Evento inovador, realizado no Colégio Politécnico da UFSM, promove o protagonismo de futuros profissionais para o campo da fruticultura no sul do Brasil.
No último sábado, 16/12, o Colégio Politécnico da UFSM foi palco do II Polifruti, um evento que reuniu mais de 100 participantes e foi conduzido pelos alunos do Curso Técnico em Fruticultura EAD. Este encontro, que teve como cenário o terceiro maior produtor de frutas do mundo, o Brasil, e em particular o estado do Rio Grande do Sul, liderando a produção de Uva, Pêssego, Ameixa, Kiwi e Pera, evidenciou o protagonismo dos estudantes na discussão de questões técnicas, gerenciais e mercadológicas no campo da fruticultura, alinhando-se aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
O evento, ocorrido de forma presencial no Auditório do Colégio Politécnico, promoveu o diálogo entre conhecimentos, reunindo estudantes, fruticultores, professores, extensionistas rurais e profissionais do setor. Os painéis abordaram temas críticos, desde as dificuldades enfrentadas pelos fruticultores no século XXI até estratégias para lidar com instabilidades climáticas e relatos de experiências em diferentes segmentos, como videiras, vinícolas, morangos e a produção de nogueira-pecã.
A abertura do evento contou com a participação do vice-diretor do Colégio Politécnico, Moacir Bolzan, do Coordenador do Curso Técnico de Fruticultura EAD, Alessandro Carvalho Miola, professores da disciplina de Vivências em Fruticultura I, Ezequiel Redin e Róberson Macedo de Oliveira e de representantes dos alunos e profissionais do setor. Destacando a importância do evento, Guilherme Passamani, Gerente Regional da Emater/RS-Ascar, ressaltou a necessidade de profissionalização dos fruticultores, abordando não apenas as áreas técnicas, mas também as administrativas das propriedades rurais, contribuindo assim para a erradicação da pobreza (ODS 1), fome zero (ODS 2), e trabalho decente e crescimento econômico (ODS 8 ).
Foto: Mesa de abertura do II Polifruti no auditório do Colégio Politécnico da UFSM.
O II Polifruti não apenas promoveu a troca de saberes e experiências, mas também valorizou o papel das mulheres rurais na fruticultura, reconhecendo sua contribuição fundamental para a cadeia produtiva. A homenagem, realizada pelas estudantes, alinhou-se ao ODS 5 que trata sobre a igualdade de gênero.
O Coordenador do Curso Técnico em Fruticultura EAD, Alessandro Carvalho Miola, enfatizou que o Polifruti “mostrou em sua segunda edição, mais uma vez, a capacidade, empenho e o protagnismo dos estudantes do curso na realização de um trabalho de equipe. O evento deve se consolidar no calendário dos grandes eventos de extensão do Politécnico e da UFSM”. O uso de metodologias ativas, visitas técnicas e a participação ativa dos alunos contribuíram para o sucesso do evento, que se propõe a ser um elo essencial entre fruticultores e o Colégio Politécnico da UFSM, alinhando-se ao ODS 17 (Parcerias e Meios de Implementação).
Os participantes, representando 17 municípios do estado do Rio Grande do Sul, puderam expressar suas preocupações, apontando as necessidades atuais do setor. Marlecio Waide, fruticultor da região de Sobradinho/RS e aluno do curso, foi palestrante no evento mostrando a sua experiência com o acesso as políticas públicas para construção de açudes para as propriedades rurais. Waide destaca que “foi um dia muito gratificante em participar nesse mega evento que é de grande importância para todos os interessados na área de fruticultura”.
Foto: Estudantes do Curso no painel demonstrando técnicas sobre a nogueira-pecã.
Ao final do evento, uma pesquisa de opinião revelou a satisfação dos participantes, que consideraram o II Polifruti como um sucesso, destacando os depoimentos de fruticultores, a diversidade de informações e a dedicação dos alunos e professores. O evento, resultado de estratégias de ensino e aprendizagem na modalidade a distância, consolidou-se como um espaço de cooperação e fortalecimento da fruticultura na região, contribuindo para a realização dos ODS 4 (Educação de Qualidade) e ODS 17 (Parcerias e Meios de Implementação).
O evento é resultado de estratégias de ensino e aprendizagem na modalidade a distância
O II Polifruti é resultado de metodologias ativas incentivadas na disciplina de Vivências em Fruticultura I ministrada pelos Professores Ezequiel Redin e Róberson Macedo de Oliveira A disciplina objetivou tornar os alunos protagonistas do seu próprio desenvolvimento, compreendendo a organização da fruticultura na forma de cadeias produtivas.
Durante o semestre os estudantes vivenciaram propriedades com foco na fruticultura, através de uma visita técnica organizada pelos professores e, posteriormente, com suas unidades de produção escolhidas pelos discentes. As experiências nas propriedades apontaram os principais problemas enfrentados pelos fruticultores. Os problemas encontrados na realidade dos fruticultores foram o foco do II Polifruti. Para Susete Flores, acadêmica do Curso Técnico em Fruticultura EAD, destaca que foi desafiador participar deste projeto, ser cocriador de um evento deste porte, mas nós fez ver que somos todos elos de uma corrente que tem que se manter unida para ter bons resultados, que o saber deve ser compartilhado para ter valor”.
Para a aluna e representante da turma no II Polifruti, Andréia Busatti, “a participação na organização do evento foi muito importante, pois com a união dos colegas em prol da valorização da fruticultura, foi possível tornar o Polifruti um elo de acesso entre o fruticultor e a UFSM”, ressaltou Andréia.
Foto: Estudantes e professores do Curso Técnico em Fruticultura EAD organizadores do II Polifruti
O II Polifruti registrou um marcou a história no Curso Técnico em Fruticultura uma vez que foi um evento protagonizado em sua integralidade pelos alunos que estudam na modalidade a distância. Para a aluna e cerimonialista do evento, Tanise Porto, “foi desafiador, organizar um evento com tantas pessoas envolvidas, é um trabalho que exige muito equilíbrio. Acredito que crescemos quando somos colocados em desafios. E enquanto estamos passamos por eles, conseguimos ter um grande amadurecimento profissional e social”, declarou a estudante organizadora do Polifruti.
O Ambiente Virtual de Aprendizagem (moodle), as videoconferências via BigBlueButton e os grupos nos aplicativos de mensagens instantâneas (WhatsApp) foram fundamentais para o sucesso na organização do evento, estratégias usadas também na Assistência Técnica e Extensão Rural digital (ATER digital), destacou o Prof. Ezequiel Redin.
O II Polifruti, organizado integralmente por alunos que estudam na modalidade a distância, reforça o potencial transformador da educação a distância, conectando fruticultores e futuros profissionais interessados em impulsionar a cadeia produtiva da fruticultura, contribuindo para a sucessão familiar rural uma vez que o curso atinge agricultores e jovens em diferentes regiões rurais do Sul do Brasil.
Alguns registros do evento:
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