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Seminário da UFSM debate os caminhos e desafios da inserção da extensão nos currículos de graduação

O evento, realizado nos dias 14 e 15 de outubro no Auditório Wilson Aita, reuniu docentes, técnicos, estudantes e gestores para refletir sobre o papel da extensão na formação acadêmica



A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) realizou, nos dias 14 e 15 de outubro, o I Seminário de Acompanhamento da Inserção da Extensão nos Currículos de Graduação, no Auditório Wilson Aita, no Centro de Tecnologia. O encontro marcou um novo momento de reflexão e avaliação sobre o processo de curricularização da extensão, reunindo gestores, docentes, técnicos e estudantes da universidade.

 

O evento teve início na noite de terça-feira (14) com a exibição do vídeo institucional da Extensão UFSM, e seguiu com as falas de Giséli Duarte Bastos, técnica em assuntos educacionais da Subdivisão de Inserção da Extensão nos Cursos, que destacou a importância de manter o acompanhamento contínuo das ações extensionistas nos cursos de graduação.

 

O pró-reitor de Extensão, Flavi Ferreira Lisboa Filho, lembrou que a UFSM já realizou outras discussões sobre a inserção da extensão, mas enfatizou que este é o primeiro seminário voltado especificamente ao acompanhamento do processo. Segundo ele, mais de 90% dos cursos da instituição já estão com a extensão curricularizada.

 

Flavi afirmou que a extensão universitária “é feita na partilha, pelo diálogo”, e que esse processo de troca é o que conecta a universidade com a sociedade. Ele destacou ainda que as ações extensionistas têm o poder de gerar consciência cidadã, ao permitir que o estudante coloque em prática o que aprende em sala de aula e se reconheça como agente de transformação social. “A extensão nos conecta com a sociedade. Ela é um exercício potente de cidadania”, afirmou o pró-reitor.

 

A vice-prefeita de Santa Maria, Lúcia Madruga, também participou da mesa de abertura e relembrou sua trajetória como estudante da UFSM, marcada pela participação em projetos de extensão ainda nas décadas de 1980 e 1990. Ela citou experiências realizadas junto à APAE e a outras instituições locais, ressaltando o impacto dessas iniciativas na formação de estudantes e no desenvolvimento da cidade.

 

Lúcia destacou que, mesmo antes da curricularização da extensão, essas experiências já cumpriam um papel fundamental de integração entre a universidade e a comunidade externa. “A extensão sempre esteve presente na minha formação, mesmo antes de se tornar política pública”, afirmou a vice-prefeita. Ela acrescentou que, atualmente, em sua atuação na gestão municipal, reconhece ainda mais o valor da parceria com a universidade. “As portas da prefeitura estão abertas para os projetos da UFSM em todas as áreas”, reforçou.

 

O diretor do Centro de Tecnologia e vice-reitor eleito da UFSM, Thiago Marquezan, também destacou a importância da integração entre a universidade e a sociedade, afirmando que a curricularização da extensão vem consolidar uma prática já presente na instituição. Para ele, a extensão universitária “transforma”, porque está presente em diferentes dimensões da vida comunitária – da saúde e da cultura à engenharia, ao esporte e à educação.

 

Thiago ressaltou que a lei que determina a inserção da extensão nos currículos veio para “lembrar o óbvio”: que não há formação superior completa sem esse relacionamento com a comunidade externa. “A curricularização da extensão nos desacomoda e nos faz repensar a universidade que queremos”, afirmou. Ele também enfatizou o compromisso da nova gestão com o fortalecimento do processo, destacando que “a formação vai muito além da sala de aula; a extensão é a conexão com a sociedade que dá sentido ao ensino e à pesquisa”.

 
Mesa de autoridades do evento

Extensão como prática democrática

Encerrando a noite, o professor Hélder Eterno da Silveira, titular da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e ex-presidente do Fórum de Pró-Reitores de Extensão (Forproex), ministrou a palestra “Inserção curricular da extensão: para quê? Com quem e como?”.

 

Em sua fala, o professor destacou que a curricularização da extensão é um processo formativo que reforça o compromisso institucional das universidades com a democratização dos saberes. Segundo ele, a proposta vai além de uma exigência normativa, representando uma mudança de paradigma na forma como o conhecimento é produzido e compartilhado.

 

Hélder afirmou que “fazer assistência não é fazer extensão” e defendeu que o verdadeiro sentido da prática extensionista está no diálogo, na práxis e na construção coletiva. Para ele, a universidade tem como função central formar pessoas, e a extensão é parte essencial desse processo, pois possibilita o encontro entre diferentes realidades e experiências de vida. “A extensão democratiza o acesso ao saber e cria oportunidades de aprendizado mútuo. É compreender quem eu sou nesse mundo e qual o meu papel como sujeito social”, afirmou.

 

O palestrante também ressaltou que a extensão deve ser entendida como uma pedagogia que transforma o currículo e como um instrumento de democratização do conhecimento, contribuindo para o desenvolvimento da consciência crítica e da cidadania. 

Hélder Eterno da Silveira


Panorama institucional da inserção da extensão nos currículos

Na manhã da quarta-feira (15), o evento apresentou um panorama sobre a inserção da extensão universitária nos currículos de graduação da instituição. O levantamento trouxe dados, reflexões e perspectivas sobre esse movimento, que busca integrar ainda mais a formação acadêmica com as demandas e realidades da sociedade.

Segundo a equipe da PRE, representada por Giséli Duarte Bastos, a inserção da extensão nos cursos representa um passo importante para consolidar uma educação mais participativa, crítica e voltada à transformação social. O estudo evidencia o avanço das ações extensionistas e o fortalecimento do diálogo entre universidade e comunidade, valorizando o aprendizado prático e o compromisso social dos estudantes.

 

“O problema é não saber o que é a extensão, tanto por parte dos docentes, quanto por parte dos técnicos e estudantes. Então não há a compreensão teórica sobre a extensão. Não se tem essa dimensão pedagógica da extensão e isso é o problema. Como que a gente vai seguir a extensão dos cursos se não temos clareza do que é a extensão?”, relata Giséli.

Durante a apresentação, coordenadores de diferentes cursos da UFSM, como Fonoaudiologia, Engenharia Florestal, Engenharia Civil, Direito Noturno e Pedagogia EAD Noturno, também compartilharam suas experiências no processo de inclusão da extensão nos currículos. As vivências destacam caminhos, desafios e possibilidades observadas nesse processo coletivo, que vem mobilizando professores, estudantes e gestores em torno de uma formação mais integrada e interdisciplinar.

As iniciativas reforçam o papel da UFSM como instituição comprometida com o desenvolvimento e com a formação de profissionais capazes de atuar de forma ética, reflexiva e comprometida com o bem comum.

Giséli Duarte Bastos

Reflexões e perspectivas sobre a extensão universitária

terNa tarde de quarta-feira, a programação do seminário seguiu com duas palestras que aprofundaram o debate sobre os fundamentos e as práticas da extensão na universidade. O pró-reitor de Extensão, professor Flavi, ministrou a palestra “Extensão universitária: fundamentos, desafios e perspectivas na UFSM”, destacando mais uma vez o papel da extensão como espaço de transformação social e diálogo entre universidade e comunidade externa. Em sua fala, Flavi ressaltou que a extensão vai além de uma atividade complementar, sendo parte essencial da formação de profissionais críticos e comprometidos com os desafios contemporâneos.

 

Em seguida, a professora Cristiane Muenchen, do Departamento de Física da UFSM, apresentou o tema “A educação freireana e a extensão universitária: quais diálogos possíveis?”. A partir de uma perspectiva inspirada em Paulo Freire, a docente propôs uma reflexão sobre práticas educativas transformadoras e sobre como a extensão pode fortalecer processos formativos que partem da realidade e se voltam à construção coletiva do conhecimento.

 

Encerrando os dois dias de programação, o I Seminário de Acompanhamento da Inserção da Extensão nos Currículos de Graduação da UFSM consolidou-se como um espaço de diálogo e avaliação contínua, reafirmando o compromisso institucional com a formação integral, o desenvolvimento humano e o fortalecimento da relação entre universidade e sociedade.

 
Flavi Flavi Ferreira Lisboa Filho, Pró-Reitor de Extensão
Cristiane Muenchen

Texto: Gabriele Mendes e Laura Severo, bolsistas da Subdivisão de Divulgação e Editoração (PRE/UFSM).

Revisão: Valéria Luzardo, bolsista da Subdivisão de Divulgação e Editoração (PRE/UFSM).

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