O Campus Sede da UFSM possui uma extensa área de vegetação, que desempenha um papel importante na qualidade de vida dos estudantes, professores e técnicos administrativos em educação da Universidade. No entanto, em certas situações, o corte de árvores pode ser necessário para o bom funcionamento do Campus. Nestes casos, é fundamental que esse processo seja conduzido de forma responsável, buscando sempre minimizar os impactos ambientais.
Todos os cortes de árvores da Universidade são avaliados e organizados pelo Setor de Planejamento Ambiental (SPA) da Pró-Reitoria de Infraestrutura. De acordo com a Coordenadora de Gestão Ambiental do SPA, Nicolli Reck, o corte das árvores são sempre a última alternativa para os problemas causados. Para analisar a necessidade das demandas de corte, o setor trabalha com uma empresa especializada contratada que disponibiliza um profissional formado com Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), este profissional redige um laudo de cada avaliação realizada sugerindo ou não o corte. Depois disso, este laudo é enviado para a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), que é a responsável pela autorização do corte.
Segundo a coordenadora, o setor prioriza corte de árvores que estão atingindo a fiação elétrica, gerando o risco de incêndios, árvores que estão mortas com risco de cair no patrimônio, em carros e pessoas ou então a árvores que precisam ser cortadas por conta de obras e questões de acessibilidade.
Depois da autorização da Fepam, a demanda é passada para o setor de paisagismo que executa o corte na presença do responsável técnico. Reck ainda complementa que uma exigência da Fepam é que, a cada árvore nativa cortada, o setor tem que recompor com 15 novas árvores e monitorá-las por 4 anos. Neste processo é elaborado um documento de Reposição Florestal Obrigatória expondo quais são as espécies das árvores que serão plantadas para a reposição e onde vão ser plantadas.
O corte da árvore localizada na frente do prédio 26B do Centro de Ciências da Saúde no dia 30 de agosto de 2023 foi solicitado pelo Setor de Elétrica da UFSM. De acordo com Reck o pedido foi realizado, pois a árvore estava atingindo a fiação do local, colocando em risco a equipe que realiza a manutenção da rede. Após a solicitação, foi realizada uma vistoria onde ficou constatado que a árvore não estava mais em estado fitossanitário adequado, sendo então necessário o seu corte. A árvore em questão tratava-se de uma canafístula bifurcada de grande porte e por conta do corte será realizada uma compensação ambiental com o plantio de 30 novos exemplares, que serão monitorados pelos próximos quatro anos.
Isadora Juliatto Piovesan – bolsista de jornalismo da Subdivisão de Comunicação do CCS
