A Revista Brasileira de Comunicação Organizacional e Relações Públicas (Organicom) convida pesquisadoras e pesquisadores a refletirem sobre o papel da comunicação organizacional e das relações públicas na gestão de riscos e crises em seu dossiê temático “Risco e Crise: reflexões sobre a gestão da comunicação organizacional na sociedade de riscos”.
Coordenado pelos professores Sergio Andreucci, da Universidade de São Paulo e Jones Machado, da Universidade Federal de Santa Maria, este número acolherá artigos que explorem, de forma crítica e propositiva, como as organizações podem utilizar estratégias comunicacionais para enfrentar crises e mitigar riscos.
A data limite para envio de artigos é: 30.01.26
E as submissões podem ser feitas no portal da Revista Organicom.
Apresentação do dossiê temático
A atual sociedade de riscos exige reflexão profunda, mudança de paradigmas e respostas rápidas e eficazes por parte dos governos e organizações. Isso envolve a adoção de estratégias públicas e privadas que visam mitigar situações de vulnerabilidade decorrentes de diversos contextos.
Desastres ambientais, mudanças climáticas, guerras que refletem disputas de poder, fome, pobreza, epidemias, incertezas e temores relacionados aos avanços da inteligência artificial, além de ideologias extremistas, contribuem para um estado de risco permanente na sociedade. Esses riscos são complexos e multifacetados, afetando não apenas a esfera ambiental, mas também as dimensões econômicas, sociais, políticas e tecnológicas.
A instabilidade promovida pela incerteza dos riscos compromete diretamente o equilíbrio e o bem-estar do mercado, organizações e da sociedade global, exigindo respostas coordenadas e eficazes para mitigá-los. Nesse contexto, o papel da comunicação, tanto pública quanto organizacional, é fundamental para informar e mediar estratégias integradas, visando encontrar soluções mais seguras e sustentáveis para os desafios enfrentados.
Conheça os temas de interesse do Dossiê 50
- A interdisciplinaridade para a gestão de riscos e crises em comunicação.
A busca por abordagens integradas que combinam conhecimentos e práticas de diversas áreas do saber para mitigar riscos, evitar crises, diminuir impactos e promover a comunicação mediadora e para o cuidado.
- A complexidade da IA – Inteligência Artificial na gestão de crises.
Reflexões sobre o uso dessas tecnologias na gestão de crises organizacionais e na comunicação, com foco em reputação, fluxos comunicativos e decisões estratégicas.
- Estudos epistemológicos sobre a comunicação organizacional na sociedade de risco.
Análise das implicações epistemológicas da comunicação organizacional em contextos de incerteza e risco.
- Ética, comunicação e riscos nas relações organizacionais.
Estudos sobre ética na comunicação e nas relações organizacionais que possam impactar direitos fundamentais. Responsabilidades das organizações, governança corporativa e as políticas de compliance.
- Comunicação intercultural na gestão de riscos e crises.
Análise sobre a comunicação intercultural e suas implicações em contextos de risco e crise, considerando as vulnerabilidades e necessidades específicas de grupos diversos.
- Comunicação pública e comunicação de risco.
Políticas e estratégias que exploram as diferentes formas de comunicação pública e de risco, temas de interesse público que afetam a vida coletiva abrangendo a comunicação produzida pelo Estado, sociedade, mídia e organizações.
- Identidades, narrativas e relações de poder.
Estudos que analisam os discursos organizacionais e suas implicações nas relações de poder, identidade, imagem e reputação. Linguagens e estratégias para consolidação de identidade e imagem organizacional, os resultados reputacionais na relação entre discurso organizacional e sociedade.
- Comunicação de risco na sociedade de consumo.
Análise de estratégias de comunicação de risco e de gestão de crises no ambiente mercadológico. Consumo, reputação e branding, as interações funcionais entre comunicação institucional e marketing.
- O fenômeno da desinformação e suas implicações para as organizações.
Criação e disseminação de informações falsas com vistas à geração de riscos, instabilidades e crises para as organizações. Enfrentamento aos fenômenos das fake news, deepfakes e pós-verdade a partir do acionamento de estratégias de comunicação.
Saiba mais: https://revistas.usp.br/organicom/announcement/view/1984