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Relação entre gerenciamento de crise e racismo institucional é tema de pesquisa



A pesquisa “ ‘No caminho da luz todo mundo é preto’: o gerenciamento estratégico da comunicação de crise e a persistência do racismo institucional”, da acadêmica do Curso de Relações Públicas da UFSM, Larissa Alves Batista, sob orientação da Profª Drª Vera Martins, analisa as correlações entre as estratégias de comunicação da empresa Carrefour e a perpetuação do racismo institucional no contexto do caso João Alberto, assassinado em 2020 dentro de um dos mercados da rede francesa.

 

A responsabilidade social que Kunsch (2003) atribui também às empresas e não apenas ao Estado, demonstra que dentro desses espaços as decisões devem considerar além da obtenção e retenção de lucro, mas é necessário que avaliem o impacto das medidas institucionais dentro do coletivo social. Essa avaliação demonstra, como define Almeida (2019), que o racismo não acontece apenas devido à ação individual, mas em colaboração com organizações que perpetuam dentro do microambiente institucional, manobras de controle que afetam diretamente toda estrutura social. Tendo isso em vista, a problemática que guia a pesquisa é: em que medida as estratégias de comunicação em cenários de crise podem contribuir para a persistência do racismo institucional?

 

Os objetivos do estudo são:

a) Mapear casos que envolvem racismo institucional e os conteúdos que foram veiculados na mídia;

b) Fazer uma revisão bibliográfica para compreender a definição teórica de protocolos de crise;

c) Compreender a diferenciação de racismo estrutural e racismo institucional;

d) Compreender a construção do discurso organizacional em torno das medidas no caso João Alberto;

e) Identificar e analisar a relação entre o caso observado e o conceito de Matriz de Dominação.

 

Para isso, a pesquisa foi dividida em três capítulos:

 

A primeira parte: “Um olhar sobre o racismo no Brasil” foi construída a partir da conceituação e diferenciação do racismo estrutural e institucional. Ademais, ressalta como a violência é um recurso para que a estrutura racista institucional se sustente e como as empresas utilizam desse meio para manter a configuração empresarial.

 

O segundo capítulo: “Crise: Entendendo o que é e os conceitos que a constroem” descreve o papel das relações públicas e da área da comunicação dentro da gestão estratégica de crise, mantendo seu foco nos casos selecionados para construção do corpus do trabalho em conjunto com estudos teóricos sobre Imagem, Reputação e Opinião Pública.

 

A terceira seção: “A Matriz de Dominação e a teoria das Imagens de Controle” destinou-se a apresentar o conceito de Matriz de Dominação e a teoria das Imagens de Controle (COLLINS, 2019) para expressar como os estereótipos sociais foram criados de maneira a impactar a vivência de pessoas negras e como essa estrutura interfere dentro da sociedade e por consequência a realidade de organizações.

 

Sequencialmente, a pesquisa finda com a análise dos materiais coletados dentro das redes sociais e dos portais de notícias utilizando a metodologia da hermenêutica da suspeita em conjunto com três perspectivas que subdivide os materiais em categorias previamente elencadas pela autora.

 

Confira a pesquisa completa e os resultados deste estudo.

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