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Se está tudo bem, vídeo; se não, posicionamento escrito?



Por Carolina Frazon Terra (Doutora em Ciências da Comunicação, Professora na USP)

 

Como a Cacau Show está lidando com uma crise de imagem que os acusa de rituais com funcionários e pressão nos franqueados

O portal de notícias Metrópoles* foi o responsável por veicular muitas denúncias acerca da Cacau Show tanto no âmbito do público interno, quanto dos franqueados.

Do ponto de vista do público interno, as denúncias giram em torno de rituais (compulsórios) comandados pelo CEO, Alexandre Costa, bem como episódios de gordofobia, homofobia e até assédio para que funcionárias não engravidassem. Até um tatuador teria sido levado à companhia para que os funcionários fizessem tatuagens iguais à do fundador.

Na seara das unidades franqueadas, as acusações orbitam as pressões por resultados financeiros, obrigatoriedade de vender determinados produtos e perseguições a quem não cumpre as ordens vindas da matriz.

O fato é que ambas as queixas repercutiram consideravelmente depois que o Metrópoles as iniciou, indo parar nas redes sociais e, também, em outros portais, veículos e sites.

As questões começaram a circular em 29 de maio e, apenas alguns dias depois, em 2 de junho, a empresa se pronunciou oficialmente com um comunicado por escrito tanto nos perfis de mídias sociais da Cacau Show, quanto do CEO, Alê Costa. O posicionamento foi também bastante criticado pelo seu tom protocolar e por não ter uma presença viva do próprio líder, que costumeiramente é bastante midiático, mas dessa vez, foi tímido e se deixou invisibilizar (suponho, intencionalmente).

A leitura que nós, de fora, conseguimos fazer é: quando tudo vai bem, vamos de vídeos, stories e bastidores. Quando a crise aparece, posicionamento frio, escrito e impessoal? Já vimos que casos assim – lembram do primeiro comunicado da Tânia Bulhões nas redes da marca? – tendem a aumentar a desconfiança do público e dar margem à boataria, aos rumores e às suposições.

 

De funcionários a influenciadores

“Puxando a sardinha para a minha brasa”, acabo de lançar o livro “De funcionários a influenciadores: por que ter um programa de funcionários influencers vale a pena” (Summus Editorial, 2025) em que me dedico a refletir sobre a importância de ter tudo isso estruturado, planejado e ponderado pela empresa. Viveremos crises, problemas e deslizes sempre. Resta-nos lidar com tudo isso da maneira mais ética, transparente e honesta possível.

Se o nosso Willy Wonka brasileiro tivesse respondido às críticas à altura, reagido com a sua imagem e voz (como sempre faz nas questões institucionais e mercadológicas positivas), talvez a gente teria ficado menos decepcionado com a postura de um CEO que seguimos, respeitamos, acompanhamos e que esperávamos mais.

De funcionários a influenciadores: por que ter um programa de funcionários influencers vale a pena (Summus Editorial, 2025)

Live de lançamento com Carol Terra e Ana Paula Passarelli – 24/06, 19h30, em https://meet.google.com/myi-jgpg-byw

 

*Linha do tempo de notícias do portal Metrópoles

29/05: https://www.metropoles.com/colunas/dinheiro-e-negocios/cacau-show-funcionarios-relatam-ritual-comandado-por-ceo

30/05: https://www.metropoles.com/colunas/dinheiro-e-negocios/cacau-show-funcionarios-sao-incentivados-a-fazerem-tatuagens-iguais-a-de-ceo

31/05: https://www.metropoles.com/colunas/dinheiro-e-negocios/perdi-tudo-sou-uma-morta-viva-veja-relatos-de-franqueados-da-cacau-show

02/06: https://www.metropoles.com/colunas/dinheiro-e-negocios/cacau-show-veja-texto-enviado-por-ceo-para-funcionario-apos-denuncias

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