Ir para o conteúdo CTISM Ir para o menu CTISM Ir para a busca no site CTISM Ir para o rodapé CTISM
  • International
  • Acessibilidade
  • Sítios da UFSM
  • Área restrita

Aviso de Conectividade Saber Mais

Início do conteúdo

Projeto Talian – Justificativa

Justificativa

No final do século XIX e início do século XX o Brasil recebeu milhares de famílias de imigrantes italianos, que trouxeram, além do sonho de uma vida melhor, sua cultura, costumes, tradições e língua própria. A emigração italiana deste período foi o maior êxodo de um povo na história moderna.


No Rio Grande do Sul os italianos começaram a chegar a partir de 1870, instalando-se, inicialmente, em quatro diferentes colônias de imigração. As duas primeiras surgiram em 1870, denominadas Conde D’Eu e Dona Isabel, correspondendo hoje, respectivamente, aos municípios de Garibaldi e Bento Gonçalves. A terceira colônia, fundada em 1875, foi denominada Campo dos Bugres, correspondendo hoje ao município de Caxias do Sul. Já a quarta colônia, denominada Silveira Martins, foi fundada em 1876 pelo Governo Imperial, tendo sido ocupada pelos imigrantes italianos a partir de 1877. Em 1882, o Governo Imperial decretou a autonomia da Quarta Colônia de Silveira Martins, e, dois anos depois, em 1884, a das outras três colônias.

Nas últimas décadas a tradição e cultura dos imigrantes italianos está em decadência, especialmente na Quarta Colônia, principalmente pelo passado de preconceito às línguas dos imigrantes, especialmente à Língua Vêneta (atualmente chamada de Vêneto Brasileiro ou Talian no Brasil) e à Língua Furlan. No governo de Getúlio Vargas, a partir de 1937, as línguas de imigração foram proibidas de serem faladas, e muitos imigrantes e/ou seus descendentes foram presos por utilizarem a sua língua materna. Isso gerou um paradigma cultural de preconceito à Língua Talian, sendo geralmente associada à língua de colonos, de ignorantes e de pessoas com pouca instrução.

Dessa forma, muitas famílias deixaram de falar e ensinar seus filhos, ocasionando um processo de desvalorização cultural e linguística. Como a língua é a base de qualquer cultura, a perda da língua representa, inevitavelmente, o fim da cultura.

Porém, os imigrantes italianos trouxeram para o Brasil conhecimentos de culinária, agricultura, construções e suas experiências de vida e, fundamentados no trabalho, na família, na religiosidade e na perseverança, ajudaram a transformar o Brasil, construindo cidades, indústrias e alavancando a economia nacional.

Nesse contexto, muitas ações de valorização foram implementadas nos últimos anos, como o reconhecimento Estadual da Língua Talian pelos Estados do Rio Grande e Santa Catarina em 2009, reconhecimento federal pelo Ministério da Cultura em 2014, e diversos reconhecimentos municipais com o ensino em sala de aula.

Assim, esse projeto de extensão tem como objetivo desenvolver ações históricas, culturais e linguísticas na região da Quarta Colônia, com a finalidade de promover o resgate da Língua Talian, valorizando a cultura dos imigrantes italianos.

As ações propostas incluem palestras, eventos acadêmicos e científicos, cursos e ampla divulgação do projeto e das atividades desenvolvidas. As atividades serão desenvolvidas em parceria com as prefeituras municipais, secretarias de educação e cultura, escolas municipais e estaduais e associações culturais da região.

Com o desenvolvimento deste projeto buscamos despertar a região da Quarta Colônia para a necessidade de valorização da cultura local, através da resgate da história, língua e cultura de imigração.
Contato
COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA (CTISM)

Prédio 05 – Cidade Universitária
Bairro Camobi, Santa Maria – RS
CEP: 97105-900
Telefone:+55 (55) 3220-9540
PROJETO TALIAN – UFSM/CTISM

Prédio 05 – Cidade Universitária
Bairro Camobi, Santa Maria – RS
CEP: 97105-900
Telefone:+55 (55) 3220-9427