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Motivação errada e falta de planejamento na adoção de animais podem levar ao abandono

Convívio com cães e gatos traz benefícios para seres humanos, mas é preciso responsabilidade para que o relacionamento seja saudável para ambos



Convívio com cães e gatos traz benefícios para seres humanos, mas é preciso responsabilidade para que relação seja saudável para ambos

Quem tem ou já teve um animal de estimação consegue entender o relacionamento entre humanos e pets. Seja com gato, cachorro, coelho ou peixinho, a importância da companhia e da sensação de acolhimento que eles transmitem pode até parecer exagerada para quem está de fora, mas é real. Os bichinhos fazem papel de companheiros, além de poderem auxiliar a combater o sentimento de  solidão e ajudarem em muitos outros aspectos da vida social de crianças e adultos. Por esse motivo a adoção desperta o interesse de muitas pessoas, mas é importante saber que o ato engloba diversas novas responsabilidades. É fundamental entender a motivação para adotar: expectativas equivocadas podem levar ao arrependimento, ao abandono e todo o processo pode acabar por prejudicar ainda mais aquele animal que já estava vulnerável.

Ainda que existam diversas comprovações dos aspectos benéficos na interação entre humanos e animais, para os pets, nesta dinâmica existe sempre um risco. Portanto, ter consciência da responsabilidade é atentar às mudanças que serão necessárias na rotina, entender as necessidades de cada pet e também estar preparado financeiramente.  Com tudo isso em mente, quem deseja adotar já pode começar a se preparar para ter um companheiro fiel. 

Da predação à domesticação: o caminho do relacionamento com os animais

O relacionamento entre o homem e os animais é muito antigo. No princípio, os animais serviam apenas para proteger território, para auxiliar em caças, como meios de transporte ou em outros serviços. Esse modo de interação foi muito comum em diferentes sociedades e um dos exemplos mais interessantes é o convívio entre os antigos egípcios e os gatos. Os bichanos eram sagrados e a explicação é muito simples: eles caçavam ratos, assim preveniam doenças e impediam que os roedores destruíssem colheitas de grãos e cereais. Antes disso, os gatos eram servidos como prato principal, mas quando o potencial em ajudar a combater um problema foi percebido eles passaram de alimento para seres sagrados. Um ótimo upgrade para aqueles que, além de caçarem, serviam de acompanhantes para os egípcios – que chegavam a raspar as sobrancelhas em sinal de luto quando um gato de companhia morria. Como os humanos, eles também eram embalsamados e sepultados, recebendo o mesmo respeito e ritual.

O caminho percorrido pelos gatos no Antigo Egito é o mesmo de muitos outros animais que saíram de uma relação de predação e hoje são domesticados. Isso acontece devido à uma junção de fatores, entre eles a predisposição de determinadas espécies em interagir com os seres humanos e a nossa necessidade de trazer certos bichos para dentro das residências. A predação e a domesticação são vistas como uma relação “EU-ISSO” e “EU-TU”, respectivamente. A psicóloga e professora no Instituto Pró-Rim de Pesquisa em Saúde -IPREPS, Raísa Duquia Giumelli, e a psicóloga e professora coordenadora do Curso de Psicologia da UNIVILLE, Marciane Cleuri Pereira Santos, realizaram um estudo sobre a convivência com animais de estimação que explica esses dois tipos de relacionamento.  

No primeiro, o animal representa o “isso”, ou seja, um objeto para ser utilizado com uma finalidade, sem a criação de vínculo emocional. Já o segundo, o “EU-TU”, é caracterizado por uma interação genuína com o outro “no qual reconhecemos e aceitamos a sua condição de ser existencial”. O estudo diz que o “tu” pode ser uma pessoa, um elemento da natureza, uma divindade ou um bicho. Assim, os sentimentos de amor, de carinho e de acolhimento entre tutor e pet é verdadeiro – e por isso muitas pessoas o consideram um membro da família.

De fato, uma pesquisa realizada em 2017 pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC-Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais com internautas que possuem ou são responsáveis financeiros de um animal de estimação mostra que 61% dos entrevistados consideram seus pets como um membro da família. 

Por outro lado, existem pessoas que não conseguem criar um vínculo afetivo com animais, mesmo que gostem deles. A professora do Departamento de Psicologia da UFSM, Aline Siqueira, explica que para existir a afetividade é preciso uma disposição por parte do indivíduo também. Ela fala que a relação entre as duas espécies também é bastante subjetiva e é um processo diferente para cada pessoa. Ou seja, nem todos que adotam irão sentir essa conexão e não significa que exista um problema nisso. “A relação dos homens com os bichos têm, claramente, uma capacidade de favorecer processos positivos de bem-estar e comportamentos pró-sociais nos humanos, mas também não é uma regra. Vão ter pessoas que irão adotar e não terão essa interação, talvez porque os bichinhos são de pouca interação e não serão suficientes para trazer o bem-estar nem o fator de proteção para um mal estar psicológico ou uma doença mental – ou talvez porque o indivíduo não tem essa disposição”, complementa a professora. Ou seja, mesmo que muitos achem que ao adotarem irão criar um vínculo imediato, nem sempre isso acontece. Aline explica ainda que uma criança que nunca teve contato com animais, ou aprendeu que o lugar deles é um e do humano é outro, por exemplo, talvez não consiga ou demore para sentir os benefícios emocionais que a companhia de um pet pode proporcionar.

Bom para os humanos: os benefícios do convívio com bichos de estimação

Os benefícios terapêuticos dessa relação são aplicados em diferentes áreas da saúde. De acordo com estudo publicado pela American Heart Association (AHA), em 2019, donos de cães tendem a ter a pressão sanguínea mais baixa e têm menos chances de desenvolverem doenças no coração. Segundo a entidade, o simples ato de brincar com os pets mostra uma elevação nos níveis de oxitocina e dopamina – hormônios que dão ao cérebro sensação de prazer e bem-estar. 

A estudante de História na UFSM, Bruna Martins Pereira, se sentia muito sozinha devido à pandemia do novo coronavírus. Ao buscar uma companhia, entrou em contato com o Projeto Zelo, ação de extensão da UFSM que conscientiza sobre o abandono de animais, defendendo a saúde, o bem-estar e a segurança deles. Mesmo não sendo um abrigo, o Zelo também ajuda a achar um lar responsável para os animais abandonados no campus. O trabalho de conscientização não é apenas para adotantes e sim voltado para que a comunidade em geral consiga identificar situações de risco, assim todos podem trabalhar juntos na promoção da qualidade de vida dos animais.

Depois de algumas semanas esperando, ela recebeu a Sky, uma gatinha adulta e sem raça definida que foi encontrada próximo ao Centro de Eventos da UFSM. O Zelo foi notificado de sua existência por um guarda que trabalhava nas redondezas. Ele observava a gatinha há algum tempo e notou que também havia um pote de água próximo ao local onde ela circulava, indício de que teria sido abandonada, pois quem a deixou ali também teria colocado o recipiente.

Bruna conta que a gatinha é a motivação para sair da cama e começar a rotina: “A Sky foi a minha salvação da quarentena”, afirma. Esse sentimento acontece porque os hormônios liberados –  oxitocina e dopamina – também causam a sensação de intimidade e confiança, constroem relacionamentos saudáveis e ajudam a melhorar a qualidade de vida. 

Os resultados positivos da interação com os bichos são vistos também durante Terapias Assistidas por Animais (TAA). A TAA serve como um instrumento durante o tratamento de doenças e no suporte de pessoas hospitalizadas, de indivíduos com doenças psiquiátricas, de idosos e de crianças com necessidades específicas. Nesse caso, cães, gatos e até cavalos atuam como coterapeutas, para auxiliar os profissionais da saúde durante o tratamento de alguma doença. 

É importante lembrar que os animais participantes da TAA são treinados e acompanhados por um agente da saúde. Sozinhos eles não conseguem e nem têm a responsabilidade de curar qualquer problema físico ou psicológico. 

A Human Animal Bond Research Institute realizou uma pesquisa (2019) nos Estados Unidos com pessoas que possuem pelo menos um animal de estimação em casa. Foi descoberto que 26% dos entrevistados pensavam em melhorar a saúde mental ao adotarem. No Brasil, a pesquisa realizada pelo SPC-Brasil e pela CNDL mostra que os adotantes entrevistados nutrem por seus bichinhos sentimentos de amor, amizade e carinho, bem como os vêem como companheiros e sentem-se alegres ao estarem junto a eles. Há ainda aqueles que os veem como o guardião da casa, como podemos observar na imagem a seguir. Em relação à gata Sky Bruna diz: “ela é minha vidinha de quatro patas”, demonstrando a forte ligação que há entre elas.

Esses sentimentos e sensações trazem benefícios mentais e sociais para as pessoas, entretanto é preciso estar atento a outros sinais que podem indicar maiores problemas. Essa relação de cuidado e troca não pode ser exagerada e nem a única na vida da pessoa, para não sobrecarregar o animal e não criar falsos alívios para o humano.

Nesse sentido, quem adota precisa estar ciente que o bichinho tem suas necessidades específicas de interação e cuidados, além de que nem sempre a sua companhia é o suficiente para acabar com a solidão. Por isso é importante olhar para os aspectos sociais que podem ser as causas desse sentimento – questões como uma rede de apoio restrita, dificuldades de manter conexões pessoais ou ter relacionamentos interpessoais que se enfraquecem com o tempo, por exemplo. “Uma vez que esses sinais, de que as relações humanas estão frágeis e são instáveis são percebidos, mostra que talvez seja preciso revisitar vivências que podem ter sido traumáticas para poder elaborar e superar isso e daí investir de uma maneira diferente”, explica Aline Siqueira. A professora complementa que gatos e cachorros são ótimas companhias e podem ajudar em muitas questões, mas muitas vezes só a terapia pode fazer certos conteúdos serem reconhecidos, o que inclusive acontece dentro de um processo mais longo.

Nem sempre bom para os animais: os malefícios da interação com a espécie humana

Os pets são dependentes de seus responsáveis e isso os torna ainda mais vulneráveis. Por nem sempre conseguirem demonstrar quando algo está errado,  na maioria das vezes não têm como pedir ajuda caso sofram maus tratos. É nesse sentido que as psicólogas Raísa Duquia Giumelli e Marciane Cleuri Pereira Santos ressaltam no estudo que “a interação do homem com o animal de estimação, mesmo se mostrando afetuoso, se caracteriza por uma relação de autoritarismo”. Isso porque é o tutor quem decide sobre a liberdade, as atividades, os passeios e a alimentação e cada um desses aspectos interferem no seu bem estar e qualidade de vida.  

Essas decisões podem ser muito mais difíceis do que o imaginado antes da adoção. Visto isso, muitas pessoas as usam como desculpa para o abandono ou descaso, caracterizando maus tratos, portanto crime. De acordo com artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (9.605/98), o abandonador está sujeito a uma pena de detenção de 3 meses a 1 ano, além de multa. Porém, de acordo com o veterinário Alexandre Caetano, na maioria das vezes quem pratica esse crime acaba impune porque não há um meio de identificar o autor do abandono. 

O veterinário destaca que no período de férias é quando ocorrem os maiores números de abandono de cães e gatos nas rodovias em direção às praias. Realidade também percebida pela voluntária do Projeto Felinos Santa Maria, Lauren Vargas Weiss: “Em virtude da pandemia os adotantes triplicaram, e agora no final do ano triplicaram os números de gatos abandonados e as ninhadas nas ruas também”, alerta.  

Alexandre evidencia a importância de diferenciar os animais abandonados daqueles que vivem em situação de rua, os semi-domiciliados, “esses que você vê andando na rua por aí são semi domiciliados. Quer dizer que eles têm um dono que os cria, irresponsavelmente, com portão aberto e não liga se eles vão para a rua ou ficam em casa”. A irresponsabilidade em criar um gato ou cachorro dessa maneira consiste nos riscos de acidentes que eles podem sofrer, causam transtorno a terceiros e colocam a sua integridade e a de outras pessoas em perigo. “É na rua que o animal está exposto a qualquer tipo de maldade humana ou até mesmo doenças e nem sempre as voltinhas realmente dão certo”, completa Lauren.

De acordo com o Instituto Pet Brasil (IPB), a estimativa da população pet brasileira, em 2019, era de 140 milhões, entre cães, gatos, peixes, aves, répteis e pequenos mamíferos. A maioria é de cachorros e felinos, com 54,2 milhões  e 23,9 milhões, respectivamente. O IPB considera que do total de cães e gatos do Brasil, 5% são Animais em Condição de Vulnerabilidade (ACV) – ou seja, são 3,9 milhões de cães e gatos que vivem sob tutela das famílias classificadas abaixo da linha de pobreza, que vivem nas ruas e recebem cuidados, ou que são semi domiciliados. 

Bom para os dois: o compromisso ao adotar

Mas será que o amor por cães ou gatos é uma razão suficiente para adotar? A voluntária Lauren afirma que não. Com certeza amor e respeito são fundamentais, mas a adoção responsável passa por muitas outras questões. A busca por uma companhia é um dos aspectos que leva as pessoas a procurarem ONGs e instituições para encontrar o seu animal de estimação, porém expectativas desajustadas podem causar grandes frustrações para quem adota. Nesse sentido, a coordenadora do Projeto Zelo, Fabiana Stecca, explica que ao pensar em adotar a pessoa precisa estar muito certa da sua motivação, já que escolhas impulsivas podem levar a um possível abandono ou devolução. Por isso, o trabalho do Zelo é focado em educar sobre uma adoção que traga um relacionamento saudável entre tutor e bichinho, para assim diminuir os riscos de abandono e maus tratos em geral.

Para Fabiana, há muitas formas de identificar uma motivação errada, para que não haja arrependimentos. De acordo com ela, antes de entregar um gato ou cachorro é realizada uma conversa com o provável adotante.  Lauren Vargas Weiss atua há dois anos como voluntária e ajuda a encontrar lares para gatos em situação de rua ou abandonados em Santa Maria. Ela diz que “infelizmente são muitas as pessoas que adotam na emoção, levando ao abandono”. 

Autoconhecimento é outro ponto importante. Uma pessoa que não está bem física ou mentalmente pode encontrar dificuldades em cuidar de outros. Cuide primeiro de você: se está se sentindo muito sozinho, ansioso ou desmotivado, procure ajuda profissional e entenda se ser responsável por outro indivíduo no momento realmente vai te ajudar. Muitas vezes esperar o momento certo para adotar é o melhor exemplo de responsabilidade. Reconhecer os próprios limites e disposição é o primeiro passo da adoção responsável. Assim é possível fazer mudanças necessárias e adotar um pet que combine com você, sua personalidade e rotina – ou esperar mais, até o momento certo chegar. 

Entender o espaço que o pet terá para circular também é um aspecto que preocupa na hora da entrega dos animais. “É preciso ter espaço disponível e adequado para eles. Por exemplo, tu não vai botar um dog alemão num apartamento, não tem espaço suficiente”, diz o veterinário Alexandre Caetano. Além disso,  existe a necessidade de passeios regulares para eles se exercitarem e manterem o bem estar, mas isso não significa dar acesso livre à rua. O lugar de animal de estimação é dentro de casa ou no pátio, sendo bem tratado. Isso porque na rua até mesmo o bichinho mais bem cuidado torna-se vulnerável. 

Nesse sentido, ao decidir que iria adotar, Bruna entrou em contato com o Projeto para entender o que precisava adaptar em casa para receber uma gata. “Primeiro tu precisa ter as coisas básicas, a caixinha de areia, potinhos para comida e principalmente instalar tela de segurança”, foi a resposta que a estudante teve e como ela se preparou, antes mesmo de ter certeza que conseguiria adotar. Esses ajustes, bem como planejar a rotina de passeios com cachorros, por exemplo, são atitudes a serem tomadas antes da adoção.

Outra questão que é preciso ser observada quando se pensa em adotar é a financeira. De acordo com a pesquisa do SPC-Brasil e da CNDL, 60% dos entrevistados não se planejaram financeiramente para a aquisição do animal de estimação e 20% gastam mais do que o orçamento permite com comprar direcionadas a ele. Já 14% estão com o nome sujo por causa de compras para pets. Essa foi uma preocupação de Bruna, que esperou ficar financeiramente melhor para adotar e que agora cuida de seus gatos pois sabe que Sky é sua prioridade.

A grande maioria das pessoas justifica o endividamento com gastos de emergência, como acidentes ou saúde do bichinho. É nesse sentido que tanto a coordenadora do Zelo quanto a professora Aline Siqueira dizem que o planejamento é fundamental. Assim como um humano, um animal também pode ficar doente de repente e demandar gastos financeiros, além de um desgaste emocional. 

Cada cachorro ou gato tem uma especificidade, uma personalidade, e isso precisa estar de acordo com aquilo que o tutor pode oferecer. Fabiana reforça a ideia de que é necessário um período de ajustes, para todos os envolvidos. “Não é uma coisa imediata, é de conseguir fazer a adaptação com o animal, tanto ele para o estilo de vida do tutor, quanto o responsável adaptar-se em relação aquilo que é da personalidade e das características do gato ou cachorro”, explica a coordenadora. Ter um bicho de estimação pode modificar a rotina e é preciso de tempo para que os hábitos do dia a dia se encaixem da melhor forma para os envolvidos. 

Para Bruna e Sky, esse processo foi mais difícil do que a estudante imaginava. “Ela veio para cá e começou essa experiência de adaptação. Eu não sabia realmente como era e foi um festival de quatro dias sem dormir”. Ela conta que na primeira noite ficou muito assustada, pois a gata miava muito e estava querendo fugir, “Por sorte, eu já tinha colocado a tela no apartamento para não acontecer isso”, lembra a estudante, que precisou entrar em contato com amigos que já tinham mais experiência para entender que isso faz parte do processo. “Eu fiquei muito assustada e meus amigos falaram: é normal, é a primeira noite e ela não te conhece, não conhece o espaço”, comenta. Muitas vezes a falta de paciência e disposição para passar por esses momentos até que os ajustes necessários aconteçam levam os tutores a abandonar o animal e até mesmo devolvê-los ao Zelo. Laura acredita que a falta de planejamento é a maior causa de abandono ou devolução.

Com o passar do tempo Sky e Bruna começaram a ter liberdade uma com a outra. A estudante acredita que ainda depois de três meses elas continuam no processo de adaptação e se conhecendo, mas conta que agora já se conhecem melhor e ela entende os horários de comer, de dormir e brincar da gatinha, construindo assim uma relação de companheirismo e carinho. Ela explica que entendeu que Sky é uma gatinha mais reservada e assustada, que não gosta de barulho. Então, aceitou a personalidade dela, e conseguiu criar um laço de amor e carinho com a gatinha.

Depois da adoção é necessário ter calma e paciência. Tanto o responsável quanto o pet precisam se adaptar um ao outro e às novas rotinas. É preciso estar atento ao comportamento do animal para entender as necessidades específicas e respeitar a sua individualidade. Com tudo isso em mente – e muito amor para dar – você terá um amigo incondicional, que não te julga e está sempre pronto para oferecer uma conexão e muito carinho. “A melhor parte da adoção é que Sky realmente me ajudou muito mais do que eu ajudei ela. É uma troca que eu não achava que poderia acontecer. Foi a melhor coisa que eu fiz”, conta Bruna.

Se você ainda não está preparado para adotar, mas ama os animais e quer ajudá-los, confira o perfil do Projeto Zelo e do Projeto Felinos Santa Maria – citados na matéria.

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Repórter: Denise Nunes Fontana, acadêmica de Jornalismo da UFSM-FW e estagiária

Ilustradora: Yasmin Faccin, acadêmica de Desenho Industrial da UFSM e estagiária

Mídia Social: Nathalia Pitol, acadêmica de Relações Públicas

Editora de Produção: Esther Klein, acadêmica de Jornalismo 

Editor Chefe e supervisor dos estágios: Maurício Dias, jornalista

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