A hidroxicloroquina, medicamento derivado da cloroquina e conhecido pelo nome comercial de Reuquinol, é utilizada como combate ao parasita causador da malária. Por ter ação anti-inflamatória, também é usada para lúpus e artrite reumatóide. A droga tem sido utilizada em estudos sobre o novo coronavírus.
Uma das primeiras pesquisas sobre a eficácia da hidroxicloroquina para combater o novo coronavírus foi publicada na revista Nature. O estudo de cientistas de Wuhan e Pequim, na China, é baseado apenas em testes in vitro, ou seja, sem testes em humanos. Os resultados para a inibição da SARS-CoV-2 foram positivos. Além disso, houve combinação com outra droga, o antiviral remdesivir, utilizado para tratar o ebola.
Outro estudo de pesquisadores da Universidade de Qingdao, China, publicado na BioScience Trends, observa, a partir da análise de cem pacientes, que a cloroquina e a hidroxicloroquina podem ser eficientes para o controle da pneumonia em quadros do novo coronavírus. Dada a pandemia, os pesquisadores chegaram a recomendar o uso da droga por ser barata e utilizada há mais de 70 anos.
Apesar dos resultados iniciais, pesquisas do Centro Clínico de Xangai questionam a eficácia da hidroxicloroquina no tratamento do novo coronavírus. Os cientistas testaram dois grupos de 15 pacientes internados na China sem abandonar os outros cuidados. O primeiro recebeu hidroxicloroquina e o segundo não. Após cinco dias de tratamento, todos os pacientes foram submetidos à tomografia computadorizada. Não foi notada nas imagens nenhuma diferença significativa entre os dois grupos.