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Aglomeração é a reunião de muitas pessoas no mesmo local, o que configura o descumprimento das medidas de prevenção da covid-19. Exemplo: “Para evitar aglomerações e filas, a Prefeitura de São Paulo abriu oito novos grandes postos de vacinação com acesso para pedestres” (Agência Brasil). Na pandemia do novo coronavírus, os protocolos de fiscalização foram definidos pelos municípios. Ainda assim, ocorreram descumprimentos. Exemplo: “[…] foi constatada aglomeração generalizada em frente a apresentação musical caracterizando pista de dança, os convidados não usavam máscara facial e não respeitavam o distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os participantes. Na entrada do estabelecimento, as imagens também evidenciaram aglomeração em fila de espera e acesso desordenado ao local” (CNN). Com o intuito de diminuir a circulação do novo coronavírus, a capacidade máxima dos espaços públicos e privados foi reduzida. Em razão disso, para evitar aglomerações, o funcionamento dos estabelecimentos com atividades econômicas precisa obedecer ao limite de capacidade estabelecido pelos órgãos gestores e de saúde. Exemplo: “A aplicação da multa ocorreu pelo descumprimento do decreto que instituiu medidas de prevenção à Covid-19, no município, entre elas a proibição de aglomerações” (G1). A fiscalização em espaços públicos e privados contribui para que não sejam formadas aglomerações. Se há aglomeração, há infração sanitária. Exemplo: “Após a chegada dos guardas, a aglomeração foi dispersada” (G1). Favorece a transmissão do vírus e, por isso, evitar a aglomeração é uma medida de enfrentamento à covid-19. Exemplo: “Quanto maior a aglomeração humana mais intensa a contaminação” (Observatório da Imprensa).

 

Alta Hospitalar é a saída de um paciente do hospital após um período de internação. Historicamente, “dar alta” significa basicamente: saída do hospital com melhora significativa da doença ou saída do hospital ainda com necessidade de tratamento, ou piora drástica e a condenação do doente à morte, em que a alta hospitalar significa a volta para poder estar com a família nos últimos momentos da vida. Exemplo: “Um estudo conduzido pela Universidade de São Paulo (USP) apontou que pacientes que se recuperaram de quadros moderados e graves da Covid-19 apresentaram alta incidência de casos de depressão, ansiedade e déficits psiquiátricos. A pesquisa avaliou 425 pacientes, entre seis e nove meses após a alta hospitalar” (CNN Brasil). Desde o início da pandemia, e depois com o agravamento dos casos de contaminação pelo novo coronavírus, a alta hospitalar, também chamada de “alta médica”, significou festa, vitória, homenagem, assemelhando-se a uma nova vida, a mais uma chance para viver. Exemplo: “O fim de semana foi de comemoração para a equipe de linha de frente do Hospital de Clínicas em Campina Grande, após registrar 1.500 altas médicas de pacientes com COVID-19” (Governo da Paraíba). É planejada para ser realizada com segurança e precaução. Exemplo: “a Medicina Hospitalar tem como premissa o cuidado centrado no paciente, desde o início em que ele entra no hospital até o momento em que deixa a instituição […] reforçando a importância em mapear toda essa jornada assistencial, para garantir a qualidade e a segurança que o paciente necessita” (Soc. Bras. de Medicina Hospitalar).

Angústia é aquilo que afeta as pessoas, produzindo manifestações físicas e/ou emocionais, enquanto consequência de determinada situação ou causa de outras expressões de mal-estar no corpo, desestabilizando o estado psicológico. É aquilo que é sentido no corpo e, no entanto, ainda não está suficientemente nomeado/representado/elaborado pela pessoa. Especificamente, angústia é uma das consequências provocadas pelo isolamento social, devido à pandemia da covid-19. Exemplo: “Seus gestos mais reconfortantes? Os apertos de mãos, beijos, abraços, a comida compartilhada? Se tornaram fontes de perigo e angústia” (UOL). Estar em isolamento social pode, como consequência, provocar a angústia, dado que o ser humano é social e a limitação nos vínculos, assim como a restrição à circulação social imposta pela pandemia, afetam o corpo e o emocional. A casa, apartada da esfera pública, pode provocar angústia, justamente porque as pessoas estão encerradas no lugar onde estavam acostumadas a retornar, sobretudo, para o descanso, depois de um dia de trabalho. Os casais que trabalham em casa ou que vivenciaram os episódios de lockdowns, por exemplo, sentem-se angustiados devido ao excesso de intimidade e às escassas possibilidades de saídas de casa. Angústia é uma das causas da ansiedade, que atinge cada vez mais pessoas, principalmente em decorrência da pandemia da covid-19. Exemplo: “‘Muito da ansiedade vem de uma angústia, do ‘eu não posso ficar em casa’, ‘eu vou pegar transporte’, ‘eu vou faltar’, ‘eu vou chegar do trabalho, moro com toda minha família, não tenho tantos cômodos aqui’. A gente tem trabalhado muito para que essa culpabilização não seja singular’, acrescenta” (UOL). A ansiedade, como causa da angústia persistente, tem afetado inúmeras pessoas, em todo Brasil, devido ao receio de contrair o vírus, ao sentimento de culpabilidade de permanecer em casa, ao medo de faltar ao trabalho e ser demitido, ao medo de perder pessoas próximas infectadas pelo vírus, etc., o que gera ansiedade e, com isso, compromete a saúde mental. Ainda, a angústia está relacionada com as desigualdades sociais, na medida em que o acesso e a (in)disponibilidade de recursos interfere no grau de proteção à vida. Angústia é uma das causas do adoecimento progressivo da população brasileira, porque compromete a imunidade e os níveis de disposição/energia e, com isso, o corpo é afetado. Exemplo: “Viver estressado, com medo, angústias e preocupações, faz com que nosso corpo libere cada vez mais cortisol e noradrenalina. O estresse ativa o sistema nervoso simpático, conhecido como sistema de ‘lutar ou fugir’, ficando extremamente exausto” (UOL). Os novos hábitos, decorrentes da pandemia da covid-19, são responsáveis pelo desenvolvimento de episódios de angústia que, por sua vez, contribuem para o adoecimento das pessoas. Tendo em vista que algumas funções do corpo começam a ser afetadas, o próprio sistema imunológico pode ser afetado e, assim, caso haja contaminação pela covid-19, determinadas complicações são mais suscetíveis de ocorrer. Angústia é um dos males compartilhados por uma dada coletividade, como consequência da pandemia da covid-19. Exemplo: “A situação de angústia relatada por Luiza diante das aulas presenciais no atual período tem sido um sentimento comum entre trabalhadores da educação de todo o país nas últimas semanas” (UOL). A exemplo da classe dos professores que, com a volta das aulas presenciais, encorajada pela presidência da república e por inúmeros governadores em todo Brasil, sentem-se ainda mais ameaçados pelos riscos de contágio da covid-19, sobretudo pela falta de recursos preventivos nas escolas, outras coletividades têm compartilhado de angústias relacionadas à situação pandêmica, em função do risco iminente de morte. Angústia é uma das consequências da falta de medidas efetivas, por parte do governo, contra o avanço da pandemia no Brasil. Exemplo: “Ministro chama de ‘ansiedade’ e ‘angústia’ a cobrança por um plano de vacinação em um país que conta mais de 183.000 mortes, após semanas marcadas por falta de transparência e guerra ideológica” (El País Brasil). Na fala do ex-ministro, Pazuello, a cobrança por um plano efetivo de vacinação, a fim de que haja uma queda no número de mortos pela covid-19, é resultado da angústia e ansiedade dos brasileiros. Angústia é uma das consequências do excesso de informações, muitas vezes conflitantes, assim como da leitura de fake news, que são postas em circulação, sobre a pandemia. Exemplo: “Meu argumento é que o excesso de informações qualificadas, que podem ser conflitantes ou não, estão o tempo todo se modificando – já que os cientistas não estão tendo o tempo de descartar as hipóteses menos robustas, de resolver suas contendas antes de estabilizar um certo conhecimento, por isso há um conjunto muito grande de informações sendo disponibilizadas – é produtor de ansiedade, e que, quanto mais consciente e informada a pessoa, maior sua angústia. É isto que estou chamando de produção da angústia através da informação” (Fiocruz). Como consequência desse excesso de informações, que são acessadas nos mais diversos meios de informação, há a produção de angústia. Angústia é uma das consequências da incerteza do amanhã, da falta de perspectivas diante de uma pandemia que não tem previsão de acabar.  Exemplo: “A gente não tem ideia de como vai ser a semana, o mês, e isso angustia muito” (G1). Em função das incertezas diante do devir, as angústias se acumulam, piorando os problemas de saúde mental. Angústia é uma das consequências da pandemia que podem causar alterações nos modos pelos quais as pessoas vivenciam seus medos diante das ameaças decorrentes das novas condições impostas pelo distanciamento social. Exemplo: “Em entrevista à BBC News Brasil, Dunker afirma que o tolo tende a negar a situação dramática como maneira de enfrentar o medo; o perfil desesperado se angustia ainda mais com a situação; já o confuso transita entre esses dois polos, sem saber direito como deve agir e pensar” (BBC Brasil). Em função das constantes ameaças provocadas pela pandemia, do medo causado pelas novas condições sociais, as pessoas podem desenvolver alguns tipos de comportamento que assinalam o estranhamento diante das implicações do distanciamento social. Classificados em perfis (o tolo, o desesperado e o confuso), as pessoas desenvolvem medo daquilo que ultrapassa os espaços nos quais sentem-se seguras. Desses perfis, os efeitos da pandemia causam, como consequência, mais angústias nos desesperados, tendo em vista que substituem o medo das vivências sociais pela exageração das angústias que sentem. Angústia é uma das consequências provocadas nas pessoas em função dos períodos de espera por notícias, do lado externo dos hospitais, daqueles que estão internados devido às complicações ocasionadas pelo novo coronavírus. Nos pátios dos hospitais, onde muitas pessoas estão internadas, a angústia é compartilhada coletivamente, prolongando-se ao longo dos dias. Exemplo: “Do lado de fora do hospital, famílias dos pacientes ficam angustiadas à espera de notícias e se dizem indignadas com o tratamento dado a seus parentes” (BBC Brasil).

 

Ansiedade é uma reação manifestada no corpo, caracterizada pela apreensão decorrente das incertezas do futuro. Compreende um mal-estar físico acompanhado ou não de preocupações intensas, excessivas e/ou obsessivas, resultantes dos inúmeros efeitos causados pela disseminação do novo coronavírus, no atual contexto pandêmico. Especificamente, a ansiedade é uma das consequências da pandemia do novo coronavírus, manifestada por um sofrimento psicológico que está em crescimento significativo desde 2020, quando foram sentidos os primeiros efeitos das novas medidas sanitárias. Exemplo: Muitos dos que participaram da pesquisa relataram aumento da ansiedade, problemas para dormir, ataques de pânico ou maior desejo de se automutilar” (BBC). Desde o começo da pandemia, percebem-se outros modos de manifestação da ansiedade, resultantes de fatores como as medidas de isolamento e distanciamento social, o excesso de uso de tecnologias, o aumento da quantidade de tempo em que as pessoas permanecem dentro das residências, o rompimento de vínculos e de atividades coletivas que eram corriqueiras, além dos medos e angústias relativos ao contágio pelo novo coronavírus. A ansiedade é uma das consequências de um fenômeno identificado como “corona-insônia”, que se refere às dificuldades em relaxar e dormir, associada ao aumento do estresse em virtude da pandemia do novo coronavírus. Exemplo: “Os profissionais de saúde na verdade foram especialmente atingidos pela insônia nos últimos 12 meses. Em dezembro, a Universidade de Ottawa analisou 55 estudos globais com mais de 190 mil participantes para medir a proeminência da insônia, da depressão, da ansiedade e do transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) desde o início da pandemia. Todos os distúrbios aumentaram em pelo menos 15% entre os profissionais de saúde, com a insônia tendo o maior aumento, de quase 24%” (BBC). O estudo realizado nos EUA comprova o aumento da insônia, ansiedade e TEPT entre profissionais da saúde, especialmente no que diz respeito às consequências da insônia, sobretudo o transtorno de ansiedade. A ansiedade e as dificuldades com o sono associam-se às preocupações trazidas pela pandemia, no que concerne à preservação da vida, aos riscos de morte, ao futuro incerto, etc., e relacionam-se às manifestações de adoecimento físico e mental. A ansiedade é identificada em pacientes que se recuperaram após terem sido acometidos pela covid-19. Exemplo: “17% dos pacientes de covid-19 foram diagnosticados com distúrbios de ansiedade e 14% com distúrbios de humor, incluindo depressão” (G1). Pesquisadores de Oxford relatam que as pessoas mais propensas ao desenvolvimento de distúrbios de ansiedade (como a síndrome do pânico, por exemplo) são aquelas que desenvolveram a doença. Devido ao impacto psicológico que a pandemia do vírus causa na sociedade em geral, uma vez que a doença tem vitimado milhares de pessoas no mundo, são produzidas consequências de diversas ordens (familiares, econômicas, sociais, emocionais, acadêmicas, profissionais, etc.). Dessa forma, quem adquire a doença, ainda que se recupere, torna-se refém de pensamentos e sentimentos que são frutos da ansiedade e dos efeitos causados por ela no corpo e no equilíbrio emocional. A ansiedade pode ser causada também pelo excesso de informações contraditórias que as pessoas têm acesso sobre o novo coronavírus, o que intensifica a incerteza do futuro. Exemplo: “A especialista também indica que a dinâmica dos meios de comunicação mais o fato de que o novo coronavírus e a doença causada por ele, a covid-19, são fenômenos novos, que ainda estão sendo descobertos, faz com que muitas vezes se produzam informações contraditórias. Isso, segundo Patricia, gera ansiedade nas pessoas” (BBC). A ansiedade é desenvolvida devido às constantes incertezas diante do futuro, porque muitas pessoas sentem medo de contrair o vírus, de não sobreviver à doença, ou de ficarem internadas e intubadas em hospitais, lutando pela sobrevivência. Exemplo: “Na última semana, na cidade de Londrina, no Paraná, um homem fugiu do hospital quando soube que seria intubado. A equipe médica conseguiu resgatá-lo. Mas, a reação chamou a atenção para ansiedade e medo que o procedimento leva ao doente” (R7). A ansiedade relaciona-se com a antecipação das preocupações e aos medos acerca das questões que a pandemia provocou na vida das pessoas. Muitas famílias brasileiras sofrem com o luto, com a dor (ou a impossibilidade) da despedida, com o medo de contrair a doença, de passar por uma intubação ou de vivenciar situações de perda. O medo é tão grande que, muitas vezes, essa ansiedade aumenta e paralisa o sujeito, produzindo “pane” no corpo, mal-estar generalizado, crises de pânico. A ansiedade é manifestada também nos profissionais da saúde que ficam impedidos de atender seus pacientes pela falta de recursos no âmbito hospitalar. Exemplo: “O médico, que se descreve como uma pessoa ‘calmíssima’, diz que já teve crises de ansiedade por pensar na falta de insumos, inclusive de oxigênio, que tem sido relatada por equipes de saúde ao redor do país” (G1). Nos hospitais, em razão da falta de recursos (remédios, leitos, tubos de oxigênio), os profissionais da saúde que trabalham, diariamente, para assegurar um tratamento adequado aos pacientes, desenvolvem ansiedade porque, em muitos dos casos, os insumos que contribuem para os cuidados em decorrência da doença estão indisponíveis. A ansiedade é caracterizada como um dos fatores que influenciam na saúde mental das crianças, como consequência do distanciamento social, da falta de aulas presenciais e do contato com os amigos. Exemplo: “Algumas crianças passam a não saber mais comer sozinhas, querem só dormir na cama dos pais, deixam de se limpar sem ajuda. A ausência do ritmo escolar vai causando mais ansiedade, agitação e regressão na independência” (G1). Em decorrência do fechamento das escolas (medida adotada para conter a transmissão do novo coronavírus), das aulas on-line e, com isso, da falta das aulas presenciais, houve inúmeras consequências para as crianças: a ansiedade é uma delas. Têm-se, por isso, impactos para a saúde mental na infância: nas escolas, mais do que em casa, as crianças exercem sua independência, porque sua autonomia é estimulada. Assim, há impactos na rotina familiar e alterações de comportamento. A ansiedade pode ser uma das consequências do excesso de angústia, que também é causada pela vivência da pandemia do novo coronavírus. Exemplo: “Nós, psiquiatras, já prevíamos que a pandemia iria gerar uma situação de angústia, medo, desespero, paranoia, aumentando o consumo de bebidas e outras drogas, fazendo uma situação de maior padecimento de transtornos de ansiedade e transtornos depressivos” (CNN). Na pandemia, a angústia representa uma das causas da ansiedade que tem acometido pessoas pelo mundo inteiro, devido às mudanças sociais provocadas pela disseminação do novo coronavírus, o que afeta o corpo, nos seus aspectos físicos e psicológicos.

Anticorpos são proteínas que atuam no sistema imunológico como defensoras do organismo contra bactérias, vírus e outros corpos estranhos. São, pois, essas proteínas que podem defender o corpo humano do novo coronavírus. Os anticorpos que combatem a infecção causada pelo novo coronavírus no organismo precisam ser identificados. Exemplo: “‘Com melhores maneiras de testar os níveis de anticorpos e entender as defesas imunológicas de indivíduos e populações, cada vez mais tomamos medidas para proteger mais pessoas globalmente e controlar a disseminação do vírus’, disse Alison Simmons, diretora da Unidade de Imunologia Humana da Universidade de Oxford” (G1). A disseminação da infecção causada pelo novo coronavírus poderá ser controlada a partir dos avanços da ciência na identificação dos níveis de anticorpos relacionados ao vírus. Os anticorpos são fundamentais para que o corpo humano enfrente uma infecção. No caso daquela provocada pelo novo coronavírus, quando não há níveis suficientes de anticorpos, as vacinas são a ferramenta mais eficaz no combate à covid-19. Exemplo:Depois que você contrai uma infecção, os anticorpos ajudam seu corpo a enfrentar essa mesma infecção, caso você volte a encontrar em contato com o vírus no futuro. As vacinas fornecem uma maneira segura de o corpo desenvolver anticorpos sem o risco de ficar doente” (G1). Os anticorpos são desenvolvidos, sobretudo, nos corpos de pessoas que apresentaram algum dos sintomas – sintomáticos – provocados pela covid-19. Exemplo: “‘Nós identificamos que, ao contrário do que é relatado com frequência, a maior parte das pessoas com anticorpos era sintomática’, afirmam os pesquisadores no estudo” (G1). Tendo isso em vista, pessoas assintomáticas, que adquiriram a doença, porém sem nenhum sintoma, não têm tendência a desenvolver naturalmente esses anticorpos contra a covid-19. Os anticorpos, sendo produzidos após alguma infecção, podem perdurar por um longo tempo no combate contra possíveis reinfecções. Exemplo: “Anticorpos são proteínas que o corpo produz logo após a infecção. Eles ajudam a combatê-la e auxiliam na proteção contra reinfecções. ‘O que sabemos é que, quando alguém é infectado pela Covid-19, a pessoa consegue anticorpos que podem durar’, disse Crespo” (CNN). Os anticorpos, quando insuficientes para combater a infecção provocada pelo novo coronavírus, podem ser produzidos por meio de uma dose extra da vacina, considerada como um reforço para as pessoas que já foram vacinadas. Exemplo: “‘Claro, a coisa pode mudar de figura diante de uma nova variante. Ela pode fazer aquele ‘5’ se transformar em um ‘2’, explica o médico’. Vale esclarecer que o aprimoramento conquistado no reforço não diz respeito só aos anticorpos, mas a todas as estratégias usadas pelo sistema imunológico” (UOL). Nos corpos de pessoas que praticam atividades físicas e que foram vacinadas, os níveis de anticorpos podem ser maiores. Exemplo: “Novo estudo associa a prática regular de atividade física a um maior número de anticorpos após a vacinação e a uma redução de 31% no risco de infecções e de 37% na chance de morte em função das mesmas” (G1). Com a pandemia do novo coronavírus, é necessária uma atenção maior ao papel da nutrição para que o sistema imunológico tenha um bom desempenho e, assim, sejam produzidos os anticorpos. Exemplo: “Em especial, alguns nutrientes como as proteínas, vitamina A, C e D, ferro, zinco e selênio, são importantes reguladores das funções imunes, tanto na imunidade celular, primeira barreira de defesa, como também na chamada imunidade humoral, momento no qual começamos a produzir os famosos anticorpos” (VEJA). Quando há deficiência desses nutrientes no corpo, os níveis de imunidade são comprometidos e, consequentemente, a produção de anticorpos também é afetada. 

Assintomático é o nome dado a quem é infectado pelo novo coronavírus e não apresenta sintomas de tosse, dor de garganta ou febre, por exemplo. Ou seja, as pessoas com o vírus da gripe, mas sem sintomas aparentes, são chamadas de assintomáticas. Exemplo: “Covid: assintomáticos têm carga viral de coronavírus tão alta quanto a dos pacientes com sintomas, diz estudo” (G1). Além do correto uso de máscara, da higienização das mãos e da sanitização dos ambientes, a testagem em pessoas assintomáticas é uma das medidas para prevenção do coronavírus. Exemplo: “O objetivo é identificar as variantes em circulação e a incidência do vírus em pessoas que não apresentam sintomas da doença” (G1). Pessoas assintomáticas contaminadas com o novo coronavírus devem permanecer em isolamento social, mantendo os protocolos de segurança e evitando a circulação do vírus. Exemplo: “‘O objetivo desta ação é testar pessoas que não estejam sentindo nenhum sintoma da Covid-19, para que possamos identificar os casos assintomáticos e, assim, isolá-los para que não sejam um risco aos outros. Com as análises também vamos entender se o vírus está circulando de forma silenciosa no atual momento da pandemia’, afirma Maria Carolina Sabbaga, coordenadoras da Rede de Alerta das Variantes e da Rede de Laboratórios para Diagnóstico do Coronavírus SARS-CoV-2 do Instituto Butantan” (G1).

Aula on-line é um momento de ensino que pode acontecer em espaços não escolares ou na escola, envolvendo alunos e professores, e se faz por meio de aparelhos eletrônicos conectados à internet. Exemplo: “Aulas online têm estudantes de outros Estados e países. Com ajustes no fuso horário e paciência, ‘intercâmbio’ fica possível e troca de experiências e culturas pode virar até parte do ensino” (Terra Brasil). É uma alternativa que permite a continuidade dos estudos frente à pandemia do novo coronavírusExemplo: “Se fosse uma situação normal, em que ele (Guilherme) pudesse frequentar a escola, não trocaria uma escola presencial por uma online, ainda que a presencial não fosse tão boa. Ele sente bastante falta de ir à escola, mas nessa condição de aulas online preferimos manter na que já está” (Terra Brasil). Sinaliza dificuldades enfrentadas pela população vulnerável. Exemplo: “Crianças mais vulneráveis, sem acesso à tecnologia ou pouco suporte em casa, têm dificuldades com aulas online, mas educadores e pais mobilizados ajudam a superar obstáculos” (Terra Brasil). Também aponta para as dificuldades de acesso a aparelhos eletrônicos e à internet. Exemplo: “1 em cada 3 alunos tem problemas na conexão à internet ao tentar ver aulas on-line, diz Unicef” (G1). Tem impactos na aprendizagem. Exemplo: “Elas se dividem entre o trabalho doméstico e o apoio na alfabetização dos filhos e temem impactos na aprendizagem e no desenvolvimento cognitivo deles. Na rotina, um divide a TV com irmão, outro não tem internet para seguir as aulas online” (El país Brasil). Exige controle das questões emocionais. Exemplo: “Na pandemia, com aulas online, ela até achou que seria mais fácil se dedicar, mas o emocional pesava às vezes” (R7)

Barreira sanitária é uma (das) estratégia(s) de criação de defesas frente ao risco de contágio pelo novo coronavírus, visando à preservação da saúde de alguns grupos considerados de risco, como a população indígena. Exemplo: “O Senado aprovou nesta quinta-feira (27) a MP (Medida Provisória) 1.027/2021, que autoriza a Funai (Fundação Nacional do Índio) a planejar e montar barreiras sanitárias em áreas indígenas com o objetivo de evitar o contágio e a disseminação da covid-19 na população local” (R7). A barreira sanitária é, em âmbito nacional, uma medida que objetiva impedir a entrada de pessoas que estavam em países nos quais o novo coronavírus já estava em circulação. Exemplo: “Um dos principais questionamentos que Aziz pretende fazer durante a CPI da Covid é em relação a barreira sanitária, medida que impedia a entrada de pessoas que estavam em países onde o vírus já circulava. Ele deu o exemplo do Amazonas, seu estado, que teve os primeiros casos identificados em pessoas que viajaram para fora do país. ‘Não tem barreira sanitária ainda. Os brasileiros foram impedidos em entrar em vários países. Nós não temos barreira sanitária nem dentro do nosso país’, questionou” (UOL). A barreira sanitária é, também, muitas vezes, a última medida sanitária possível para conter o avanço e/ou disseminação do novo coronavírus, bem como das cepas, quando as medidas de contenção não são impostas de maneira eficiente. Exemplo: “Para Domingos Alves, da USP, a nova variante do vírus só se proliferou porque não houve ação do poder público para detê-la. ‘Estão criando uma narrativa de que a culpa é apenas da nova cepa do vírus. Isso não é verdade. A nova cepa só se espalhou e se tornou predominante porque não foram criadas barreiras sanitárias para impedir que isso acontecesse. Pelo contrário, houve um relaxamento das medidas de contenção’, diz” (BBC). Quando o processo de vacinação da população ocorre em ritmo (muito) lento — ou mesmo quando muitas pessoas ainda optam por não se vacinarem — são necessárias medidas de contenção para o avanço do novo coronavírus e, em razão disso, para além do distanciamento social ou das medidas de proteção individual, são necessárias as barreiras sanitárias. Exemplo: “A vacinação é o meio mais eficaz para lidarmos com a pandemia no médio e no longo prazo. Enquanto isso não acontece, é aquilo que eu disse e reforço: precisamos do comportamento adequado das pessoas por meio da criação de barreiras contra o vírus, como o distanciamento e a proteção facial” (BBC). Tendo em vista, sobretudo, o aumento do percentual de vacinação, a baixa ocupação nas UTIs e a diminuição no número de óbitos, algumas cidades – ou mesmo localidades – começam a flexibilizar os protocolos sanitários. Dessa forma, as barreiras sanitárias são/se tornam uma opção. Exemplo: “Santos diz que a restrição da vinda de turistas, como aconteceu em diferentes momentos no passado, não está prevista. ‘Não temos planejamento de restringir a vinda de pessoas nem de montar barreiras sanitárias. Os números atuais nos colocam em uma situação melhor. Mas nessas situações analisamos os números diariamente’” (CNN).

Cansaço é uma sensação de esgotamento. Na pandemia de covid-19, o cansaço está relacionado com a “fadiga do cuidado”, principalmente nos períodos em que houve a necessidade de quarentena e apesar dos cuidados e das medidas de higienização ainda serem necessários para evitar a contaminação. Exemplo: “A fadiga do cuidado é observada em situações da vida cotidiana ou anterior, como quando você ignora algum tipo de alarme e não o leva a sério porque já o ouviu antes. Esse estado mental ocorre por alguns motivos, incluindo estresse crônico, diminuição da sensibilidade a avisos e incapacidade de processar novas informações com outras pessoas. Você pode combater esse cansaço da quarentena com autocuidado, conversando com entes queridos e mudando sua mentalidade para que o ato de seguir as orientações para gratificante em vez de terrível” (CNN). Nos períodos em que houve mais internações em hospitais, quando os casos de infecção pelo novo coronavírus aumentavam a cada dia, o cansaço acometeu os profissionais de saúde, tornando-se constante, já que o desgaste – físico e emocional – era recorrente. Exemplo: “Além do cansaço, o desgaste emocional também atinge os profissionais. Para a enfermeira Joyce Pereira dos Santos, alguns casos mexem e são difíceis de esquecer. ‘Tá muito difícil, muito triste, desgastante. Quando acaba o plantão, eu tento deixar as coisas aqui. Não é sempre que eu consigo, não é fácil, mas eu tento deixar aqui, encerrar o plantão aqui, para não levar pra cada’” (CNN). Os pacientes acometidos pela doença também apresentam o cansaço enquanto uma consequência da infecção pelo novo coronavírus, um problema enfrentado em função do modo como o organismo reage no combate ao vírus, que é muito agressivo. Exemplo: “Entre eles, explica o médico, uma fadiga crônica, acompanhada de raciocínio lento, falhas na memória e sensação de incapacidade de mover o corpo por cansaço extremo tem sido um dos males que acompanha os acometidos pela doença – e parece ser ainda mais frequente com a onda causada pela variante ômicron” (UOL). O cansaço também é o principal sintoma relatado por pacientes que tiveram quadros graves de covid-19, após cerca de um ano da infecção. Exemplo: “Entre os 23 sintomas identificados, a fadiga (cansaço extremo) foi a principal queixa entre os pacientes, com uma frequência de 35,6%” (R7). Desse modo, é um sintoma persistente em pacientes contaminados pelo novo coronavírus que receberam alta hospitalar. Exemplo: “A pesquisa avaliou 1.300 pacientes que obtiveram alta entre janeiro e maio de 2020 no hospital de Wuhan, na China, considerada como o epicentro da pandemia de Covid-19. A metade deles ‘sofre ainda de ao menos um sintoma persistente – mais frequentemente cansaço ou fadiga muscular’, diz a publicação” (G1). Não obstante, compreende também uma das sequelas que acometem, sobretudo, pacientes neuropsiquiátricos contaminados durante a pandemia. Exemplo: “‘Passada a fase inicial do ciclo do vírus, alguns sintomas permanecem para determinados pacientes, sobretudo os neuropsiquiátricos’, aponta Evaldo Stanislau, infectologista do Hospital das Clínicas e membro da diretoria da SPI (Sociedade Paulista de Infectologia). Entre eles, explica o médico, uma fadiga crônica, acompanhada de raciocínio lento, falhas na memória e sensação de incapacidade de mover o corpo por cansaço extremo tem sido um dos males que acompanha os acometidos pela doença” (G1). Em tempos de pandemia, o cansaço materno escancara a sobrecarga enfrentada pelas mães. Exemplo: “Tentar acompanhar as aulas online para que o pequeno não perdesse o ano letivo, encontrar atividades para entretê-lo dentro de casa, ligar para os avós para tentar driblar a saudade, preparar comidinhas caseiras, redobrar os cuidados com a saúde… Mães que viveram os tempos mais sombrios da pandemia causada pela Covid-19, com crianças menores correndo de um cômodo para outro, sabem que a busca para conciliar os cuidados com o lar, filhos, além do home office, somou uma lista de afazeres desgastante” (Terra). Ainda no contexto pandêmico, o cansaço aparenta, por vezes, não estar relacionado a uma enfermidade ou a uma situação específica, mas se estabelece como uma presença sintomática na vida de grande parte dos brasileiros. Cansaço, nesse sentido, é uma sensação intensa de fadiga e, portanto, não se limita a um sintoma de contágio pelo novo coronavírus, envolve a experiência de viver uma pandemia e(m) seus entornos, sociais, econômicos e psíquicos. Exemplo: “Há pouco mais de um mês tive covid – por sorte, numa fase em que essa afirmação já não carrega grande drama, não pressupõe de partida um risco à vida. A primeira coisa que senti, dias antes de qualquer sintoma reconhecível, foi um cansaço profundo, um abatimento entranhado que me obrigava à lentidão silenciosa. […] A pandemia foi a difusão de um vírus brutal, mortífero como poucos na história, mas também foi o alastrar de algo mais discreto e invisível. Toda epidemia talvez produza mais do que uma única cadeia de contágios, e esta parece ter disseminado também uma exaustão sem nome e sem descrição precisa” (UOL). Na pandemia, o cansaço relacionado à “fadiga da tela” esteve presente na vida das pessoas. Exemplo: “A Microsoft realizou uma pesquisa que comprovou o que muita gente havia sentido: um cansaço maior devido ao uso de telas intensificado na pandemia do novo coronavírus. O fenômeno ficou conhecido como fadiga de Zoom ou fadiga de tela […]. Segundo os pesquisadores, tablets, celulares e computadores demandam mais esforço mental. Isso foi comprovado por exames de ressonância magnética que identificaram ondas cerebrais que mostraram mais estresse depois das videoconferências” (G1). Durante o período de aula on-line, de ensino remoto, o cansaço era, muitas vezes, incapacitante; apesar disso, era driblado com algumas “estratégias”. Exemplo: “Intervalos a cada duas horas de videoconferência. Essa é a orientação da Microsoft para que a exposição às telas não esgote as energias das pessoas […]. No ambiente presencial, os cursos têm momentos de confraternização. O coffee break é tão esperado quanto às apresentações. No EAD, você pode adaptar a estratégia. Em empresas nas quais trabalha-se a experiência do cliente, envia-se vouchers para pedir um lanche nos aplicativos de delivery para que todos compartilhem um ‘coffee break digital’ […]. Outra coisa que ajuda bastante a minimizar o cansaço de tela é a forma como cada professor conduz as aulas […]. Estimule os alunos a participarem com comentários, a ligarem a câmera para falarem nas aulas ao vivo […]. Suas aulas também podem ter formato de texto ou áudio. Não precisa ser só o vídeo. Dessa maneira, quando o aluno sentir a fadiga de tela, ele pode simplesmente ouvir o conteúdo ou baixar o arquivo de transcrição” (G1). 

Circulação é o ato ou efeito de circular; fluxo de pessoas, de coisas, de ideias. No contexto da pandemia do novo coronavírus, a circulação de pessoas em ambientes públicos, privados e/ou em estabelecimentos comerciais foi restringida a fim de evitar aglomeração e manter o distanciamento social. Exemplo: “São Paulo já tem 32 cidades em colapso, mas ainda estuda medidas mais duras para restringir a circulação” (El País). Interdição; proibição; restrição. Exemplo: “Novo decreto proíbe circulação de pessoas entre 22h30 e 5h, em Montes Claros. Decreto também proíbe comemoração nas residências particulares, funcionamento dos clubes, casas de festas e shows. Medidas estão em vigor por dez dias a partir dessa quinta-feira (25)” (G1). Pode indicar também o movimento de saberes, de conhecimentos, de pesquisas. Exemplo: “Dados da Fiocruz indicam a circulação de 92 cepas do coronavírus no Brasil” (CNN). Passagem de fluido dentro de um organismo com retorno a um ponto de partida; propagação de publicações na imprensa; giro; trocas; funcionamento em práticas sociais; movimento corporal, mental, político, social e econômico; mudanças e transformações. Exemplo: “O gerenciamento de crise advém de uma leitura holística da situação. No caso da pandemia de Covid-19, diversas áreas de conhecimento se uniram com intuito de encontrar formas de prevenção e enfrentamento ao vírus” (G1). 

Colapso é a impossibilidade de funcionamento pelo excesso, que leva um sistema a suspender suas atividades. Exemplo: “Com números alarmantes do esgotamento de leitos de UTI e do aumento de mortes por covid-19 no país, além de palavras caracterizando a situação como ‘gravíssima’ e ‘absolutamente crítica’, um boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz publicado na noite desta terça-feira (16/3) classificou o momento atual da pandemia como o ‘maior colapso sanitário e hospitalarda história do Brasil’’’ (Blog da Cidadania). Falência da economia. Sobrecarga. Exemplo: “A CNN internacional ressaltou que Manaus já tinha ‘sofrido com a primeira onda da pandemia entre abril e maio, quando seus sistemas de saúde pública e funeral entraram em colapso’” (CNN Brasil). Perda da força; enfraquecimento; esgotamento; desânimo; estresse; distúrbio; depressão; desequilíbrio entre o corpo e a mente. Falta de insumos. Exemplo: “A falta de insumos hospitalares e de oxigênio para uso medicinal gerou comoção nacional, principalmente durante o colapso de saúde na cidade de Manaus, no início do ano, quando pessoas morreram por falta de ar” (G1). Morte causada pela falência dos órgãos. Falta de oxigênio. Exemplo: “Médicos e familiares de pacientes descrevem colapso com falta de oxigênio em Manaus”. “Manaus está em colapso com o avanço dos casos de Covid-19” (G1). Falha; ruína; desmoronamento; quedado sistema; debilitação. Exemplo: “O Financial Times mencionou a atuação das autoridades brasileiras no envio de materiais para abrandar o colapso em Manaus” (CNN Brasil).

Confinamento é a condição da pessoa que se afasta ou é afastada do convívio social, permanecendo sem contato físico com o mundo exterior. No contexto da pandemia da Covid-19, é efeito ou ação deliberada e decretada pelas autoridades: as pessoas precisam adotar o isolamento social e confinar-se em casa para evitar a transmissão do vírus. Exemplo: “Pessoas com sintomas leves ou que têm contato próximo com alguém infectado devem permanecer em casa” (Veja Saúde). É uma das medidas para diminuir a transmissão e o contágio pelo novo coronavírus. Exemplo: “a adoção do confinamento se faz necessária sempre que a população ultrapassa os limites e há falta de leitos na cidade” (G1). É adotado quando há aumento das taxas de transmissão do novo coronavírus. Desse modo, as atividades econômicas são restritas, os serviços não essenciais são fechados e as atividades essenciais devem funcionar sem atendimento presencial. Geralmente, a duração do confinamento é de até 15 dias. Nesse período, as pessoas que podem, devem ficar em casa. Exemplo: “Outras cidades do interior paulista endureceram o confinamento nos últimos dias para tentar reduzir a disseminação do novo coronavírus” (Agência Brasil).

Confraternização é ato, efeito ou manifestação de confraternidade; partilha de sentimentos, de opiniões ou de crenças comuns; manutenção ou demonstração efusiva de relações de amizade, de partilha, de comunhão ou de camaradagem. Reunião, comemoração que, na pandemia, resulta em alta de casos de contaminação e de mortes. Exemplo 1:Com a proximidade do Dia das Mães em 9 de maio – uma das maiores datas para o comércio é momento de confraternização e encontros – existe o temor de que ocorra uma alta dos casos e mortes como a verificada após os feriados do final de ano em 2020” (Diário Indústria e Comércio – El País). Exemplo 2: “Sempre tentamos pesquisar qual origem desta contaminação. Temos encontrado nos relatos dos médicos um número muito grande de pessoas que se contaminaram em confraternizações, pessoas que estavam muito tempo sem se encontrar, [se encontraram] achando que já estava tudo bem” (CNN – Brasil). É uma festa ou um happy hour em ambiente virtual que, para alguns, vem a ser uma exigência, uma necessidade, uma obrigação na pandemia. Exemplo 1: “Em tempos de pandemia, a confraternização no final do expediente também precisou ser reinventada e muitas empresas optaram por fazer o chamado happy hour virtual, por videochamada. Mas o gosto por esta atividade não é uma unanimidade entre os funcionários – pelo menos é o que indica um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália” (CNN – Brasil). Exemplo 2:Hospital faz ‘arraiá’ de confraternização para comemorar queda de internações por Covid em Ibiapina, no Ceará” (G1 – Globo). Aglomeração (contravenção). Exemplo: “Profissionais de saúde do Hospital Municipal Maria Wanderlene Negreiros de Queiroz, em Ibiapina, no interior do Ceará, participaram de uma confraternização junina realizada nas dependências da unidade na tarde desta sexta-feira. Moradores da cidade afirmam que houve aglomeração no local durante a confraternização” (G1 – Globo). Pode remeter a descaso, desobediência, negligência, desrespeito. Exemplo 1: “O diretor do hospital municipal, Ulysses Timbó, nega a aglomeração no local. ‘Os profissionais se reuniram apenas para bater a foto, mas o distanciamento foi mantido ao longo da confraternização’, explica” (G1 – Globo). Exemplo 2: “A confraternização realizada pelos profissionais na área do hospital foi reprovada por moradores da cidade, entre eles, o estudante Alan Antunes Melo, 21 anos, que viu a ação como ‘descaso’ com a saúde dos pacientes” (G1 – Globo).

Contágio é a transmissão de uma doença contagiosa que se dá por meio de contato direto ou indireto. Com a disseminação da pandemia do novo coronavírus, há três formas de contágio: “por gotículas de ar, pelo contato físico e pelas superfícies infectadas” (G1). Especificamente, o contágio compreende uma das consequências da falta do uso de máscara e da baixa adesão ao cumprimento das medidas preventivas, adotadas e orientadas pelas autoridades de saúde. Exemplo: “[…] medidas adotadas por autoridades de saúde impedem que haja contato entre pacientes infectados e pessoas saudáveis, evitando novos contágios” (BBC Brasil). O cumprimento das medidas de segurança anunciadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é imprescindível para que sejam evitados ou, ao menos, diminuídos os índices de contágio e possíveis mortes causadas pela doença. A transmissão ocorre, principalmente, quando são formadas aglomerações e não são respeitados os protocolos de segurança, como o indicativo de distanciamento social. Exemplo: “Quais cuidados devem ser tomados durante a prática das atividades para evitar o contágio? É crucial evitar o contato presencial com outras pessoas […]” (G1). A diminuição dos índices de contágio pelo novo coronavírus está relacionada com o isolamento social, processo pelo qual as pessoas se afastam do convívio em sociedade, corroborando com a prevenção da disseminação da covid-19 e, consequentemente, com a contenção da pandemia. Exemplo: “OMS diz que contágio do novo coronavírus está passando ‘das ruas’ para ‘dentro das famílias’ e reforça necessidade de isolamento social” (G1). Conforme recomenda a OMS, para evitar o contágio pelo novo coronavírus, sobretudo na esfera familiar, é preciso que o isolamento ocorra em um lugar que não seja a própria casa. O contato direto com os cadáveres de vítimas ainda infectadas ou a manipulação do corpo morto, que abriga vírus vivos, pode ocasionar o a infecção pelo novo coronavírus. Exemplo: “‘O vírus não morre com a pessoa. Ele sobrevive por algum tempo no corpo do paciente. No caso de doenças respiratórias agudas, os pulmões e outros órgãos podem ainda abrigar vírus vivos. Portanto, se ocorrer alguma falha no protocolo de higiene e manuseio do cadáver, o médico legista pode acabar sendo contaminado’, afirma Elie Fiss” (R7). O Ministério da Saúde orienta que, em função dos riscos de contágio pelo novo coronavírus, mesmo quando há óbito, tanto os familiares quanto os profissionais responsáveis pelos procedimentos hospitalares com o corpo sigam algumas recomendações. A diminuição da propagação do contágio pelo novo coronavírus está associada ao aumento da imunização, por meio da vacinação. Exemplo:Para evitar o risco de propagação dos contágios, adverte Guillermo López Lluch, catedrático de Biologia Celular da Universidade Pablo de Olavide (UPO), em Sevilha (Espanha), ‘é preciso alcançar a imunidade coletiva mais ampla possível no menor prazo de tempo’” (El País). A vacinação resulta na imunização da população, controlando a propagação do contágio pelo novo coronavírus e auxiliando na prevenção da circulação das mutações do vírus. Devido às consequências do alto nível de contágio, muitos brasileiros estão morrendo sem conseguir atendimento, uma vez que as unidades de saúde não têm estrutura suficiente para atender tantas pessoas. Exemplo:Morrer sem ter chance a um atendimento adequado para tratar a doença é uma realidade e especialistas apontam a urgência de estancar o contágio com o endurecimento das medidas de distanciamento social (enquanto a vacinação caminha lentamente) é a única saída para minimizar a crise” (El País). Nas unidades de saúde brasileiras, muitas pessoas acometidas pela covid-19 não conseguem tratamento e acabam falecendo à espera de um leito. Esse contágio em alta escala ocorre, sobretudo, devido à lentidão do ritmo de vacinação (e, muitas vezes, pela recusa de vacina), como também pelo não cumprimento das medidas preventivas, adotadas desde o início da pandemia.

Coronavírus são uma família de vírus já conhecidos há bastante tempo por provocarem infecções respiratórias em seres humanos e em animais. O novo coronavírus causa a covid-19 que pode apresentar como sintomas iniciais tosse seca, dificuldade para respirar e febre, evoluindo, em alguns casos, para consequências mais graves como, por exemplo, pneumonia e, em casos mais extremos, até a morte. Exemplo: “Covid-19, Sars, Mers: as síndromes respiratórias causadas por coronavírus. Das sete categorias de coronavírus que causam enfermidades em seres humanos, estas três são as responsáveis pelos quadros mais graves” (Revista Galileu). Os coronavírus recebem esse nome porque têm forma de coroa (do latim, corona = coroa + vírus). Exemplo: “Apesar da situação atual, o coronavírus não é recente. Os primeiros coronavírus humanos foram identificados em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do seu formato, parecendo uma coroa” (Secretaria da Saúde do RS). A Organização Mundial da Saúde (OMS) soube da existência de um novo coronavírus com sintomas e complicações mais graves, o SARS-CoV-2, em 31 de dezembro de 2019, e a partir de 11 de março de 2020 determinou o estado de pandemia, já que esse novo vírus foi identificado em várias partes do mundo. Exemplo:A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que vivemos uma pandemia do novo coronavírus, chamado de Sars-Cov-2” (Veja Saúde). O novo coronavírus, tratado cientificamente de SARS-CoV-2, causa a doença chamada de covid-19, que pode ser transmitida diretamente de uma pessoa infectada para outra não-infectada, por gotículas de tosse ou espirro transportadas pelo ar, e/ou indiretamente, quando uma superfície infectada é tocada, e, em seguida, as mãos são levadas aos olhos, à boca ou ao nariz. Exemplo:O novo coronavírus causa a doença chamada de Covid-19, sigla para Coronavírus Disease 2019. Portanto, Covid-19 é a doença causada pelo SARS-CoV-2, ou novo coronavírus, que causa sintomas como febre, cansaço, tosse seca e falta de ar” (Educa Mais Brasil). Os efeitos do novo coronavírus podem ser prevenidos com o uso de máscaras, distanciamento social e a correta higienização das mãos. A vacinação contra a covid-19 pode diminuir os efeitos que esse vírus pode causar no organismo humano, reduzindo as chances de internações e mortes. Exemplo:No contexto da pandemia da Covid-19, o Ministério da Saúde reafirma seu compromisso com a vida atuando para vacinar todos os brasileiros. Para vencer o coronavírus a premissa é uma só: Brasil unido por uma Pátria vacinada” (Ministério da Saúde).

Crise é um agravamento de ordem educacional, econômica, sanitária, social e política que, no contexto da pandemia do novo coronavírus, acentuou-se no Brasil. Exemplo: “A pandemia de Covid-19 veio agravar a profunda crise política, social e econômica pela qual o Brasil vinha passando; a educação não saiu ilesa, ao contrário” (Le Monde). Adversidade que revelou ainda mais os problemas de inclusão educacional, já existentes em todo o mundo e agravados pela pandemia do novo coronavírus. Exemplo: “Os problemas de inclusão educacional já existiam antes da pandemia do novo coronavírus, mas a crise sanitária, que deixou 1,3 bilhão de crianças sem aula no mundo todo, os evidenciou ― e exacerbou ― talvez mais do que nunca. Segundo a Unesco (órgão da ONU para a infância e a educação), até 40% dos países de renda baixa e média-baixa não apoiaram os alunos em situação de risco durante a pandemia” (El País). Problema de aprendizagem que na pandemia pode evoluir para uma catástrofe. Exemplo: “Não podemos permitir que essa crise de aprendizagem se transforme, de nenhuma maneira, em uma catástrofe de aprendizagem”, diz Noleto, que em 2018 se tornou a primeira mulher a ocupar o mais alto cargo na Unesco no país” (BBC News). Dificuldade econômica causada pela pandemia do novo coronavírus. Exemplo: “A crise econômica gerada pela pandemia da Covid-19 impacta negócios em todos os setores há mais de um ano” (G1). Problema sanitário que acarretou no fechamento de instituições de ensino públicas e privadas. Exemplo: “O dia 23 de março ficou marcado na memória da pedagoga Leila Oliveira. Foi nesta data que, em 2020, as escolas públicas e particulares de São Paulo fecharam as portas pela primeira vez, na tentativa de conter o avanço do coronavírus. A medida afetou 3,5 milhões de crianças e adolescentes da rede estadual e 2,3 milhões de alunos da rede particular, sem contar os estudantes das redes municipais. São Paulo era o primeiro Estado a ser arrastado para dentro da crise sanitária e o fechamento das instituições de ensino afetou milhares de famílias” (El País). Problema de saúde pública provocado pela falta de oxigênio. Exemplo: “Foi no dia 13 de março de 2020, há quase um ano, que o Amazonas confirmou o primeiro caso de Covid-19. Desde lá, o estado enfrentou duas ondas da doença, colapso na saúde, crise por falta de oxigênio e muitas perdas” (G1). A crise implica no aumento de responsabilidade das meninas pelo trabalho doméstico não remunerado em detrimento da formação escolar. Exemplo: “É sabido, por exemplo, que durante momentos de crise econômica as meninas são responsabilizadas pelo trabalho doméstico não remunerado, ameaça real para o abandono escolar” (Le Monde). Crise é uma consequência da pandemia que afetou diversos brasileiros que já vinham enfrentando dificuldades políticas, econômicas e sociais. Exemplo: “Aqui, no entanto, já estávamos vivendo uma profunda crise política, econômica e social, à qual veio se somar a pandemia de Covid-19. Desde então, vivemos uma crise dentro de uma crise” (Le Monde). Coronacrise: problema de ordem econômica, agravado pela pandemia do coronavírus, que afetou especialmente a população pobre. Exemplo: “Medidas estruturais, como tributação progressiva, imposto sobre grandes fortunas e garantias constitucionais de direitos sociais, não estão na pauta da coronacrise” (Le Monde). Pós-coronacrise: crise após a pandemia. Exemplo: “É certo que a população urbana de São Paulo, Quito, Lima, Caracas, Cidade do México e Washington estará mais desnutrida e miserável nos próximos anos. Se hoje existem mais de 200 mil favelas espalhadas pelo mundo, cuja população varia de algumas centenas a mais de 1 milhão de pessoas, esse número será bem maior pós-coronacrise” (Le Monde).

Déficit de memória é, na pandemia do novo coronavírus, a redução da capacidade cognitiva em sujeitos que tiveram casos graves de covid-19. Exemplo: “Para entender o que esses resultados entre os afetados pelo coronavírus significam, os pesquisadores britânicos indicaram que pessoas que tiveram AVC apresentaram um déficit de -0,24 no mesmo teste, enquanto indivíduos com dificuldades de aprendizagem ficaram com -0,38” (G1). De acordo com pesquisas, o novo coronavírus interfere diretamente na fonte de alimentação dos neurônios, prejudicando o funcionamento dos mesmos. Essa infecção produz um ambiente tóxico que leva o neurônio à morte e provoca problemas neurológicos. Exemplo: “Na prática, isso provoca parte dos problemas neurológicos a longo prazo observados na pesquisa, como perda de memória, falta de concentração, déficit de atenção, raciocínio mais lento e sonolência, mesmo após 60 dias após os pacientes analisados terem contraído a doença” (G1). Disfunções cognitivas, perda de olfato, dormências ou formigamentos, dores musculares, perda do paladar, visão turva e perda de memória, aparecem como os principais sintomas persistentes que afetam os pacientes recuperados da covid-19. Exemplo: “Geralmente é isso o que aparece na maior parte dos casos. Em disfunções cognitivas, destaco perda de atenção e memória; a visão turva, ainda não sabemos se é devido ao acometimento direto do próprio aparelho visual ou se tem correlação com aumento da pressão craniana”, explicou o médico […]. Dores musculares, dormência e formigamento mostram que também há alterações nos estímulos elétricos através dos nervos periféricos” (CNN). Déficit de memória é um sintoma que persiste em pessoas que foram infectadas pelo vírus SARS-CoV-2. Trata-se, pois, de uma das tantas consequências da pandemia. Exemplo: “O pós-COVID é considerado após quatro semanas do primeiro sintoma e a principal característica é a fadiga crônica. Também pode ter casos de déficit de memória e concentração e perda de paladar ou olfato” (Estado de Minas). Estudos apontam que o déficit de memória, assim como outros problemas de ordem psíquica, tende a ser mais intenso e demora mais a ceder em pacientes dos chamados casos de covid-19 longa, os quais tiveram um tempo de internação maior do que sete dias. Exemplo: “‘Encontramos um padrão consistente de déficit de memória naqueles que experimentaram infecção por Covid, que aumentava conforme a gravidade dos sintomas relatados’, escreveram os cientistas, liderados pela psicóloga PanyuanGuo, na revista científica Frontiers in AgingNeuroscience” (EXAME). Déficit de memória implica em perder informações importantes, compromissos, lembranças. Na pandemia, a perda de memória afetou diversas esferas da vida dos brasileiros, sendo uma delas o ambiente de trabalho. Exemplo: “O neurologista Ricardo Novis relata que “uma colega médica teve que deixar de exercer a profissão em decorrência da perda de memória […] — Ela não lembrava o nome dos remédios que deveria receitar nem as substâncias. Teve que parar de trabalhar por seis meses, mas já retornou ao consultório — lembra Novis, que atende no Leblon” (O GLOBO). Além do ambiente laboral, a perda de memória afetou também a rotina de casa de muitos brasileiros. Exemplo: “A Administradora Daniella Menezes, moradora de Botafogo, relata perda de memória entre uma das agruras que enfrentou após ter sido diagnosticada duas vezes com o coronavírus: em maio e em julho de 2021. – Às vezes, eu achava que não era da Covid, mas ia buscar alguma coisa em um cômodo e esquecia o que era. Também esquecia o nome de coisas básicas, como faca. Falava: “Pega aquele objeto que corta”. Meu cabelo também passou a cair bizarramente, achei que ia ficar careca. Levou mais de um mês para normalizar” (O GLOBO)O isolamento social e o lockdown contribuíram para uma queda significativa na capacidade de memória das pessoas. O ambiente restrito imposto pela pandemia afetou a memória negativamente. Exemplo: “Se, desde o lockdown, você tem sentido dificuldade de lembrar de enviar e-mails, de encontrar a palavra certa ou, mais uma vez, se esqueceu de comprar leite — você não está sozinho. Perdi a conta do número de vezes que ouvi amigos reclamando recentemente de como suas memórias pioraram” (BBC). 

Desafio é uma situação problemática, no meio educacional, diante das dificuldades impostas pela pandemia do novo coronavírus. Exemplo:Uma comissão da Câmara dos Deputados que acompanhou as despesas do Ministério da Educação em 2020 constatou que houve ‘uma queda abrupta e inexplicável do fluxo dos recursos federais em diferentes áreas da educação, em um ano em que o orçamento federal da educação deveria ser revisto para dar conta dos novos desafios, como conectividade dos estudantes e implementação dos protocolos de biossegurança’” (CNN Brasil). Dificuldade de acesso aos dispositivos e de engajamento das famílias. Exemplo: “Uma revisão de estudos sobre ensino remoto na educação básica dos Estados Unidos lembra que as evidências em torno do tema são ‘esparsas’. E, também lá, o acesso a dispositivos foi um grande desafio, seguido de outro: ‘garantir que estudantes e famílias se engajem com o ambiente de aprendizado’ remoto” (BBC News). Obstáculos enfrentados pelos professores no que se refere ao envolvimento dos alunos. Exemplo:Desde o começo da pandemia, com o cancelamento de aulas presenciais e as incertezas sobre o seu retorno, um dos desafios das professoras dos diferentes ciclos e das pedagogas, especialmente nas séries iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), é garantir que os alunos se envolvam com as atividades escolares” (El País). Dificuldades enfrentadas por estados e municípios. Exemplo: “O documento destaca que estados e municípios têm enfrentado sozinhos desafios para adaptar suas atividades ao ensino à distância, assim como para implementar protocolos de saúde no retorno às escolas” (CNN Brasil). Problemas socioeconômicos que afetam o meio educacional. Exemplo: Os desafios socioeconômicos ligados, principalmente, à desigualdade de oportunidades de aprendizagem e de acesso ao ambiente escolar são as principais barreiras encontradas na educação atual brasileira. A pandemia do novo coronavírus pegou o mundo inteiro de surpresa, acentuou essa problemática e impôs desafios ainda mais urgentes” (G1).

Desânimo é algo compartilhado, na pandemia do novo coronavírus, por inúmeras pessoas, em função da falta de perspectiva presente ou futura. Nessa direção, o desânimo suspende o tempo e provoca um estado de espera constante. Exemplo: “Tenho o corpo cansado sem que o possa sentir, mas sinto com exatidão o cansaço de tudo, o desânimo geral que há alguns anos nos contagiou, que fez da vida uma espera cautelosa, não mais que sobrevida, sem experiência presente ou futura” (UOL). O desânimo, na pandemia do novo coronavírus,  é ocasionado pelas dificuldades que emergem nas/pelas aulas on-line. São acentuadas as desigualdades sociais e, muitas vezes, o ensino remoto não contempla os estudantes da mesma forma, visto que muitos deles não possuem acesso a equipamentos adequados ou não dispõem de ambiente adequado para o estudo. Exemplo: “Sinto um desânimo constante e é difícil manter a concentração com a família toda em casa” (R7). O desânimo se manifesta também quando o assunto é o término da pandemia de covid-19: para que o seu status seja alterado para doença endêmica, é necessário um tempo de observação e uma mudança no perfil da evolução e estabilização dos casos. Estamos distantes desse patamar, ainda que muitos já tenham naturalizado casos expressivos de mortes pela doença a cada dia. Ao tempo da matéria, em 15 de março de 2022, o número de mortes era de 187, registradas no dia 14 de março de 2022, com uma média semanal de 415 casos. O desânimo se mostra, em razão disso, prejudicial à manutenção de medidas de segurança no combate à pandemia. Exemplo: “‘Mas dá para entender o desânimo. Essas medidas estão durando muito tempo e cansam’, reconhece o infectologista da Fiocruz. ‘O irônico desse cansaço é que, por causa dele, algumas pessoas começam a se descuidar’” (UOL). No Brasil, o desânimo pode estar relacionado com a fome. Com a alta dos preços dos alimentos, muitas famílias são afetadas, comprometendo a saúde, sobretudo de crianças, que apresentam inúmeros problemas relacionados à alimentação. Exemplo: “As crianças com deficiência de ferro sofrem alterações no desenvolvimento do cérebro que, mais para frente, se manifestam na forma de dificuldade de aprendizado, sonolência, desânimo. Muitos desses problemas repercutem pela vida toda e são irreversíveis” (BBC). O desânimo, no âmbito dos negócios, provocou  impactos nos empresários, sobretudo, devido à vacinação lenta, à interrupção dos programas de ajuda e à crise, provocando incertezas diante do futuro. Exemplo: “Um ano de crise: com vacinação lenta e fim de programas de ajuda, empresários relatam desânimo e dificuldades para manter negócios. […] O cenário, com poucas exceções, é de desalento: demissões, portas fechadas e um futuro ainda mais incerto” (G1). Desânimo é um estado, sensação e/ou sentimento que vem atingindo pesquisadores brasileiros diante dos cortes orçamentários do principal órgão responsável pelo financiamento científico no Brasil (CNPQ), paralisando pesquisas relacionadas, inclusive, à pandemia de covid-19. Exemplo: “Apagão orçamentário cria epidemia de desânimo entre pesquisadores brasileiros” (Metrópoles). Desânimo é um sintoma resultante de transtornos mentais – como a ansiedade e a depressão – que foram agravados com o advento da pandemia. Exemplo: “Pesquisa do Ministério da Saúde, divulgada na semana passada, mostrou que, em média, 11,3% dos brasileiros relatam diagnóstico médico do transtorno mental – especialistas acreditam que a pandemia agravou esse cenário […].  Os episódios de depressão podem ser leves, moderados ou graves. Inicialmente, o paciente deve ficar atento a sintomas como tristeza persistente, humor deprimido (desânimo, baixa autoestima, sentimentos de inutilidade)” (R7). O desânimo afeta indivíduos de todas as idades, no entanto, pode ser mais prejudicial para a saúde dos idosos. Exemplo: “O adoecimento mental para esta faixa etária pode impactar a saúde como um todo, explica a geriatra Daniela Gomez, da SBA Residencial (Sociedade Beneficente Alemã). De acordo com a médica, desânimo, alteração do sono e do apetite são alguns dos sinais que podem indicar que o idoso está vivenciando algum prejuízo do seu bem-estar mental” (R7). Desânimo é sintoma de problema psiquiátrico causado pelas condições impostas às pessoas na/pela pandemia do novo coronavírus. Exemplo: “Medo da infecção pelo novo coronavírus, mudanças na rotina, incertezas e o isolamento social estão entre fatores que levaram mais pessoas aos consultórios de psiquiatras, que alertam sobre a necessidade de observar sintomas como alterações no sono, ansiedade e desânimo, e de buscar ajuda ao sentir impactos na saúde mental” (Terra).  Desânimo é um drama emocional vivido por casais que tiveram o processo de adoção de um filho atrasado na/pela pandemia. Exemplo: “Casais relatam expectativas e desânimo por lentidão no processo de adoção na pandemia” (G1).

Desigualdade é a dificuldade enfrentada pela população mais vulnerável e marginalizada. Exemplo: “Além disso, todos os planos e medidas de reabertura segura devem almejar a redução de desigualdades e a melhora das condições educacionais e de saúde para a população mais vulnerável e marginalizada” (G1). Problema vivido pelos brasileiros na pandemia. Exemplo: “A pandemia aprofundou ainda mais a desigualdade entre os brasileiros em relação à educação, como mostra a reportagem de Renata Ribeiro” (G1). Problema crônico no Brasil.É da natureza dessa doença se espalhar, contaminar a cidade, o estado, o país. Não é de 2020. Já faz bem mais tempo que esse vírus já é endêmico no Brasil; esse da desigualdade” (G1). Problema de ordem social enfrentado por alunos mais pobres e seus familiares, na educação, durante a pandemia do novo coronavírus. Exemplo: “Outro problema que ficou evidente na educação com a pandemia do Coronavírus é a desigualdade social e de acesso a tecnologias, o que causou um abismo entre aqueles que podem dar continuidade ao seu processo de aprendizagem e outros que sequer possuem um dispositivo eletrônico com conexão à internet dentro de casa” (G1). Problema gerado pelas aulas on-line. Exemplo: “Os argumentos das autoridades, em geral, giram em torno da importância da educação e do combate às desigualdades trazidas pelas aulas on-line. Abordam também o baixo impacto das crianças nas cadeias de transmissão do novo Coronavírus” (G1). Problema possível de ser resolvido com a escola aberta. Exemplo: “O educador pontua que a escola precisa ser vista como prioridade e alerta que é necessário trabalhar para reduzir as desigualdades: ‘Vamos ter um fosso entre grupos, que se ampliou durante a pandemia, podendo ter consequências de médio e longo prazo. Precisamos trabalhar para fazer escolhas adequadas, entendendo o que é fundamental para o aprendizado de crianças e adolescentes’” (El País). Disparidade que só pode ser superada pela educação. Exemplo: “Os especialistas concordam: educação é a vacina para desigualdade” (G1). A desigualdade acentua diferenças educacionais vividas no mundo, mas que ficaram mais evidentes devido à pandemia do novo coronavírus. Exemplo: “Coronavírus exacerbou desigualdades educacionais no mundo” (El País).

Distanciamento Social é o ato ou efeito de distanciar-se, afastar-se de pessoas. É manter-se distante fisicamente de outras pessoas em espaços públicos (praças, ruas, praias) e privados (lojas, shopping, casas), bem como no convívio social com pessoas que não habitam na mesma residência para evitar a propagação e o contágio do novo coronavírus, causador da doença covid-19. Para isso, a distância recomendada entre as pessoas deve ser de, pelo menos, 1,5 metro. Exemplo: “O Projeto de Lei 2820/20 determina que estabelecimentos autorizados a funcionar com atendimento ao público durante a pandemia de Covid-19 garantam distância mínima de 1,5 metros entre pessoas nas filas” (Câmara dos Deputados). Com o distanciamento social, evitam-se aglomerações, fluxo de pessoas nos espaços públicos e privados, ascensão de casos e colapso do sistema de saúde. Exemplo: “O distanciamento social diminui a transmissão para que os serviços de saúde possam testar casos suspeitos, rastrear contatos e tratar e isolar pacientes” (Organização Pan-americana da Saúde). É uma das medidas de prevenção divulgadas pela Organização Mundial da Saúde, pelo Ministério da Saúde, pelos especialistas em saúde e pelas autoridades sanitárias como eficaz para evitar a disseminação da covid-19. Exemplo: “A adoção de medidas de distanciamento social é apontada por autoridades sanitárias e especialistas como a forma mais eficaz de conter a pandemia de Covid-19 sem sobrecarregar os sistemas de saúde” (Aos Fatos). É a finalidade pela qual gestores dos estados e municípios avaliam e executam estratégias e aplicam sanções para quem não o cumpre. Exemplo: “Na Zona Norte da Capital um estabelecimento foi autuado também por ausência de distanciamento, e no Porto Seco também houve autuação pelo mesmo motivo” (G1). As medidas de distanciamento social devem ser adotadas por cada pessoa e por todos os setores da sociedade (restaurantes, lojas, jardins botânicos, hotéis, prefeituras, ONGs, etc.). Exemplo: “O uso da máscara, o distanciamento social rigoroso e a recusa de participar de aglomerações são comportamentos que buscam evitar a expansão da pandemia” (Observatório da Imprensa). Para que haja segurança no funcionamento dos serviços considerados essenciais e não essenciais, deve-se observar o distanciamento entre as pessoas. Exemplo: “De acordo com decreto publicado na última quarta-feira (16) pela Prefeitura, somente serviços essenciais estão autorizados a funcionar até 0h de 28 de junho, o que inclui alimentação, saúde, postos de combustíveis, bancos e correios, mas cada área submetida a regras diferentes, que não necessariamente liberam o atendimento presencial” (G1). Distanciamento social, isolamento social e confinamento possuem sentidos próximos, pois, quando se fala em medidas de prevenção, temos tanto o distanciamento como o isolamento social. Destacamos que o isolamento é recomendado para afastar as pessoas do convívio social, quando se encontram infectadas com o novo coronavírus ou com suspeita de infecção. Exemplo: “Apesar de terem significados distintos, as palavras quarentena, isolamento e distanciamento são, muitas vezes, usadas para dizer a mesma coisa no dia a dia” (UOL). O Ministério da Saúde, em abril de 2020, publicou duas categorias de distanciamento: o distanciamento social ampliado e o distanciamento social seletivo, dependendo do cenário da transmissão da doença e da capacidade da rede de saúde. Exemplo: “A medida utilizada pela maioria das regiões do país é o Distanciamento Social Ampliado (DAS), quando todos os setores da sociedade precisam permanecer na residência enquanto durar a decretação da medida pelos gestores locais” (Ministério da Saúde). O distanciamento social seletivo promove o distanciamento das pessoas consideradas dos grupos de risco. Exemplo: “Nestes casos, apenas alguns grupos ficam isolados, com atenção aos de maior risco de agravamento da doença, como idosos e pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, ou condições de risco, como obesidade e gestação de risco” (Ministério da Saúde). Em maio de 2020, o Ministério da Saúde divulgou outras categorias para o distanciamento social. A classificação para cada categoria depende da capacidade instalada de tratamento, do nível epidemiológico, da velocidade de crescimento e das condições de mobilidade urbana. Exemplo: “A partir dessa classificação de riscos são indicados tipos de distanciamento social: seletivo I e II, ampliado I e II e restrição máxima” (Agência Brasil).

Educação a distância é a modalidade educacional na qual estudantes e professores estão separados, física ou temporalmente e, por isso, faz-se necessária a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação. É comum encontrar as expressões ensino a distância, educação remota e ensino remoto como sinônimos para educação a distância. O que diferencia, por exemplo, a educação a distância do ensino remoto é o fato de que aquela tem estrutura metodológica consolidada e aprovada em legislação pelo Ministério da Educação, e este, em decorrência da pandemia do novo coronavírus, foi sendo regulamentado por diversas portarias, resoluções, notas técnicas e orientações, elaboradas por órgãos e instituições de ensino. Exemplo: “‘Essa experiência que a gente está tendo, remota, é completamente diferente da experiência EAD’, afirma o doutor em comunicação, Alexandre Kieling. Ele explica que a educação a distância, conhecida como EAD, tem uma metodologia bem programada desde o princípio” (G1). Antes da pandemia, a educação a distância funcionava como uma modalidade educacional alternativa e atendia estudantes que buscavam flexibilidade de tempo e de espaço para estudar. No contexto da pandemia do novo coronavírus, a educação a distância tem sido a principal alternativa para manter os estudos e continuar o processo educacional, devido às medidas de isolamento social. Exemplo: “O fechamento incentivou um sem-número de iniciativas, individuais ou institucionais, de mudar a oferta de cursos e disciplinas da modalidade presencial para algum tipo improvisado de educação a distância (EaD)” (Le Monde). Por exigir a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, a educação a distância enfrenta limitações para sua efetivação. Exemplo: “‘O que essa crise mostra é como a educação presencial é fundamental’ […], lembrando os meios limitados que dificultam a educação a distância no Brasil. ‘Tem a barreira da falta de acesso à internet, da falta de equipamentos, da falta de privacidade’” (G1). A educação a distância diferencia-se da educação promovida na sala de aula/escola e, por vezes, pode ser considerada não atrativa. Exemplo: “Oliveira faz parte do grupo de educadores que foi em busca de soluções para o fechamento das escolas. Dialogou com professores da Alemanha, Argentina e Portugal. A expectativa, naquele primeiro momento, era trocar boas práticas para que as crianças e adolescentes pudessem voltar à sala de aula o mais rapidamente possível. A possibilidade de um período longo de educação à distância não era atrativa para nenhum país” (El País). Os problemas de exclusão escolar já existiam antes da pandemia do novo coronavírus, mas a escolha da modalidade de educação a distância, como alternativa para manter o processo educativo, impactou a capacidade de aprendizagem e a evasão escolar. Exemplo: “Há apenas a experiência das longas férias de verão em alguns países, especialmente na Europa, que no caso dos alunos mais vulneráveis podem provocar a perda de algumas capacidades de aprendizagem, recorda Antoninis. […] Entretanto, agora os alunos se viram obrigados a permanecer durante vários meses afastados do estudo. E, uma vez mais, são os mais vulneráveis, com menos recursos, e que portanto tampouco puderam acompanhar a educação à distância estabelecida em muitos países (mas não todos), os que serão mais impactados” (El País).

Educação remota é a forma de ensino adotada pelas escolas e universidades, vista como uma oportunidade de continuar as suas atividades a distância, durante a pandemia do novo coronavírus. Exemplo: “O Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP) e o Centro de Aprendizagem em Avaliação e Resultados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) avaliaram a eficiência dos planos de educação remota de Estados e capitais” (G1). Compreende também uma tentativa que possibilita aos alunos o acesso ao ensino, ainda no período de isolamento social. Exemplo: “Outro ponto crucial, diz Barberia, é garantir a conectividade dos alunos, com acesso público de qualidade a internet e a aparelhos adequados, para que eles de fato consigam usufruir da educação remota nos momentos de paralisação do ensino presencial” (BBC). Constitui um obstáculo para o aprendizado dos alunos. Exemplo: “Não tem como ter essa educação remota, em certo sentido improvisada, durante oito meses. É impossível achar que não vai ter consequências graves. Os alunos vão aprender menos, a chance de evadir é maior, e tudo isso acontecendo de uma maneira extremamente desigual, porque esse esforço meritório de educação remota requer um apoio da família em termos de recursos digitais, espaço, lugar para estudar, tempo para estudar” (Terra). A educação remota salienta a desigualdade dos grupos sociais. Exemplo: “Quem tem mais risco de não voltar para a escola são os mais pobres, os mais vulneráveis, e quem se beneficiou menos da educação remota foram os mais pobres e mais vulneráveis” (Terra).

Enfermagem é cuidado com o outro (independente de etnia, cor, gênero, religião), é afeto, amor, proteção, ajuda, assistência, auxílio, precaução, enfrentamento diante da dor e das adversidades, em seus diferentes níveis e intensidades. É afeto e amor redobrados. Exemplo: “Afeto, amor e enfermagem. Atualmente, os sentidos e a ligação entre as três palavras nunca foram tão presentes para Wilsomar da Silva, de 48 anos, que trabalha na área da Saúde há 25” (G1 Notícias). É dar o melhor de si, fazer além do que sua profissão determina, propõe e/ou exige: “Nos plantões, o técnico de enfermagem além de ajudar nos procedimentos técnicos, corta cabelo, maquia, lê livros, conta histórias e leva música para os pacientes infectados com o coronavírus” (G1 Notícias). É estar no lugar “do outro” e “com o outro”, é sentir o isolamento como o paciente sente, é ser a companhia daqueles que carecem de contato físico/humano. Exemplo: “O técnico de enfermagem também sofreu com a falta de afeto no começo da pandemia. Wilsomar relembra que ao chegar em casa, ele não pôde abraçar os filhos, então, se viu no lugar dos pacientes que não podiam receber visitas e só dependiam do ‘lado humano’ dos profissionais da Saúde” (G1 Notícias). É buscar passar segurança, agir com profissionalismo, mas arriscar sua própria vida pelo bem-estar das vítimas. Exemplo: “Com mais de 20 anos de profissão, Carla fez aquilo que sempre fez ao longo da carreira: tranquilizou a paciente, uma idosa, e calmamente realizou o protocolo para testagem da doença. Mesmo tomando todos os cuidados, dias depois, ela própria adoeceu” (EL PAÍS). Encontrar-se, no contexto da pandemia, diante das lacunas da saúde brasileira. Falta de equipamentos de proteção, bem como de informação e conhecimento acerca de seu uso. Exemplo: “Outro problema enfrentado pelos profissionais da enfermagem é a falta de equipamentos de proteção individual, os EPIs […]. Não apenas escassez quantitativa desses produtos, mas também a qualidade do material é questionável. Outra questão é o treinamento das equipes para usá-los: muitos profissionais se contaminam ou pelo uso inadequado do EPI, ou então na hora da desparamentação [retirada da máscara, luvas e avental], diz Neri” (EL PAÍS). Exaustão diante das mortes em massa, cansaço físico e mental, exoneração. Exemplo: “‘Estou exausta. Não estou mais preparada para ver tanta gente doente morrer. De verdade, eu estou prestes a pedir exoneração’, afirma a enfermeira Luciana Martinez, 42 anos. […] Denise Reis Dias Pupin, 40, enfermeira, abriu mão da dupla jornada em julho após presenciar uma verdadeira ‘catástrofe’. ‘Sempre trabalhei com pacientes críticos, a minha carreira de mais de 20 anos de enfermagem foi cuidando de paciente de UTI, muitas vezes em estado terminal. Mas nunca vi tanta gente morrer na vida, e nunca me senti tão cansada mentalmente quanto este ano’, afirma” (EL PAÍS).

Ensino remoto é o modelo de ensino adotado durante a pandemia do novo coronavírus, mediado ou não por tecnologias digitais de informação e comunicação, em substituição ao ensino presencial. Exemplo: “Com a alta de casos, o Estado iniciou o ano letivo de 2021 apenas com ensino remoto” (El País Brasil). Tentativa de simular as aulas do modelo presencial por meio de encontros ao vivo (síncronos) e também através de gravações e/ou materiais impressos (assíncronos). Exemplo: ‘A prefeitura disse ainda que, desde o início do ensino remoto, distribuiu mais de 1,5 milhão de materiais elaborados pelos professores da rede” (BBC News Brasil). Desafio para as famílias. Exemplo: “Desde então, as famílias lidam com o desafio do ensino remoto, estabelecendo rotinas de estudo quando é possível, em meio às incertezas sobre o futuro e receios quanto ao recrudescimento do avanço do vírus no país” (El País Brasil). Desafio para as escolas. Exemplo: “A maioria das escolas não conta com o suporte necessário para o oferecimento do ensino remoto ou a distância” (G1). Desafio para os estudantes. Exemplo: “As redes já vinham reportando que cerca de 30% dos adolescentes iam desistir de estudar por causa da sensação de que não aprendem no ensino remoto” (El País Brasil). Experiência de superação e novos sentimentos. Exemplo: “Assim como Denise, muitos outros professores têm encarado o ensino remoto como uma experiência de superação. A nova realidade de aulas em tempo real pelo computador, o atendimento dos alunos por WhatsApp em horários imprevistos e a necessidade de acolhimento das turmas não só mudaram a rotina como trouxeram novos sentimentos sobre o trabalho” (El País Brasil). O ensino remoto, em alguns casos, evidenciou o descaso e a omissão do poder público. Exemplo:Outros problemas graves foram a falta de coordenação nacional por parte do Ministério da Educação e os cortes orçamentários substanciais na área, que vão dificultar investimentos em acesso ao ensino remoto em 2021” (BBC News Brasil). Acentuação das dificuldades enfrentadas pela população vulnerável. Exemplo: “No momento em que a alta de mortes por Covid-19 no Brasil torna ainda mais complexas as discussões sobre volta às aulas presenciais, o ensino remoto continua a ser a rotina de muitas famílias — assim como não ter acesso à educação à distância continua a ser a realidade de grande parte da população mais vulnerável” (BBC News Brasil). 

Exclusão escolar é um problema agravado pela pandemia do novo coronavírus que afetou diretamente milhões de alunos em países pobres. Exemplo: “Unesco: Pandemia acelerou a exclusão escolar em países pobres. Em relatório, entidade mostra que a covid-19 fez com que 258 milhões de alunos no mundo ficassem sem ter nenhuma condição de estudar” (R7). Adversidade enfrentada por alunos mais novos e moradores de regiões rurais no acesso à educação por meio da conexão com a internet. Exemplo: “‘Certamente estamos em cenário mais desafiador hoje’, afirma Ernesto Faria, diretor executivo do Iede. Para ele, o risco é ampliar a exclusão escolar em idades abaixo de 16 e 17 anos. ‘Voltamos a ter risco de evasão entre alunos mais novos, entre 6 e 14 anos, um problema que já havíamos superado, mas que voltou a ser ameaça por causa da dificuldade de conexão nas regiões rurais, por exemplo’, alerta” (G1). Problema que atingiu o público infantil formado por crianças negras, pardas ou indígenas. Exemplo: “Segundo a entidade, esta faixa etária é a mais afetada pela exclusão escolar [..]. Entre elas, 69,3% das crianças de 6 a 10 anos sem escola são pretas, pardas ou indígenas. Antes da pandemia, crianças desta idade sem oportunidades de educação eram exceção” (G1). Obstáculo imposto pela pandemia do novo coronavírus a estudantes. Exemplo: “Exclusão escolar de crianças e adolescentes aumenta 709% em Roraima, aponta Unicef. Pesquisa mostra que 38,6% das crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos ficaram excluídos da educação durante o primeiro ano da pandemia. Percentual deixa Roraima em primeiro lugar entre os estados do país” (G1). Resultado da ausência de políticas emergenciais que contemplassem estudantes de regiões mais pobres do país. Exemplo: “As escolas públicas em regiões mais pobres, como no campo, nas áreas ribeirinhas e remotas, e nas periferias urbanas foram as que mais sofreram com a exclusão escolar de políticas emergenciais elaboradas com base na aceitação por parte dos governos da desigualdade educacional e social” (Le Monde). É um retrocesso educacional no Brasil causado pela pandemia do novo coronavírus. Exemplo: “A exclusão escolar atingiu crianças de faixas etárias em que o acesso à escola não era mais um desafio. O estudo do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) em parceria com o Cenpec Educação (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária) mostra que em novembro de 2020, mais de 5 milhões de meninas e meninos não tiveram acesso à educação no país, um número próximo ao que o Brasil tinha no início dos anos 2000” (R7).

Falta de perspectiva, no contexto pandêmico, é ausência de oportunidades diante da desigualdade social, da miséria, do medo e do negacionismo. A falta de perspectiva atinge as pessoas mais vulneráveis socialmente no Brasil. Exemplo:Preconceito, medo e falta de perspectiva: pessoas sem-teto relatam dificuldades da vida nas ruas do Recife” (UOL). À vista disso, é também desemprego, dificuldades financeiras. Exemplo:Equipe da Globo acompanhou a noite de quem dorme ao relento ou em barracas improvisadas na região central da capital pernambucana. Muitos afirmam terem perdido emprego devido à pandemia. […] Rodrigo Pereira Nunes trabalhava em bares de praia, mas ficou sem emprego e sem ter onde morar em meio à pandemia. A barraca de lona que tinha virou o local onde dorme com a esposa no Centro da capital pernambucana. […] Pedaços de isopor são amarrados para servir de casa para Djalma Barbosa da Silva, que perdeu o emprego. ‘Era para eu estar em um abrigo, mas toda vez que chego lá, dizem que não tem vaga. Se você não fizer isso, a turma lhe rouba’, contou Djalma” (UOL). Na pandemia, a falta de perspectiva é uma das consequências da perda de vida: seja em função da morte, seja em função da impossibilidade de retomada da rotina. Exemplo: “Na pandemia, o luto ganha outra conotação: não é só a morte, mas a perda da vida como era antes da covid-19 e a falta de perspectiva de retomá-la. Nesse quesito, quase ninguém sai ileso. Crianças perderam contato com a escola, amigos, parentes. Em casa, notam o estresse familiar e o medo” (Terra). Falta de perspectiva implica no fomento à migração de pessoas, sobretudo àquelas que se formaram no Brasil, mas que precisaram migrar em razão das condições brasileiras na pandemia. Exemplo: “Vanessa Cepellos, professora de Gestão de Pessoas da FGV-EAESP, também aponta fuga de talentos associada à ‘falta de perspectiva’. ‘Não é uma decisão tomada do dia para a noite’. Professora da Unicamp e à frente de pesquisas sobre migração, Ana Maria Carneiro lamenta que ‘grande parte dessas pessoas é proveniente de universidades públicas ou recebeu bolsas de pesquisa’. ‘Ou seja, o País perde todo o recurso que investiu na formação, além das competências específicas’” (R7). Principalmente no primeiro ano da pandemia do novo coronavírus, a falta de perspectiva é uma das dificuldades vividas por alunos que precisaram abandonar seus estudos. Exemplo: “Queda na renda e falta de perspectiva levam alunos a desistência de seus cursos. Evasão universitária, que já vinha em tendência de alta, pode observar aumento em 2020” (G1). Após as três primeiras ondas de contágio pelo novo coronavírus, a expectativa pela quarta onda vem causando o agravamento, por exemplo, de sintomas como depressão, ansiedade e transtorno bipolar, devido à falta de perspectiva do decreto de fim da pandemia. Exemplo: “[…] Com a falta de perspectiva para o fim da pandemia, especialistas temem que a situação se agrave, especialmente para os brasileiros, que nesse momento já enterraram 400 mil pais, mães, irmãos e amigos por causa da covid-19, enquanto assistiam seu governo desacreditar da doença, defender tratamentos ineficazes e, agora, impor morosidade à vacinação” (UOL). A pandemia do novo coronavírus desencadeou a falta de perspectiva em muitos estudantes. Houve um crescimento do número de alunos que abandonaram a faculdade por falta de renda ao perder o emprego, pelos salários reduzidos, etc. Houve, por isso, queda de matrículas, abandono e aumento da evasão no ensino superior privado e público do país. Exemplo: “Queda na renda e falta de perspectiva levam alunos a desistência de seus cursos. Evasão universitária, que já vinha em tendência de alta, pode observar aumento em 2020” (G1). A falta de perspectiva, no contexto pandêmico, desencadeada por diversos fatores, pode corroborar com o surgimento e agravamento de quadros relacionados à saúde mental. Exemplo: “As restrições na vida social, financeira, entre outras dimensões, aumentam a falta de perspectiva e diminuem o poder de planejamento. Nada disso é, em si, um sério transtorno psíquico, mas esse tipo de sofrimento prolongado pode, segundo a organização, gerar ansiedade, depressão e insônia, mesmo em quem não apresentava qualquer tendência prévia” (GOV).

Felicidade, antes da pandemia, era o estado de espírito de quem está de bem com a vida, podendo ser relacionado à alegria, bem-estar, euforia, tranquilidade, equilíbrio, idealização, positividade, satisfação. Felicidade, durante a pandemia, é sobreviver à covid-19, manter o emprego, alimentar a esperança de rever os amigos, sonhar com aglomeração, ser vacinado e ver os amigos/parentes/colegas imunizados, recuperar-se da doença ou ver um familiar/amigo vencer o vírus, estar com a família. Exemplo: “A pandemia, e toda a alteração das nossas práticas habituais, nos fez refletir sobre o nosso sistema de valores, de crenças e qual o significado que atribuímos à nossa vida, o que possibilitou a construção de um novo sentido. Esta reavaliação ganhou conotações mais positivas” (G1). É acordar todos os dias, comer, sentir o gosto da comida, respirar. Exemplo: “Felicidade do Brasileiro cai em meio a pandemia” (Diario G1). A felicidade também pode estar em assistir a manifestações artísticas e, assim, voltar a rir e gargalhar. Exemplo: “Dona Hermínia nos fez fugir deste mundo cruel para momentos de muita alegria e risos. Nos deu felicidade” (El Pais Brasil).

Fique em casa é uma expressão linguística repetida diversas vezes na/pela sociedade ao longo da pandemia, sugere a prevenção e o combate da disseminação do novo coronavírus. Exemplo: […] “é preciso ficar em casa. Se você não tem coisas que você obrigatoriamente precisa fazer fora, fique em casa. Porque a gente só consegue ver o resultado depois de, no mínimo, 14 dias. Se a gente não conseguir reverter isso, o que vai acontecer é uma catástrofe de proporções muito maiores do que estamos vendo hoje” (CNN). É o que deve ser feito quando uma pessoa apresenta sintomas de covid-19, mantendo assim o isolamento social. Exemplo: “Com sintomas leves, fique em casa, mas de olho na evolução do quadro. ‘Tome remédios para aliviar sintomas com moderação e procure pronto-atendimento apenas se tiver febre alta, falta de ar ou outros sinais mais graves’, aconselha Renato Grinbaum, infectologista e professor na Universidade Cidade de S. Paulo (Unicid)” (Veja Saúde). Medida necessária que ajuda a evitar aglomeração de pessoas; tornou-se polêmica após declarações do atual presidente em relação a seu impacto na economia do país. Exemplo: “Bolsonaro culpa ‘fique em’ casa por inflação e diz que medidas estão sendo tomadas” (GAZETA DO POVO). No contexto pandêmico, vale destacar que ficar em casa não é opção para alguns setores da sociedade, por exemplo, transporte e saúde. Exemplo: “O ‘fique em casa’ tão repetido durante a pandemia, para alguns, não é opção” (CNN).

Gargalhada é riso alto, prolongado, intenso, com vontade, com leveza, com alegria e com prazer. É um modo de extravasar, de soltar a voz diante de um acontecimento engraçado. Sentir-se bem frente a uma situação inusitada. É rir até chorar. Na pandemia, é também alegrar-se diante da superação da covid-19, causando riso nervoso, uma gargalhada emotiva. Exemplo:Após vencer uma luta de 19 dias contra a Covid-19, o engenheiro civil Vitor Matos Caselato, de 30 anos, pediu em casamento a namorada Ester dos Santos França, de 31, no dia em que recebeu alta, na recepção do hospital onde estava internado para tratamento da doença” (G1). Na pandemia, a gargalhada pode consistir em deboche, ironia, nervosismo, caçoada de algo, de alguém ou dos acontecimentos. Pode compreender também uma manifestação que visa à desqualificação das recomendações da ciência. Exemplo: “O presidente é um caso único no mundo em meio à tragédia que vive. Chegou a caçoar de quem toma a vacina, dizendo entre gargalhadas que as pessoas ‘vão virar jacarés’” (El País). É uma válvula de escape diante da doença. Exemplo: “Gargalhada é arma contra a pandemia” (Correio da Manhã).

Genocídio é uma palavra utilizada, nas atuais condições brasileiras de enfrentamento da pandemia, para representar o extermínio, sobretudo dos grupos minoritários, que são afetados pelo novo coronavírus. Representa a morte em massa e, com isso, a extinção do corpo e o apagamento dos sujeitos. O genocídio é considerado um crime contra a humanidade, justamente por compreender a morte completa ou parcial de determinados grupos e, por isso, é assim definido após os crimes serem julgados, o que ocorre por meio da Corte Penal Internacional (Tribunal Internacional de Justiça), localizada na cidade de Haia, nos Países Baixos (Brasil Escola). Especificamente, genocídio pode representar as mortes em excesso, em função dos altos índices de contaminação pelo novo coronavírus, ocasionados pela exposição a determinadas situações, sobretudo de vulnerabilidade. Exemplo: “Governos ignoram o genocídio praticado no transporte público” (R7). A gestão ineficaz das medidas que barram o contágio do novo coronavírus têm exposto milhões de brasileiros ao adoecimento e/ou à morte em decorrência das complicações geradas pela doença. Genocídio representa também o desaparecimento gradativo das populações indígenas, o que ocorre durante séculos, mas é potencializado em decorrência do avanço da pandemia do novo coronavírus. Exemplo: “Os indígenas afirmam que ‘o Estado brasileiro vem falhando gravemente no seu dever de proteger a saúde dos povos indígenas diante da covid-19, gerando o risco de extermínio de muitos grupos étnicos’, e que a situação diante da pandemia é tão grave que está em curso um ‘genocídio’” (BBC). Com a pandemia de covid-19, as desigualdades sociais foram evidenciadas no Brasil: do total de mortos, diariamente, há uma relação com as vítimas pré-pandêmicas, a exemplo dos indígenas. Na sua grande maioria, são os mesmos corpos que morrem todos os dias. Possuem as mesmas cores, vêm dos mesmos lugares, estão sob condições semelhantes. A palavra genocídio pode, além de representar, caracterizar a gestão da pandemia no Brasil, considerando que são contabilizadas inúmeras mortes diariamente, desde o início do contágio e propagação do novo coronavírus. Exemplo: “‘Há indícios significativos para que autoridades brasileiras, entre elas o presidente, sejam investigadas por genocídio” (El País). A imprensa brasileira tem apresentado inúmeras críticas aos órgãos governamentais em relação à gestão ineficiente da pandemia. Há uma CPI em andamento para investigar possíveis crimes e responsabilizar os culpados. Observa-se a dizimação, principalmente de grupos étnicos específicos, sobre os quais, há muito tempo, naturalizou-se o seu apagamento. Genocídio é uma palavra utilizada para representar a consequência da falta de planejamento do governo nas estratégias que visam à vacinação massiva da população, no intuito de diminuir, concomitantemente, a contaminação, a internação e as mortes em função do novo coronavírus. Exemplo: “‘Com a vacinação a ritmo de tartaruga, o que estamos fazendo no Brasil é expor a população e deixar a seleção natural agir. Não é exagero falar em genocídio’, disse Naime, da Unesp” (R7). Em março de 2021, por exemplo, o Brasil foi considerado como o epicentro da pandemia de covid-19 no mundo, superando os recordes, tanto de casos quanto de mortes. A vacinação lenta, devido, sobretudo, à falta de doses, contribui para que a disseminação do novo coronavírus não diminua consideravelmente. 

Gripe é uma doença infecciosa, virótica e contagiosa (gripe aviária, espanhola, H1N1). Trata-se de uma virose que causa febre, mal-estar, congestão nasal e dor de cabeça. Compreende uma infecção menos grave do que a covid-19. Na pandemia, gripe é angústia, medo, ansiedade. Exemplo: “Como alguns sintomas da covid-19 – febre, tosse, dores – são semelhantes aos da gripe, é tentador comparar as duas doenças. Sajid Javid, o novo secretário de saúde do Reino Unido (equivalente ao ministro da Saúde no Brasil), disse recentemente: ‘Vamos ter que aprender a aceitar a existência da covid e encontrar maneiras de lidar com ela – assim como já fazemos com a gripe’” (Correio Braziliense). É uma doença relativizada em detrimento da covid-19; confundida com a covid-19. Exemplo 1: “Atualmente, o efeito da Covid na saúde da população é muito maior do que o da gripe” (Correio Braziliense). Exemplo 2: “Vacinação contra a gripe evita mortes e ajuda no combate à Covid-19” (CNN). Exemplo 3: “Com os moradores de Mato Grosso do Sul sob alerta de grande perigo para baixa umidade, muitas pessoas têm confundido os sintomas ocasionados pelo tempo seco, resfriados e gripe com o da Covid. Médicos deram dicas para enfrentar a secura” (G1). Exemplo 4: “De forma clara, o especialista em infectologia, Everton Lemos, usou como base uma tabela do Ministério da Saúde para explicar as incidências dos possíveis sintomas durante um período de tempo seco ou quando a pessoa apresenta sinais de resfriado, gripe ou Covid” (G1). Exemplo 5: “O médico pneumologista, Henrique Britto explica que as maiores diferenças entre os sintomas provocados pela secura da Covid, gripe ou resfriado, são os quadros irritativos” (G1). Exemplo 6:Para o especialista, as condições provocadas pelo organismo quando a pessoa possuí gripe são regionalizadas ao nariz, garganta e o olho. ‘Já a Covid envolve outros sintomas em outras partes do corpo’” (G1). 

Hábitos são comportamentos humanos relacionados à higiene (pessoal, do ambiente, dos alimentos, etc.) que foram intensificados em razão da pandemia do novo coronavírus. Exemplo: “Nem precisa dizer que o mundo mudou completamente depois da pandemia do novo coronavírus. Em vários sentidos. Mas aqui vamos destacar a mudança de hábitos de higiene neste pós-pandemia. Alguém poderia ser chamado de maníaco por limpeza se, em 2019, começasse a passar produtos de higienização em uma embalagem de saco de arroz. Certo? Mas depois de 2020 essa precaução passou a ser definida como ‘novo normal’. Ou seja, ter cuidados rígidos com a higienização pessoal e de produtos está na nossa rotina” (G1). Em razão da crise sanitária, hábitos são novos comportamentos em relação ao que passa a ser prioridade na vida dos brasileiros. Exemplo: “Após um ano convivendo com as restrições sociais impostas pela pandemia, os brasileiros demonstram interesse em manter alguns dos novos hábitos adquiridos na crise sanitária. Priorizar a alimentação, o trabalho e os estudos em casa estão entre eles. É o que aponta uma pesquisa realizada pela consultoria estratégica EY-Parthenon, que destaca também a falta do lazer externo” (G1). Costumes que foram afetados devido à quarentena ou ao isolamento social e medidas adotadas em diversos países do mundo como formas de conter o avanço da propagação do novo coronavírus. Exemplo:A quarentena ou o isolamento social impostos em diversos países para evitar a propagação do novo coronavírus estão afetando os hábitos das pessoas” (BBC). Mudanças alimentares causadas devido à alteração da rotina na pandemia. Exemplo: “Os hábitos alimentares mudaram, reduzindo o desempenho das refeições diurnas e aumentando o desempenho das refeições noturnas. A frequência de consumo de refeições instantâneas e fast food aumentou, enquanto o consumo de frutas e vegetais diminuiu” (R7).  Novas formas de dar continuidade a costumes religiosos, por necessidade de distanciamento social e isolamento social. Exemplo: “Cristãos adequam hábitos para celebrar Semana Santa durante quarentena na Zona da Mata. Católicos, evangélicos, espíritas e adventistas inovam para acompanhar ritos de fé em casa, durante distanciamento social por conta do coronavírus” (G1). Mesmo após a vacinação contra a covid-19, hábitos adquiridos durante a pandemia continuarão presentes no dia a dia. Exemplo:‘A pandemia vai acabar, mas o mais provável é que continue a existir um pequeno número de casos de covid-19 mesmo com o surgimento de uma provável vacina. Vamos ter de conviver com o vírus, novos hábitos vieram para ficar’. Essa é a afirmação do médico infectologista e referência técnica do Núcleo Especial de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde, Raphael Lubiana Zanotti. Nos últimos meses, os brasileiros se acostumaram a uma rotina bem diferente da habitual, com o uso rotineiro de álcool em gel, distanciamento social e o uso de máscaras, por exemplo. Zanotti destaca que foram mudanças muito significativas e já deveriam ser ‘normais’ em várias ocasiões” (G1). Dentre as mudanças de hábitos na pandemia, a prática da leitura também mudou. Exemplo: “Dia Nacional do Livro: hábito da leitura aumentou na pandemia. Para muitas pessoas os grandes companheiros durante o isolamento social foram os livros celebrados nesta sexta-feira (29)” (R7).

Herói é o nome dado aos profissionais que, na pandemia do novo coronavírus, saem de suas casas todos os dias para trabalhar, como os profissionais da área da saúde. Exemplo:Em meio a todo esse caos, os enfermeiros seguem motivados pelo amor em ajudar a salvar vidas, e devolver a esperança aos pacientes. Segundo os heróis da profissão, tudo aquilo que é feito com amor, tende a dar bons frutos, esse é o lema para continuar saindo de suas casas todos os dias para trabalhar” (G1). O termo herói, quando usado para se referir aos profissionais da área da saúde, traz o imaginário de que esses profissionais são imbatíveis, podem salvar muitas pessoas e não são afetados pelo vírus; na verdade, o termo é usado para destacar a importância da profissão nesse período pandêmico, entendendo que esses profissionais são seres humanos, suscetíveis à covid-19 e seus efeitos (medo, luto, pressão, trauma). Exemplo: “Costumamos chamar os profissionais da saúde de super-heróis. Eles não são. Têm as mesmas qualidades e falhas de todos nós” (UOL). Os professores também passaram a ser reconhecidos como heróis incansáveis que lutaram para manter o contato remoto com os alunos e tiveram que reinventar seu modo de ensinar, visto que surgiram vários tipos de dificuldades relativas à desigualdade econômica nos períodos de isolamento social. Exemplo: “Ao lado do médico, que salva vidas, o mestre salva o futuro. Na pandemia, que pegou o mundo de surpresa e as escolas despreparadas, gigantes multiplicaram as forças, buscaram saídas e retiveram os alunos no sistema escolar” (Correio Braziliense).

Higienização é tornar higiênico, limpo, asseado. Operação que visa à higiene ou à conservação da saúde. É uma das formas de prevenção, por meio da lavagem das mãos, do uso do álcool em gel e da utilização de máscara, com o intuito de evitar a infecção causada pelo novo coronavírus. Exemplo:A primeira orientação mundial foi o uso de máscaras. Certo? Solução simples e caseira. Isso porque o coronavírus pode ser espalhado por gotículas suspensas no ar quando pessoas infectadas conversam, tossem ou espirram. As máscaras são barreiras físicas para essas gotículas, diminuindo a exposição e o risco de infecção. Outra solução simples que ganhou o mundo foi o álcool gel. A Organização Mundial de Saúde nos orientou com medidas essenciais para impedir a propagação do vírus: lavar as mãos com água e sabão, usar álcool 70% e limpar e desinfetar superfícies que temos contato” (G1). É distanciamento social. Exemplo: “As autoridades de saúde pública optaram por recomendar distanciamento físico, uso de máscaras e higiene das mãos” (Folha UOL). É a limpeza atenta e qualificada do ambiente. Exemplo: “A higienização de consultórios, hospitais, ambulâncias e outros locais que recebem pacientes e profissionais da saúde deve ser feita com álcool 70%. Além disso, banheiros e salas devem ser higienizados com bactericidas e escovas para uso hospitalar” (Terra). Durante a pandemia de covid-19, algumas recomendações de higienização foram revistas e alteradas. Exemplo: “Recomendava-se limpar os sapatos, as compras e inclusive a roupa ao voltar da rua. Mas já faz meses que sabemos que não é necessário tanto esforço. ‘Eu deixei de ver evidências convincentes faz muito tempo, e deixei de fazer isso’, conta a virologista Margarita del Val sobre o empenho em esfregar tudo que vem da rua” (El País). Propagar o vírus através de uma superfície contaminada. Exemplo: “Higienizar os produtos comprados no mercado, limpar solas de sapato e trocar de roupa imediatamente ao chegar em casa são hábitos que a população desenvolveu para se proteger do novo coronavírus. Um estudo, porém, apontou que o risco de contaminação é de cinco a cada 10 mil vezes em casos que a pessoa toca uma superfície com presença do vírus, ou seja, menos de 1%. […] ‘Não é mais necessário que ninguém perca tempo com isso. Muito menos sola de sapato, nada disso é importante, o importante é proteger-se usando máscaras de boa qualidade e saber que a contaminação está ligada ao ambiente’, pontuou a pesquisadora (CNN).

Hospital de campanha é uma estrutura temporária extraordinária, construída para acolher e encaminhar o excesso de pacientes contaminados pelo novo coronavírus, com o intuito de evitar o colapso no sistema de saúde do país. Exemplo: “A OMS (Organização Mundial da Saúde) demonstrou sua preocupação com o colapso dos sistemas de saúde ao redor do mundo em função da pandemia de covid-19 e sugeriu que os países invistam em estruturas temporárias, como hospitais e clínicas, para dar conta da demanda criada pelo novo coronavírus sem deixar de atender os casos regulares” (R7). Os hospitais de campanha funcionaram como instrumentos de enfrentamento da pandemia. Contudo, com a diminuição dos casos de infecção, foram desativados – ainda no ano de 2020 – e, dessa forma, tornaram-se lugares provisórios de assistência à saúde. Inclusive, quando os primeiros fechamentos ocorreram, houve críticas à gestão governamental, tendo em vista o receio de um novo colapso no sistema de saúde. Exemplo: “O que não dá para entender é que em abril do ano passado foram construídas estruturas provisórias para auxiliar no tratamento de pacientes com covid-19. Foi anunciado que esses hospitais de campanha seriam um dos principais instrumentos para enfrentar a pandemia. Mas, quando presenciamos um breve recuo da doença, no segundo semestre, esses hospitais foram desativados em grande parte do país” (R7). Nessa direção, o hospital de campanha consistiu em um espaço cedido para que fossem estabelecidas estruturas de atendimento e tratamento dos pacientes contaminados pelo novo coronavírus. Especificamente, no caso dos indígenas, que tiveram pouco – ou quase nenhum – acesso a esses locais, os hospitais de campanha foram montados como lugares provisórios dentro das aldeias, onde voluntários atuaram no tratamento dos doentes até que pudessem ser encaminhados para hospitais melhor equipados. Exemplo: “[…] esse momento representa muito para o meu povo Witoto e todos os 63 povos do Amazonas. Mas a vacina precisa chegar a todos, há uma precariedade em tudo para os povos indígenas, estamos agora fazendo um hospital de campanha com voluntários […]” (BBC). O hospital de campanha, como uma unidade móvel de internação hospitalar – estruturada em tempo recorde –, visando ao atendimento emergencial, funcionou como a última opção a ser seguida pelos órgãos reguladores do Brasil durante o colapso no sistema de saúde. À vista disso, quando houve o pior momento da pandemia no país, em março de 2021, mesmo os hospitais de campanha, que tanto auxiliaram no atendimento dos pacientes contaminados pelo novo coronavírus, não seriam suficientes para atender à demanda dos casos graves de covid-19; nesse momento, eles se tornaram insuficientes enquanto lugares de assistência à saúde. Exemplo: “‘O grande problema são os leitos de terapia intensiva, que a gente não consegue abrir com hospital de campanha’, afirmou Croda. ‘Já tivemos essa experiência e o que vimos foi o superfaturamento desses hospitais sem uma efetiva resposta adequada em número de leitos de UTI’, detalhou” (CNN). Em função da desativação de todos os hospitais de campanha no país, ainda em 2020, após contribuírem no salvamento de vidas, por meio dos quais muitos doentes se tornaram sobreviventes da pandemia, esses lugares/instalações viraram impasses para o período pós-pandêmico. Exemplo: “A expansão da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) durante a pandemia da covid-19, marcada pela aposta em hospitais de campanha, levanta preocupações em gestores de saúde e especialistas sobre como atender a população após a crise sanitária. Segundo dados de Estados e Municípios, ao menos 79 unidades foram abertas no país e 19 já foram fechadas. Algumas tiveram papel relevante no enfrentamento da doença, especialmente no começo do surto. Em outros locais, porém, os hospitais estão vazios ou desativados antes mesmo de receber pacientes” (Terra).

Hospitalização é uma consequência da gravidade dos sintomas da covid-19. Exemplo: “‘Nos últimos dias, registramos uma hospitalização a cada 30 segundos e uma admissão à terapia intensiva a cada 3 minutos’, disse o primeiro-ministro francês em entrevista coletiva” (G1). A necessidade, ou não, de hospitalização tem relação com o imunizante aplicado. Exemplo: “Efetividade contra hospitalização e morte em caso de reinfecção fica entre 59% e 90%, dependendo do imunizante” (G1). Casos de hospitalização podem estar relacionados a hábitos sedentários. Exemplo: “Resultados de uma pesquisa on-line feita com 938 brasileiros que contraíram COVID-19 apontam que a prevalência de hospitalização pela doença foi 34,3% menor entre os voluntários considerados ‘suficientemente ativos’, ou seja, aqueles que antes da pandemia praticavam semanalmente ao menos 150 minutos de atividade física aeróbica de intensidade moderada ou 75 minutos de alta intensidade” (UOL). É um processo que não pode ser evitado por meio do tratamento precoce feito com Ivermectina. Exemplo: “A ivermectina não tem efeito significativo na prevenção da hospitalização de pessoas contaminadas pelo coronavírus. É o que aponta um estudo argentino agora em evidência, que tem como objetivo determinar se o tratamento com o medicamento pode prevenir a hospitalização em indivíduos com COVID-19 precoce” (Estado de Minas). Condição de maior risco para fumantes. Exemplo: “Covid-19: fumo aumenta chances de hospitalização em até 80%, mostra estudo britânico” (BBC). A alta incidência de hospitalização é um dos resultados de não se completar o esquema vacinal. Exemplo: “A alta incidência de hospitalização e mortes entre pessoas que não tomaram as duas doses comparada aos que completaram o esquema vacinal reforça a evidência encontrada em outras pesquisas publicadas sobre a eficácia da vacinação para a diminuição dos números de casos sintomáticos e óbitos  (CNN). A hospitalização de crianças consiste em um alerta para quem possui o ciclo vacinal incompleto. Exemplo: “Covid-19: hospitalização de crianças quadruplica em Nova York” (R7).

Impacto é o forte efeito que a pandemia do novo coronavírus causou aos alunos e professores das instituições de ensino. Exemplo: “Comunicado divulgado pelas ONGs Human Rights Watch e Todos pela Educação aponta o fracasso do governo brasileiro no enfrentamento dos impactos da pandemia de Covid-19 na educação no país. As instituições avaliam que milhões de crianças e adolescentes tiveram pouco ou nenhum acesso à escola” (CNN). É a falta de acesso dos alunos à internet para acompanhar as aulas. Exemplo: “Pesquisas feitas no último ano mostram o impacto da falta de acesso dos alunos brasileiros à internet e indicam que os professores estão esgotados, mas também apontam que algumas práticas simples podem ser muito bem-sucedidas” (G1). É a dificuldade de acesso a plataformas digitais. Exemplo: “Os impactos negativos do Coronavírus na Educação: A maioria das escolas não conta com o suporte necessário para o oferecimento do ensino remoto ou a distância. Até então as plataformas digitais eram aproveitadas pela minoria dos estudantes da Educação Básica” (G1). É o efeito da pandemia na saúde mental dos professores. Exemplo: “Uma pesquisa promovida pelo Instituto Tim, por meio do projeto “O Círculo da Matemática no Brasil”, buscou identificar como anda a saúde mental dos docentes e quais foram os impactos da Covid-19 no bem-estar desses profissionais”(Folha de Pernambuco). É a dificuldade do governo de solucionar os problemas na educação. Exemplo: “Para entidades, governo fracassou em enfrentar impactos da pandemia na educação” (CNN). É uma possível marca para toda uma geração de estudantes. Exemplo: “Haverá uma ‘geração covid’, uma parte da população marcada pelo impacto da pandemia em sua educação? ‘É muito difícil prever’, reconhece o coordenador do relatório” (El País). 

Imunização é a proteção imunológica contra uma doença infecciosa, como, por exemplo, na conjuntura atual, a covid-19. Possibilita ao corpo defender-se melhor contra doenças causadas por certas bactérias ou vírus, podendo ocorrer de diferentes formas, para citar algumas: a imunização ativa, que é induzida pela vacina que, ao ser administrada, induz uma resposta biológica do nosso corpo com a produção de anticorpos específicos ao mesmo micro-organismo que foi administrado, protegendo contra futuras infecções; e a imunização passiva, que induz a proteção com a administração de anticorpos contra uma infecção particular. Essa é rápida e eficiente, mas temporária, durando em média poucas semanas e/ou meses. A imunização para a covid-19 se dá a partir da vacinação. Exemplo: “Brasil tem 14,44% da população com imunização completa contra a covid-19” (Terra). É muito importante que as pessoas não escolham entre as vacinas: vacina boa é aquela que está disponível no posto de saúde. Exemplo: “‘Sommeliers’ de vacinas atrapalham campanha de imunização contra Covid no Brasil” (InfoMoney). Em 20 de janeiro de 2021, o Ministério da Saúde criou uma campanha nacional chamada “Brasil Imunizado. Somos uma Só Nação” (Ministério da Saúde) para o início da vacinação contra a covid-19. Exemplo: “Quando as pessoas são imunizadas contra uma doença, elas adquirem anticorpos, mas isso não impede que contraiam a doença e sofram os sintomas, ainda que de maneira mais leve, e nem que sejam transmissores da doença. Portanto, uma vez que nenhuma vacina é 100% eficaz, algumas pessoas que foram imunizadas podem contrair a doença mesmo assim” (MSD Manual). Uma das formas mais eficientes de imunização é a imunização em massa. Exemplo: “A imagem da enfermeira Monica Calazans sendo vacinada em 17 de janeiro foi emocionante e simbólica. Trouxe alívio porque mostrou que a vacina era possível entre nós, e estabeleceu um novo marco no calendário da pandemia: o início da imunização em massa no país” (Observatório da Imprensa).

Infectado é aquele que sofreu uma infecção, como a que é provocada pelo novo coronavírus, tendo seu corpo afetado. É, assim, aquele que tem seu sistema imunológico acometido e, com isso, pode apresentar sintomas da infecção em seu organismo. Exemplo: “Dificuldade para respirar, perda de paladar e olfato, fraqueza: sintomas físicos comuns entre infectados por covid-19” (G1). Os sintomas mais recorrentes da covid-19 foram amplamente divulgados na mídia, a fim de que as pessoas pudessem buscar assistência médica quando apresentassem sinais da possível infecção. O corpo infectado pode ou não sofrer com os efeitos decorrentes da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Exemplo: “Covid-19: entenda a diferença entre assintomáticos e pré-sintomáticos. Termos foram citados por representantes da OMS e geraram confusão; especialista enfatiza que todos os infectados podem transmitir o coronavírus” (R7). Cada organismo reage de maneira diferente à infecção provocada pelo novo coronavírus e, em razão disso, o corpo pode ser afetado – chegando, em casos extremos, ao óbito – ou mesmo não desenvolver nenhum tipo de sintoma. O infectado assintomático, mesmo que não apresente sintomas da covid-19, pode disseminar o novo coronavírus. Exemplo: “A falta de sintomas em uma patologia ativa acarreta riscos tanto para os indivíduos infectados quanto para o restante da população” (BBC). Sendo assim, as medidas de prevenção precisam ser mantidas e respeitadas, de maneira que seja controlada a disseminação do vírus causador da doença. Todo corpo, sendo afetado pela infecção, pode transmitir o novo coronavírus. Exemplo: “Um estudo liderado por pesquisadores da Soonchunhyang University, da Coreia do Sul, isolou 303 pacientes com teste laboratorial positivo para o Sars CoV-2. Eles observaram que os pacientes assintomáticos, mais de 30% do grupo, têm carga similar àqueles que apresentam os sintomas durante a Covid-19. O resultado sugere que todos os infectados, independentemente dos sintomas, são capazes de transmitir a doença” (G1). O infectado, tendo o seu corpo afetado pelos efeitos da covid-19, pode sofrer com prejuízos que vão além da saúde física, pois está suscetível às disfunções de ordem emocional. Exemplo: “Não é só o corpo que sofre com o vírus. Cada vez mais infectados, mesmo entre os casos leves, relatam sintomas como depressão, pânico e ansiedade, afirmam pesquisadores da Oxford” (G1). Mesmo após a infecção e recuperação, quem é acometido pelo novo coronavírus pode apresentar problemas psicológicos ou neurológicos, tais como distúrbios de ansiedade. O corpo, mesmo aquele que já foi infectado pelo novo coronavírus, precisa ser vacinado. Exemplo: “As autoridades de saúde e os médicos incentivam as pessoas já infectadas a serem vacinadas” (CNN). São, pois, as vacinas que contribuem para a proteção das pessoas com infecções anteriores em relação a uma possível reinfecção. O corpo infectado, ainda que apresente anticorpos, pode contrair novamente o novo coronavírus. Exemplo: “A presença de anticorpos nem sempre significa que a pessoa seja ‘imune’ a uma reinfecção, embora o mais provável é que assim ocorra” (El País). Conforme estudos apontam, cada organismo desenvolve uma reação imunológica. Por isso, não há garantias de que as pessoas infectadas ou mesmo as vacinadas gerem uma resposta imunológica celular capaz de protegê-las contra uma infecção/reinfecção. O sistema imunológico do infectado pode ser enfraquecido em decorrência dos efeitos do coronavírus e, com isso, o corpo é acometido por outras doenças. Exemplo: “Muitos dos infectados são pacientes com coronavírus ou aqueles que se recuperaram recentemente da Covid-19, cujo sistema imunológico foi enfraquecido pelo vírus ou que apresentam comorbidades – principalmente diabetes” (CNN). Alguns dos infectados têm seu sistema imunológico enfraquecido e, assim, ficam expostos a outras doenças. O corpo infectado é aquele que deve ser mantido em isolamento para evitar a propagação da doença. Exemplo: “Em resumo, uma vez que uma pessoa é infectada com Covid-19, não importa, em termos de isolamento, se ela foi vacinada: ela pode ser contagiosa para os outros e precisa seguir os procedimentos de isolamento padrão” (CNN). Há corpos que, mesmo infectados, não desenvolvem formas graves da covid-19, como o exemplo das crianças e adolescentes. Exemplo: “Além de morrer menos em razão do novo coronavírus, crianças e adolescentes, uma vez infectados, costumam apresentar sintomas mais brandos, quando apresentam, e têm menor risco de desenvolver a forma mais grave da doença. Alguns estudos apontam também que são menos suscetíveis à infecção pelo Sars-CoV-2. ‘Pesquisas indicam que as crianças se infectam um pouco menos do que os adultos. Em geral, qualquer virose dá mais em crianças, mas não é esse o caso da covid-19’, afirma a nefrologista pediátrica Ana Cristina Simões e Silva, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). ‘Há quem diga que, por serem pouco sintomáticas, elas poderiam transmitir o vírus com mais facilidade, mas não temos provas disso’” (UOL). Os corpos das crianças têm maiores chances de serem infectados, mas também são aqueles que apresentam menor potencial de infectar outros corpos, principalmente de adultos. Exemplo: “Desde o início da pandemia, muito se fala sobre o potencial de transmissão do novo coronavírus pelas crianças, por serem pouco sintomáticas e ser um grupo com forte tendência a não cumprir as medidas de distanciamento social. Agora, um trabalho de pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), da Universidade da Califórnia e da London School of Hygieneand Tropical Medicine indica que as crianças têm mais risco de serem infectadas do que de transmitirem o vírus aos adultos” (UOL).

Na pandemia do novo coronavírus, a intubação implicou, muitas vezes, o medo, a ansiedade e a angústia. Exemplo: “A palavra intubação passou a fazer parte da vida dos brasileiros mais intensamente há pelo menos dois meses, devido ao agravamento da pandemia no país. Com isso, vieram a preocupação e o medo das famílias e dos pacientes infectados com a covid-19. […] Os especialistas indicam que a reação está relacionada ao conhecimento que as pessoas já têm de que a ventilação mecânica está associada à gravidade da doença. ‘O paciente sabe que só está sendo intubado porque tem um risco de morrer. Quando o doente chega ao estado grave, existe um trabalho de conversa e confiança com os profissionais, que ele vai sentindo que a situação está piorando e pode chegar até a intubação’, explica a médica intensivista Mariza Loesch, coordenadora da UTI do Hospital São Luiz – Itaim” (R7). A intubação feita de maneira incorreta pode estar relacionada à morte de 80% dos pacientes que foram intubados no primeiro ano da pandemia, apontando para um aumento desse número no ano seguinte, 2021. Exemplo: “Os dados de morte por intubação em 2021 não estão consolidados, mas as informações disponíveis sobre morte hospitalar apontam para um aumento significativo da mortalidade” (BBC). No início da pandemia do novo coronavírus, ou seja, no primeiro semestre do ano de 2020, houve um entendimento que relacionava o procedimento da intubação do paciente contaminado pelo vírus SARS-CoV-2 com as taxas de mortalidade. Exemplo: “Isso não é prova de que os ventiladores apressaram a morte: a ligação entre intubação e taxas de mortalidade precisa de mais estudos, dizem os médicos. Na China, 22 pacientes com Covid-19 foram submetidos à ventilação invasiva em uma unidade de terapia intensiva em Wuhan, a cidade onde a pandemia começou. A grande maioria (86%) não sobreviveu, descreve um estudo publicado no The Lancet em fevereiro” (G1).  Embora a intubação seja um procedimento clínico necessário para tratar pessoas hospitalizadas com covid-19, ela não anula os riscos de transmissão do vírus SARS-CoV-2. Exemplo: “Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveram um adaptador que ajuda a diminuir o risco de transmissão da Covid-19 em casos de intubação, principalmente a profissionais da área da Saúde” (G1). O procedimento de intubação passa pela sedação do paciente. No entanto, de acordo com a Confederação Nacional de Saúde, o preço dos remédios para intubação subiram 663% na pandemia do covid-19, com isso os hospitais entraram em alerta, pois seus estoques têm previsão para durar, no máximo, mais quatro dias. Exemplo: “Os medicamentos usados no tratamento da Covid-19 em UTI, mais especificamente o chamado ‘kit intubação’, tiveram uma alta de mais de 660%, segundo levantamento realizado pela  Confederação Nacional de Saúde” (R7). Durante o período da pandemia do novo coronavírus, a obesidade aumentou em até 108% o risco de intubação por Covid-19. De acordo com o estudo americano do Morbidity and Mortality Weekly Report, a associação entre o excesso de peso e casos severos da doença já se confirma. Exemplo: “Desde o início da pandemia, um crescente corpo de evidências mostra que a obesidade é um dos principais fatores de risco para o agravamento da Covid-19, em especial entre pessoas jovens” (Veja). No período pandêmico houve a escassez de medicamentos essenciais para intubar pacientes com Covid-19, o que ocasionou diversos óbitos. Exemplo: “Médicos e entidades da saúde estão em alerta para uma potencial crise de desabastecimento de remédios cruciais usados no combate contra a Covid-19 em todas as regiões do Brasil – algo que, segundo parte dos especialistas, tem o potencial de ser tão grave e mortal quanto a escassez de oxigênio que afetou cidades como Manaus” (G1). A intubação, no contexto da pandemia de covid-19, revelou a precariedade do sistema de saúde público brasileiro. O procedimento, que deveria ser feito com sedativos ao paciente, foi realizado, em muitos casos, sem esses medicamentos, tornando o processo ainda mais doloroso e desumano. Exemplo: Funcionários de hospitais denunciam a falta de sedativos para intubação de pacientes com Covid no RJ […]. Pacientes são intubados sem sedação nos hospitais Albert Schweitzer, do Andaraí e da Posse. Ministério da Saúde justifica a falta do medicamento devido a empréstimos entre as unidades hospitalares” (G1). Exemplo: “Sem sedativo, pacientes intubados no Rio ficam acordados e amarrados ao leito, diz enfermeira. ‘Eles ficam pedindo para não morrer’, diz enfermeira do Hospital Albert Schweitzer. Sem sedativos, médicos recorrem a outros medicamentos mais antigos e com mais efeitos colaterais” (G1).

Isolamento social é o processo pelo qual as pessoas se afastam do convívio em sociedade por opção ou orientação. O isolamento social é uma das medidas adotadas para a contenção da pandemia do novo coronavírus e pode contribuir com a prevenção do contágio e disseminação da covid-19. Tendo em vista a rápida propagação do novo coronavírus e a decretação da pandemia, o primeiro movimento de contenção da doença é o isolamento social, em virtude da inexistência, tanto de remédios quanto de vacinaExemplo: “O remédio, pois não havia remédio e muito menos vacina, era o isolamento. Era não sair às ruas a não ser por extrema necessidade” (G1). Por um lado, o isolamento social pode ser resultado de uma escolha. Exemplo: “Um grupo de brasileiros está há anos em uma espécie de isolamento social. E por escolha própria! São moradores de uma ilha linda e preservada, no litoral de São Paulo. Para eles, quase nada mudou com a pandemia” (G1). Por outro lado, o isolamento social pode ser resultado de uma recomendação e, por isso, em algumas situações, sobretudo em locais privados, torna-se uma exigência. Exemplo: “O isolamento social é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e por especialistas” (G1). O isolamento social, na pandemia, ao mesmo tempo em que se apresenta como a medida mais eficaz para o combate da disseminação do novo coronavírus, também pode ser prejudicial à saúde. Exemplo: “Estratégia considerada mais eficiente para evitar a propagação do coronavírus, isolamento social também tem causado problemas” (BBC). O isolamento social, seja por opção ou orientação, está estritamente relacionado ao medo da infecção causada pelo novo coronavírus. Exemplo: “Dos participantes, mais de 80% disseram ter aderido ao isolamento social, mas cerca de um quarto já não estava mais em confinamento no momento da pesquisa. […] Mais de 50% demonstraram muita preocupação de se infectar pelo novo coronavírus e um percentual ainda maior (70%) mostrou-se bastante preocupado com a infecção de algum familiar ou amigo” (CNN). Em função do prolongamento necessário do isolamento social, houve aumento dos casos de homicídio motivado por questões de gênero. Exemplo: “Com isolamento social, Brasil registra um feminicídio a cada 6 horas e meia. Casos de homicídio motivado por questões de gênero subiram em 14 das 27 unidades federativas, de acordo com relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública” (CNN). Com a pandemia do novo coronavírus, o isolamento social pode impedir a vivência de experiências importantes, sobretudo das crianças e adolescentes, visto que estão em processo de desenvolvimento e de descobertas. Exemplo: “Geração Covid: crianças e adolescentes sofrem com o isolamento social e preocupam especialistas. Organização Mundial da Saúde, universidades e institutos no mundo todo buscam medir os impactos desses tempos no que chamam de Geração Covid” (G1). O isolamento social, considerado o ambiente familiar, configura-se enquanto fator facilitador do aumento dos índices de violência e abuso de crianças e adolescentes. Mesmo em espaço de abrigo, os protetores podem se tornar agressores. Exemplo: “Isolamento social na pandemia potencializa aumento de casos de abuso contra crianças e adolescentes. Casos são subnotificados e 90% dos agressores são parentes da vítima” (G1). O isolamento social corresponde também ao processo de reinvenção, por meio do qual as pessoas desenvolveram outros tipos de relação com o espaço no qual permanecem em reclusão. A casa é, assim, redescoberta. Exemplo: “Pandemia: com isolamento social, muita gente passou a fazer os próprios reparos em casa. Serviços simples como perfurar paredes ou parafusar móveis tornaram-se parte da rotina de muitas famílias” (G1). 

Jacaré é a maneira como as pessoas que tomaram a vacina contra a covid-19 passaram a ser referidas por aqueles que são anti-vacina, com o objetivo de gerar medo e/ou insegurança em quem for se vacinar. Exemplo: “O presidente Jair Bolsonaro questionou os possíveis efeitos colaterais das vacinas contra o coronavírus, tomando como exemplo a da Pfizer/BioNtec, e afirmou que não há garantia de que ela não transformará quem a tomar em ‘um jacaré’” (UOL). Também é uma fantasia usada, na pandemia do novo coronavírus, pela população no momento de tomar a vacina. Exemplo:Brenno Homobono, de 25 anos, técnico em enfermagem que atua diretamente com pacientes com Covid-19 desde o início da pandemia, adaptou um chapéu, montou uma fantasia de jacaré e assim foi imunizado contra a doença em Macapá, na quinta-feira (21)” (BBC). Passou a ser um dos principais símbolos daqueles que defendem a vacinação no Brasil, servindo até mesmo como uma campanha popular contra o governo. Exemplo: “Os itens têm frases e ilustrações em tom de brincadeira, celebração ou protesto contra a gestão Jair Bolsonaro. Uma das imagens mais frequentes é o jacaré, referência à fala do presidente sobre ‘virar jacaré’ ao ser imunizado. Zé Gotinha, SUS, seringas, Instituto Butantan e Fiocruz também estão nas estampas” (Terra).

Janela imunológica é o espaço de tempo compreendido entre a exposição do agente infeccioso – os primeiros sintomas gripais, como a febre, a tosse, a coriza, a dor de cabeça, a dor de garganta, ou até mesmo a dificuldade para respirar – e o resultado positivo dos exames laboratoriais. É o estágio que determina o tipo de exame e o momento de sua realização. Exemplo: “População que procura a rede pública de saúde deve passar por avaliação médica para ter a indicação de exame. O tipo de teste a ser feito corresponde à janela imunológica em que o paciente se encontra” (Prefeitura Municipal de Pelotas). Compreende o período, normalmente de 7 a 10 dias, entre a infecção e o início dos sintomas. Após 30 dias da infecção, espera-se que 100% dos pacientes possuam anticorpos totais ou IgG (imunoglobulina G) detectáveis. Exemplo: “‘Muitas vezes a pessoa se encontra na janela imunológica, que é o período entre a infecção e o início dos sintomas’” (CNN). Corresponde à limitação relacionada ao tempo que o corpo demora para produzir os anticorpos após o contato com o vírus, dependendo da variante. Exemplo: “Outras limitações estão relacionadas ao tempo que o corpo demora para produzir os anticorpos após o contato com o vírus, período chamado de janela imunológica. Geralmente os anticorpos só são produzidos em quantidades identificáveis pelos testes 8 dias após a contaminação” (Secretaria do Estado de Minas Gerais). É o tempo necessário para que o organismo produza anticorpos após o contágio. Exemplo: “Rafael Verona, sócio da companhia, avalia que o teste tem altos índices de sensibilidade e especificidade – 87,3% e 100%, respectivamente. ‘É um teste muito eficaz, assertivo. O que é importante deixar claro é que o organismo demanda um tempo para a produção de anticorpos (janela imunológica) a partir do contágio, então, se a aplicação acontecer no momento errado, existe a possibilidade de o resultado ser incorreto, mas isso é algo que pode acontecer com qualquer tipo de exame’, informa” (BBC). É o período fundamental para ficar protegido do novo coronavírus, compreende o intervalo entre as duas doses de vacina e os dias sugeridos após a aplicação da segunda dose da vacina. Exemplo: “É necessário não se expor ao risco até o fim da janela imunológica das duas doses” (CNN).

Lockdown é, na pandemia do novo coronavírus, uma forma de bloqueio. Exemplo: “O cenário acendeu a discussão sobre a necessidade ou não de um lockdown – bloqueio total de uma região pelo Estado ou Justiça, com restrição de circulação de pessoas em áreas públicas sem motivos emergenciais – como forma de tentar controlar o problema” (R7). Nessa direção, para frear o contágio, o lockdown também compreendeu uma forma de barreira. Exemplo: “Schrarstzhaupt explica que o lockdown, no atual cenário pandêmico, funcionaria como uma barreira física, já que o coronavírus passa de uma pessoa para a outra por meio do contato” (R7). O lockdown, na pandemia, implicou em aproximação ou separação de casais. Exemplo: “O lockdown criou um cenário de ‘tudo ou nada’, diz a organização, com as pessoas tendo ‘reflexões sobre os seus relacionamentos’ – boas e más. Em outra pesquisa da instituição, feita em julho, 8% dos entrevistados afirmaram que o isolamento os fez perceber que precisavam terminar seu relacionamento. Por outro lado, 43% disseram que o bloqueio os aproximou dos parceiros” (BBC). Para inúmeras pessoas, sobretudo mulheres e crianças, o lockdown implicou em violência. Exemplo: “Em meio à pandemia, que trouxe a necessidade de isolamento social, e, no caso do Pará, um dos estados que adotou o ‘lockdown’, o risco para crianças ainda se torna maior, pois estão convivendo mais diretamente com o agressor” (G1). Apesar disso, de acordo com pesquisadores, não houve lockdown no Brasil durante a pandemia do novo coronavírus. Exemplo: “Barberia e seu grupo de pesquisadores estudam o isolamento social no Brasil durante a pandemia e a conclusão deles é que não houve ‘lockdown’ no país em nenhum momento. Nem no período suficiente nem na forma adequada. Por isso, segundo eles, os resultados são ruins” (G1). Segundo o epidemiologista israelense Gabriel Barbash, o lockdown é realmente eficaz no combate à pandemia de Covid-19, apesar do custo econômico e social dos países ao confinar sua população. Exemplo: “‘O lockdown é muito eficiente (como medida de controle), embora seu custo econômico e social seja muito alto. Ele reduziu o número de infecções diárias. Não há dúvida sobre sua eficácia’, diz ele, que é diretor do Instituto Weizmann de Ciências, sediado em Rehovot (Israel), um dos principais institutos multidisciplinares do mundo (BBC). Em função do medo da contaminação, muitas pessoas, ainda em 2022, seguem em lockdown. Para algumas delas, suas casas transformaram-se em prisões. Exemplo: “Para Rafael, a necessidade de ficar em lockdown por causa da pandemia de covid-19 fez com que a própria casa se transformasse numa prisão, da qual ele não consegue sair até hoje, pelo medo de se infectar com o coronavírus e desenvolver as formas mais graves da doença” (G1). Lockdown compreende, ainda em 2022, uma prática necessária para frear a disseminação do novo coronavírus. Recentemente, no mês de novembro de 2022, a China anunciou 31.444 mil novos casos de Covid-19 em um dia, alcançando um recorde de contaminação desde o início da pandemia. Por isso, houve o confinamento e a testagem em massa da população. Exemplo: “Por conta da alta de casos, o governo determinou o lockdown em diversos distritos da cidade, que não atingem a área da fábrica” (UOL). 

Luto é a experiência de diversas fases em relação à perda de um vínculo com alguém (familiar/amigo/colega) ou algo (modo de vida). Exemplo: “Em um ano, parece que nada aprendemos. Dizem que um ano é o tempo médio do luto. E que este costuma ter cinco estágios. Mas estamos presos no estágio da raiva. Como superamos a raiva? Não sei” (El País Brasil). Do latim luctus, us, que significa dor, mágoa, lástima. Pode ser um sentimento de tristeza, raiva, negação, pesar pela morte ou ausência de uma pessoa, pelo término de um relacionamento, ou ainda uma perda ligada a aspectos sociais, familiares e culturais. Além da perda de algum ente querido com quem possuímos uma relação afetiva, a pandemia passa a inserir-nos em uma realidade em que nos deparamos com o luto em relação à forma de vida que possuíamos: como a liberdade de circular livremente; o contato físico com outras pessoas; o entendimento de trabalho, lazer e estudo; a ideia de infinitude perante a morte, etc. Exemplo: “O luto pela velha normalidade: como superar o fato de que nossos projetos desapareceram” (El País Brasil). Desde março de 2020, o Brasil vivencia a pandemia do novo coronavírus, atingindo a marca de mais de 500 mil mortes decorrentes da doença em junho de 2021. Em consequência disso, a população passou a vivenciar um intenso processo de luto, sendo esse uma experiência constituída pelo singular e pelo coletivo. Exemplo:Precisei reconhecer os corpos dos meus pais simultaneamente. Eles foram levados e sepultados juntos. Perdi as pessoas mais importantes da minha vida, a minha base, quem eu tinha como espelho. É uma dor indescritível, não dá pra falar do que é essa perda” (El País Brasil). O luto é um processo individual e também coletivo/global. Exemplo: “É preciso ressaltar: o luto pela covid não é um processo apenas individual, é um processo coletivo. […] Em outros países e em algumas cidades daqui, todo dia é realizado um minuto de silêncio, é tocada uma música, ou passa algo na televisão sobre as pessoas que faleceram. É para dizer que não, essas pessoas não estão despercebidas, e nem sozinhas” (Brasil de Fato MG). Os ritos culturais associados à morte e ao processo de luto sofreram mudanças e restrições referentes ao óbito por covid-19, a fim de evitar a circulação do vírus. Algumas limitações, como a recomendação de manter o caixão fechado, podem ocasionar transformações na forma com que as pessoas vivenciam o processo de luto. A ausência de um corpo que pode ser tocado, olhado e preparado demarca um ritual incompleto, o que pode acarretar em dificuldades em elaborar a perda e em lidar com esse processo. Exemplo:Uma das coisas que mais alivia a morte nas sociedades são os rituais. Eles existem como uma forma de nos consolar, abrandar a dor, criar um efeito simbólico entre a pessoa amada que partiu e quem fica. Foi outra coisa que a covid cortou, né? Os velórios devem ser rápidos e sem aglomeração até mesmo para aqueles que não morreram pela covid” (Brasil de Fato MG).

Máscara é uma barreira física utilizada na face para cobrir nariz e boca. Exemplo: “O principal determinante para a performance é o material, mas é claro que o ajuste da máscara também entrará em jogo. Uma máscara realmente boa precisa ter ambos, um bom material e um ajuste justo” (G1). Protege o indivíduo de contrair e transmitir o novo coronavírus e a doença covid-19. Exemplo: “A máscara de proteção respiratória tornou-se um dos principais símbolos da pandemia de covid-19” (Secretaria de Saúde MG). É um Equipamento de Proteção Respiratória (EPR) indicado para prevenção de disseminação de alguns agentes de transmissão por via respiratória. Exemplo: “Com o agravamento da covid-19 no Brasil, há algum tempo muitos cientistas vêm recomendando que as pessoas troquem as máscaras de pano ou tecido por modelos PFF2 — ou N95, que é o nome dela nos EUA” (UOL). Existem tipos diferentes de máscara: máscaras de tecido, máscara cirúrgica,  máscara N95 e máscara PFF2. Exemplo: “As PFF2 são utilizadas especialmente por profissionais de saúde, mas os especialistas afirmam que para quem não pode ficar em casa e precisa estar em ambientes com alto risco de contaminação (como transporte público) ela é, sem dúvida, a melhor opção. Ou até mesmo se você tem que ir ao mercado, farmácia ou consulta médica” (UOL). Embora a sua eficácia seja comprovada cientificamente como medida de prevenção, há quem defenda, contrariando as pesquisas, que o uso da máscara não é eficaz. Exemplo: “Deputado Daniel Silveira classifica máscara como ‘focinheira ideológica’ e gera polêmica” (Jovem Pan).

Medo é um estado emocional, sentimento de pavor de algo ou alguém. Pode-se ter medo da/de: altura, exposição, escuridão, solidão; crise (saúde, economia, educação), dor, perder algo ou alguém, morrer. Insegurança, ausência de coragem, desamparo. Se sentir desamparado e não ter controle da situação e partir para pensamentos negativos relacionados ao contágio do novo coronavírus e à morte. Exemplo: “Na pandemia, diante de um perigo invisível, a tensão aumenta, nos desequilibrando emocionalmente, pois nos coloca numa condição de desamparo pela dificuldade de – ilusoriamente – controlarmos a situação. Com isso, são comuns os pensamentos negativos, por vezes catastróficos, principalmente aqueles relacionados ao contágio e à morte” (G1). Síndrome, sufocamento, imaginação negativa, pressentimento, agonia, ansiedade, apreensão, suor frio, tremedeira; pânico, descontrole, paralisação, paranoia, impotência diante de determinada situação. Fobia.  Coronofobia. Exemplo: “O medo de que o menor sintoma signifique ter coronavírus, o pânico de contraí-lo ou de fazer muitos testes, como medir constantemente a temperatura, serão mais comuns do que antes” (El País Brasil). Medo/fobia: de contrair o novo coronavírus, causador da doença covid-19; da intubação, da superlotação de hospitais, das sequelas, da morte; de perder o emprego e/ou familiares, de passar fome; de ser maricas, de não ser apenas uma gripezinha; de pessoas negacionistas. Preocupação. Exemplo: “Enquanto não houver uma vacinação em massa, a pandemia será motivo de grande preocupação para a população e continuará afetando o funcionamento das empresas” (CNN Brasil). Preocupação descontrolada diante de perdas. O medo pode variar considerando a situação de perigo iminente (quem/quando/como). Exemplo: “Entre os que tiveram algum parente, amigo ou conhecido morto pela doença, 61% disseram que o medo da pandemia ainda é muito grande ou grande. Já entre os que não sofreram perdas essa taxa cai para 43%” (CNN Brasil). 

Monotonia é falta de variação. Exemplo: “A rotina que nunca muda, a monotonia de olhar para as mesmas paisagens e, principalmente, a falta de contato com outras pessoas torna o isolamento social, necessário para conter o aumento nos casos de contaminação pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), bastante difícil” (UOL). Ela pode fazer parte da rotina. Exemplo: “A gente não gosta de monotonia, mas precisa de uma rotina”  (UOL). É repetição. Exemplo: “Saiba como lidar com a monotonia dos dias que parecem se repetir, depois de mais de um ano de isolamento social” (O Globo). É uma sensação gerada após um período longo de isolamento social. Exemplo: “O psicanalista e professor da USP Christian Dunker analisa o fenômeno […]. Segundo ele, primeiro houve um momento de medo, com a chegada do novo coronavírus ao Brasil, ‘o que ajuda muito as pessoas a fazerem sacrifício’, diz. Depois, vieram fases de confusão e monotonia” (Região Noroeste). É acomodação na atenção. Exemplo: “A monotonia traz um efeito de acomodação para o cérebro e para atenção e a pessoa vai deixando de prestar atenção nas coisas e a pessoa vai deixando de lembrar” (R7). É a saturação de problemas. Exemplo: “A repetição contínua de temas nas páginas dos jornais e da mídia em geral sobre racismo e antirracismo, direitos trans, feminismo, assédio nos roteiros de filmes e assuntos similares desenha o quadro da monotonia das causas, levando-nos a crer que nada há além disso de relevante acontecendo no mundo” (Gazeta do Povo). Durante a pandemia, por meio de atividades seguras de entretenimento, é possível quebrar temporariamente a monotonia. Exemplo: “Músico quebra monotonia de moradores em prédios durante a quarentena” (CNN Brasil).

Narrativa é um processo de exposição que se dá por meio da narração de determinado acontecimento, seja ele real ou fictício. Na pandemia do novo coronavírus, houve o embate de inúmeras narrativas, dentre elas, algumas diziam que as vacinas – supostamente – teriam influenciado no aumento do número de mortes, em decorrência da covid-19. Exemplo: “É #FAKE que mortes por Covid têm aumentado em 2021 no Brasil em razão da vacinação da população. Dados mostram exatamente o contrário. Com o avanço da imunização, número de óbitos têm caído no país. Mensagem cria narrativa falsa e faz correlação sem sentido” (G1). Pode ser entendida, por isso, como uma formulação que sustenta um determinado posicionamento e/ou decisões na condução da gestão pública, frente à pandemia ocasionada pelo novo coronavírus. Exemplo: “Para a cúpula da CPI, ao mesmo tempo em que o governo Bolsonaro se empenhava em defender medicamentos sem eficácia, deixava as negociações de vacinas em segundo plano. Esta é outra narrativa que a base busca rebater” (R7). Compreende, também, um conjunto de crenças e de valores que determinam o modo como um dado fato, episódio ou situação é apresentado; constitui o ideário que determina o que pode ou deve ser dito. No contexto da pandemia, o termo narrativa foi usado por forças e atores sociais posicionados em cenários referenciais distintos. De um lado, os que defendem a ciência, a pesquisa e o conhecimento legitimados pela comunidade científica internacional, além dos órgãos e dos mecanismos supranacionais que coordenam ações integradas em nível global, no que diz respeito à saúde e às questões sanitárias. De outro lado, aqueles que tratam dados científicos como se fossem passíveis de avaliação subjetiva, como se pudessem ser moldados pela liberdade de escolha de um ou outro profissional, motivados por interesses de grupos de pressão, quer sejam eles econômicos ou políticos. Exemplo: “Desinformação não é resfriado. Segundo ponto: (des)informação não se pega como resfriado. Segundo essa narrativa, as pessoas seriam suscetíveis a ‘vírus mentais’, como diria o biólogo britânico Richard Dawkins. E informações e ideias seriam transmitidas de uma pessoa para a outra como um patógeno oportunista” (UOL). Com a pandemia do novo coronavírus, muitos dos pacientes infectados relataram problemas com a memória, uma sensação de que esta foi prejudicada. Nessa direção, houve falhas de memória durante a pandemia, de modo que as narrativas fossem, algumas vezes, difíceis de serem organizadas. Exemplo: “Quando uma memória é diferenciada, vívida, pessoalmente envolvente e se torna uma narrativa que contamos muitas vezes desde então, podemos localizar essa memória exatamente na linha do tempo de nossa vida. Mas a maioria dos eventos em nossas vidas não é assim e, por isso, temos dificuldade de colocá-los precisamente no tempo. Essa questão é particularmente verdadeira para vários aspectos da pandemia” (BBC). Sobremaneira, na pandemia, as narrativas puderam ser utilizadas para disseminar fake news. Isso ocorreu, principalmente, através dos meios de comunicação, com o intuito de propagar uma informação inverídica. Exemplo: “‘A Empresa Brasil de Comunicação está sendo usada pelo atual governo federal para disseminar e reforçar narrativas negacionistas e governistas sobre a pandemia, que certamente prejudicaram o combate ao vírus da covid-19’, diz o documento, que tem por título ‘O uso indevido dos meios públicos de comunicação da EBC para difusão de fake news e negacionismo sobre a pandemia de covid-19’” (Terra). Por isso, no Brasil, as narrativas compreendem também expressões, geralmente utilizadas por meio de falas que podem influenciar, além da área da saúde, a área da economia. No início da pandemia, a narrativa de que uma vacina e/ou um tratamento eficaz fossem criados produzia certa esperança aos investidores, pois o número de contaminados poderia diminuir e mais pessoas retornariam ao trabalho e, consequentemente, consumiriam mais. Exemplo: “Vemos uma narrativa que influencia a percepção dos investidores. Você poderia dizer que o mercado pode subir quando estiver claramente confirmado que existe uma vacina ou tratamento” (BBC). Além disso, devido à necessidade de as atividades acadêmicas ocorrerem de forma on-line/remota, a criação de narrativas implica(ou) em um registro das vivências e das experiências que podem facilitar o processo de alfabetização das crianças, fomentando a produção de histórias. Exemplo: “Com apoio da família e da escola, mesmo durante as aulas remotas e isolamento social, a alfabetização foi um processo natural. Aulas de contação de história estimularam o pequeno a ler, escrever e criar suas próprias narrativas” (R7). A leitura de narrativas, nas suas mais diversas formas (livros, histórias em quadrinho, etc.), funciona(ou) como uma possibilidade de consolo em momentos nos quais as pessoas senti(r)am a sensação de solidão, devido ao isolamento social. Exemplo: “‘Outro ponto consolador é o fato de que a leitura faz com que o leitor perceba que ele não está sozinho na vivência de suas adversidades’, pontua” (G1). Por conseguinte, as narrativas, nos livros, como formas de se contar uma história ao leitor, exerceram sua importância sobre a saúde mental das pessoas e proporcionaram momentos de felicidade, bem-estar, alívio e estímulo para o enfrentamento dos desafios impostos pela pandemia durante o(s) período(s) de isolamento social. Exemplo: “Para ela, os livros são poderosos aliados para a nossa saúde mental e felicidade, mesmo em tempos de pandemia, uma vez que o hábito da leitura ajuda a avaliar novas perspectivas ou respostas, o que funciona inclusive como um alívio, pois nos permite desbravar os desafios enfrentados pelos personagens das narrativas” (G1).

Negacionismo, do francês “négationnisme”, é a recusa de aceitar uma afirmação que pode ser comprovada como verdadeira pela ciência ou pela história. Exemplo: “O negacionismo é uma tendência em larga escala, um movimento político que visa a negação tanto de fatos históricos quanto de evidências científicas” (UOL). É a contestação do pensamento científico. É o ato de negar uma realidade comprovada pela ciência ou por fatos históricos. Exemplo: “Tem como objetivo produzir nas pessoas uma espécie de ignorância, em uma situação social que inspira cuidado, tratamento e combate” (UOL). É a escolha de rejeitar fatos, acontecimentos, pesquisas científicas. Exemplo: “Negacionismo científico e obscurantismo intelectual do governo federal tiveram ao menos um efeito colateral positivo: um despertar da comunidade científica para a importância da comunicação com a sociedade. É notável o aumento da participação de pesquisadores, médicos e acadêmicos na divulgação da ciência e no combate às fake news no decorrer da pandemia, tanto pelos meios tradicionais de comunicação (servindo como fontes de informações confiáveis para a imprensa, por exemplo), quanto por iniciativas pessoais nas redes sociais” (Jornal da USP). O comportamento daquele que nega ou não reconhece eventos históricos ou fatos científicos, apesar das evidências e argumentos que os comprovem. Exemplo:A insistência na negação como único mecanismo de defesa diante de um sofrimento intenso implica em vulnerabilidade psíquica que demanda acompanhamento.” (UOL). É a escolha de negar a realidade como forma de escapar de uma verdade desconfortável. Exemplo:Na ciência, o negacionismo é definido como a rejeição dos conceitos básicos, incontestáveis e apoiados por consenso científico a favor de ideias, tanto radicais quanto controversas” (Telavita). É um movimento político-ideológico que propõe a negação do que é afirmado pela mídia, pela ciência e pela história. Exemplo: “A ficha cai. O mundo dá voltas. As pessoas mudam. Apesar das notícias falsas, das teorias conspiratórias ou daquela certeza infundada de que ‘isso nunca vai acontecer comigo’, ninguém está condenado a viver eternamente na sombra do negacionismo. O problema é que, em meio ao turbilhão do nosso pior momento da covid-19, essa tomada de consciência costuma ser alimentada pela dor” (Estadão). Escolha ou recusa de negar fatos, costuma se fortalecer quando a sociedade se depara com situações de instabilidade. Exemplo: “O negacionismo, ou seja, a escolha de negar os fatos como forma de escapar deles, de acordo com Lília Schwarcz, professora do Departamento de Antropologia da USP (Universidade de São Paulo) costuma se fortalecer quando a sociedade se depara com situações de instabilidade, como uma crise fora do normal ou algo nunca antes presenciado na atualidade, por exemplo” (UOL). 

Olfato é um dos cinco sentidos humanos, sendo o responsável por captar odores. Esse sentido é afetado pela covid-19, tendo em vista que a incapacidade de sentir cheiros é um dos sintomas mais característicos do contágio pelo novo coronavírus. Exemplo: “Muitas pessoas com covid-19 perdem temporariamente o olfato. À medida que se recuperam, geralmente ele volta — mas, para algumas delas, tudo parece ter um cheiro diferente, normalmente desagradável” (BBC). A perda do olfato também está associada a outras doenças, o que faz com que algumas pessoas confundam os sintomas da covid-19 com outros problemas de saúde. Exemplo: “No atual momento, a possibilidade não deve ser descartada, porém a dificuldade em sentir cheiros não é uma exclusividade da Covid-19. É comum que, em doenças como H1N1, rinites, pólipos e desvios de septo, as pessoas apresentem a falta de olfato como um de seus sintomas” (Terra). Em algumas profissões, a perda do olfato pode resultar no afastamento da função. Exemplo: “A perda do olfato e do paladar é um dos sintomas mais desagradáveis para quem desenvolve formas leves da Covid-19, mas para os profissionais que dependem destes sentidos para sobreviver, é a sequela mais temida da doença. Enólogos, perfumistas, chefs de cozinha – a lista de carreiras ameaçadas pelo coronavírus é variada” (G1). A perda do olfato pode causar grande impacto emocional na vida das pessoas. Exemplo: “‘Há algo fundamental que eu gostaria que as pessoas entendessem. Perder o olfato é um duro golpe para o seu bem-estar. Afeta todos os aspectos da sua vida. Você sente como se tivesse perdido o sentido de quem você era […]’” (G1). O olfato retorna depois do tratamento da doença, embora, em alguns casos, demore um longo período para voltar ao normal. Exemplo: “Uma descoberta adicional intrigante foi que muitas das pessoas que haviam recuperado a função olfativa avaliada por um teste objetivo de olfato continuaram a acreditar que seu paladar e olfato estavam reduzidos” (CNN).

 

OMS é a sigla da Organização Mundial da Saúde, subordinada à Organização das Nações Unidas (ONU). Compreende uma das autoridades nos assuntos referentes à saúde mundial. Exemplo:A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou pandemia de covid-19” (BBC). A OMS realiza estudos e elabora estatísticas sobre a situação da saúde a níveis internacionais. Exemplo: “A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a B.1.1.529 como uma ‘variante de preocupação’ e escolheu como nome ‘ômicron’. Com essa classificação, a nova variante foi colocada no mesmo grupo de versões do coronavírus que já causaram impacto na progressão da pandemia: alfa, beta, gama e delta” (G1). Orienta os países nas questões relacionadas à saúde da população em geral, estimulando a adoção de medidas ou ações baseadas em seus estudos. Exemplo: “O diretor-geral ressaltou ainda que as orientações da OMS aos países seguem as mesmas: ativar e ampliar os mecanismos de resposta a emergências, comunicar-se com a população sobre os riscos e sobre como se proteger, encontrar, isolar, testar e tratar todos os casos de covid-19, além de rastrear todos os infectados” (BBC). É uma agência especializada em saúde que estabelece parâmetros de protocolos que se mostram eficazes nas questões de saúde mundial. Exemplo: “A OMS quer que mais países sigam França e Suécia, que prometeram mais doses para o Covax, o consórcio que envia vacinas de graça para países de baixa renda” (G1). Por meio de pesquisas e análise de dados, a OMS realiza projeções que englobam as questões da saúde em geral. Exemplo: “A pandemia de covid-19 ‘vai durar mais um ano do que precisa’ porque os países mais pobres não estão recebendo as vacinas de que necessitam, afirma a Organização Mundial da Saúde (OMS)” (BBC).

Pandemia é causada por uma doença infecciosa e contagiosa que se espalha muito rapidamente entre a população mundial. Exemplo: “A OMS tem tratado da disseminação em uma escala de tempo muito curta, e estamos muito preocupados com os níveis alarmantes de contaminação. Por essa razão, consideramos que o Covid-19 pode ser caracterizado como uma pandemia” (Fiocruz). Uma pandemia e uma epidemia têm a mesma origem, o que muda é a escala da disseminação da doença. Exemplo: “Uma enfermidade se torna uma pandemia quando atinge níveis mundiais, ou seja, quando determinado agente se dissemina em diversos países ou continentes, usualmente afetando um grande número de pessoas” (Instituto Butantan). A palavra pandemia tem sua origem no grego pandemias e, em breve tradução, significa “todo o povo”. A pandemia causada pela covid-19 pode ser controlada com a aplicação da vacina na população e, também, com medidas de distanciamento social, uso de máscara, cuidados de higiene, evitando aglomeração etc. Exemplo: “‘Temos que conseguir alta cobertura de duas doses e só a partir de 75-80% de cobertura da segunda dose conseguiremos controlar a pandemia. Antes disso não dá para discutir imunidade coletiva ou controle da pandemia’, alerta Alfredo Scaff, epidemiologista da Fundação do Câncer” (G1). A pandemia tem efeitos e prejuízos que vão além dos problemas de/na saúde, já que a partir dela se destacam as diferenças sociais e econômicas da sociedade. Exemplo: “A população fica tentando desvincular a pandemia de trabalho, de sociedade, de economia e é tudo vinculado. Se nós não combatermos a Covid-19 enquanto nação, não haverá redução da desigualdade, não haverá redução da fome. Isso não pode ser visto a curto prazo ou individualmente, são medidas que devem ser tomadas nacionalmente” (CNN Brasil). Além da covid-19, também receberam o status de pandemia: peste de Justiniano (541-542), peste negra (1346-1453), pandemia de cólera (1852-1860), gripe espanhola (1918-1920) e gripe suína (2009-2010). Exemplo: “Uma maneira fácil de pensar numa pandemia… é dizer: uma pandemia é um surto global. Então você pode se perguntar: ‘O que é um surto global’? Um surto global significa que vemos a propagação do agente… e depois vemos as atividades [ou sintomas] da doença para além da propagação do vírus” (Politize).

Perspectiva é uma projeção, uma representação de determinado(s) cenário(s) – pandêmicos/pós-pandêmicos –, como forma de visualização do porvir. Exemplo: “Do fechamento de escritórios nos centros ao uso obrigatório de máscaras e restrições impostas a restaurantes, as medidas de prevenção ao coronavírus transformaram a paisagem das cidades em todo o mundo, provavelmente numa perspectiva de longo prazo” (G1). Nessa direção, tendo em vista a pandemia do novo coronavírus, ainda em 2020, não havia perspectivas em relação à estabilização ou à diminuição do índice de contaminação no Brasil: nesse caso, a perspectiva compreende incerteza. Exemplo: “Diante do aumento sustentado de novos casos e óbitos por covid-19 no país, o secretário substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Macário, afirmou nesta quinta-feira (14) que ‘não há nenhuma perspectiva de estabilização ou até mesmo de diminuição’ da pandemia no país” (R7). Em razão disso, perspectiva é uma palavra empregada com o sentido de expectativa ou possibilidade, como algo que é da ordem do devir ou, ainda, como algo que se deseja que aconteça diante do cenário de combate ao novo coronavírus. Dessa forma, também pode ser empregada no sentido de esperança. Exemplo 1: “OMS abandonou previsões. Em agosto de 2020, antes das primeiras vacinas, a OMS previa que a pandemia poderia estar controlada até meados de 2022 no mundo. A perspectiva era de que a crise sanitária duraria dois anos. A perspectiva de erradicar o vírus era considerada como uma missão impossível. Mas um controle seria possível, com o mundo sendo preparado para conviver com o vírus” (UOL). Exemplo 2: “Também havia a perspectiva de que, uma vez descobertas, as vacinas seriam distribuídas de forma igualitária pelo mundo, algo que jamais ocorreu. Hoje, a esperança da OMS é que 10% da população de cada país possa ser vacinada até setembro. Mas dezenas deles continuam a ter apenas 1% ou 2% de seus habitantes imunizados” (UOL). Perspectiva, com vistas às condições epidemiológicas do Brasil, pode ser associada às expectativas frente ao processo vacinal de imunização da população, de maneira que todos sejam beneficiados. Exemplo: “Uma pessoa pode estar com nível alto de anticorpos e ainda contrair a Covid-19. Mais do que isso, o esquema de vacinação não pode ser visto da perspectiva individual, se eu tenho ou não o direito de me vacinar, pois é um projeto coletivo, da sociedade” (CNN). Em razão da pandemia, houve mudanças demográficas, e, com isso, essa palavra, como sentido de perspectiva de vida, foi afetada. Exemplo: “Para homens, a pandemia reduziu a perspectiva de vida em 1,57 ano. Já as mulheres perderam, em média, 0,9 ano” (CNN). Com o novo coronavírus, as perspectivas quase foram colocadas em suspenso. No mundo, em função da crise sanitária instalada, mesmo com a diminuição das infecções e óbitos em decorrência da covid-19, não há projeções para o fim da pandemia. Exemplo: “Embora o acontecimento seja simbólico e reforce a melhoria contínua da pandemia no país durante os últimos meses, especialistas ouvidos pela BBC News Brasil entendem que é preciso colocar o fato em perspectiva e ter em mente que ainda há um longo caminho a ser percorrido antes de decretar o fim da crise sanitária” (G1). Por um lado, a palavra perspectiva abarca o sentido de possibilidade – como compreensão ou explicação – acerca da origem, bem como dos meios de propagação do novo coronavírus; o que demanda, ainda, estudos e pesquisas. É, pois, a ciência que auxiliará nessas perspectivas. Exemplo: “O próprio cientista diz que seu artigo não tem provas definitivas sobre como a pandemia começou – e é apresentado como uma ‘perspectiva’, categoria que a revista Science utiliza para textos interpretando informações que já são de conhecimento público” (CNN). Por outro lado, perspectiva abarca o sentido de expectativa distante – há um longo caminho de conscientização, medidas de proteção e prevenção, normas sanitárias, até que esse vírus seja erradicado –, mesmo que os registros de mortes pela doença tenham diminuído. Exemplo: “Embora o acontecimento seja simbólico e reforce a melhora contínua da pandemia no país durante os últimos meses, especialistas ouvidos pela BBC News Brasil entendem que é preciso colocar o fato em perspectiva e ter em mente que ainda há um longo caminho a ser percorrido antes de decretar o fim da crise sanitária” (BBC).

Posição prona é uma técnica já utilizada antes da pandemia do novo coronavírus, mas que nesse período pandêmico foi ajustada pelos médicos não só com o intuito de melhorar a oxigenação dos pacientes internados, infectados com a covid-19, como também de evitar a intubação. Exemplo: “Nesse período, Galindo afirma que foi preciso ajustar a forma como os pacientes eram tratados nas UTIs, e um ponto era crucial: ajustar a respiração. ‘O suporte respiratório que a gente fazia teve de receber algumas adaptações, não era exatamente igual ao que fazíamos antes: tivemos de aprender a ventilar melhor. Precisou fazer muito o uso da posição prona, e começou a perceber os resultados mesmo em pacientes não intubados. A gente começou a aplicar, e vimos como ajudava muito a melhorar a oxigenação e evitar a intubação’, explica” (UOL). Manobra utilizada desde o primeiro ano da pandemia do novo coronavírus, 2020, que auxilia pacientes internados, sobretudo, em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Exemplo: “A técnica é utilizada desde novembro de 2020 na área 4 da UTI Covid-19 do hospital. De acordo com o gerente de Ensino e Pesquisa do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Cléber Verona, um paciente pode ficar de 18h a 24h na posição prona. ‘Hoje, por exemplo, na UTI do Conceição, de 44 pacientes, 22 respiram na posição prona’, relatou” (G1). Estratégia utilizada em pacientes, contaminados pela covid-19, que estão internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e necessitam melhorar a oxigenação dos pulmões. Exemplo: “Os pulmões de Raquel foram severamente comprometidos pelo coronavírus. Internada em um hospital particular de Presidente Prudente (SP), cidade em que mora, ela precisou ser encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e foi intubada. No segundo dia na UTI, ela foi colocada em posição prona (de bruços), técnica usada para melhorar a oxigenação pulmonar. Passou 18 horas assim” (BBC). Assim como a ventilação mecânica, a posição prona, aliada ao trabalho da equipe médica, colabora com o êxito do atendimento hospitalar. Exemplo: “Então, se você tem uma equipe que funciona, como deve funcionar de fato, você tem condição de cuidar desse paciente. É um trabalho muito árduo que fazemos na terapia intensiva, quando o paciente chega com a insuficiência respiratória. A ventilação mecânica, os ajustes de todos, os mecanismos de ventilação, a colocação do paciente em posição prona (de bruços) desde o início estavam relacionados ao benefício do atendimento” (ESTADO DE MINAS). Posição prona é uma das técnicas utilizadas em pacientes internados com a covid-19 que mostrou resultados efetivos e, por isso, continua sendo aplicada. Exemplo: “Mas testamos muita coisa que não deu certo. Algumas coisas deram certo e são as que a gente utiliza até hoje, que são corticoides, ventilação, posição prona e a maioria das coisas que a gente utiliza hoje, testamos no início, e muito pouca teve resultado efetivo” (ESTADO DE MINAS). Em razão da possibilidade da falta de gás oxigênio nos hospitais superlotados, a posição prona também é uma forma de economizar o consumo de oxigênio. Exemplo: “No dia, o Hospital 28 de Agosto já vivia uma superlotação de pacientes internados pela doença. Por volta de 9h, a direção do hospital comunicou ao médico que havia a possibilidade de faltar oxigênio. ‘Na UTI, todos os aparelhos funcionam com o oxigênio. Nós tivemos que fazer uma manobra com os pacientes que a gente chama de posição prona. A gente vira o paciente de barriga para baixo que aí se diminui o consumo de oxigênio para eles’, contou o médico” (G1). O desenvolvimento do trabalho com tomografia, que aconteceu antes do período pandêmico, colabora com a avaliação médica sobre os hospitalizados com a covid-19, que são colocados em posição prona. Exemplo: “Também contribuiu o fato de terem desenvolvido antes da pandemia de covid-19 uma ampla gama de aplicações para tomógrafo, como para pacientes obesos – que fazem parte dos grupos de risco de desenvolver formas graves da doença –, para ajudar a avaliar o efeito da colocação do paciente na posição prona (de bruços), para uso pediátrico e em neonatos, entre outros usos, avaliou o executivo” (R7). A posição prona é um auxílio na recuperação pulmonar de pessoas internadas, infectadas com o vírus da covid-19, no entanto, não possibilita que os pacientes internados na UTI sejam higienizados. Exemplo: “Como já é sabido, 20% dos pacientes com covid-19 precisam de internação e 5% deles vão para UTIs. É uma minoria, mas, a ampla disseminação do coronavírus fez corresponder a um número muito grande de pessoas. O cuidado com elas impõe inúmeros desafios, inclusive para suprir necessidades básicas, como a de higienização. Nesse contexto, o banho a seco no leito é uma recomendação das autoridades de saúde que muitos hospitais brasileiros ainda não cumprem. ‘Durante a pandemia de covid-19, muitos pacientes em estado grave e precisam ficar conectados a aparelhos, em posição prona [de bruços] deixaram de receber banho’, afirma a enfermeira Débora Guerra […]” (R7).

Protocolo é um conjunto de medidas sanitárias de consenso entre os especialistas que visa à flexibilização com segurança das atividades presenciais e com público, a fim de evitar a propagação do novo coronavírus. Exemplo: “É obrigatório o cumprimento dos protocolos de biossegurança” (Portal Correio). Dentre os protocolos estabelecidos na pandemia estão: distanciamento social, uso de máscara, comprovação de vacinação, limite para ocupação máxima, sanitização e teste de covid-19. Exemplo: “Também será obrigatório o uso de máscara dentro do órgão, distanciamento social, aferição de temperatura na entrada e uso de álcool em gel. Quem estiver com sintomas gripais não poderá ser atendido” (G1). São normas gerais sugeridas pela OMS e reguladas pelo Estado. Exemplo: “‘Todos os protocolos de segurança exigidos pelos órgãos sanitários serão observados, como já vem ocorrendo desde a retomada do atendimento presencial nas agências. São medidas de distanciamento, sanitização dos ambientes, usos de EPI, ventilação e circulação de pessoas’, diz o ministério” (CNN).

Quarentena é uma palavra que circula há bastante tempo e faz parte das memórias e da história da humanidade, recobrindo práticas sociais, religiosas e sanitárias. No que tange às práticas sanitárias, pode-se mencionar doenças, dentre outras, a peste negra (Europa, séc. XIV), em que os navios ficavam ancorados por quarenta dias; a peste bubônica (Diário de Notícias). Nos séculos XX e XXI, destacam-se a SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) e a Gripe A (H1N1). Esta palavra, ao recobrir sentidos vinculados à religiosidade, significa as práticas de recolhimento e de purificação, como nos quarenta dias da quaresma ou nos quarenta dias em que Cristo permaneceu no deserto. Dentro da história do Cristianismo, retoma o dilúvio, em que Noé recolheu um casal de cada espécie para protegê-los da chuva que durou quarenta dias e quarenta noites. Quarentena significa junto com o verbete “isolamento social” na pandemia do novo coronavírus, é uma medida de saúde pública para controlar a disseminação da covid-19, que tem sido, tirando-se a gripe espanhola, a causa de maior número de mortes. Ficar em quarentena é manter-se afastado do convívio social por conta do contato com casos suspeitos ou confirmados e pelo risco de estar infectado, mesmo que não apresente nenhum sintoma, deve-se permanecer em quarentena. Exemplo: “Na quarentena, a pessoa deve ficar em casa, afastada do contato com pessoas que não tiveram contato com outras que estavam doentes, para observação dos sintomas” (UOL). A quarentena pode ser individual, quando a pessoa teve contato com outra, suspeita ou infectada; coletiva, quando um grupo de pessoas teve contato com alguém suspeito ou infectado; ou comunitária, quando determinada por ato administrativo com o estabelecimento de prazo para que todas as pessoas fiquem afastadas socialmente, evitando aglomerações. Exemplo 1: “Quarentena é uma medida de restrição de movimentos, do direito de ir e vir, que pode ser individual ou coletiva, em bairros, cidades ou outra unidade geográfica” (BBC). Exemplo 2: “No caso da quarentena, as pessoas só saem de casa para fazer coisas de extrema necessidade, como ir à farmácia, à padaria, ao mercado. Obviamente sob a condição de que não façam disso um evento social” (AGÊNCIA BRASIL). Inicialmente compreendida como um período de afastamento de quarenta dias, a quarentena pode estender-se por mais tempo. Exemplo: “Depois de ficar cerca de quatro meses em quarentena, a maioria das pessoas não se sente mais à vontade em multidões” (UOL). Com base no tempo que o vírus demora para se manifestar, a quarentena passou a ser de quatorze dias, podendo ser estendida para um tempo maior ou reduzido, dependendo dos sintomas e da gravidade. Exemplo: “No Brasil, a regra ainda é a quarentena de 14 dias, embora alguns municípios estejam cogitando reduzir para dez dias. Em países como a Suíça, infectados com sintomas leves são liberados do isolamento após sete dias apenas” (REVISTA GALILEU). 

Reencontro é ato ou efeito de (re)encontrar-se consigo mesmo e/ou com o outro; abraço; visita (estar com/ companhia) da família; calor humano; amor; emoção; resgate; confiança e carinho mútuo. Exemplo: “Ficou preocupado com a companheira, que ainda estava internada, mas Maria finalmente se recuperou e nesta quarta-feira (21) aconteceu o tão esperado reencontro com muito amor e emoção” (G1). Redescobrir; retomar laços e afetos; esperança da presença; felicidade; diversão; trocas; conversas; gargalhadas; novidades; compartilhamento; expectativa; rever pessoas e reviver momentos. Exemplo: “Uma professora e uma aluna se reencontram 11 anos após as aulas na faculdade de fisioterapia numa universidade de Fortaleza (CE). A mestra, uma das milhões de vítimas do novo coronavírus no país, não reconhece, inicialmente, que a especialista que lhe acompanhará na UTI é a aluna que orientou no trabalho de conclusão do curso. Mas a relação de confiança e carinho mútuo ajuda as duas a superarem os desafios impostos pela Covid-19” (CNN Brasil). Quando há o impedimento do reencontro, pode haver angústia; ansiedade. Exemplo: “Depois de passar 14 dias isolada em Londrina (PR), a professora Eliene pôde se reencontrar com os filhos, em comemoração com direito a cartinhas e declarações. ‘Eu tinha a certeza que eu queria viver e ver meus filhos de novo,’ contou ela” (G1).

 

Reinvenção é um processo de criação. No contexto da pandemia do novo coronavírus, a reinvenção está relacionada com a capacidade de transformação e/ou adaptação que as pessoas desenvolvem em função, principalmente, das mudanças sociais – muitas vezes, repentinas. Dessa forma, diz respeito também ao próprio ato de reinventar-se. Com o surgimento do novo coronavírus, sua disseminação e a decretação da pandemia da covid-19, doença provocada pelo vírus, a reinvenção é desencadeada como necessidade mundial. Exemplo: “Essa frase foi dita por inúmeras pessoas ao redor do mundo desde que a pandemia devido à COVID-19 começou: ‘Foi preciso me reinventar’. E a reinvenção aconteceu em diversas áreas da vida: na familiar, na pessoal, na empresarial, na profissional, na social” (Terra). Com isso, o mundo reinventou-se. Há, daqui em diante, um outro mundo: o pós-pandêmico. A reinvenção está relacionada com o processo de resiliência. Exemplo: “[…] Primeiro, que somos resilientes, ou seja, a maioria de nós conseguiu se reinventar e recriar nossas vidas da melhor maneira possível durante a quarentena (BBC)”. Com a pandemia do novo coronavírus, para responderem às adversidades, as pessoas recriaram suas vidas e, assim, conseguiram encontrar soluções para enfrentar esse momento e escapar das consequências, sobretudo, psicológicas. A reinvenção, como exigência, requer da sociedade um movimento de adaptação. Exemplo: “Sem visitas e com menos adoções, abrigos de crianças tentam reinventar rotina em meio à pandemia” (BBC). Os abrigos infantis também tiveram sua rotina afetada pelos efeitos da pandemia de covid-19. Além das barreiras impostas pelo isolamento social, o que dificultou as visitas em meio aos processos de adoção, muitas das crianças e adolescentes que estavam afastadas de suas famílias, sobretudo em função da violência doméstica ou negligência, sofreram as consequências, porque sua reintegração familiar precisou ser atrasada. Dessa forma, nesses espaços, a reinvenção é tratada como princípio básico para a manutenção das vivências diárias daqueles que, mais do que nunca, estão afastados, principalmente, do acolhimento familiar. A reinvenção envolve um processo de constante aprendizagem e preparação. Exemplo: “‘É preciso entrar em um processo de reinvenção contínua, porque o futuro do trabalho é um processo de aprendizagem contínua, que você deve seguir […]’, explica Merino” (BBC). Com vistas às necessidades de atualização do mercado de trabalho, em decorrência das mudanças ocasionadas pela pandemia de covid-19, as pessoas desenvolveram/desenvolvem novas competências: visam ao ingresso, mas, principalmente, à permanência nos mais diversos campos de trabalho, os quais apresentam mudanças e desafios. A reinvenção consiste no processo de transformação. Exemplo: “A reinvenção das cidades para enfrentar a era das pandemias. Uma das muitas constatações trazidas pelo surto do novo coronavírus é que as cidades modernas não foram construídas para fazer frente a uma pandemia. Neste século, já houve surtos de Sars, Mers, Ebola, H1N1 e, agora, a Covid-19. Se, como parece, há uma era de pandemias, as cidades, assim como a economia e as relações de trabalho, terão de passar por grandes transformações” (Terra). Com o surgimento de pandemias, os espaços urbanos passam por transformações, a exemplo do sistema de saneamento, como forma de solucionar as crises sanitárias. Dessa forma, muitas vezes, as cidades são reinventadas para que atendam às novas necessidades, principalmente no que diz respeito à circulação das pessoas. 

Resiliência é o processo pelo qual desenvolve-se a capacidade de adaptação e/ou superação frente às situações que provocam adversidade. Na física, de onde advém a origem etimológica da palavra, resiliência consiste na capacidade de um material voltar ao seu estado normal depois de uma tensão ou deformação. Por isso, a palavra é utilizada para referenciar a capacidade que as pessoas têm de adaptação às mudanças, a resistência que desenvolvem diante das situações de pressão, ou mesmo a superação que alcançam frente aos obstáculos cotidianos. Especificamente, resiliência concerne à capacidade de superação de uma experiência traumática. Exemplo: “‘Temos que aproveitar esse momento, por mais difícil que possa parecer, para trabalhar a nossa resiliência. Essa capacidade do ser humano de superar uma experiência traumática e, graças a essa superação, ser capaz de atingir um nível de desenvolvimento pessoal que ele não teria acesso se não tivesse enfrentado esse episódio’, afirma a psicóloga Patrícia Salvador Barata” (BBC News Brasil). Com a pandemia da covid-19, alguns psicólogos sugerem que o momento é propício, ainda que doloroso, para o desenvolvimento do conhecimento pessoal, por meio do qual as pessoas são capazes de enfrentar determinadas experiências que podem gerar traumas, superando-os. A resiliência está estritamente relacionada com a saúde mental e, dessa forma, para que possa ser desenvolvida, é necessária a atenção aos problemas que causam sofrimento nas pessoas. Exemplo: “‘Portanto, se não prestarmos atenção suficiente à saúde mental, não haverá resiliência. Se não reagirmos rapidamente a possíveis problemas que as pessoas possam sofrer, teremos uma bomba-relógio’” (BBC News Brasil). Tendo em vista que as experiências de confinamento durante a pandemia da covid-19 interferem em questões psicológicas, a resiliência contribui para que as pessoas possam enfrentar e ultrapassar as adversidades, reinventando suas rotinas durante a quarentena, a fim de que evitem o estresse ou o esgotamento que são ocasionados pela constante reclusão e isolamento social. A resiliência pode ser construída por meio do enfrentamento dos aspectos emocionais negativos, de maneira que as pessoas sejam capazes de adaptarem-se às situações que provocam adversidade. Exemplo: “‘É desonesto em relação a quem somos permitir-nos apenas expressões positivas’, diz Baker. ‘Negar constantemente tudo o que é ‘negativo’ que sentimos em situações difíceis é exaustivo e não nos permite construir resiliência [a capacidade de nos adaptarmos a situações adversas]’” (BBC News Brasil). À vista disso, a constante negação dos aspectos emocionais negativos que as pessoas sentem pode prejudicar o desenvolvimento da resiliência, que proporciona a aptidão para enfrentar os desafios, sobretudo impostos pelas transformações decorrentes da pandemia da covid-19. A resiliência condiz, no ambiente de trabalho, como a capacidade desenvolvida pelos trabalhadores para resistir às condições desafiadoras, decorrentes das novas medidas impostas pela pandemia. Exemplo: “No estudo, o engajamento é definido como uma atitude positiva e dedicada em relação ao trabalho e ao empregador. Já a resiliência é definida como a capacidade de resistir a condições desafiadoras no local e durante o trabalho. Foram entrevistados cerca de 27 mil colaboradores” (G1). Com a pandemia do novo coronavírus, inúmeras empresas precisaram adaptar as rotinas de trabalho dos seus funcionários. Dessa forma, a experiência pessoal que advém das mudanças sociais produz seus efeitos nos locais de trabalho, fazendo com que as pessoas desenvolvam, principalmente, a sua capacidade de superação. A resiliência, quando já desenvolvida como a capacidade de enfrentar mudanças, pode auxiliar no enfrentamento do isolamento social. Exemplo: “Receitas de resiliência dos mais velhos para enfrentar o isolamento. Idosos mostram como conseguem lidar com emoções negativas e as restrições impostas pela pandemia” (G1). Observa-se, assim, que a resiliência está relacionada com um processo de aprendizagem sobre si mesmo, capaz de servir como ferramenta de combate aos efeitos da pandemia, a exemplo do isolamento social. Resiliência é, também, a capacidade de resistência frente às situações de pressão e às mudanças constantes na vida das pessoas. Exemplo: “No primeiro ano de pandemia em Campinas (SP) e região, o novo coronavírus destruiu famílias, impôs medidas restritivas inéditas há gerações e revelou a incapacidade de parte da sociedade, incluindo inúmeros gestores públicos país afora, em assumir a responsabilidade coletiva de salvar vidas. Escancarou, também, a resiliência de profissionais da saúde que agora se arriscam em uma segunda onda aparentemente mais avassaladora” (G1). A pandemia tem trazido mudanças em diversas esferas da vida das pessoas (nas relações de trabalho, no convívio familiar, etc.). Os profissionais da saúde, por exemplo, em meio às UTIs lotadas, sofrem abalos emocionais e precisam construir condições/estratégias para não sucumbirem às adversidades. O cuidado com os pacientes e as novas medidas sanitárias básicas exercem influência sobre o compromisso de, coletivamente, salvarem um grande número de vidas que dependem dos procedimentos adotados durante a internação. Com isso, precisam manter-se resilientes para não ceder à pressão, comprometendo a preservação da vida.

Resistência é a forma com que as pessoas, na pandemia, enfrentam o novo coronavírus, evitando a contaminação. Como ato de resistir, implica no desenvolvimento de estratégias e posicionamentos para driblar o contágio. Exemplo: “A moradora de Macaé (RJ) Polyanna Linhares, de 28 anos, está acostumada a passar o Natal na casa da tia com mais ou menos vinte pessoas. Para o fim de 2020, no entanto, a família mudou a tradição. ‘Estamos agora há praticamente sete meses sem nos ver. São pessoas de quatro casas diferentes, que vão passar o Natal cada um na sua. Aqui em casa seremos eu, meu pai, minha mãe (que são idosos), minha irmã e meu sobrinho’. […] Ela diz que a festa virtual não é o que gostaria de fazer, idealmente, mas foi a melhor opção encontrada para proteger a família” (BBC). Resistência é um modo de combate. Na pandemia, muitas pessoas têm lutado para combater e denunciar o avanço das notícias falsas (fakenews), sobretudo em relação à imunização. Exemplo: “Influenciados por mentiras sobre imunização, familiares lutam para convencer parentes a receber a primeira dose do imunizante. […] Quando a mãe da pesquisadora Juliane Juski avisou no grupo de WhatsApp da família que não tomaria a vacina contra a covid-19, os filhos se assustaram. ‘[…] Começamos a contra-argumentar para convencê-la’, conta Juliane, de 32 anos. ‘Minha mãe é muito esclarecida, mas a desinformação acaba interferindo na vida das pessoas’” (R7). Resistência é uma palavra empregada no sentido de reação ao que está estabelecido, como um movimento contrário, uma forma de barreira. No Brasil, muitas pessoas, popularmente designadas como “antivacinas”, mantêm uma postura inversa ao que é estipulado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Dessa forma, a resistência também é compreendida como uma forma de violência. Exemplo 1: “Tem gente que acredita, veementemente, que a vacina, além de não imunizar contra as doenças, ainda coloca a saúde em risco. […] Especialistas afirmam que os apoiadores do movimento antivacina não se atentam para a ciência em si […]” (UOL). Exemplo 2: “O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, afirmou nesta quinta-feira (16) que a ‘violência antivacina” está em ‘viés crescente’ e que é preciso falar sobre o assunto antes que ‘ameaças se concretizem’” (G1). Resistência é o rompimento de algumas barreiras que impedem/limitam as ações de promoção à saúde. É na/pela resistência que muitas equipes de saúde levam as vacinas contra a covid-19 para serem aplicadas em pessoas que residem em locais difíceis de serem acessados, como a zona rural. Exemplo: “No estado, dois em cada 10 moradores vivem fora das cidades. E em muitas localidades, o trajeto para levar a vacina a quem mais precisa se parece com uma prova de resistência. […] Mesmo assim, desistir nem passa pela cabeça dessa equipes cheias de coragem […]” (G1). Na pandemia, resistência passou a indicar também a capacidade de suportar a infecção pelo novo coronavírus e, com isso, a doença (covid-19) e os seus efeitos. Nesse caso, a resistência observada no organismo de alguns pacientes pode auxiliar na elaboração de outras formas de tratamento. Exemplo: “Coronavírus: como pacientes ‘resistentes’ podem ajudar na busca por tratamento para covid-19. Na esperança de encontrar o calcanhar de Aquiles do SARS-CoV-2, cientistas têm pesquisado o genoma daqueles que, mesmo expostos ao vírus, não chegaram a adoecer ou ficaram assintomáticos” (G1). Resistência também produz sentidos de ineficácia. Com a infecção pelo novo coronavírus e as consequências da doença no corpo, houve o aumento de tratamentos por meio de antibióticos. Com isso, muitas bactérias desenvolveram a resistência como habilidade de tolerância, de maneira que muitos medicamentos tenham pouca eficácia. Exemplo: “Uso desenfreado de antibióticos na pandemia pode levar a ‘apagão’ contra bactérias resistentes. […] Pesquisadores e médicos atentos ao problema da resistência de bactérias e fungos acreditam que o uso desenfreado de antibióticos no tratamento de covid-19 tornará ainda mais drástico o cenário atual, em que já há falta de antibióticos capazes de combater certas doenças e micro-organismos – que, por vários fatores, têm se mostrado fortes e hábeis em driblar esses medicamentos” (G1). Resistência indica mobilização. Com o tempo, o novo coronavírus pode apresentar mutações. Dessa forma, com outras cepas surgindo, há maior potencial de resistência às vacinas. Em razão disso, quando identificadas, essas mutações, que começam a se espalhar pelo mundo, como a recente expansão da ômicron (em dezembro de 2021), são necessárias pesquisas e mobilizações científicas para que sejam pensados os meios de combate à variante. Exemplo: “Ômicron, o que se sabe sobre a nova variante do coronavírus. […] Até o momento, não se sabe se a ômicron apresenta resistência à vacinação – que é bastante baixa nos países do sul africano, onde foi identificada. A OMS reforça que as vacinas continuam sendo fundamentais para a redução de doenças graves e mortes, inclusive contra a delta (a variante mais transmissível até agora)” (G1). Resistência significa, ainda, protesto, denúncia e necessidade de reinvenção. Devido às implicações do ensino a distância, do ensino remoto e do sucateamento da educação pública, tanto os professores quanto os alunos precisaram desenvolver novos métodos de ensino e aprendizagem durante a pandemia. No entanto, em muitos dos casos, isso foi ineficiente, causando insatisfações dos alunos. Exemplo: “Coronavírus: Alunos da rede pública planejam reprovar de propósito para ‘aprender de verdade’ em 2021. […] ‘Não aprendi uma gota de matéria em 5 meses. Em 4 meses, não vou conseguir recuperar. Não é suficiente para aprender a matéria toda de um ano. O Enem que vou fazer em janeiro vai ser por teste de resistência, porque eu não tenho condições de fazer. Não é que vou tomar bomba, eu só vou realmente fazer meu terceiro ano, ano que vem. Aprender de verdade para ter condições de fazer um Enem decente, digno’” (BBC).

Rodízio de alunos é a estratégia de conjugar o espaço escolar, escola, com o espaço não escolar, casa, com o objetivo de dar continuidade ao processo educativo de estudantes, no formato de revezamento, durante a pandemia do novo coronavírus. Exemplo: “São Paulo anuncia reabertura das escolas em setembro e com rodízio de alunos. É praticamente consenso nas redes pública e privada que, pelo menos até o fim de 2020, as aulas vão ser divididas entre casa e escola. E nada de trabalhos presenciais em grupo” (G1). Esquema utilizado pelas escolas, de Ensino Fundamental e Ensino Médio, que passam por alguma dificuldade e, por isso, não conseguem promover o distanciamento entre os alunos no atendimento presencial da capacidade máxima de matriculados. O rodízio de alunos não se aplica à Educação Infantil. Exemplo: “As escolas que não conseguirem respeitar o distanciamento, terão que adotar esquema de rodízio de alunos para atender presencialmente 100% dos matriculados. A exceção é das creches públicas e privadas, que atendem crianças de zero a 3 anos, e terão o limite de 60% dos alunos atendidos diariamente. Antes, as creches funcionavam com 35% da capacidade de ocupação” (G1). Possibilidade de continuidade do processo escolar que contempla atividades presenciais, na escola, e atividades não presenciais, no formato de ensino remoto. Exemplo: “O ensino presencial, suspenso em março do ano passado por causa da pandemia da Covid-19, pôde ser retomado em todas as escolas de São Paulo no mês de agosto. Na época, a Secretaria Estadual de Educação informou que cada unidade deveria avaliar se tinha capacidade para retomar as atividades com todos os alunos, desde que respeitassem o distanciamento de 1 metro entre eles. Pouco antes, no primeiro semestre, as aulas presenciais já tinham sido liberadas, mas com revezamento entre os alunos nos dias da semana e respeitando 35% da ocupação. No entanto, mesmo com a flexibilização, esse formato continua em vigor e a região segue realizando rodízio de alunos entre atividades presenciais e remotas” (G1). Solução encontrada pelas escolas da rede pública que não conseguem seguir os protocolos sanitários de distanciamento social entre os alunos no espaço escolar. Exemplo: “Escolas da rede pública estadual devem manter o rodízio de alunos a partir da próxima segunda-feira (18), mesmo com a obrigatoriedade do retorno 100% presencial. Apenas 25% das escolas conseguem preservar o distanciamento de 1 metro entre os estudantes, exigido para a volta. O retorno total só deve ocorrer a partir do dia 3 de novembro, quando não haverá a necessidade de guardar distância. Segundo um estudo técnico da Seduc (Secretaria de Estado da Educação de São Paulo), das 5.130 escolas da rede, apenas 1.251 têm condições de manter o distanciamento. E por esse motivo a maioria das escolas estaduais deve seguir com o revezamento de alunos, divididos por dias ou semanas de acordo com o planejamento de cada unidade escolar” (R7). Esquema que interessa aos proprietários de escolas privadas para manter ativas as matrículas dos alunos da Educação Infantil e do terceiro ano do Ensino Médio. Exemplo: “Aulas presenciais podem ter triagem e rodízio de alunos em sala. Os donos de escolas particulares pressionam as secretarias para a liberação do retorno de alunos, mesmo que em esquema de rodízio, principalmente os do terceiro ano do ensino médio por conta do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e da educação infantil” (R7). No período pandêmico, também é uma possível estratégia adotada por escolas públicas para garantir aos alunos carentes a possibilidade de acesso à educação e, principalmente, acesso à alimentação. Exemplo: “Ainda de acordo com o secretário, os alunos que não voltarem às aulas poderão ir à escola para se alimentarem. Os que não tiverem computador ou internet em casa vão poder usar a estrutura das escolas para assistir às aulas virtuais. A direção de cada colégio vai decidir quantos dias a escola vai funcionar, se vai ter rodízio de alunos e quais serão os turnos de aula. Também fica a cargo da direção resolver como ficam as atividades de educação física e o recreio, bem como se vai ter aula de reposição ou não” (G1). Uma das estratégias adotadas para reduzir os riscos de transmissão da covid-19, considerando o retorno presencial dos alunos ao espaço escolar. Exemplo: “Medição de temperatura, rodízio de alunos por turma, e aulas por site e aplicativo: essas são algumas das estratégias adotadas pelo governo do Distrito Federal para reduzir os riscos de transmissão quando os 460 mil estudantes do sistema público de ensino começarem a voltar a frequentar as escolas, de forma escalonada, a partir de 31 de agosto” (UOL). Ação emergencial imposta pela pandemia de covid-19, mas que é extinta com a diminuição da gravidade do período pandêmico. Exemplo: “O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta quinta-feira, 14, que o rodízio de alunos na rede municipal se encerra no próximo dia 25, mas que a presença segue facultativa. Em coletiva de imprensa ao lado do secretário municipal de Educação, Fernando Padula, ele anunciou que as unidades de ensino médio e fundamental poderão receber 100% dos estudantes, sem necessidade de distanciamento” (Terra).

Rotina é o que é habitual na vida das pessoas, é o que se repete no dia a dia e que, caso se rompa, pode sugerir certa insegurança à população. Exemplo: “A pandemia de Covid-19 foi responsável por uma brusca mudança na vida da população ao redor do mundo, impactando na rotina, na vida financeira e na saúde mental, desencadeando episódios de insegurança” (Veja). Na pandemia do novo coronavírus, novos hábitos foram incluídos na rotina, como uso de máscaras, higienização das mãos, distanciamento social etc. Exemplo: “[…] nesse período, alguns hábitos adquiridos pela população acabaram virando rotina e devem ser mantidos por algumas pessoas, independente de orientações governamentais” (G1). A pandemia provocou mudanças nas rotinas de trabalho, exigindo novas maneiras de organização de algumas empresas. Exemplo: “Com a popularização do home office para muitas categorias, a expectativa é que a rotina de trabalho possa ser mais híbrida – com divisão entre dias presenciais e em casa –, o que deve permitir uma circulação menor de pessoas no trabalho” (G1). Devido à sua característica de repetição de um acontecimento ou de uma ação na vida das pessoas, pode se tornar desgastante, difícil, enfadonha, cansativa. Exemplo: “Rotina intensa que envolve cansaço e trânsito são dificuldades enfrentadas por quem trabalha no transporte de pacientes na Região Metropolitana” (G1).

Sanitização é a higienização de ambientes, geralmente realizada por empresas especializadas em desinfecção, e costuma ser feita em locais de grande circulação de pessoas, como estabelecimentos comerciais, parques, residenciais e vias públicas. Exemplo: “‘[…] Dentre as principais medidas, a máscara é item obrigatório, dispensers de álcool em gel são disponibilizados ao longo de todo o parque, a medição de temperatura é feita a todos na entrada, além da sanitização dos bondes com quaternário de amônio a cada viagem’, divulgou” (CNN). É uma medida de prevenção ao combate do novo coronavírus e é utilizada para promover a higienização dos ambientes. Exemplo: “O principal foco de atuação dos agentes de saúde ambiental e controle de endemias da Prefeitura do Recife, durante a pandemia, tem sido a sanitização de espaços públicos para desinfecção, de forma a evitar a proliferação do novo coronavírus” (CNN). Para realizar a desinfecção de ambientes, são comumente utilizados compostos antimicrobianos com ações desinfetantes, como o quaternário de amônia. Exemplo: “Com isso, na higienização foi utilizada solução de quaternário de amônia de quinta geração, que possui alto poder contra fungos, bactérias e vírus” (R7). A demanda pela limpeza dos espaços cresceu na pandemia do novo coronavírus, no entanto, a sanitização não exclui a limpeza de rotina. Exemplo: “A sanitização oferece um grau maior de segurança, mas não dispensa a necessidade de fazer a limpeza de rotina” (Jornal de Brasília).

Saudade é uma palavra que existe em poucos idiomas. Na Língua Portuguesa, expressamos esse sentimento pelo estado de estar com, sentir ou ter saudade. É uma lembrança, uma memória de alguém, de algo, de um tempo passado, de um momento, ou das experiências vividas. Sentimento misto que permanece, juntamente com a lembrança, quando a presença física de alguém deixa de ter existência na vida. Exemplo: “Aos familiares e amigos das vítimas da covid-19, restam a saudade e as lembranças. Em decorrência do isolamento imposto a pacientes com o coronavírus e da intubação adotada em casos graves, milhares de pessoas não conseguiram dar o último adeus” (BBC). Sentimento que nasce em alguém quando a vida do outro termina. Exemplo: “Mãe, amor e saudade brotam em cada um que teve a sorte de conviver com a senhora” (El País). Sentimento que emerge de forma inconsciente e descontrolada. Exemplo: “As lembranças e a saudade vêm muito à tona” (BBC). Sentimento associado ao amor, à ausência, à falta e à morte. Exemplo: “Quando a gente pode ter saudade de alguém, quando a gente gosta de lembrar de alguém, quando esse alguém se torna parte integrante de nossa jornada humana, é porque o luto terminou, que foi possível levar com a gente o essencial naqueles que nos antecederam” (TAB UOL). Sentimento de serenidade, de memória e de gratidão. Exemplo 1: “A não ser pela saudade, que só o tempo ameniza, todos estão bem” (Estado de Minas). Exemplo 2: “Vamos guardar na memória e no coração todos os bons momentos. A vida segue, a saudade fica” (Estado de Minas). Exemplo 3: “[…] A dor ainda é inacreditável. A saudade aperta mais a cada dia. Mas a gratidão está sempre presente” (Contigo!) .

Separação é afastamento. Em decorrência da pandemia do novo coronavírus, muitas das pessoas doentes foram separadas, seja pelo isolamento social, com o intuito de interromper o contágio, seja pela internação, devido ao agravamento dos efeitos da doença no corpo. Exemplo: “Casal de idosos se reencontra após mais de 200 dias de separação pela Covid-19” (CNN). Separação compreende o rompimento de vínculos, estabelecendo limites entre os corpos. Em função do contágio pelo novo coronavírus, os sujeitos infectados precisam ficar separados dos demais, inclusive dentro da mesma casa. Exemplo: “Antes disso, porém, medidas severas de confinamento e separação de pessoas foram adotadas, e ainda assim mais de 3.300 pessoas morreram e 81 mil foram infectadas, segundo o governo de Pequim” (R7). Com o intuito de minimizar a circulação do novo coronavírus, algumas medidas de higienização foram estipuladas pela OMS. Em razão disso, separação implica em seleção, por exemplo, dos objetos pessoais (seja em casa, no trabalho, etc.), de maneira que a convivência seja mais segura, minimizando a infecção por meio de superfícies contaminadas. Exemplo: “Nos primeiros contatos, a dentista conta que costumam enfatizar a prevenção dentro de casa. ‘Trabalhamos em uma área muito periférica. É muito simples falar em isolamento social quando se fala em classe média’, afirma. ‘Mas para o paciente que mora em um cômodo, é preciso enfatizar a separação de objetos pessoais, talheres. E, principalmente, que não saiam às ruas” (R7). No Brasil, no início de 2021, o Ministério da Saúde estipulou um mapa de vacinação, determinando, por regiões, o número de doses da vacina que seriam recebidos. Separação aponta, assim, para organização. Exemplo: “Vacinas contra Covid-19 começam a ser distribuídas aos municípios do interior do RS. Na noite de segunda-feira, estado recebeu 341,8 mil doses da Coronavac. Após a separação por regional, por critérios populacionais, vacinas estão sendo despachadas para a Capital e para as 18 Coordenadorias Regionais de Saúde” (G1). Separação é exclusão. Ocorre, por exemplo, devido à falta de vacinação, pois sujeitos que não foram vacinados são excluídos, muitas vezes, de eventos sociais, a fim de minimizar a incidência de contaminação do novo coronavírus. Exemplo: “Também comento o quanto a separação entre vacinados e não-vacinados vem incomodando este segundo grupo e explico os porquês do silêncio da turma que não quer falar sobre a opção por não se vacinar” (UOL). Separação compreende, também, divórcio. Com a pandemia e, consequentemente, o isolamento social, muitos casais – inclusive, por meio de processos online – romperam suas uniões. Exemplo: “Divórcios crescem no Brasil em junho, após permissão para processo online. […] Separação na pandemia. De acordo com a professora do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB), o confinamento causado pela pandemia faz com que as pessoas realizem uma série de adaptações que podem, consequentemente, ocasionar o ‘estressamento nas relações’” (G1). Como consequência da pandemia, do isolamento social e do convívio forçado dentro de casa, os casos de feminicídio, no Brasil, cresceram. Separação, para as mulheres, por vezes, pode indicar insegurança, medos (inclusive, de uma possível morte). Exemplo: “Feminicídio: 60% das vítimas no DF foram mortas por ciúmes ou separação. Dados da Secretaria de Segurança se referem ao primeiro trimestre de 2021, quando foram registradas 5 mortes de mulheres motivadas por questões de gênero; número é igual a 2020. Em 60% dos casos, autor era ex-companheiro” (G1). Separação pode ser entendida como um processo de reconhecimento dos corpos mortos, acometidos pelo novo coronavírus: com as mortes, na pandemia, houve um movimento de identificação dos mortos – nas valas comuns, feitas nos cemitérios –, das vítimas fatais da pandemia. É uma tentativa de recuperar a identidade dessas pessoas que, em uma situação de extrema calamidade, precisavam ser enterradas juntas, sem qualquer tipo de identificação. Exemplo: “[…] Nós estamos preparando um projeto de memorial em nome de todas as pessoas ali enterradas. Estamos trabalhando a separação, para cada uma ser identificada” (BBC). Separação é, muitas vezes, abandono. Com as mudanças trazidas pela pandemia, na relação entre os animais de estimação e seus tutores, houve mais proximidade, mais tempo de contato e interação, sobretudo, em razão das atividades/trabalhos desenvolvidos em casa. Contudo, com a retomada das atividades presenciais, a mudança na rotina causou ansiedade de separação, fazendo com que os animais apresentassem sintomas físicos e emocionais, tais como: latidos persistentes, uivos e miados contínuos, vômitos, entre outros. Exemplo: “Essa mudança brusca de comportamento pode gerar ansiedade de separação, distúrbio de comportamento que acontece quando o cão cria uma relação de dependência emocional grande com o tutor e se sente abandonado quando fica sozinho”. […] ‘O que mais tem surgido é a ansiedade de separação. Com os donos voltando a trabalhar, eles estão notando que os cães têm uma dependência emocional maior do eles que gostariam que tivessem’, diz” (G1). Separação é empregado, no âmbito da pandemia, como o princípio da distinção dos poderes enquanto modelo político que visa à melhor governança de um Estado pela fragmentação do seu poder em órgãos distintos e independentes, cada qual especializado em um aspecto ou área de governo. Houve questionamento sobre o papel do Executivo e do Judiciário, uma vez que este último determinou, segundo a Constituição, que todos os entes da Federação tinham responsabilidade e competência concorrentes, no que diz respeito à definição de ações e estratégias para combater o avanço da contaminação pelo novo coronavírus. Exemplo: “Para ela, o pensamento do filósofo iluminista Montesquieu, que teorizou a separação dos Poderes, ‘está mais atual do que nunca: todo aquele que detém o poder tende a dele abusar’. ‘Por isso, ele [Montesquieu] propôs a separação de Poderes. Pelo andar das coisas, a natureza nossa é essa. O freio ao poder quando se tem uma situação em que se tem um discurso fácil de que se concentra poder para combater o mal, como se um mal, como esse da pandemia pudesse ser combatido por uma única pessoa, pode até ser alimentado por comportamentos de uma ou outra pessoa, mas não pode ser combatido sozinho por ninguém. Tem de ser combatido de todas as formas de tratamento e cuidado com quem mais precisa. Por isso nós temos uma Constituição, leis e juízes no Brasil’” (UOL).

Sequelas são complicações, temporárias ou permanentes, que a covid-19 pode provocar no organismo das pessoas infectadas, tendo em vista o início da pandemia do novo coronavírus, antes da criação de uma vacina contra o vírus. Exemplo: “Sete meses depois do surgimento da Covid-19, mais de 18 milhões já foram infectados pelo novo coronavírus no mundo e cerca de 11 milhões de pacientes são considerados recuperados. De um lado, a comunidade científica ainda busca uma vacina contra o Sars-CoV-2. De outro, médicos tentam entender quais consequências de médio e longo prazo o vírus pode trazer para aqueles que já entraram em contato com ele. Uma série de estudos divulgados nos últimos meses e a observação clínica dos profissionais que estão na linha de frente indicam as possíveis sequelas que a doença pode deixar — ainda que não seja possível dizer se elas são temporárias ou perenes” (G1). Complicações mais graves em pessoas contaminadas pelo novo coronavírus, em comparação àquelas que não desenvolveram estágios mais avançados da doença. Exemplo: “Pacientes que precisam ser internados para tratar a Covid-19 ficam, em média, 22 dias no hospital, de acordo com dados de uma pesquisa que traça o perfil dos doentes divulgada pelo SUS. Tanto tempo parado – e muitas vezes desacordado – pode deixar a recuperação ainda mais lenta, mas uma técnica desenvolvida no Brasil tem ajudado a minimizar os efeitos de sequelas nos pacientes” (CNN). Consequências causadas pela covid-19 que perdurarão por um longo tempo. Exemplo: “Sequelas da covid-19 prejudicarão saúde do brasileiro por uma década, diz especialista em UTIs” (G1). Problemas de saúde que se desenvolvem após a recuperação do paciente contaminado pela covid-19. Exemplo: “A ginecologista e obstetra Melania Amorim teve Covid-19 e percebeu que, após uma recuperação inicial, passou a desenvolver sequelas da doença” (G1). Sequelas ocasionadas pela covid-19 podem não ser semelhantes às de uma gripe leve, porque o vírus SARS-CoV-2 não é o mesmo que provoca gripes. Exemplo: “Uma simples gripezinha? Cada vez mais estudos apontam para sequelas da Covid-19. É o caso de uma pesquisa publicada pela revista científica The Lancet nesta sexta-feira (27), que afirma que cerca de metade das pessoas infectadas relatam sintomas um ano depois de terem desenvolvido a doença” (G1). Uma das sequelas provocadas pelo vírus da covid-19 é a disfunção erétil. Exemplo: “Estudo da Universidade de Roma, divulgado em março último, aponta a disfunção erétil (impotência sexual) como uma das possíveis sequelas da covid-19. Cem indivíduos foram incluídos na análise (25 positivos para covid-19 e 75 negativos). A prevalência de disfunção erétil foi de 28% no grupo cujos resultados foram positivos para covid-19, contra 9,33% do grupo cujos resultados foram negativos” (R7). As sequelas provocadas pela covid-19 correspondem à proporcionalidade da infecção no organismo, o que resulta na continuidade do tratamento após a recuperação, denominado pós-covid. Exemplo: “Heron Rached, coordenador do Centro de Cardiologia e do Centro de Tratamento Pós-Covid do Grupo Leforte, conta que vê um paralelo entre a gravidade da infecção e as sequelas deixadas. ‘Pacientes com infecções mais graves vão apresentar mais sequelas, a relação é proporcional. Mas isso não quer dizer que pacientes com infecções moderadas não apresentem’, diz” (CNN). Sequelas são impactos da infecção pela covid-19 que se manifestam nos idosos de formas diferentes. Exemplo: “’A população idosa é muito heterogênea, temos idosos robustos que fazem quadros leves e com poucas sequelas e idosos frágeis que geralmente têm um impacto funcional importante da doença’, pondera Casarotto” (UOL). Complicações leves ou graves que podem afetar, também, crianças contaminadas pela covid-19. Por isso, da importância da vacinação do público infantil. Exemplo: “Os casos de morte ou de sequelas graves causadas pela Covid-19 em crianças justificam a necessidade de incluí-las no calendário de vacinação o quanto antes. Isso porque o Brasil soma 1.449 mortes de meninos e meninas de até 11 anos em decorrência do novo coronavírus e mais de 2.400 casos da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) associada à Covid-19, conjunto de sintomas graves que podem levar à morte, desde o início da pandemia, segundo o Ministério da Saúde” (Instituto Butantan). Além das complicações voltadas às questões de saúde, sequelas também são problemas educacionais. Com a pandemia do novo coronavírus, as crianças são as mais prejudicadas no processo educativo. Exemplo: “Crianças na fase de alfabetização (5 a 9 anos) e crianças mais pobres estão entre as mais afetadas pelas perdas de tempo de ensino ocorridas durante a pandemia, aponta um novo estudo recém-publicado pela FGV Social, que levanta a preocupação com ‘sequelas de longo prazo bastante fortes’ nas futuras gerações” (Terra). Resultados da pandemia que estão mudando a história econômica dos países. Exemplo: “‘Problemas de requalificação de mão de obra, de concentração de renda dos países avançados, endividamento público, rivalidade entre países e busca de mais autonomia, isso tudo estava lá, mas foi acelerado’, explicou. Tudo isso gerará sequelas, segundo Canuto. ‘Essa pandemia vai gerar cicatrizes, como a distribuição de renda em todas as partes do mundo tendo piorado como resultado, a crise afetou principalmente os setores de serviços, a presença de trabalhadores de baixa qualificação, o efeito foi terrível. O endividamento público é outra sequela’” (CNN).

Sobrevivente é aquele que vive(u) e/ou sobrevive(u). Especificamente, sobrevivente diz respeito à pessoa capaz de adaptar-se às transformações sociais. Exemplo: “É como disse Charles Darwin, quem sobrevive não é o mais forte, mas aquele que se adapta melhor as transformações” (Estado de Minas Gerais). A pandemia intervém na realidade social, sobretudo, no que concerne à saúde física e mental, o que ocasiona em impactos nas vivências de homens e mulheres. É necessário, pois, que as pessoas estejam preparadas e se adaptem às transformações sociais como, por exemplo, o uso de máscaras, o distanciamento social, as medidas de prevenção, o processo de vacinação, enfim, os “novos” protocolos de segurança. No plural, designa determinada coletividade que escapou de alguma tragédia que ocasiona trauma(s). Exemplo: “Coronavírus: como o mundo pode se curar do ‘trauma coletivo’ da pandemia de Covid-19” (BBC Brasil). As consequências da pandemia impactam um grande número de pessoas em um intervalo de tempo que é compartilhado por toda a população terrestre. O trauma também se torna viral, mesmo entre os não acometidos pela doença, sobretudo pelos movimentos de luto em grande escala. Sobrevivente é aquele que resiste, ainda que apresente marcas físicas e/ou psicológicas decorrentes de alguma situação de ameaça à vida. Exemplo: “Setenta e seis anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, apenas 178,4 mil sobreviventes do Holocausto ainda estão vivos em Israel. Entre eles, 5,3 mil foram contaminados pelo coronavírus” (G1). O sobrevivente pode ser aquele que resiste aos diversos eventos que, porventura, possam ameaçar a sua vida, a exemplo dos sobreviventes do Holocausto que, depois de algumas décadas, precisam sobreviver também à pandemia, mesmo que marcados pelas lembranças traumáticas que retornam juntamente com os sentidos do que é um genocídio. É, também, aquele que tem seu corpo violado e, ainda assim, consegue permanecer vivo. Exemplo: “Uma Pandemia das Sombras, quando todos os tipos de violência contra mulheres e meninas, mas particularmente a violência doméstica, se intensificaram” (ACNUR). As mulheres e meninas, principalmente, enfrentam o aumento da violência de gênero durante a pandemia. Em função do isolamento, do lockdown, o espaço de refúgio da casa tornou-se um espaço de ameaça à vida, à violação do corpo, exigindo a constante vigilância e a necessidade de denunciar abusadores para que, mesmo com as violações enfrentadas, haja a possibilidade de sobrevivência das vítimas. Compreende-se também como sobrevivente aquele que tem sua vivência implicada por adversidades que colocam, constantemente, sua saúde em risco. Exemplo: “Sobreviventes de coronavírus estão sob risco de ‘estresse pós-traumático’, advertem médicos” (BBC Brasil). Os pacientes que sobreviveram ao vírus da covid-19 estão constantemente propensos ao desenvolvimento de problemas de ordem emocional, a exemplo dos transtornos de estresse pós-traumático, sobretudo aqueles que estiveram em terapia intensiva. Condiz ainda com aquele que tem a possibilidade de recuperar-se. Exemplo: “Coronavírus: ‘sou grata por poder respirar’: os relatos de pessoas que se recuperaram” (BBC Brasil). A sobrevivência está vinculada com a recuperação, tendo em vista o nível de gravidade da doença, que apresenta um risco significativo de vida e afeta, principalmente, a capacidade respiratória. É aquele que pode testemunhar sobre a experiência de sobrevivência. Exemplo: “Prestamos homenagem aos sobreviventes. Seus testemunhos permanecerão para sempre como uma barreira contra aqueles que negam o passado” (G1). O sobrevivente é convocado a testemunhar sobre sua(s) experiência(s) de sobrevivência, de maneira que o passado provoque reflexões no presente: nesse caso, ele se torna testemunha. O sobrevivente do Holocausto e da pandemia da covid-19 testemunha, no presente, e testemunhará, no futuro, para que o passado não seja esquecido e/ou negado.

Transformação digital é uma alteração nas formas de ensino, devido ao uso de meios e aparelhos digitais, bastante ampliada em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Exemplo:As escolas e os educadores perceberam, então, que a transformação digital não se resume a aplicar a mesma aula em formato digital, mas sim a uma mudança cultural (e estrutural) na maneira de ensinar e aprender dentro e fora da escola” (BEM PARANÁ). Consiste em uma alteração repentina na educação básica. Exemplo:A pandemia provocou uma transformação digital na educação básica que você não viu em um século. Da noite para o dia, as escolas precisavam de tecnologia” (DIÁRIO DO NORDESTE). É uma mudança contínua. Exemplo:Importante ter em mente que a transformação digital da escola não acontece de uma só vez, nem tem data para terminar. Ela acontece todos os dias, o tempo todo. É uma adaptação às exigências e às novidades do mundo. É um processo que acontece ao vivo e fica ultrapassado rapidamente. O que não pode sair do foco é a qualidade do serviço educacional prestado. Os alunos devem sentir que estão aprendendo tanto quanto, ou mais, do que antes” (BEM PARANÁ). É uma modificação educacional que pode nos preparar para os próximos desafios que enfrentarmos. Exemplo: “De acordo com o secretário-executivo, a ‘transformação digital’ do sistema educacional tem entre os objetivos preparar a rede pública de ensino ‘numa perspectiva de que, no futuro, se enfrentarmos outros desafios desta magnitude, tenhamos condições de não sofrer como sofremos’” (AGÊNCIA BRASIL). A transformação digital aumenta a desigualdade social. Exemplo:A transformação digital nas escolas aumenta a desigualdade social entre os estudantes. O fato de não haver internet disponível para todos prejudica os alunos mais carentes da população” (UOL). É a mudança que já estava acontecendo no meio educacional, mas que foi acelerada com a pandemia do novo coronavírus. Exemplo: “Não foi com a pandemia que o ensino começou a mudar. Essa transformação já estava em curso, mas foi acelerada com a crise do novo coronavírus. No entanto, como havia outras formas de lecionar, as escolas e educadores não incorporaram as diretrizes da educação 4.0 de forma significativa” (G1).

Tédio é a sensação de aborrecimento provocada por um momento em que o tempo parece demorar para passar. Exemplo: “O hábito que você deve cultivar para que o tédio na pandemia não mate sua criatividade” (G1). É não ter atividades com as quais preencher o tempo. Exemplo: À primeira vista, o tédio pode parecer um problema trivial. Comparado ao contágio galopante, o desemprego e as mortes, reclamar de algumas horas não preenchidas pode parecer um pouco egocêntrico” (BBC). Pode se manifestar quando algumas práticas se tornam habituais e/ou rotineiras. Exemplo: Quando a mente se acostuma a realizar as mesmas coisas, é muito mais difícil combater o tédio, mas com os estímulos certos é possível dar a volta por cima. Basta procurar novas atividades para não ficar refém de uma única habilidade ou fonte de prazer” (EBC). É um fator que pode impulsionar a quebra de protocolos durante o isolamento social na pandemia da covid-19. Exemplo: Pesquisadores da Universidade de Waterloo, no Canadá, e da Universidade Duke, nos EUA, descobriram que pessoas propensas ao tédio têm mais chance de desrespeitar as regras de distanciamento social e realizar reuniões sociais” (BBC). É um sentimento que pode levar a vícios. Exemplo: “Essa dificuldade de nomear os sentimentos, de encarar o tédio, o vazio, e até mesmo uma crise de identidade, leva o indivíduo a ter comportamentos impulsivos e compulsivos, buscando conforto emocional através do excesso de comida, de bebida, tabaco ou do uso indiscriminado da Internet; comportamentos que em nada aliviam o mal-estar, gerando um círculo vicioso” (G1). Pode ser falta de energia. Exemplo: “Mann afirma, no entanto, que há uma dose ideal para o tédio, uma vez que em excesso pode drenar sua energia” (G1).

Traqueostomia é uma intervenção cirúrgica que consiste numa incisão, divisão ou corte de um orifício na traqueia e na colocação de uma cânula para a passagem de ar, a desobstrução de vias respiratórias, a possibilidade de respiração constante após intubação. Exemplo: “A partir de então, iniciava-se o longo período em que os dois, concomitantemente, tiveram de usar ventilação mecânica – ambos passariam por uma traqueostomia(Terra). Esse procedimento é realizado entre 6 e 10 dias de ventilação mecânica e pode trazer grandes benefícios, tais como menor taxa de autoextubação, possibilidade de fonação, de ingestão oral, de melhora da higiene oral e de manuseio facilitado do paciente pela enfermagem, ainda que após a alta, o paciente tenha que passar pelo processo de reabilitação. Exemplo: “A sequela é reversível, mas demanda reabilitação precoce ainda no hospital. O enfermeiro Leandro Cruz Campos, 39, conta que após 37 dias de intubação e traqueostomia, teve reaprender a deglutir, a falar e a respirar pelo nariz” (Folha de São Paulo).

UTI é uma Unidade de Terapia Intensiva que, na pandemia, dispõe de equipamentos tecnológicos específicos para o tratamento de pacientes que apresentam agravamento da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Exemplo: “‘UTI significa Unidade de Terapia Intensiva, na qual, diferente de um leito de quarto, se tem profissionais de plantão à disposição do paciente’, detalhou Gomes. ‘Há também recursos tecnológicos, como ventilador mecânico, aparelhos responsáveis pelos sinais vitais, suporte avançado de vida. Por exemplo, se a pessoa tiver parada cardíaca ou um problema mais grave que possa rapidamente levar à morte, ela tem suporte pronto para ser atendida’, completou” (CNN). UTI é, assim, um espaço de luta(s) que coloca em embate a vida e a morte, o que pode se estender por um longo período de tempo, sem garantias de que o paciente se tornará um sobrevivente. Exemplo 1: “‘O estado tem atualmente quase 13 mil pacientes em UTI’. ‘Sabemos que, infelizmente, um terço deles não deve sair com vida. Devemos ter ainda um cenário muito triste’” (R7). Exemplo 2: “Pacientes críticos de Covid-19 dependem de um leito de UTI para continuarem respirando – é a diferença entre vida ou morte. A questão é como distribuir esses leitos e garantir, na medida do possível, o tratamento a todos os brasileiros que dele necessitam” (CNN). A UTI, muitas vezes, também pode implicar em desigualdade(s): em muitos municípios brasileiros, ao longo da pandemia, foram/são escassos os leitos de UTI Covid – seja pela superlotação, seja pela dificuldade financeira de aquisição dos equipamentos especializados para o tratamento da doença. Exemplo: “Hospitais públicos e privados em todo o Brasil abriram 21.401 leitos de UTI dedicados exclusivamente ao atendimento de pacientes da Covid-19 entre fevereiro de 2020, mês em que foi registrado o primeiro caso da doença no país, e janeiro de 2021. Isso representa, em média, uma unidade de terapia intensiva para aproximadamente 10 mil brasileiros. No entanto, a exemplo de outros indicadores, essa distribuição reflete as desigualdades econômicas e regionais do país” (CNN). Em decorrência da necessidade de atendimento especializado a alguns pacientes que possuem problemas respiratórios graves, em função da covid-19, foram desenvolvidas as UTIs móveis, que oferecem um suporte imediato aos doentes. Contudo, os motoristas e profissionais da saúde encontram dificuldades para realizar o seu trabalho, sobretudo, devido ao engarrafamento nas grandes metrópoles. Dessa forma, UTI significa cansaço (mental e físico) dos profissionais da saúde e exposição perigosa ao vírus (que se dá pela locomoção e remoção de pacientes contaminados, bem como pelo espaço limitado de transporte). Exemplo 1: Há um ano e três meses trabalhando na linha de frente da pandemia da Covid-19 em Pernambuco, onde mais de 500 mil casos da doença foram confirmados, profissionais da saúde relatam exaustão e cansaço. Os relatos deles mostram as dificuldades do trabalho dentro de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel” (G1). Exemplo 2: “[…] ‘Eu procuro mostrar a nossa rotina porque as pessoas pensam que trabalhar em UTI móvel é mais fácil, mas é muito difícil, muito desgastante’, disse” (G1). Além disso, as incertezas quanto à recuperação dos pacientes em UTIs, para os profissionais da saúde – assim como para os familiares –, podem significar exaustão e frustração. Exemplo: “País tem UTIs lotadas e profissionais trabalhando além do limite, diz associação. […] Os profissionais de saúde que encaram de perto a pandemia de Covid-19 estão exaustos e frustrados ao verem que 36,6% dos pacientes internados na UTI com a doença no Brasil (cerca de um em cada três) morrem – número que chega a 52,9% na rede pública. Quem afirma é Ederlon Rezende, porta-voz da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib, que levantou os dados), em entrevista à CNN nesta sexta-feira (2)” (CNN). As UTIs lotadas representam o colapso na saúde, mas também, a possibilidade de mortes por outras doenças. Exemplo: “‘Paciente morrerá de causas simples de tratar’, diz chefe de UTI sobre colapso. […] A superlotação dos leitos para Covid-19 em todo o país pode fazer o sistema colapsar e causar também mortes por outras doenças que teriam fácil tratamento. O alerta é do chefe da UTI do hospital Emílio Ribas, em São Paulo, Jacques Sztajnbok, em entrevista à CNN” (CNN). UTI também representa alto custo financeiro no investimento em saúde. Com as UTIs da Rede Pública de Saúde lotadas, em muitos momentos durante a pandemia, o acesso às UTIs em hospitais particulares depreende dívidas, inclusive, milionárias. Exemplo: “Famílias contraem dívidas milionárias na busca por leitos particulares de UTI e tratamentos contra a Covid. […] Sem leitos de UTI disponíveis e sem acesso a tratamentos específicos, parentes de infectados pela Covid-19 recorreram a hospitais particulares e a terapias específicas, sobretudo durante a segunda onda da pandemia. Segundo o relato de famílias de pacientes, contas em valores milionários e falta de apoio dos convênios mostram um outro lado dos dramas da pandemia” (G1). Em diversos momentos, considerado o contexto da pandemia do novo coronavírus, a UTI esteve associada ao sentido de desesperança pela falta de acesso aos leitos disponíveis, de medo da morte, de isolamento, dado o elevado número de mortes entre os pacientes internados e a falta de contato com os seus familiares; com isso, há uma percepção da UTI como um espaço vinculado à dor, ao sofrimento e à – possível – perda. Exemplo 1: “Para o diretor da Amib, as filas de espera por leito de UTI formada em muitos estados devem ter sido determinantes para que pacientes agravassem seus quadros clínicos. ‘Com certeza isso agrava o quadro. Em muitos lugares foram montados hospitais de campanha etc. [sem UTIs], e os médicos para cuidar de pacientes graves tiveram de ser convocados às pressas, não tinham essa experiência necessária” (UOL). Exemplo 2: “‘Na UTI a gente vê muita morte’, diz biólogo que ficou 15 dias internado com Covid-19 em hospital de campanha na BA. […] Alano conta que passava a maior parte do tempo em casa, com a família, desde o começo da pandemia. ‘[…] Batia a insegurança, mas eu me apegava com a fé, com o amor da minha família’” (G1). As UTIs desocupadas não implicam no possível – e desejado – decreto do fim da pandemia. Exemplo: “Queda de internações é positiva, mas Covid-19 não está erradicada, alerta médica. Cardiologista Ludhmila Hajjar diz que redução dos números da pandemia devem ser celebrados, porém ainda não é possível relaxar em medidas protetivas” (CNN).

Vacina é uma substância inserida nos corpos das pessoas para produção de anticorpos específicos, com o objetivo de garantir a proteção e reduzir a disseminação de doenças. Exemplo:As vacinas são substâncias biológicas introduzidas nos corpos das pessoas a fim de protegê-las de doenças. Na prática, elas ativam o sistema imunológico, “ensinando” nosso organismo a reconhecer e combater vírus e bactérias em futuras infecções” (Fiocruz). Desde março de 2020, o Brasil vivencia a pandemia do novo coronavírus, sendo assim, a vacina é uma dose de esperança, pois salva vidas e é um direito de todos. Exemplo:a vacinação é um ato de proteção coletiva”  (G1). Além disso, as vacinas contra a covid-19 são elaboradas por diferentes laboratórios, com princípios ativos diversos, podendo ter uma ou duas doses, sendo específicos os intervalos entre as dosagens. É muito importante que a população fique atenta e, se for o caso, retorne para tomar a segunda dose. A AstraZeneca e a Pfizer terão intervalo reduzido de 12 semanas para 10 semanas, já o intervalo entre as doses de CoronaVac permanece de 28 dias entre as aplicações. Já a vacina Janssen é de apenas uma dose. Exemplo: “RS vai encurtar intervalo da segunda dose das vacinas AstraZeneca e Pfizer” (Gaúcha ZH). As pessoas têm o compromisso ético de se vacinar, a menos que tenham uma contraindicação médica. Exemplo: “Tomar a vacina, assim como usar máscara e manter o isolamento social não é uma decisão que envolve apenas nossos interesses individuais. Ao recusar qualquer uma destas medidas, estamos colocando em risco outros indivíduos. Indivíduos que talvez não tenham, como muitos de nós, alternativas de proteção, que são obrigados a sair de casa para trabalhar, pegar conduções cheias e que, caso adoeçam, terão que disputar os escassos recursos de saúde públicos disponíveis” (ANPOF). A vacina para o novo coronavírus contou com fases pré-clínicas e clínicas de pesquisas. As fases pré-clínicas são as etapas de estudos experimentais em laboratórios em células in vitro e animais vivos, já as fases clínicas são as etapas desenvolvidas com testes em seres humanos. Os estudos em laboratório permitem conhecer o código genético do vírus. Nas fases clínicas, há três etapas de desenvolvimento do estudo da vacina: temos a Fase I que ocorre com a administração da vacina em um pequeno número de adultos saudáveis participantes; a Fase II em que a testagem da vacina abrange centenas de participantes; e a Fase III com a testagem da vacina em milhares de participantes de grupos variados. Essas fases são necessárias para avaliar a segurança, dosagem e eficiência da vacina. Quando terminadas e aprovadas essas fases, a ANVISA autoriza a disponibilização e comercialização da vacina. Exemplo:As etapas de descoberta e de fase pré-clínica se referem à realização de estudos experimentais em células (in vitro) ou em modelos animais (in vivo), desenvolvidos antes de começar as pesquisas em seres humanos para descobrir se um medicamento, procedimento ou tratamento pode ser útil. No caso das vacinas contra o Sars-CoV-2, o desenvolvimento de uma tecnologia inicia-se com a pesquisa aplicada em laboratório, a fim de investigar a estrutura do vírus, o comportamento e possíveis receptores/alvos, a partir dos quais um protótipo de vacina possa ser desenvolvido” (Ministério da Saúde). Sendo assim, com a comprovação da eficácia de vacinas contra a covid-19, houve uma “corrida pela vacina” e a discussão de uma distribuição igualitária dessas vacinas para todos os países. Exemplo: “A geopolítica oculta na corrida pela vacina contra Covid-19” (Observatório da Imprensa). O Instituto Butantan firmou parceria com o laboratório chinês SINOVAC BIOTECH para a produção nacional da vacina CoronaVac. A Fundação Oswaldo Cruz estabeleceu parceria com a empresa farmacêutica inglesa AstraZeneca e com a Universidade de Oxford para a produção no Brasil da vacina AstraZeneca/Oxford. A Pfizer e a BioNTech firmaram acordo de colaboração e transferência de material para o desenvolvimento e distribuição conjunta (exceto na China) de vacinas contra coronavírus, com o objetivo de prevenir infecções por covid-19. O laboratório Janssen é responsável pela fabricação da vacina contra a covid -19 da Johnson & Johnson. Por meio do PNI (Plano Nacional de Imunização), as vacinas produzidas em território nacional e outras vacinas importadas são disponibilizadas para a população de acordo com cronograma estabelecido pelo Ministério da Saúde. Exemplo: “O desenvolvimento de uma vacina segura e eficaz contra a Covid-19 é uma prioridade diante da pandemia, uma vez que a imunização pode prevenir e conter a transmissão do Sars-CoV-2, reduzindo a morbimortalidade associada à doença” (Ministério da Saúde). A enfermeira Mônica Calazans, 54 anos, foi a primeira brasileira vacinada. Em 17 de janeiro de 2021, ela recebeu a 1ª dose da CoronaVac e, no dia 14 de fevereiro de 2021, recebeu a 2ª dose. Exemplo: “Sensação de alívio, diz enfermeira Mônica Calazans ao receber 2ª dose da vacina. Primeira vacinada contra a Covid-19 no Brasil, a enfermeira diz que agora é ‘uma questão de paciência, porque a vacina vai chegar a todos’” (CNN Brasil).

Ventilação mecânica é um sistema de suporte respiratório oferecido, por meio de um aparelho, aos pacientes que não conseguem respirar por conta própria; é um procedimento que visa à respiração artificial. Nos casos de infecção pelo novo coronavírus, a ventilação mecânica contribui para o tratamento dos quadros mais agudos da doença. Exemplo: “Enquanto ainda não há medicamentos capazes de curar infectados pelo novo coronavírus nem uma vacina para imunizar a população, um número crescente de pacientes mais graves com a covid-19 têm precisado de leitos de terapia intensiva – uma estrutura que inclui equipe médica especializada e aparelhos como respiradores e ventiladores mecânicos – para ajudá-los principalmente a respirar durante a fase mais aguda da infecção” (El País). Essa técnica colabora para que não haja uma taxa de mortalidade de 100% nos casos graves de covid-19. Exemplo: “Esses pacientes, se eles não receberem a ventilação mecânica, a mortalidade é 100%. A ventilação mecânica conseguiu salvar um de cada três. O dado é duro, mas é importante para chamar a atenção da população sobre a necessidade de se proteger, afirma Rezende” (El País). É utilizada como protocolo a ser seguido, antes da intubação. Exemplo: “Depois da adoção da máscara, há ainda protocolos de ventilação não invasiva, ou seja, que não requer intubação, uma vez que o respirador artificial é conectado com o pulmão do paciente através de uma máscara. ‘Se isso não for suficiente, o paciente precisa de intubação […]’”(CNN).

Viagem, antes da pandemia, era o deslocamento de um lugar a outro; mobilidade; em trânsito; alegria dos encontros; trocas de experiências; conhecimento de diferentes lugares e culturas, boas comidas, compras, acesso a novidades, aglomeração, junção; sair fora da “casinha”, “deixar-se levar por devaneios e sonhos”. Viagem, durante a pandemia, é restrição, renúncia, medo de aglomeração, perda de dinheiro e de milhas. Exemplo:Com a restrição às viagens por causa da pandemia, ficou mais difícil trocar as milhas por passagens aéreas ou pacotes turísticos. Só no terceiro trimestre de 2020, mais de 6 bilhões de milhas expiraram, segundo a Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (Abemf)” (CNN Brasil). Pode remeter à proibição/suspensão. Exemplo: “Quem saiu de férias terá que voltar infelizmente um pouco mais tarde, mas é preferível suspender as aulas por causa de um surto”, disse a chefa da Direção Nacional de Migração, Florencia Carignano, em declarações à rádio La Red (El País Brasil). Cancelamento. Exemplo: Alberto Fernández (presidente da Argentina) decidiu cancelar sua viagem à Paris na segunda-feira para participar do Fórum Geração Igualdade para respeitar as restrições aéreas impostas por seu Governo” (El País Brasil). Limitação. Exemplo: “Essas medidas foram fortemente reforçadas nos últimos dias, principalmente nas questões de viagens ao exterior, devendo se impor um limite de 600 pessoas por dia autorizadas a viajar” (El País Brasil). Imprudência, risco, desrespeito ao isolamento. Exemplo:Falta consciência do turista. É rotineiro ver os visitantes sem máscaras para fazer fotos. É só uns segundos? É, mas não pode tirar. Respeita o morador da cidade. Se tiver conscientização e cuidado com o outro não precisa fechar nada, mas tem que ter essa mudança de comportamento de todos” (Gaúcha ZH). 

 

Vírus é um organismo que pode infectar organismos vivos rapidamente, em virtude da capacidade de se autoduplicar. Em meados de 2019,teve início uma epidemia causada pelo vírus SARS-CoV-2que,naquele período,matou mais de duas mil pessoas. Trata-se da mutação de um vírus que causou a doença covid-19, assim denominada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em fevereiro de 2020. Exemplo: “A epidemia do novo coronavírus já deixou mais de 2 mil mortos. Mas por que este vírus está contaminando tantas pessoas? […] A doença provocada pela variação originada na China foi nomeada oficialmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como COVID-19, em 11 de fevereiro. Ainda não está claro como ocorreu a mutação que permitiu o surgimento do novo vírus” (G1). Em março de 2020, o vírus SARS-CoV-2 já havia se disseminado globalmente, levando a OMS a declarar a pandemia. O vírus SARS-CoV-2 é o responsável pela pandemia mundial do novo coronavírus que teve início em 2020, no Brasil, mas já circulava na China desde2019, enquanto epidemia. Exemplo: “Ainda são incertas as datas em que o novo coronavírus começou a circular e quando o primeiro caso foi identificado. Dezembro de 2019 foi o mês das primeiras notificações oficiais, mas há estudo sugerindo que o vírus já circulava na China em agosto e há ao menos um relato sugerindo que o 17 de novembro pode ter relação com um dos marcos da pandemia” (G1). É o agente causador da pandemia de covid-19 que afetou o mundo, entretanto, a possível erradicação do vírus é vista de modo diferente em países que compõem os hemisférios Norte e Sul. Exemplo: “Na última quarta-feira (30), em entrevista coletiva à imprensa, Carissa Etienne, diretora da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) foi muito clara sobre o fim da pandemia. ‘Este vírus atingiu todos os cantos do mundo e mudou o curso da história. Embora estejamos vendo algum alívio do vírus em países do Hemisfério Norte, para a maioria dos países em nossa região, o fim ainda é um futuro distante’, afirmou Etienne” (R7). Gerador de indignação nas pessoas que, durante a pandemia de covid-19, mesmo tomando todos os cuidados sanitários para não contraírem o vírus, foram infectadas. Exemplo:Após retornar à escola, no mês passado, Luiza, que é professora de inglês em João Pessoa (PB), contraiu o novo coronavírus. ‘Peguei covid-19 na segunda semana de aulas (presenciais)’, relatou na mensagem. A situação trouxe revolta para ela, que diz ter tomado muito cuidado para evitar a infecção pelo coronavírus desde o início da pandemia. Para Luiza, não há dúvidas de que foi infectada no trabalho. ‘Outros cinco professores da escola também pegaram o vírus no mesmo período’” (BBC).O vírus SARS-CoV-2 pode ser agressivo às pessoas com sistema imunológico debilitado.Exemplo: “Smith foi infectado em março de 2020, no início da primeira onda da pandemia no Reino Unido, e permaneceu como portador do vírus ativo por mais de 300 dias. Seu sistema imunológico estava debilitado pela leucemia, que foi tratada com quimioterapia em 2019” (R7).O vírus é facilmente propagado em ambientes pequenos, lotados e mal ventilados.Exemplo: “Desde março de 2020, o transporte público garante diariamente a expansão da pandemia de coronavírus nas grandes cidades paulistas, sobretudo na capital” (R7). Ainda na pandemia de covid-19, vírus é surto de gripe, causado pela Influenza H3N2, em razão do intervalo de tempo em que a vacina foi aplicada na população. Exemplo: “As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro estão apresentando uma curva acentuada de casos do Influenza H3N2, especificamente da variante Darwin — detectada na cidade da Austrália que recebe o mesmo nome. Um ponto de alerta, apontado pelos entrevistados pelo g1, é que a vacina contra a gripe foi aplicada há mais de 6 meses, o que pode ter reduzido a resposta contra a doença e, mais importante ainda, não tem uma ação contra esta versão específica do vírus” (G1).

Zelo é ter consideração, preocupação, atenção, vigília, cuidado excessivo, interesse, afeição, carinho pela pessoa ou coisa. É tomar conta, defender com dedicação, buscando proteger alguém ou algo. É cuidar de si e dos outros no contágio com o vírus, preocupar-se com o bem-estar de todos, velar pela proteção do próximo. Exemplo: “‘A incúria do Governo Federal não pode penalizar a diligência da Administração do Estado de São Paulo, a qual vem se preparando, de longa data, com o devido zelo para enfrentar a atual crise sanitária’, diz o ministro na decisão”  (CNN Brasil). Ter empenho na execução de alguma tarefa e prudência em situações de contato físico com alguém, ter responsabilidade e preocupação com a saúde do outro e a sua. É tomar precaução, prevenir-se de situações que possam causar risco ou danos aos demais. Exemplo: “Quando o Brasil atingiu 10 mil mortos, em 11 de maio, o presidente foi instado, também na portaria do Alvorada, a se pronunciar a respeito. ‘Olha, eu lamento cada morte que ocorre a cada hora. Lamento. Agora, o que nós podemos fazer, o que nós todos podemos fazer, é tratar com o devido zelo o recurso público’, respondeu” (G1).

Zoonose é uma doença infecciosa transmitida entre animais e pessoas. Exemplo: “‘A maior parte das doenças humanas, 60% são zoonoses. E dessas doenças emergentes, 75%, ou seja, três quartos das doenças emergentes são zoonoses’, diz Janice Reis Ciacci Zanela, virologista da Embrapa” (G1). A pandemia do novo coronavírus é originária de zoonose, uma vez que há pesquisas que demonstram que o vírus passou do morcego para um mamífero intermediário, e dele para o ser humano, o que significa um reflexo das intervenções do homem no meio ambiente. Exemplo: “A pesquisa focou na prevenção das zoonoses, doenças que saem dos animais e acham as condições ideais nos seres humanos e podem gerar epidemias e pandemias, como explica a pesquisadora” (CNN Brasil).

Zé Gotinha é o símbolo do Programa Nacional de Imunizações do Governo Federal. Exemplo: “Ao lado do personagem Zé Gotinha, símbolo das campanhas de vacinação no Brasil, Queiroga falou sobre o benefício da pesquisa” (G1). É um personagem que auxiliou na conscientização da importância da vacina e na prevenção contra o novo coronavírus. Exemplo: “Criado em 1986, o mascote tinha como objetivo incentivar a vacinação contra a poliomielite, além de encorajar os pequenos na hora de tomar o imunizante. Em plena pandemia da Covid-19, então, o Zé Gotinha virou um símbolo da luta contra a doença” (UOL). Mais do que um símbolo da vacinação, o personagem representa a importância da ciência e da pesquisa, do trabalho colaborativo e da paz. Exemplo: “Entidades médicas solicitam que o Zé Gotinha – em sua imagem original, alegre, pacífica e motivadora – seja incorporado à campanha de vacinação contra a covid-19, como símbolo de mais esse esforço nacional, ressaltando os valores que representa: o apego à ciência, a solidariedade, a união de forças e, sobretudo, a oferta de saúde e paz” (SBIm). Toda a história que o personagem recupera fez com que, por vezes, ele fosse deixado de lado na pandemia, sobretudo porque a eficácia da vacinação contra o novo coronavírus foi questionada por muitos políticos. Exemplo: “Personagem surgiu na década de 1980 para inspirar segurança, mas hoje tem papel reduzido enquanto políticos questionam a vacinação” (Observatório do terceiro setor).

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