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Transhabitat: Topologias Transorgânicas em Arte e Tecnologia

A pesquisa poética Transhabitat propõe outros modos comunicativos de habitar no contexto da Arte e Tecnologia. Com a realização de instalações interativas, problematiza-se a definição de topologia a partir dos conceitos de “cíbrido”, proposto por Peter Anders (1997), e de “transorgânico”, apresentado por Di Felice (2009). Nos ambientes transorgânicos construídos, as configurações espaciais se estabelecem através de fluxos informacionais e conexões híbridas do espaço físico e do ciberespaço, também denominadas informações cíbridas, aos quais o observador-interator conecta-se autopoieticamente. Essas topologias  são visíveis em diagramas eventuais,  processos de virtualização e de atualização das superfícies do espaço, e provêm das interações entre dados de sistemas complexos em diversas escalas, resultando em imagens interativas, que conectam o indivíduo aos hábitats transorgânicos através de ações locais interconectadas em rede. As topologias generativas propostas nessa pesquisa, por se constituirem de camadas de padrões dinâmicos e superfícies trasmutáveis, geram expansões espaciais com a adição de movimentos e tempos possíveis num hiperespaço, onde os indivíduos interagem em “tempo real” com os hábitats propostos. Desse modo, Transhabitat é constituído de habitats transorgânicos, interativos e conectados, que visam provocar hibridizações espaciais em relações cíbridas, entre indivíduos e ambientes, em um organismo de dados e informações em fluxo Interatividade.

Palavras-chave: Transhabitat. Topologia. Transorgânico. Arte e Tecnologia. Interatividade.

Autor: Matheus Moreno dos Santos Camargo

Orientadora: Andréia Machado Oliveira

Frames da “nuvem de pontos” de Transhabitat. A partir de escaneamento em 3D do Sebo Café, apartamento de JJAC e da antiga Gare da VFRGS, Santa Maria.

A proposta poética de Transhabitat visa proporcionar relações comunicativas que sensibilizem as conexões entre indivíduo, mídia e meio através das interações de informações em fluxo, que modificam as relações espaçotemporais entre ciberespaço e ambientes habitados das cidades.

Arquitetura efêmera de Transcave, de Matheus Moreno. Qualificação desta dissertação, na sala Cláudio Carriconde (CAL/UFSM), março de 2015.

Transhabitat é vivenciado em hábitats comunicativos, através das possibilidades de interatividade em “tempo real”, das instalações hipermídias em ambientes interconectados em redes. Ao provocar hibridizações entre espaço físico e ciberespaço, entre indivíduos e ambientes, compõe um organismo expandido de dados e de informações em fluxo.

Registros fotográficos de Intermitências Zerodimensionai (performance telemática da Rede LATI) com projeção interativa, de Matheus Moreno. 24° Encontro da ANPAP, 2015 em Santa Maria RS. Na Exposição Laboratórios de Arte e Tecnologia PPGArt. Teatro Caixa Preta (CAL/UFSM).

Nessa pesquisa, faz-se uso de processos diversos para a geração de imagens de topologias complexas, inicialmente modeladas em ambiente digital em três dimensões (3D), num segundo momento, renderizadas para visualização e, posteriormente, apresentadas para a interação do público. Pretende-se assim, possibilitar vivências transorgânicas, através da experiência com estas imagens, que compõem associações entre sistemas dinâmicos complexos, como de cartografias cíbridas e de comportamentos emergentes.

Registros fotográficos da interação de Tiago Teles e Heloísa Gravina, e do autor com o grafo topológico de Transhabitat, de Matheus Moreno. Exposição Arte.Interatividade.Tecnologia – LabInter, 2015. Na sala Cláudio Carriconde (CAL/UFSM).

Nesse Transhabitat, ambientes transorgânicos possibilitam um habitar interativo, gerando trocas de informações em redes, que se constroem e se reformulam a todo o momento. Entende-se que a fusão do sujeito com o meio físico em um organismo dinâmico, através do ciberespaço, propicia a composição entre corpo e ambientes em um evento que busca uma construção fluída de Transhabitats.

Material gráfico de divulgação da Exposição Trashabitat: Topologias Transorgânicas em Arte e Tecnologia, realizada na sala Cláudio Carriconde (CAL/UFSM), entre os dias 07 e 17 de junho de 2016.
Registros fotográficos diversos das visitações.

Transhabitat propõe novos meios de habitar e de transformar os hábitats com a dissolução da oposição entre sujeito e ambiente, entre emissor e receptor, quando os indivíduos habitam entre o virtual e o atual, entre o espacial e o ciberespacial, integram-se as tecnologias, indo além das fronteiras do corpo e do espaço físico. Entendendo que o habitar na época das redes digitais é caracterizado pela perda da definição de lugar fixo e também pelo desencadeamento de uma transformação da relação entre o sujeito e espaço/informação, marcada pelo surgimento de uma forma simbiótica e interativa de habitar.

Divulgação online da Exposição Trashabitat: Topologias Transorgânicas em Arte e Tecnologia, pelo site do PPGArt (CAL/UFSM) http://w3.ufsm.br/ppgart; e do trabalho Transhabitat em RA apresentado na mostra do evento D+ Design Ciência e Tecnoologia. Na sala Cláudio Carriconde (CAL/UFSM), divulgado no Site da UFSM. Em julho de 2016 www.ufsm.br/

Portanto, Transhabitat se apresenta interconectado na experiência de sua própria imagem, resultante da associação de indivíduo, de mídias e de meios, que se comunicam e interagem autopoieticamente, justapostos em uma rede de fluxos informacionais. Experiencia-se assim, em imagens efêmeras, que exploram questões de fluidez, ritmo,  (des)equilíbrio e (des)organização de padrões, relações de imersão e interação.