Entre os dias 6 e 10 de agosto, Santa Maria recebe a primeira edição do Festival de Artes Cênicas Madame Satã, uma celebração da arte negra, das culturas LGBTQIAPN+ e dos saberes das encruzilhadas. Inspirado na figura histórica de Madame Satã, artista brasileira símbolo da resistência negra e da dissidência sexual, o festival propõe encontros potentes entre universidade e comunidade, com atividades distribuídas em diversos espaços da UFSM e da cidade.
A programação gratuita conta com espetáculos, oficinas, treinos, shows e a primeira Ball de Santa Maria, reunindo artistas de diferentes regiões do país em um evento que valoriza a descentralização da cultura e o fortalecimento dos vínculos entre arte, território e identidade.
O festival é promovido por diversos projetos e coletivos como Santíssima Ball (NEABI/UFSM), NUPRA/UFPEL, Decote (DAC/UFSM), Dramaturgiras (DAC/UFRGS), com apoio dos cursos de Teatro, Dança e Artes Cênicas da UFSM e do Teatro Caixa Preta. A proposta é abrir espaços de visibilidade para artistas e públicos que historicamente enfrentam marginalização, acolhendo especialmente pessoas negras, LGBTQIAPN+, artistas e a comunidade do Beco da Tela.
Dentre os destaques estão a mesa de abertura “Saberes das Encruzilhadas”, o espetáculo “Mesa Farta” do grupo Pretagô (POA), oficinas com Allyson dos Santos (SP), treinos de Afrovogue, Vogue Femme e Batekoo, além de apresentações como “Não Recomendado” (Edu Souza), performances com Irmãs de Pau, e a esperada BALLROOM.
O Festival Madame Satã é mais que um evento artístico — é um manifesto pela presença e permanência de corpas dissidentes nos espaços da arte e do saber.