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Presença Feminina nas Artes Visuais

No Mês da Mulher, a Coordenadoria de Cultura e Arte levará ao público informações sobre muitas mulheres de destaque na cultura e na arte. Nesta seção, você conhecerá um pouco mais da presença feminina nas Artes Visuais, conhecendo algumas artistas de destaque e suas obras. Agradecemos a colaboração dos bolsistas da CCA: Aline Zanelatto Dal Pon, Gabriela de Oliveira Novaczinski, Flávia Queiroz Pereira de Jesus e Rafael Lesses da Silva.

Lygia Clark
Lygia Clark/ Foto: Reprodução

Lygia Clark foi uma artista brasileira nascida em Belo Horizonte em 1920, mudou-se para o Rio de Janeiro, em 1947, iniciou seu aprendizado artístico com Burle Marx (1909-1994). Entre 1950 e 1952 passou a viver em Paris, onde estudou com Fernand Léger (1881-1955), Arpad Szenes (1897-1985) e Isaac Dobrinsky (1891-1973). De volta para o Brasil, integrou o Grupo Frente, liderado por Ivan Serpa (1923-1973), sendo uma das fundadoras do Grupo Neoconcreto. Gradualmente trocou a pintura pela experiência com objetos tridimensionais, realizando proposições participacionais como a série Bichos, de 1960. 

Dedicou-se à exploração sensorial em trabalhos como A Casa É o Corpo, de 1968 e participou das exposições Opinião 66 e Nova Objetividade Brasileira, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). Residiu em Paris entre 1970 e 1976, período em que lecionou na Faculté d´Arts Plastiques St. Charles, na Sorbonne. Nesse período sua atividade se afastou da produção de objetos estéticos e voltou-se sobretudo para experiências corporais em que materiais quaisquer estabelecem relação entre os participantes. Retornando para o Brasil em 1976 Lygia se dedicou ao estudo das possibilidades terapêuticas da arte sensorial e dos objetos relacionais. A partir dos anos 1980 sua obra ganhou reconhecimento internacional com retrospectivas em várias capitais internacionais e em mostras antológicas da arte internacional do pós-guerra.

Obra: Bicho linear (1960)
Rosana Paulino
Rosana Paulino/ Foto: Estadão

Doutora em Artes Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – ECA/USP, é Especialista em Gravura pela London Print Studio e Bacharel em Gravura pela ECA/USP. Foi bolsista do programa Bolsa da Fundação Ford de 2006 a 2088 e da CAPES de 2008 a 2011. Em 2014 foi agraciada com a bolsa para residência no Bellagio Center, da Fundação Rockefeller, em Bellagio, Itália. Como artista vem se destacando por sua produção ligada a questões sociais, étnicas e de gênero. 

Seus trabalhos têm como foco principal a posição da mulher negra na sociedade brasileira e os diversos tipos de violência sofridos por esta população decorrente do racismo e das marcas deixadas pela escravidão. Possui obras em importantes museus tais como o Museu de Arte Moderna de São Paulo; University of New Mexico Art Museum, New Mexico, USA e Museu Afro-Brasil – São Paulo. Tem participado ativamente de diversas exposições, tanto no Brasil como no exterior, das quais se destacam as individuais na Galeria Superfície (Atlantico Vermelho, 2016); Mulheres Negras – Obscure Beuaté du Brésil. Espace Cultural Fort Grifoon à Besançon, França (2014); Assentamento. Museu de Arte Contemporânea de Americana, São Paulo, (2013) tecido social – Galeria Virgílio, São Paulo, (2010); Rosana Paulino: obra gráfica. Galeria Nello Nuno, Fundação de Arte de Ouro Preto (2007) e Centro Cultural São Paulo (2000).

Obra: Proteção extrema conta a dor e sofrimento 2
Catiuscia Dotto
Catiuscia Dotto/ Foto: Reprodução

Doutoranda em Artes Visuais pela UFRGS, Mestre em Artes Visuais (2016); Bacharel em Desenho e Plástica (2006) e Licenciada em Artes Visuais (2009) pela Universidade Federal de Santa Maria. A escultora brasileira, nascida em 1983, tem uma trajetória artística que permeando diversos países da America Latina. Sua investigação poética permeia um feminino, que, ao longo do tempo, vai se constituindo a partir da desconstrução formal e da reconstrução simbólica, em uma busca de certa simbiose com a natureza, fruto de encantamento e observação.

Obra: “(des)Brotamentos”, esculturas expostas na UFSM em 2019
Sabrina Barrios
Sabrina Barrios/ Foto: Reprodução

A brasileira Sabrina Barrios concluiu seu Bacharelado em Design Gráfico (UFSM, 2004), antes de se mudar para Londres, São Paulo e Berlim. Em 2009, ela se mudou para Nova York para concluir seu MFA no Brooklyn’s Pratt Institute (2012). Segundo a própria artista, ao realizar seus trabalhos − que abrangem pintura, instalação, vídeo, escultura e desenho − , ela concentra-se “na relação entre o eu e a consciência coletiva, e em nossa percepção da realidade – que pode não ser real. Busco entender o que nos vincula e o que nos controla; o poder da fé; o universo interno; o multiverso; e como essas coisas estão interligadas.”

Obra: “Onde o céu encontra a terra”, instalação feita em 2019 na Baku Biennale, Azerbaijão
Elle de Bernardini
Elle de Bernardini/ Foto: Reprodução

Elle de Bernardini (Itaqui, 1991) vive e trabalha em São Paulo. Ela é formada em ballet clássico pela Royal Academy of Dance de Londres. Ela é uma mulher transexual. Sua produção é permeada por sua biografia. Seu trabalho tem como interesse a intersecção de gênero, sexualidade, política e identidade com a história da humanidade e da arte.

Foto de uma de suas performances
Francesca Woodman
Fracesca Woodman/ Foto: Reprodução

Francesca Woodman (1958-1981), é conhecida por seus autorretratos e retratos nada convencionais feitos em preto e branco. Francesca começou a fotografar ainda adolescente quando ganhou sua primeira câmera do seu pai. Nas fotografias de Woodman podemos notar uma relação com o corpo, o espaço doméstico e a noção de feminino. Em suas fotos a câmera capta corpos desfocados, que não aparecem delimitados e que são captados apenas o rastro do movimento, um borrão fantasma que provoca a noção de oscilação. As Fotografias são inquietantes e lembram um sentimento de trânsito entre o humano, o inanimado e o inorgânico, um sentimento de atemporalidade.

Foto de uma de suas obras
Lygia Pape
Lygia Pape/ Foto: Reprodução

Nascida em Nova Friburgo, RS, em 1927, foi gravadora, escultora, pintora, cineasta, performer e artista brasileira, pioneira no movimento neoconcretista. Atuou juntamente com Lygia Clark e Hélio Oiticica no Grupo Frente (1953). Expôs, dentre vários lugares, na 5ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na 53ª Bienal de Veneza e na Bienal de Artes Visuais do Mercosul, em 2003. Foi mestre em estética filosófica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e foi a criadora das embalagens dos biscoitos da marca Piraquê.

Pintura, 1954
Adriana Varejão
Adriana Varejão/ Foto: Reprodução

Multiartista contemporânea nascida no Rio de Janeiro (1964, trabalha marjoritariamente com pintura e escultura. Possui obras expostas por várias instituições no mundo, como o MoMA, o Gugghenheim Museum, Tate Modern, Museu de Arte Moderna de São Paulo e Hara Museum. Possui um pavilhão permanente dedicado a sua obra em Inhotim Centro de Arte Contemporânea (MG), inaugurado em 2008. Recebeu o prêmio Ordem do Mérito Cultural, honra concedida a personalidades brasileiras e estrangeiras como forma de reconhecer suas contribuições à cultura do Brasil.

Naufrágio da Nau da Cia. das Índias, 1992. óleo e gesso sobre tela 160 x 131 cm.