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20.08.2020
Por que tudo isso…? (Parte 9, da Saudade II!)
“A saudade que dói mais fundo e irremediavelmente é a saudade que temos de nós.” Mario Quintana
Madjiguene Rodrigues Rangel – Acadêmica do Curso de Pedagogia Diurno e membro GeoIntegra/CNPq/UFSM
Início este relato com uma saudade da vida universitária que mal havia se iniciado. A empolgação das primeiras semanas, a timidez que me percorria, a aflição e expectativa pela mudança de cidade e, confesso, uma saudade imensa da família.
Hoje, após cinco meses de isolamento social, posso dizer que a minha maior vontade era de retornar ao início do ano, à descoberta da aprovação pelo SISU (Sistema de Seleção Unificada), às saídas com novos amigos da faculdade, o caminhar pelo Campus, os domingos de mateada no bosque, em pleno verão, os seminários que possibilitaram tantas aprendizagens… Algo que para uma caloura foi inesquecível, até começar a pandemia!
Há dois meses ainda acreditava que, mesmo com todos problemas que se agravaram durante a pandemia, tudo seria mais valorizado pela sociedade. As pessoas se tornariam mais empáticas, generosas e sábias, apesar dos momentos difíceis. Infelizmente, a minha opinião já não é a mesma. Casos de preconceitos estão sendo cometidos e expostos diariamente, criança violentada sendo chamada de “assassina” e sua identidade exposta nas redes sociais enquanto o estuprador permanece foragido e os números de mortes pela COVID-19 estrondosamente aumentados a cada dia.
Ainda assim, tento permanecer otimista e espero que esse tempo que ainda nos resta em isolamento social, faça com que todos (re)pensem atitudes e ações e que a sociedade possa se tornar mais humana! E para aqueles que já são, tudo isso vai passar logo. Cuidem-se!