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Debate sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores



Na tarde da última terça-feira (09/12), às 14h, o Centro de Educação da UFSM promoveu um debate sobre a Resolução CNE/CP nº 4/2024, que estabelece as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica. A atividade ocorreu no Prédio 16, sala 215, e reuniu docentes de diferentes departamentos do CE.

O encontro contou com a presença da diretora da Sedufsm, Neila Baldi, que apresentou um panorama das ações realizadas nacionalmente pelo Grupo de Trabalho de Política Educacional (GTPE) do Andes-SN e localmente pela Sedufsm. Neila destacou que o GTPE nacional solicitou a suspensão dos prazos de vigência da resolução, com o objetivo de possibilitar uma avaliação mais ampla do documento e a construção de novas proposições. Segundo ela, a disputa entre diferentes concepções de formação — presentes tanto na resolução atual quanto nas anteriores — segue evidente, especialmente no que diz respeito à organização dos estágios supervisionados.

Os diretores do Centro de Educação, Ascísio Pereira e Elena Mallmann, também participaram da atividade, reforçando o compromisso da gestão com o debate coletivo sobre políticas de formação docente e os impactos das mudanças normativas para os cursos de licenciatura.

A programação teve início com a fala da professora Regina Bathelt, do Departamento de Metodologia do Ensino (MEN), que abordou as transformações na legislação que regulamenta a formação docente e os seus efeitos sobre estágios, práticas e desenvolvimento profissional dos futuros professores. Regina destacou que, frente ao cenário atual, o Departamento é contrário à realização de estágios no início da formação, conforme previsto em alguns modelos.

O encontro proporcionou um espaço de troca e reflexão sobre os desafios impostos pela Resolução CNE/CP nº 4/2024, especialmente em relação à organização curricular, à prática docente e às demandas das licenciaturas. O CE seguirá promovendo debates internos para subsidiar processos de avaliação e adequação institucional diante da nova normativa.

Para saber mais:

A Resolução CNE/CP nº 4/2024 define as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para a formação inicial de profissionais do magistério da Educação Básica — incluindo cursos de licenciatura, formação pedagógica para graduados não licenciados e segunda licenciatura. Ela revoga as resoluções de 2015, 2019 e 2020.

Objetivo geral

Estabelecer princípios, fundamentos, perfil do egresso, estrutura e currículo que devem orientar os cursos de formação de professores no Brasil, articulados ao PDI, PPI e PPC das instituições de ensino superior e às políticas públicas nacionais.

Princípios orientadores

A formação docente deve se basear em:

  • Concepção de educação como processo emancipatório e permanente.

  • Integração sólida entre teoria e prática.

  • Garantia da qualidade e da equidade social.

  • Valorização da diversidade (gênero, raça, cultura, territórios).

  • Gestão democrática, inclusão e compromisso ético-político.

  • Reconhecimento das instituições de Educação Básica como espaços formadores.

Estrutura da formação

A formação está organizada em quatro núcleos:

Núcleo I — Estudos de Formação Geral (EFG)

Fundamentos pedagógicos, epistemológicos, sociológicos, filosóficos e históricos da educação.

Núcleo II — Conteúdos Específicos e Pedagógicos (ACCE)

Contempla conhecimentos específicos das áreas de atuação e do conhecimento pedagógico do conteúdo (CPC).

Núcleo III — Atividades Acadêmicas de Extensão (AAE)

Ações integradoras desenvolvidas em escolas de Educação Básica, de forma presencial.

Núcleo IV — Estágio Curricular Supervisionado (ECS)

Realizado exclusivamente em escolas, desde o início do curso, com progressão planejada.

Carga horária mínima dos cursos

Licenciaturas

Total: 3.200 horas

  • 880h – Formação Geral

  • 1.600h – Conteúdos específicos

  • 320h – Extensão (presencial)

  • 400h – Estágio (presencial)

Formação Pedagógica (para graduados não licenciados)

Total: 1.600 horas

Segunda Licenciatura

  • Entre 1.200 e 1.800 horas, dependendo da área de origem.

Perfil do egresso

Ao concluir a formação, o futuro professor deve ser capaz de:

  • Atuar com ética, compromisso social e visão crítica.

  • Dominar conhecimentos da área específica e dos fundamentos da educação.

  • Planejar, conduzir e avaliar processos de ensino e aprendizagem.

  • Incorporar tecnologias digitais com intencionalidade pedagógica.

  • Promover ambientes inclusivos, democráticos e culturalmente diversos.

  • Compreender realidades escolares e desigualdades educacionais brasileiras.

  • Participar de processos de gestão e elaboração de propostas pedagógicas.

Inclui ainda competências específicas relacionadas a diversidade étnico-racial, relações de gênero, combate ao racismo e violência contra mulheres.

Estágio e extensão

  • Devem ser presenciais, tanto em cursos presenciais quanto EAD.

  • Iniciam desde o primeiro semestre.

  • Exigem planejamento progressivo, supervisão de professor da IES e acompanhamento de docentes da Educação Básica.

Implementação

  • Instituições têm 2 anos (a partir de julho/2024) para adaptar seus cursos.

  • Estudantes já matriculados podem concluir seus cursos conforme as diretrizes antigas.

Texto completo aqui: RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 2, DE 4 DE ABRIL DE 2024

 

Texto e edição: Alessandra Alfaro Bastos – Subdivisão de Comunicação

Fotos: Elena Maria Mallmann e Arquivo SEDUFSM

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