Ir para o conteúdo O QI Ir para o menu O QI Ir para a busca no site O QI Ir para o rodapé O QI
  • International
  • Acessibilidade
  • Sítios da UFSM
  • Área restrita

Aviso de Conectividade Saber Mais

Início do conteúdo

#SouPE – 15 anos

Com Maurício Fanfa!



Celebrar quinze anos do Curso de Produção Editorial da UFSM é revistar trajetórias e reformas, entender como um sonho de 1973 se converteu num laboratório de inovações. Para aprofundar essa história, convidamos um de nossos egressos, Mauricio Fanfa — hoje professor do curso — a refletir sobre o papel do editor na era digital, a urgência de pensar a comunicação como produto e a potência do experimento acadêmico. O que se segue é um recorte de sua entrevista, traduzido em um texto que pulsa o passado e o porvir.


Desde a origem de qualquer objeto editorial, segundo nosso entrevistado, paira a ideia de produto: “as coisas existem em certo sentido para sem finalizadas, construídas como algo que vai encontrar um público leitor”. Mas o alcance desse raciocínio vai longe nas páginas impressas. “É quase como se todos os fenômenos comunicacionais tivessem essa ideia de serem pensados como um objeto editorial”, ele explica, lembrando que o algoritmo de indicação de conteúdo nas redes sociais cumpre a função de um editor: “ele escolhe o que a gente vai ler, ele tem mais ou menos cuidado com aquilo que vai circular num determinado grupo de pessoas”.
Na visão de Maurício Fanfa, a comunicação digital simplesmente expande o campo editorial. Selecionar, pautar, editar: essas não são práticas restritas a livros ou revistas, “são elementos da produção editorial automatizáveis de maneira até fácil”. E fica o alerta: “precisamos estar presentes nesses processos, não só construindo essas tecnologias, mas decidindo como e quando vamos usá-las”. Este é um convite para que profissionais e estudantes assumam o protagonismo no design de algoritmos e plataformas, garantindo que a curadoria (ora humana, ora híbrida) preserve sentido, ética e qualidade.
O setor editorial, ele recorda, está em transformação contínua, “antes de entrar na graduação, eu percebi que esse era um dos setores mais antigos de comunicação em massa, mas também um dos que mais passava por mudanças profundas.” Formato .epub, redes de distribuição online, impressões sob demanda, tudo reflete um momento de oportunidade: “há 10, 15 anos, sabíamos que o .epub seria relevante; hoje, entendemos sua importância”. E o que faz do #SouPE um espaço singular? “Fazer uma revista de maneira experimental envolve investigar novas formas, maneiras ousadas e criativas de construir objetos editoriais. No mercado, costuma-se repetir a mesma fórmula; na OQI, testamos o inédito.”
Esse ethos camaleônico, ou seja, a liberdade de reinventar processos, experimentar tipografias não convencionais, integrar textos, imagens e audiovisual, forma a essência de quinze anos de curso. A experimentação, ele conclui, não é adorno acadêmico, mas alicerce de um conhecimento vivo: “Participar dessa transformação, não apenas como profissional, mas como cidadão, é sempre muito interessante.” 

Divulgue este conteúdo:
https://ufsm.br/r-830-896

Publicações Recentes