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Cine COP30 reúne mais de 160 pessoas em manhã de cinema e debate em Santa Maria

O Cine COP30 foi promovido pelo projeto de extensão Paralelo 33, do curso de Relações Internacionais da UFSM



Reportagem e redação: Alexandre La Bella e Luísa Soccal

Fotos: Paralelo 33

O Cine COP30, promovido pelo projeto de extensão Paralelo 33, do curso de Relações Internacionais da UFSM, levou mais de 160 pessoas ao Cinépolis do Shopping Praça Nova, em Santa Maria, na manhã de sábado, 18 de outubro. O evento, reconhecido como diálogo autogestionado da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), exibiu o filme ‘Iracema: uma Transa amazônica’, em cópia remasterizada em 4K, seguido de um debate interdisciplinar sobre os impactos sociais e ambientais retratados na obra.

Sobre o que trata o filme Iracema: uma Transa Amazônica?

O filme Iracema: Uma Transa Amazônica (1975), dirigido por Jorge Bodanzky e Orlando Senna, é uma alegoria crítica sobre o período da ditadura militar no Brasil. O enredo principal acompanha o encontro entre uma jovem indígena (Edna de Cássia) e prostituta chamada Iracema e um caminhoneiro sulista, apelidado de “Tião Brasil Grande” (Paulo César Peréio).

A narrativa contrasta a propaganda oficial do governo militar, que promovia a construção da rodovia Transamazônica como um símbolo de progresso e desenvolvimento, com a dura realidade de exploração e degradação da Amazônia. A produção está disponível gratuitamente no Youtube.

Segundo o coordenador do projeto, Cauê Queiroz Santos, o público superou as expectativas, especialmente considerando o horário e o local da sessão. “Foi surpreendente ver tanta gente, e, mais ainda, ver o público permanecendo até o final do debate. Tivemos cerca de 167 pessoas, e muita gente se emocionou com o filme. Isso mostra que o alcance que a gente queria foi atingido”, destacou.

O debate contou com a participação das professoras Francielle Tybush (Direito), Nathaly Tissot (Meteorologia) e do professor Gilvan Dockhorn (História e Turismo). A conversa, segundo Cauê, fluiu de forma espontânea, unindo diferentes perspectivas sobre as conexões entre o cinema, o meio ambiente e a sociedade. 

Para o coordenador, um dos pontos centrais da atividade foi mostrar que a discussão climática vai além das florestas e dos ecossistemas. “A COP não deve tratar apenas de árvores e rios. É preciso pensar nas consequências humanas das mudanças ambientais, nas populações que ficam à margem e sofrem com o que chamamos de progresso. Iracema mostra isso e ainda é um retrato atual”, completou.

O evento também simboliza uma conquista coletiva para o curso e para a Universidade. A organização envolveu 37 integrantes, entre estudantes, docentes e colaboradores de outros espaços, como o Diretório Acadêmico de Relações Internacionais, o Diretório Central dos Estudantes da UFSM, o Cineclube da Boca e a Pró-Reitoria de Extensão da UFSM. Cauê destaca o evento como uma vitória da extensão universitária: “Acho que foi uma vitória da extensão, foi uma vitória do curso, foi uma vitória do paralelo, dos outros projetos, e uma vitória da UFSM. Não é fácil juntar mais de 150 pessoas num sábado de manhã, fora do centro da cidade.”

A repercussão positiva gerou o desejo de transformar a iniciativa em tradição. O grupo planeja manter o formato de cine-debates anuais e, futuramente, ampliar as parcerias com outros cursos e instituições. Além disso, todo o material em vídeo e áudio produzido durante o Cine COP30 será enviado à organização da COP30, com expectativa de exibição durante a conferência em Belém (PA).

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