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Juventude e comunicação climática: PET Educom reflete sobre a COP 30 e o papel das universidades no debate ambiental

Grupo do campus da UFSM em Frederico Westphalen aposta na educomunicação para aproximar o público jovem dos desafios das mudanças climáticas e da COP 30, que será realizada em Belém (PA).



Reportagem e redação: Marina Brignol De Lllano Einhardt e Marina Ferreira dos Santos

A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30) será realizada em novembro de 2025, em Belém, e marca a primeira vez que o Brasil sediará o evento. A expectativa é que o país assuma um papel de protagonismo nos debates ambientais globais. Nesse contexto, o PET Educom Clima, vinculado ao curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), campus de Frederico Westphalen, tem se destacado por promover ações de comunicação e educação ambiental com foco na juventude, como o podcast Vozes na COP, a oficina Brasil em Chamas e o projeto De Olho na COP, em parceria com o Laboratório de Comunicação Climática da UFRGS.

O Jornal Bergamota conversou com Cláudia Moraes, tutora do PET Educom Clima, e com os bolsistas Franchesco de Oliveira y Castro e Raquel Teixeira sobre as iniciativas do grupo e as expectativas para a COP 30.

C: Cláudia 

F: Franchesco

R: Raquel

BERGMOTA – A COP 30 será a primeira realizada no Brasil e na Amazônia. Na perspectiva de vocês, qual é o significado simbólico e político de Belém sediar esse evento?

C: Belém ser a sede da COP é muito relevante porque a Amazônia acaba sendo evidenciada. Ela é uma fonte muito grande de riqueza para os ecossistemas no Brasil e no mundo, para a regulação do clima. Quando foi proposta para sediar, foi nesse sentido: fazer o mundo prestar atenção no que acontece na Amazônia. Facilita também a participação de mais pessoas da região, povos da floresta, estados próximos e de outros lugares do Brasil e da América Latina. Há um deslocamento do eixo político das COPs anteriores, mais voltadas ao norte, para o sul global. Ser na Amazônia também significa valorizar a cultura local. Apesar das dificuldades, como infraestrutura e altos custos de hospedagem, ainda é um momento muito importante. Vários grupos estão se organizando para fazer alojamento solidário e incluir mais pessoas. Ativistas, socioambientalistas, indígenas, estudantes e juventude também se articulam e buscam editais de financiamento. Há uma mobilização grande no Brasil. Esse debate mais próximo pauta a mídia, que agora tem dado mais espaço para o tema climático do que em outras edições, como a COP 29 em Dubai. A preparação da COP no Brasil chamou atenção para a crise climática e impulsionou projetos de formação e interesse sobre o tema. Para nós, do Educom Clima, isso é muito importante, porque estamos alinhados com esse momento especial.

F: A COP ser no Brasil é muito importante para os povos indígenas, quilombolas e das periferias, que são os mais atingidos pelas mudanças climáticas. Eles precisam de acesso à informação e à participação, porque não adianta o evento ser só para governantes. É fundamental a presença desses povos. Ainda há muita gente que não conhece a COP, por isso é importante divulgar. Logo vamos começar nossa cobertura, de Frederico mesmo, para disseminar informação e mostrar a importância da COP no Brasil.

BERGMOTA – Que tipo de responsabilidade esse protagonismo traz para o país e também para a comunicação sobre discussões climáticas?

R: A comunicação, por ser uma cobertura no nosso país, tem que mostrar o que está acontecendo — não só os pontos positivos, mas também os negativos, como o alto custo das hospedagens. Mesmo com soluções como a aldeia indígena da COP, é importante garantir acessibilidade para representantes de outros países. A comunicação precisa enfatizar os principais debates, porque muita gente não sabe o que é a COP ou quais temas serão discutidos. Esse é um dos papéis do PET: apresentar os tópicos, seja de forma descontraída ou séria. Criamos o podcast Vozes na COP, com cinco episódios sobre os principais pontos do evento, com entrevistas de representantes. A comunicação tem que estar presente antes, durante e depois, porque não adianta falar muito na hora e as medidas não serem realizadas depois.

F: Exatamente. Vivemos momentos complicados por causa da desinformação, e temos o papel de levar informação real e checada. Vamos fazer essa cobertura e tornar o conteúdo acessível, com resumos e explicações sobre os temas debatidos. O papel da comunicação na COP 30 é mostrar que a verdade é maior que a desinformação.

C: Um ponto importante é a realização da Cúpula dos Povos, como houve na Rio-92, reunindo pessoas fora da conferência, que é voltada à negociação entre governos. Belém será importante também por isso. Fizemos o podcast, matérias no site do PET e temos parceria com o Observatório de Jornalismo Ambiental e o Laboratório de Comunicação Climática da UFRGS, com o projeto De Olho na COP, em que quinzenalmente analisamos a cobertura da imprensa. Produzimos textos, combatemos desinformação e fazemos análise crítica. Isso nos permite perceber os limites da comunicação. Já abordamos temas como agricultura familiar e América Latina, muitas vezes esquecidos. Participamos também da Rede de Parceiros pela Integridade da Informação sobre a Mudança do Clima integra o Capítulo Brasileiro da Iniciativa Global para a Integridade da Informação sobre a Mudança do Clima, lançada pelo Brasil, pela ONU e pela UNESCO na Cúpula do G20, em 19 de novembro de 2024. Além disso, atuamos localmente com educomunicação em escolas. A comunicação, para nós, está em vários locais — produção, observação e crítica de mídia, e educação.

Integrantes do PET em atuação nas escolas de Frederico Westphalen - PET Educom Clima/Divulgação
Integrantes do PET em atuação nas escolas de Frederico Westphalen - PET Educom Clima/Divulgação

BERGMOTA – Como vocês avaliam a cobertura jornalística e midiática que vem sendo feita até agora sobre a COP 30?

C: No De Olho na COP, a cada quinze dias fazemos uma análise de mídia junto com o Laboratório de Comunicação Climática da UFRGS. Nos recortes que fizemos, tratamos de temas como soberania alimentar, agricultura familiar e América Latina. O grupo observa limites na cobertura, que ainda foca muito em economia e política, deixando de lado grupos vulnerabilizados e questões sociais. Mesmo assim, há uma movimentação positiva, com destaque para mídias independentes e locais da Amazônia, que estão formando jornalistas para cobrir a COP. É um momento importante de qualificação da mídia. Historicamente, a cobertura sobre mudanças climáticas dá ênfase a eventos extremos ou conferências internacionais. Agora, por ser no Brasil, vemos mais espaço para o tema, com inclusão de pautas sobre povos indígenas e participação social. A expectativa é de uma cobertura melhor do que a da COP 29.

BERGMOTA – No De Olho na COP, vocês analisam como a mídia cobre o evento. O que já foi possível perceber sobre os enquadramentos e as ausências nas notícias?

C: A cada quinzena, uma dupla ou trio analisa o noticiário, observando o que está em destaque ou ausente, conforme nossos interesses de pesquisa — América Latina, agricultura familiar e cobertura indígena. Essas análises se conectam aos nossos estudos, unindo extensão e pesquisa. O grupo da UFRGS trabalha mais com desastres, e fazemos um rodízio de temas conforme o que está em pauta. Podemos analisar desde a grande mídia, como G1 e Globo, até mídias independentes e comunicação indígena. Cada recorte é diferente, e ao final pretendemos reunir todas as análises para observar tendências. Começamos em maio, demos uma pausa em agosto e retomamos em outubro. Depois da COP, faremos uma análise geral dos resultados.

R: Mesmo com o foco agora na COP, a gente fala sobre mudanças climáticas o ano todo. Temos o Clima em Pauta, com notícias semanais sobre meio ambiente, além das reportagens e textos. A última que fiz foi sobre a “PL da Devastação”. Nosso objetivo é manter o debate climático presente mesmo quando o tema não está em alta.

BERGMOTA – A Raquel chegou a mencionar o Vozes na COP, mas como surgiu a ideia do podcast e do que trataram nos cinco episódios?

F: O Vozes na COP surgiu da nossa vontade de fazer uma cobertura e levar informação sobre os temas debatidos na conferência. Planejamos desde o semestre passado e criamos uma planilha com os assuntos mais relevantes. O objetivo era levar informação rápida — episódios de 10 a 15 minutos.

O primeiro episódio foi Por uma ação climática baseada na cultura, sobre como a cultura influencia as mudanças climáticas. O segundo, Futuro Ancestral, abordou a luta indígena, com participação da liderança Daniela Kaingang, que estará na COP. O terceiro tratou da Justiça Climática e a importância de proteger quem é mais afetado. O quarto falou sobre Integridade da Informação, tema central da COP, debatendo desinformação e comunicação verdadeira. O quinto recapitulou os temas e encerrou com entrevista sobre liderança jovem e educomunicação. Recebemos muitos retornos positivos — as pessoas pediram mais episódios. A experiência foi muito bacana, de pesquisa, gravação e aprendizado coletivo.

BERGMOTA – Agora que estamos mais próximos da COP 30, vocês acham que os debates climáticos estão chegando, de fato, às pessoas fora dos grandes centros e universidades?

C: É uma questão difícil. Vivemos muito nas nossas bolhas e convivemos com pessoas que falam sobre clima o tempo todo, o que dá a impressão de que todos estão informados. Os petianos podem falar melhor sobre isso, com base nas experiências nas escolas, nas oficinas de educomunicação que fazemos desde o ano passado. Pesquisas mostram que a população brasileira está mais preocupada em entender mais sobre mudanças climáticas, mas isso ainda não se reflete em decisões políticas. As pessoas percebem os desastres, mas não os relacionam com responsabilidade política ou propostas de adaptação climática.

R: O que mais me impressiona positivamente é ver que, nas escolas, os alunos conhecem temas como a Agenda 2030. Quando eu estudava, não sabia o que era. Eles se interessam muito, principalmente depois das enchentes em Porto Alegre em 2024. Quando falamos sobre queimadas, nem tanto, mas ao abordar as enchentes, eles reagem, prestam atenção. Em uma oficina recente, explicamos o que é a COP e pedimos que criassem propostas e cartazes com colagens. Mesmo sem acesso ao celular, os trabalhos foram muito pertinentes. Isso mostra que, mesmo fora das grandes mídias, as escolas estão tratando o tema.

F: Concordo com a Raquel. Desde o ano passado trabalhamos o tema das queimadas nas escolas, levando dados e imagens. As escolas estão falando mais sobre mudanças climáticas, Agenda 2030 e o papel humano no meio ambiente. É muito bacana ver o interesse dos alunos — eles prestam atenção, participam e têm consciência. Quando eu estava na escola, isso não era debatido. Hoje, o tema está mais presente. Nas escolas e na universidade, percebemos que, desde que o grupo começou a falar mais sobre clima e educomunicação, as pessoas estão mais informadas. Aqui em Frederico, o público acompanha nossas redes, participa das atividades e palestras. Isso mostra que o debate cresceu muito e que estamos conseguindo levar informação e gerar reflexão.

Franchesco e Raquel ministrando palestra sobre a COP30 - PET Educom Clima/Divulgação

BERGAMOTA – Como nasceu o PET Educom Clima e qual é o principal propósito do grupo?

C: O PET surgiu aqui na universidade a partir da nossa atuação com meio ambiente e educação, que já acontece há muito tempo. Temos a disciplina de Educação, que em 2024 teve experiências relatadas pelos alunos, e muitos deles acabaram vindo para o PET. Eu trabalho com educomunicação em extensão desde 2007 e com questões ambientais em pesquisa desde 2008. Unimos essas áreas para uma chamada de grupos PET do MEC, no eixo de Integridade da Informação, que trata de desinformação e pós-verdade. Um dos caminhos para enfrentar a desinformação é o jornalismo e a checagem de fatos, outro é a educação midiática.

Nosso foco é a prevenção da desinformação sobre mudanças climáticas e a educomunicação socioambiental, especialmente nas escolas da região. Temos projetos como o Clima em Pauta, com vídeos semanais sobre notícias ambientais, e matérias quinzenais — reportagens, artigos e crônicas, como a que a Raquel escreveu sobre as enchentes. O grupo foi criado em 2024, com resultado em novembro e início em 1º de dezembro, data em que completaremos um ano. Integramos a Rede de Integridade da Informação sobre Mudança do Clima, com dez PETs no Brasil — o nosso é o único do Sul. Já participamos de um encontro nacional onde cada PET apresentou seus projetos. Nosso objetivo é melhorar a formação nos cursos de Jornalismo e Relações Públicas, promovendo reflexão sobre meio ambiente e educomunicação. O PET une ensino, pesquisa e extensão: sempre há algo acontecendo — eventos, redes sociais, oficinas, publicações. Os petianos têm muita iniciativa: o planejamento anual foi feito em dezembro de 2024, prevendo mídias sonoras, Instagram e YouTube. Muitos projetos já estão em execução, e temos recebido retornos positivos. Coincidiu de ser o ano em que o Brasil voltou a falar fortemente de meio ambiente, e isso deu ainda mais destaque ao grupo.

F: Quando entrei na faculdade, tive logo a disciplina Comunicação, Cidadania e Ambiente, com a professora Cláudia, o que já nos aproxima da comunicação ambiental. Depois cursei Educação, na qual aprendemos sobre comunicação climática e educomunicação, com base em Paulo Freire e sua educação crítica. Isso despertou meu interesse. Quando saiu o edital do PET, eu pensei: “Preciso me inscrever”. Sempre gostei de temas sociopolíticos e vi ali uma oportunidade de aplicar o que aprendia no curso. 

Desde dezembro do ano passado, estamos sempre produzindo e aprendendo. Participar do PET é muito enriquecedor: conhecemos pessoas, apresentamos resultados em eventos, recebemos ótimos retornos. Essa experiência me influenciou até no TCC — estou pesquisando sobre povos indígenas e discursos de invisibilidade na mídia, tema que o PET me inspirou.

R: Desde que ouvi falar que teria um PET de Comunicação, já tive interesse, porque os PETs aqui no campus, principalmente da Engenharia Florestal, são muito presentes. Quando saiu o edital, coincidiu com a disciplina de educomunicação, e foi perfeito para continuar as atividades de pesquisa e extensão.

O PET me ensinou muito sobre convivência, troca e aprendizado. Com ele, entendi que extensão não é ensinar, mas trocar saberes. Aprendo muito mais do que ensino, em todos os encontros. Também pude aplicar o que aprendemos na faculdade, com liberdade para propor pautas e projetos.

O Vozes na COP foi um exemplo — editar, apresentar e produzir o podcast trouxe muita experiência. O estudo das mudanças climáticas mudou completamente minha forma de ver o mundo. Hoje, penso nas implicações ambientais de tudo.

Também trabalhamos com a Reserva Indígena Guarita, a maior do RS, e tivemos experiências únicas graças ao PET e à professora Cláudia.

F: Complementando, foi incrível participar da festa do Dia dos Povos Indígenas na Terra Indígena Guarita, onde conhecemos e entrevistamos a ministra Sonia Guajajara. As oportunidades que o PET proporciona são enormes.

Outra coisa que aprendemos é que não estamos ali para “dar voz” a ninguém — todos já têm voz. Nosso papel é abrir espaço para que essas vozes sejam ouvidas. Isso é muito significativo.

BERGAMOTA – Qual é o papel da juventude nas discussões sobre clima e justiça ambiental?

F: É fundamental. Como jovens comunicadores, temos o papel de levar informação e sermos críticos. Na faculdade, aprendemos isso e aplicamos no dia a dia. Na minha família, percebo que eles confiam muito em mim para se informar, e isso mostra a importância de sermos comunicadores responsáveis.

Vivemos tempos de desinformação e negacionismo, e agora temos a chance de mudar isso. Nós somos o futuro da comunicação.

R: Esse foi, inclusive, um tema do nosso podcast — Vozes da Juventude. Acredito que os jovens devem estar no centro das discussões, porque somos nós que viveremos as consequências do que está sendo decidido agora. Figuras como Greta Thunberg inspiram por mostrar coragem e protagonismo. No PET, sempre trabalhamos com juventudes — nas escolas, na universidade, nos projetos.

Mostramos imagens, debatemos, provocamos reflexão. E isso nos torna mais críticos: hoje, por exemplo, não consigo votar em alguém que não tenha a pauta climática como prioridade. Falar sobre meio ambiente é falar sobre política, e a juventude precisa se posicionar. Mesmo que não sejamos nós que tomamos as decisões hoje, seremos os mais afetados por elas.

F: Complementando, é muito bom ver os jovens ocupando espaços. Estamos sendo protagonistas — trabalhando em mídias independentes, assumindo cargos, trazendo novas ideias. Antes esses espaços eram dominados por pessoas mais velhas; agora é a nossa vez.

Alunos realizam atividades sobre educomunicação - PET Educom Clima/Divulgação
Alunos realizam atividades sobre educomunicação - PET Educom Clima/Divulgação
Alunos realizam atividades sobre educomunicação - PET Educom Clima/Divulgação

BERGAMOTA – Vocês pretendem realizar alguma ação especial ou cobertura durante a COP 30?

C: Sim, estamos finalizando o planejamento. A maioria das atividades da COP será transmitida, e pretendemos acompanhar canais especializados como O Eco, Amazônia Real, InfoAmazônia e Envolverde.

F: Também estamos articulando parcerias, como com a educomunicadora Maria Clara, de Belém, que o Francesco entrevistou para uma reportagem sobre ativismo jovem na Amazônia. Ela participará da nossa cobertura, enviando relatos e vídeos.

Vamos divulgar lives, transmissões e boletins, adaptando o Clima em Pauta para cobrir os principais assuntos das duas semanas da COP. Queremos mostrar o que está sendo discutido, quais avanços e mudanças estão ocorrendo, tanto para o público local quanto para Santa Maria, onde também participaremos da COP UFSM.

A Maria Clara vai enviar vídeos diretamente de Belém, mostrando como está a preparação. Nossa cobertura será informativa e colaborativa, divulgando o que acontece lá e aqui.

BERGAMOTA – De que forma o PET pretende se conectar com a COP UFSM?

C: Inscrevemos as atividades do PET na COP UFSM, organizada pela Pró-Reitoria de Extensão (PRE). Nela, vamos trabalhar a educomunicação, Agenda 2030 e clima com as turmas da disciplina Comunicação, Cidadania e Ambiente.

Durante a semana da COP, realizaremos um evento para apresentar as matérias e discutir jornalismo ambiental. Também vamos levar às escolas o tema da COP, conectando com o bioma Pampa — o mais degradado do Sul.

Criamos um mini-guia impresso sobre desinformação e o Pampa, que será distribuído nas escolas com apoio da COP UFSM. Queremos mostrar como as discussões globais se conectam com a nossa realidade local.

Além disso, temos parceria com o Observatório do Clima, integrando a Estação da COP, que fornece materiais e propostas para atividades educativas. A agenda está cheia, vamos trabalhar muito até lá!

F: O Observatório do Clima nos enviou uma caixa com guias e figurinhas interativas, que usamos nas escolas. É um material ótimo para trabalhar o tema de forma lúdica. Vamos continuar usando esses recursos, junto com o folder sobre educomunicação e o Pampa, em nossas ações durante a COP UFSM.

BERGAMOTA – Que mensagem vocês gostariam de deixar para quem vai acompanhar o evento de longe, mas quer se engajar nas causas climáticas?

F: Estamos cada vez mais online e temos o poder de escolher o que consumir. Por isso, é essencial buscar informação verdadeira, acompanhar veículos sérios e compartilhar conteúdos confiáveis. Acompanhar o PET Educom Clima também, claro.

C: Complementando, acreditamos que informação de qualidade é o que leva a decisões melhores para o futuro do planeta — ou melhor, da humanidade.

Nem todos podem estar em Belém, mas a tecnologia permite acompanhar os debates online e se engajar. Nosso grupo está há quase um ano se preparando para a COP, e queremos que mais pessoas acompanhem, mandem sugestões e participem.

Trabalhamos em parceria com a Licenciatura Intercultural Indígena e com outros grupos, e seguimos abertos a novas colaborações.

R: E para reforçar — sigam o PET! (risos)

Antes de participar, eu não conhecia nenhum perfil que reunisse tantos conteúdos diferentes sobre mudanças climáticas. Falamos de tudo: desde temas atuais até contextos históricos e sociopolíticos. É um ótimo ponto de partida para quem quer se informar e se engajar.

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