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“O Estúdio 21 contribui para a formação dos futuros jornalistas, publicitários, relações públicas e produtores editoriais que desejam desenvolver suas carreiras fazendo interface com o audiovisual”



Em continuidade com as novidades desta edição, entrevistamos Felipe Dagort, mais conhecido como Bob pelos alunos e colegas, diretor de produção do Estúdio 21 da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). De acordo com Bob, o Estúdio 21 é o laboratório de produção audiovisual, fotográfica e sonora mantido pelo Departamento de Ciências da Comunicação (DCC) da UFSM. Ele surgiu em 2004, quando a UFSM recebeu um grande lote de equipamentos audiovisuais, incluindo câmeras de vídeo, refletores e projetores. Uma parte desses equipamentos, oriunda de um grande projeto do Ministério da Educação (MEC) para as Instituições Federais (IFES), chegou até o DCC que a abrigou no espaço que veio a ser constituído como Estúdio 21 logo depois. A criação do laboratório está muito ligada ao professor aposentado Rogério Rocha Lobato e à equipe de bolsistas que ele tinha na época. Para o diretor de produção, a importância do estúdio está no fato de que, com uma cultura cada vez mais atrelada à produção e ao consumo de conteúdos audiovisuais, é imprescindível que os futuros profissionais de comunicação tenham o domínio teórico e técnico das ferramentas de produção audiovisual. Cabe à UFSM fornecer as condições para que seus egressos levem consigo as competências necessárias para operarem neste ecossistema complexo e desafiador. O laboratório contribui para a formação desses futuros jornalistas, publicitários, relações públicas e produtores editoriais que desejam desenvolver suas carreiras fazendo interface com o audiovisual.

Assim, sendo um laboratório didático, o objetivo consiste em ser um espaço de formação. Dessa forma, o propósito é dividido em duas modalidades de atendimento: apoio técnico e realização. Como apoio técnico, o Estúdio 21 presta suporte para as disciplinas do campo de audiovisual ofertadas pelos Cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Produção Editorial e Relações Públicas. Os docentes desses cursos podem contar com o apoio dos técnicos e dos equipamentos para a realização das atividades didáticas dentro e fora da sala de aula. Na outra modalidade de atendimento, a realização, o objetivo do laboratório é a criação de produtos audiovisuais para a UFSM. Nessa modalidade de atendimento, o Estúdio 21 opera como uma produtora propriamente dita, executando trabalhos mediante orçamento prévio. Os técnicos do Estúdio 21 também atuam como co-orientadores de projetos experimentais de conclusão de curso em áreas de pré-produção, produção e pós-produção. As produções feitas pelo estúdio são das mais diversas, passando por matérias telejornalísticas, documentários, vídeos para as redes sociais, podcasts, spots de rádio, fotografias de produto e muitos outros tipos. As produções mais frequentes feitas pelos alunos são as matérias telejornalísticas; já o Estúdio, como realização própria, faz muitos vídeos institucionais.

Apesar de haver um apelo crescente do audiovisual nas práticas profissionais de comunicação, por razão de regulação de demanda, o uso do Estúdio 21 é exclusivo para discentes e docentes dos cursos de Comunicação em disciplinas com carga horária prática que tenham o audiovisual, a fotografia e/ou som como objetos de ensino claramente mencionados em ementa. É o caso de Fotografia Publicitária, Telejornalismo, Produção Audiovisual e tantas outras. Assim, é possível focar o atendimento nas aulas que, de fato, tem por objetivo ensinar vídeo, foto e/ou som para os discentes.

Bob considera que o principal recurso do Estúdio são as pessoas. É uma equipe de seis servidores técnicos com alta qualificação e anos de experiência. Entre os servidores, há um editor de vídeo, um técnico audiovisual, um operador de câmera de vídeo, um sonoplasta e dois diretores de produção. Em relação aos equipamentos disponíveis, não há todo o material que seria o ideal para atender às atividades. Em suma, possuem algumas câmeras de vídeo e fotografia, instrumentos de iluminação e microfones, além de equipamentos para edição de vídeo e som. Parte da infraestrutura, a sala de gravação de vídeo e o laboratório de rádio, encontra-se interditada, o que tem dificultado muito as atividades. No que concerne a melhorias, elas são sempre constantes, já que estão atreladas a uma área de trabalho que evolui junto com a tecnologia. Desde o recebimento dos equipamentos em 2004, que já estavam beirando a obsolescência à época, o acesso aos meios de produção e distribuição de conteúdos passou por uma revolução. Hoje é tudo mais acessível, com celulares é possível gravar, editar e publicar conteúdos que ficam instantaneamente disponíveis para o mundo todo, feito inimaginável quando o Estúdio foi criado. A principal melhoria a ser feita no Estúdio 21, hoje, diz respeito à infraestrutura. Com as instalações no prédio 21 parcialmente interditadas, espera-se uma solução da Pró-Reitoria de Infraestrutura (PROINFRA) quanto às adaptações necessárias para a mudança para o prédio novo. Outra melhoria urgente é a substituição das ilhas de edição, as que usamos hoje tem 13 anos e já não tem a confiabilidade que precisamos. Em relação aos equipamentos, Bob diz que seriam necessários mais acessórios para gravações feitas com celulares, como tripés e microfones adaptados. Apesar de haver uma mudança prevista para a Casa da Comunicação, Bob desacredita que haverá mudanças tão cedo, visto que o que foi ofertado inicialmente pela Reitoria não dá conta das necessidades existentes. Sendo assim, a migração para a Casa da Comunicação depende de uma adaptação do prédio para a efetiva acomodação das atividades didáticas do DCC. Somente após essas adaptações, poderá ser planejada a mudança. Infelizmente, não há uma data para as referidas adaptações. Essa questão de infraestrutura é considerada a meta principal do laboratório. 

Assim, para dar conclusão à entrevista, Bob responde mais algumas perguntas que consideramos importantes: 

Quais são as produções que demandam maior esforço do estúdio? Por quê?

A maior parte das nossas gravações acontece para o curso de Jornalismo. Isso se dá como um reflexo da grade curricular desse curso que tem mais disciplinas voltadas ao audiovisual do que os outros cursos vinculados ao DCC. Entre as atividades propostas por essas disciplinas, as que mais demandam esforços são aquelas que simulam transmissões ao vivo de telejornais. Para essas transmissões, é preciso articular conhecimento técnico dos servidores, driblando inúmeros obstáculos – como infraestrutura inadequada e equipamentos insuficientes – para que seja possível dar aos estudantes a oportunidade de vivenciarem o “ao vivo”. Outro tipo de atividade que demanda muitos esforços são as gravações de vídeos encabeçadas pelo próprio Estúdio 21 para clientes externos, como os vídeos institucionais da UFSM, do Colégio Politécnico e da Ipê Amarelo. As produções desse tipo exigem um rigor nas etapas de pré-produção, produção e pós-produção que extrapolam o nível exigido em atividades didáticas de disciplinas.

Quais são as maiores dificuldades do Estúdio 21 em relação à demanda dos alunos das disciplinas de Audiovisual? 

O Estúdio 21 enfrenta um mesmo problema há anos, que se trata da falta de equipamentos para atender às demandas dos cursos de Comunicação. A falta de recurso investido no laboratório; os estúdios de áudio, foto e vídeo interditados pelo Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI); e o já precário acervo de equipamentos fez com que o laboratório limitasse suas atividades às disciplinas práticas de audiovisual. Os equipamentos de que o Estúdio 21 dispõe, muitas vezes, não são suficientes para atender às demandas e necessidades dos alunos e seus projetos.

Vale salientar que constantemente nos deparamos com solicitações de outras disciplinas que não se encaixam neste requisito, mas é preciso que os docentes e discentes do Departamento tenham entendimento das limitações do laboratório, que já possui uma demanda alta.

Como se dá o apoio financeiro por parte da UFSM ao estúdio? Ele supre as demandas do estúdio?

Não gostamos da palavra apoio. Por sermos um laboratório intimamente ligado às diversas disciplinas dos cursos de Comunicação, nossa existência é fundamental na jornada de formação dos acadêmicos. E justamente por isso, nós deveríamos ser totalmente mantidos pela UFSM, ser mantido é muito diferente de ser apoiado. Como uma universidade que deseja ser vista com respeito pode manter em funcionamento cursos de Comunicação sem garantir um estúdio audiovisual minimamente estruturado? Essa é uma pergunta que ronda nossas cabeças. Bem, por falta de uma política clara para manutenção, somos um laboratório carente em diversos aspectos. Historicamente sempre estivemos alocados em um espaço que nunca foi, de fato, adequado para nossas atividades. Hoje, além de inadequado, nosso espaço no prédio 21 está parcialmente interditado por questões como risco de incêndio. O prédio novo ainda não tem condições de nos receber e há uma morosidade da UFSM para dar uma solução para essa situação. O aporte financeiro ao Estúdio se dá, por via de regra, pelas verbas destinadas ao DCC e por aquelas que são aportadas diretamente pela direção do CCSH. No entanto, essas verbas jamais deram conta de manter em termos mínimos as necessidades que temos. O Estúdio 21 não tem uma verba própria ou valores com os quais possa dispor para fazer a gestão que precisa. Em outra frente, nós recebemos verbas que são oriundas de atendimentos externos ao DCC, quando outras unidades pagam por serviços executados pelo Estúdio 21. Essas verbas são usadas para eventuais ações de qualificação dos servidores e compra de materiais de consumo.

Esperamos que após a leitura, seja possível conhecer mais sobre o funcionamento do Estúdio 21!
Para mais informações, agendamentos ou curiosidades, acesse o link!
 
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