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Explorando as ciências e o universo: conheça o projeto que leva tecnologias espaciais às escolas da região central do Rio Grande do Sul



Foi durante a década de 1950, no período conhecido como Guerra Fria, que o primeiro satélite foi enviado ao espaço. O Sputnik I, lançado pela antiga União Soviética, foi um marco na história da humanidade e deu início à Corrida Espacial. De lá até os dias atuais, mais de 9 mil satélites já foram enviados para o espaço. Embora os Estados Unidos sejam responsáveis pela maioria dos lançamentos – algo próximo a 1.254 satélites -, essa não é uma tecnologia tão distante da realidade brasileira. O primeiro satélite brasileiro a operar em órbita foi o SCD 01, projetado pelo INPE e lançado em 1993 nos Estados Unidos. Um dos lançamentos mais recentes do país deu-se em 2019, numa parceira do Brasil com a China, que colocou o satélite CBERS 04A para produzir imagens capazes de atender a diversas aplicações, como monitorar os desmatamentos, as queimadas, o nível de reservatórios, os desastres naturais, a expansão agrícola e o desenvolvimento das cidades, entre outras.

É visando à popularização desse conhecimento que o Projeto de Extensão Workshop de pequenos satélites, coordenado pelo professor e diretor técnico-científico da Associação Aeroespacial de Santa Maria, Eduardo Escobar Bürger, atua com alunos do ensino fundamental de escolas públicas de Santa Maria e da região. A ação, vinculada ao Centro de Tecnologia da UFSM, desenvolve, desde 2019, atividades que buscam estimular os jovens a seguirem profissões nas áreas de Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemática, além de aproximar a comunidade em geral das tecnologias espaciais.

Para Bürger, o Projeto também rompe uma barreira que, normalmente, é apresentada pela sociedade, que vê as tecnologias espaciais como algo distante da realidade do país. “[A ação] aproxima os jovens de tecnologias (espaciais), que, normalmente, são tidas como difíceis ou inatingíveis, mas a realidade é que essas tecnologias estão se tornando extremamente acessíveis, inclusive no Brasil. O país já lançou vários nanossatélites, um deles, inclusive, teve a participação de alunos do ensino fundamental de uma escola pública de Ubatuba (SP)”, destaca o coordenador da Ação.

Para Leonardo Alexandrino de Melo, estudante do curso de Engenharia Aeroespacial e bolsista da Ação, participar do Projeto é uma oportunidade de crescimento pessoal e de contribuição para com a sociedade. “‘O que o seu trabalho significa para a sociedade?’ é uma pergunta que pode parecer bem clara em nosso meio acadêmico, mas não faz parte do conhecimento comum das pessoas; a Extensão nos permite responder essa pergunta. Essa mudança de visão e simplificação das ideias proporciona um novo olhar sobre como abordar o assunto em diferentes níveis de complexidade.”

A Ação de Extensão também atua na produção de materiais didáticos para a popularização do conhecimento dessa área tecnológica. “O desenvolvimento do kit [de estudo de pequenos nanossatélites, que simula as funções de um CubeSat], do material didático e a apresentação dos workshops, que são totalmente feitos por alunos de graduação, estimula, além de diversas habilidades nos acadêmicos da UFSM, técnicas pessoais e interpessoais como: conceitos de engenharia espacial, eletrônica, comunicação oral e escrita, pensamento criativo, entre outras”, comenta Bürger. O Projeto também oferece, aos alunos da rede básica de ensino, os conceitos fundamentais de projetos espaciais e atividades práticas de montagem de sistemas que simulam as funções de um pequeno satélite.

Se nós, como pesquisadores e profissionais da área, queremos ser reconhecidos pelo nosso trabalho, precisamos do apoio da população, e as pessoas não vão apoiar o que não entendem. Ao ensinar, despertamos o interesse do público para a importância de investir em tecnologias aeroespaciais, além de estimular os jovens a ingressar nas áreas de Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemática (internacionalmente conhecidas como “STEM”), garantindo o futuro e o crescimento do curso”, comenta Leonardo ao destacar o papel social do Projeto de Extensão.

 

Resultados das Ações foram apresentados na Colômbia

Na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o curso de Engenharia Aeroespacial é o principal contato dos estudantes com as ciências que envolvem o estudo e a construção de veículos aéreos – como aeronaves, espaçonaves e satélites. Nas palavras do estudante Leonardo, “a Engenharia Aeroespacial é responsável por criar a tecnologia de tudo o que ‘voa’, desde aerofólios de carros de corrida até aviões, helicópteros, mísseis, foguetes, satélites e sondas. Trabalhamos com tudo o que envolve esses sistemas, como propulsão, estrutura, controle e sistemas de segurança”.

Alguns dos trabalhos desenvolvidos pelo curso, através do Projeto de Extensão, já alçaram voos e foram apresentados em outros países da América Latina. O trabalho “Small Satellites Educational Workshop”, de autoria de Leonardo Alexandrino de Melo – bolsista FIEX do Projeto -, sob orientação do professor Eduardo Escobar Bürger, foi apresentado em novembro de 2020 no VIII Congresso Internacional de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (CICTA 2020), organizado pela Universidad Distrital Francisco José de Caldas. O evento, realizado de forma online, contou com a presença de vários especialistas do setor, além de institutos e de setores do governo colombiano.

O trabalho desenvolvido pelos integrantes da UFSM apresentou alguns resultados preliminares da Ação de Extensão Workshop de pequenos satélites. “[A ação] é uma iniciativa para levar conhecimento sobre as tecnologias espaciais aos estudantes da rede pública de Santa Maria. […] Ensinando conceitos básicos e desenvolvendo atividades práticas, simulando procedimentos reais realizados no desenvolvimento e na operação de nanossatélites”, comenta Leonardo.

O estudante também destaca que a participação no evento possibilitou conhecer outras pesquisas que estão sendo desenvolvidas na área da Engenharia Aeroespacial. “Diferente de um evento no modelo presencial, há uma falta de feedback, mas isso não impediu que o evento se desenvolvesse de forma satisfatória. Foi possível conhecer outras frentes de pesquisa de diversos países na minha área e como estes têm adequado seus métodos ao cenário da pandemia”, finaliza o acadêmico.


Redação: Wellington Felipe Hack//Pró-Reitoria de Extensão

Revisão: Erica Medeiros //Pró-Reitoria de Extensão

A ação de Extensão apresentada neste texto atende aos seguintes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Acesse as imagens para saber mais sobre cada um deles.

ODS 4
ODS 9
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