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Helenise Sangoi Antunes
Profª Titular do Dpto de Metodologia de Ensino UFSM/Ex-Diretora do CE
Para quem pode, ficar em casa é uma atitude de solidariedade e generosidade. Pois, por mais leitos que possamos ter nas Unidade de Tratamento Intensivo, tanto no sistema único de saúde e quanto na rede privada, não serão suficientes para atender a todos se começarem a serem infectados de forma rápida e desordenada. É este conhecimento, oriundo de pesquisas e observações sobre a rápida contaminação deste vírus e sua letalidade, que tem movido governos do mundo inteiro a suplicar e orientar: “Quem puder, fica em casa”.
Mas, quem não pode? E os milhões de desempregados e os trabalhadores informais deste pais? É neste sentido, que o Estado brasileiro precisa agir o mais rápido possível, incluindo famílias em situação de vulnerabilidade social. Nesta perspectiva, todas as ações em prol destas famílias precisam ser feitas, inclusive porque estes recursos auxiliam na circulação financeira, melhorando o nosso PIB.
Apesar de todas as perdas que estamos tendo e presenciando no mundo, a exemplo de países como a China e a Itália, famílias que perderam entes queridos e nem puderam enterrá-los, fica alguns aprendizados e temas para casa que devemos observar: – o mundo está globalizado, todas as ações individuais têm reflexo a médio plano na vida de todos os seres humanos; – a saúde da população está diretamente ligada à adoção de práticas de higiene; – a educação, a saúde, a segurança pública são pilares fundamentais para uma sociedade democrática; – o investimento na formação de gestores públicos é essencial, a fim de que possam ter conhecimentos técnicos fundamentais para poder tomar as decisões que levem em conta os preceitos da seguridade social no caso de uma calamidade como esta; – acreditar que é possível a humanidade agir de forma solidária e interdisciplinar, mesmo quando estamos em uma PANDEMIA. Este vírus está nos fazendo lembrar que a minha existência está intimamente ligada à existência do outro.