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“Eu só quero alguém que me escute”, programa Era Rede Que Me Faltava oferece rede de apoio a mulheres

Hoje, 125 mulheres participam do grupo coordenado pela professora do curso de Administração, Márcia Maggioni.



O programa Era Rede Que Me Faltava oferece encontros, rodas de conversa e palestras como forma de criar uma rede de apoio a mulheres em Santa Maria. O Rede foi criado em agosto de 2022, como um empreendimento privado de Márcia Maggioni e Aline Stangherlin Silva. O programa começou a ser  parte da extensão da UFSM em abril deste ano, quando Márcia se tornou professora do curso de Administração, do Centro de Ciências Sociais e Humanas. As ações do Rede oferecem espaços de fala e escuta, para incentivar mais autonomia, qualidade de vida e permanência no trabalho às 125 mulheres participantes.  “Nós [mulheres] não temos esses espaços e, onde temos, sentimos um certo julgamento. Então nós entendemos que precisávamos criar um espaço seguro”, relata a coordenadora do programa, Márcia Maggioni.

O programa engloba mais dois projetos de extensão, o Era Rede Que Me Faltava nos Múltiplos Papéis e no Empreendedorismo Feminino, que oferecem ações mensais e bimestrais. Todas as 125 mulheres que fazem parte da Rede podem participar das 6 ações oferecidas pelo programa. Duas ações são organizadas mensalmente, o Happy da Rede e o Rede Talks, e as outras quatro, Crescendo com a Rede, Empreende e Mostra, De Papo com a Rede e o Evento de Ingresso, são intercaladas bimestralmente, acontecendo duas a cada mês. Além da coordenação de Márcia e Aline, o programa também é organizado por estudantes de graduação dos cursos de Administração e Comunicação Social e de pós-graduação em Administração, Letras e Filosofia. 

A coordenadora do projeto, Márcia Maggioni, conta que o Rede surgiu da necessidade de oferecer um espaço de apoio para todas as mulheres. Ela explica que, mesmo com os avanços das últimas décadas, certos obstáculos continuam no caminho feminino. “A gente continua vendo mulheres sendo demitidas depois da licença maternidade, se questionando se vão ter problemas ao engravidar… Fora toda a questão cultural de que ‘mulher vai dar problema’ de alguma maneira. E a gente tá trabalhando para dar esse suporte, esse amparo, e aprender. Aprender que mulher pode sim se apoiar, que a gente não tem que competir, que pode confiar sim”, conta Márcia. 

Tecendo a Rede

Márcia Maggioni e Aline Stangherlin em evento no Espaço da UFSM no Shopping Praça Nova

Márcia Maggioni e Aline Stangherlin criaram o Era Rede Que Me Faltava em agosto de 2022, como um negócio privado, cuja criação foi instigada pela tese de doutorado de Márcia. A ideia surgiu a partir de sua pesquisa sobre a estratégia de autoliderança e mulheres profissionais pós-maternidade. Durante as entrevistas para elaboração da tese, Márcia ouviu muito sobre a importância da rede de apoio para as mulheres poderem “dar conta de tudo” no trabalho e em casa. Então, durante a sua defesa de doutorado, foi questionada por um dos professores da banca sobre o que faria com os resultados encontrados. Márcia ainda não sabia o que fazer e resolveu engavetar a pesquisa até chegar o momento certo.

A ideia que deu origem ao Era Rede Que Me Faltava só veio algum tempo depois, em agosto de 2022, quando Márcia foi convidada a apresentar o seu trabalho em uma disciplina do curso de Administração da UFSM. Ao preparar a apresentação, ela voltou a lembrar do questionamento do professor e começou a pensar no que faria, até que surgiu a ideia de criar a Rede. No início, Márcia propôs a criação de um grupo de mulheres empreendedoras, com encontros e rodas de conversas trimestrais, para que elas pudessem mostrar os seus negócios e crescer juntas. Ela enviou essa ideia para sua amiga e colega Aline Stangherlin, que prontamente embarcou na aventura. Juntas, elas organizam o primeiro evento do Era Rede Que Me Faltava em agosto, com ingressos pagos, coffee break e lembrancinhas para as participantes. 

Já no primeiro encontro, 35 mulheres compareceram e imediatamente pediram para que o evento fosse organizado mensalmente. “A gente fazia assim, chamava pessoas de fora para patrocinar o coffee break, outras para apoiar com o brinde. E com o dinheiro do ingresso a gente pagava o espaço do evento”, relatou Márcia. Desde o início, elas formaram um grupo no WhatsApp com as participantes, que até hoje se mantém como o principal canal de contato entre as mulheres da Rede. Em novembro, Márcia e Aline organizaram um evento especial, em alusão ao mês do Empreendedorismo Feminino, e assim surgiu mais uma ação do projeto. A Rede foi crescendo exponencialmente, até chegar a 120 mulheres participantes. 

Em abril deste ano, Márcia Maggioni foi nomeada em um concurso público e tornou-se professora do curso de Administração, no Centro de Ciências Sociais e Humanas. Ao entrar na universidade, decidiu tornar seu negócio parte da extensão da UFSM, para impactar um público ainda maior. Aline também continua coordenando o projeto, agora como extensionista externa. Márcia explica que “Hoje ele [o programa] está sendo coordenado por mim, porque tenho esse peso institucional, mas ele foi criado por nós duas. Não era um trabalho que desse pra seguir sozinha, sabe?”. 

Quando o Rede se tornou parte da extensão universitária, algumas das participantes decidiram sair do projeto, mas 80 continuaram. As ações passaram a ser gratuitas, mas agora não contavam mais com o coffee break e as lembrancinhas entregues pela organização. “Mas ficou muito mais fácil, porque dentro da universidade a gente tem espaço, muita estrutura. A gente tem um potencial muito maior para atender mais mulheres”, explica a coordenadora. Hoje, 90% das mulheres que participam da Rede são empreendedoras. Porém, com a inserção do projeto na universidade, Márcia espera atingir outros públicos, pois entende que o programa é importante para todas.

Ações do Rede

Hoje o projeto conta com seis ações principais. São dois eventos que acontecem mensalmente, o Happy na Rede, onde as mulheres são convidadas para saírem para conversar, desabafar e relaxar, e o Rede Talks, uma roda de conversa que pode ser organizada de forma online ou presencialmente. 

Os outros quatro eventos são intercalados bimestralmente, sendo dois em cada mês. O Crescendo com a Rede é um evento online, onde duas ou três profissionais de uma área são convidadas para fazer uma palestra temática para as mulheres da Rede interessadas em participar. No evento Empreende e Mostra, as participantes são convidadas a mostrar e divulgar seus produtos e serviços. Neste sábado (23), o evento acontecerá no Okay Café de Camobi, das 15h às 18h e é aberto a toda a comunidade.

O De Papo com a Rede é uma ação onde  levanta-se uma temática específica para ser discutida com o grupo, com a mediação de um profissional da área. Também é realizado um Evento de Ingresso, quase exclusivo para as novas integrantes, onde Márcia e Aline apresentam o programa, a Rede de Apoio e contam histórias pessoais. O próximo Evento de Ingresso está marcado para o dia 05/10. Interessadas em se tornar novas integrantes do programa devem se inscrever no evento. Todas as informações serão divulgadas através das redes do programa.

O principal contato entre as mulheres da Rede é feito através de grupos do WhatsApp. No grupo oficial, com todas as mulheres da Rede, Márcia e Aline publicam as principais informações e o cronograma com as datas dos eventos. Já no grupo secundário, o “Agitos”, as participantes têm a liberdade para entrar apenas se quiserem, e lá elas podem publicar e conversar à vontade. “É o grupo da bagunça, vale tudo. Lá tem brincadeira, meme, figurinha, mas também tem muito assunto sério. É um grupo que não para, é onde a gente socorre alguém, onde pede ajuda”, explica Márcia. 

Interessados em conhecer mais sobre o programa podem entrar no site do Rede, www.ufsm.br/projetos/extensao/era-rede-que-me-faltava, ou no perfil do Rede no Instagram: @eraredequemefaltava.  Para outras informações, você pode entrar em contato com a organização através do e-mail eraredequemefaltava@ufsm.br. Participantes da comunidade universitária que tem interesse em contribuir com o Era Rede Que Me Faltava também podem entrar em contato pelo e-mail.


Texto por: Luísa Monteiro

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