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Graduando em Ciências Sociais conclui pesquisa sobre o Perfil Sociodemográfico dos usuários do CAPSI “O Equilibrista”



O estudante do curso de Licenciatura em Ciências Sociais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Bruno Silva da Silva, defendeu seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) no dia 10 de dezembro de 2025, no Dia Nacional do Sociólogo, apresentando um estudo inédito e de grande relevância social para a área da saúde mental infantojuvenil no município.

Intitulado “UM ESTUDO SOCIOLÓGICO SOBRE O PERFIL DOS USUÁRIOS DO CAPSI ‘O Equilibrista’ SANTA MARIA RS” , o trabalho teve como objetivo traçar o perfil sociodemográfico da população atendida pelo Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi) , preenchendo uma lacuna de sistematização de dados no campo das Ciências Sociais.

A Contribuição da Sociologia para a Saúde Mental

O estudo, que se originou de uma observação em estágio e resultou na criação de um banco de dados unificado para a instituição , utilizou uma abordagem quantitativa através da análise documental de 606 fichas de usuários ativos no período de 2022-2023.

A banca examinadora foi composta pela Orientadora, Prof. Dra. Mari Cleise Sandalowski , e pelas professoras Laura Senna Ferreira e Janaína Xavier do Nascimento (todas da UFSM), que aprovaram o trabalho em 10 de dezembro de 2025.

O Perfil dos Usuários: Infância, Baixa Renda e Mães Cuidadoras

Os principais resultados do estudo indicaram um perfil de alta vulnerabilidade social entre os usuários:

  • Idade: A maioria dos usuários tem até 11 anos, representando 35,3% do total de casos analisados;
  • Gênero e Raça: Há uma predominância de meninos brancos;
  • Renda: A maioria absoluta das famílias, 89,9%, possui renda mensal de até dois salários mínimos, reforçando que o serviço atende predominantemente famílias em situação de vulnerabilidade;
  • Responsáveis: As mães são majoritariamente as responsáveis legais pelos cuidados , representando uma forte tendência observada em serviços de saúde e assistência social;
  • Escolaridade: 96% dos usuários estudam em escolas públicas, o que sublinha a relação entre condições socioeconômicas e a demanda por serviços públicos de saúde mental.

Segundo a Orientadora, a pesquisa reforça o papel essencial das Ciências Sociais: “Este TCC evidencia que a saúde mental não é puramente um fenômeno individual ou orgânico, mas profundamente moldado por fatores sociais e desigualdades estruturais como renda, escolaridade e gênero. Trazer o olhar sociológico para o CAPSi permite identificar padrões de vulnerabilidade e aprimorar as políticas públicas, tornando-as mais sensíveis às realidades das famílias atendidas. É uma contribuição fundamental para a Reforma Psiquiátrica, que prega a reintegração social e o acolhimento comunitário.

A pesquisa reforça a necessidade de aperfeiçoamento das políticas públicas para lidar com o adoecimento mental significativo de crianças e adolescentes em estratos sociais populares, combatendo a medicalização de dificuldades que são, em parte, reflexo de desigualdades sociais.


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