e em extinção telefone fixo; ficam carinhosas, solidárias e amorosas; deixam de fumar; ficam extremamente gentis no trânsito; os casamentos duram mais tempo, pois, as pessoas brigam menos no cotidiano; nos ambientes de trabalho são educadas, não falam aos gritos com os “subalternos”; param de disputar pequenos – e podres – poderes; passam a cuidar mais de suas vidas e menos da dos outros(as). Enfim, todos(as) ficam terrivelmente pacíficos e absurdamente, insuportavelmente amorosos. Tudo muito estranho.

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Começo com uma pergunta bem simples: o que é um inimigo? Fiz essa pergunta para várias pessoas. A primeira pessoa para quem perguntei foi para Maria, minha filha, que está em quarentena comigo. Após ler as várias respostas escolhi a que mais apareceu e foi a seguinte: inimigo é alguém que quer me matar.  O Novo coronavírus quer matar alguém? Não. Então ele não é um inimigo. Inimigo é alguém que nos ataca intencionalmente. Mas porque escutamos que estamos em guerra contra um vírus? Que temos de combater o coronavírus? Que estamos frente a uma batalha? 

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Primeiro Ato: Marias. A seguinte história foi contada pelo teatrólogo Augusto Boal (1931-2009). Teatro Glória, Belo Horizonte, 1999. O evento reuniu vários grupos populares de teatro. Um deles denominava-se Marias do Brasil. Era formado por 13 mulheres de nome Maria, todas negras e todas empregadas domésticas. 

Como é de costume, após a apresentação todas voltaram ao palco e foram efusivamente aplaudidas. Apenas uma Maria não retornou. Boal perguntou ao diretor da peça o que havia ocorrido. Ouviu que uma das Marias tinha ficado chorando no camarim. Boal foi até lá ver o que tinha acontecido. Perguntou para a Maria o que havia ocorrido e ela disse, soluçando, coisas sem nexo.

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Recebi recentemente uma mensagem que me fez refletir e que deu origem a essa crônica. A mensagem dizia o seguinte: “se no Brasil nós fôssemos para as ruas protestar cada vez que a polícia matasse um jovem, uma criança negra, pobre e moradora de nossas periferias urbanas, teríamos que ficar morando nelas”. A frase é de uma simplicidade que chega a doer.

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Helenise Sangoi Antunes – Profª Titular do Dpto de Metodologia de Ensino UFSM/Ex-Diretora do CE

 Espero que o governador do Estado do Rio Grande do Sul tenha o mesmo cuidado e zelo no que se refere ao retorno das aulas no Rio Grande do Sul, como está tendo com outros setores do referido Estado. Pois, a educação é um setor muito complexo e dinâmico. Diria mais, se estamos agora com uma possibilidade de retorno de alguns setores tem muito haver com a decisão de lideranças sérias e comprometidas com a vida humana que decidiram pelo cancelamento das aulas presenciais.  Neste sentido, me refiro aos Reitores (as), Pró-reitores (as), Diretores (as) de Centros de Ensino, Coordenadores (as) de Cursos de Graduação e Pós-Graduação, Chefias de Departamentos, professores (as), Técnicos(as) administrativos(as) em  Educação, estudantes,  coordenadorias de Ensino, Secretarias de Educação, Secretarias de Saúde, Ministério Público, Prefeitos(as)… a  lista deve ser bem maior e presto o meu reconhecimento a todos eles e elas.  Espero que o governador continue ouvindo todos eles (elas), principalmente porque a possível retomada das aulas em junho ou julho de 2020 precisa ter uma contrapartida muito séria por parte do Governo do Estado do RS e do próprio Ministério da Educação e Ministério da  Saúde.

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Sou professora universitária e quando exerci o cargo de Diretora do Centro de Educação, na Universidade Federal de Santa Maria, tive a oportunidade, em várias sessões do Conselho Universitário, de presenciar manifestações dos conselheiros(as) (técnico-administrativos em educação, estudantes e professores(as) em defesa do SUS (Sistema Único de Saúde) e a importância dele para assegurar a vida  e as condições de assistência à saúde da população Brasileira. Muitas destas falas estão gravadas e ainda presentes em minha memória. Lamento que na época estas falas não se materializaram em ações práticas em todo o país. Precisou uma Pandemia para que os gestores públicos brasileiros tomassem consciência da importância do Sistema Único da Saúde. 

Precisamos, enquanto nação, estarmos sempre atentos para que o investimento em saúde pública ocorra de forma que possamos ter hospitais públicos cada vez mais preparados em infraestrutura e num número maior de médicos(as) e enfermeiros(as) para dar conta de tantos desafios que ainda iremos passar.

Como brasileira e frente à Pandemia Mundial que nos assola, não poderia deixar de agradecer a todos os profissionais que atuam nos hospitais públicos e privados que estão na luta cotidiana para salvar vidas.

Para quem pode, ficar em casa é uma atitude de solidariedade e generosidade. Pois, por mais leitos que possamos ter nas Unidade de Tratamento Intensivo, tanto no sistema único de saúde e quanto na rede privada, não serão suficientes para atender a todos se começarem a serem infectados de forma rápida e desordenada. É este conhecimento, oriundo de pesquisas e observações sobre a rápida contaminação deste vírus e sua letalidade, que tem movido governos do mundo inteiro a suplicar  e orientar: “Quem puder, fica em casa”.

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Ao concorrer a um cargo público acredito que muitos eleitos pensam no bônus, raramente no ônus do exercício do cargo público. A pandemia mundial que estamos vivendo está colocando também em questão o exercício do cargo. Mas por que? Porque a sociedade de um modo geral foi abandonando ou não criou os hábitos de higiene necessários. Não investiu de forma satisfatória em ações de fortalecimento da educação, da saúde e da segurança pública. A sociedade não se preocupa em estudar a história de vida dos candidatos aos cargos públicos: quem são eles? Por que são candidatos?  O que defendem? E como percebem a maioria da sociedade brasileira? Outros pontos para pensar, o Corona vírus coloca também em cheque a capacidade que cada ser humano possui em ser generoso e altruísta. 

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Onde está a felicidade? Dentro de um mar agitado de medo, incerteza e insegurança, compreender os sentimentos mais profundos que enlaçam a humanidade é um movimento de auto-cuidado e preservação da vida. É constante a procura de algo que preencha as grandes lacunas existenciais, que reorganize as inquietações internas e o caos que circula de mãos dadas com a humanidade.

Porém, diferente do que muitos pensam a felicidade não é um exoesqueleto, não pode ser encontrada no emprego dos sonhos, amor verdadeiro, corpo estimado, nem mesmo a viagem dos sonhos é o destino para a felicidade; A felicidade não pode ser encontrada fora de nós!

Os mecanismos de resposta as inquietações humanas precisaram ser reavaliados após e durante a singular experiência do COVID-19. Tornou-se improvável construir respostas prontas a padrões de perguntas que variam a cada segundo.  

Conforme Sócrates, “A vida não examinada, não vale a pena ser vivida”. A reflexão sobre si mesmo, a falta de respostas e a infelicidade com as que foram obtidas, tornaram possível perceber o alarmante mal estar mental da geração.  O amor Ágape veio a golpe contra o amor próprio.

Dentro de redes sociais, somos medidos por uma régua desigual que tenta ditar o que devemos agradecer, qual é o lugar que devemos buscar no mundo; Porém, não há  lugar, nós somos o nosso único bem pertencente, portanto, a grande prova da existência é viver sem medo de dançar com o reinicio.

Um dos livros mais lidos do mundo, a Bíblia, destaca um significativo conselho sobre como ser feliz, “Melhor um prato de verduras onde há amor do que um boi gordo onde há ódio”- Provérbios 15:17.

Portanto, permita olhar para sí mesmo com mais amor, lembre-se, nenhum doente se cura ao conversar com um medico, o processo de cura tem base interna! Cuide de sua saúde mental, questione sobre como vê a si mesmo, resignifique, recomece veja a delicadeza da existência ao permitir que os detalhes da afetem a sua singularidade. Pergunte-se, estou feliz dentro de mim?