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Município de Silveira Martins

Com o objetivo de ensinar às crianças e jovens sobre o patrimônio local/regional, o município de Silveira Martins desenvolve atividades escolares, que partem da valorização e conhecimento sobre a sua história, sua cultura, seu meio ambiente. Assim, se  soma  estas atividades  ao Projeto de Extensão da UFSM/PRE/CCSH Educação Patrimonial em Tempo de Pandemia – Atividades Junto as Escolas neste Período de Pandemia vinculadas ao Projeto Institucional Geoparque Quarta Colônia.

Escolas que participaram do projeto:  Escola Municipal de Ensino Fundamental João Frederico Savegnago

Para saber mais, acesse o site da Prefeitura clicando aqui

Acesse a carta da Secretária de Educação do município, clicando aqui

Trabalhos produzidos na Escola Municipal João Frederico Savegnago

ATIVIDADES DE PRESERAR A MEMÓRIA DO PRESENTE – VIVÊNCIAS NA PANDEMIA

Dentre as atividades realizadas com os alunos da Educação Infantil e Anos Iniciais, da Escola João Frederico Savegnago, na temática de preservar a memória do período de isolamento social na pandemia, foram escolhidas duas: a da Turma do Pré A ao 5º Ano, em que foi realizado a confecção da Caixinha de Lembranças, onde além de decorarem uma caixinha, ali depositaram papeis com os seus registros escritos ou desenhados do ocorrido no dia. A outra atividade, na Turma 1º Ano foi produzido Mini hortas com garrafa pet, trabalhando a questões do cuidado com o meio ambiente, o descarte do lixo e uma alimentação saudável. As professoras, respectivamente, responsáveis pelas atividades foram Claudia Moro Bianchin e Elizete de Fátima Veiga da Conceição (Anos Iniciais).

ATIVIDADES DE PRESERAR A MEMÓRIA DO PRESENTE – RESGATE DA MEMÓRIA HISTÓRICA/CULTURAL DA FAMÍLIA E/OU DA CIDADE

No que tange a temática na preservação da memória do presente, a partir do Resgate da memória histórica/cultural da família e/ou da cidade, dentre as atividades realizadas com os alunos da Educação Infantil, Anos Iniciais e Anos Finais da Escola João Frederico Savegnago, foram destacadas três nas Turmas do Pré A ao 5º Ano: Receitas de família, Remédios Caseiros da cultura Popular tendo como responsável a Profa. Claudia Moro Bianchin. Nas Turmas do 6 º Ano ao 9º Ano, foi desenvolvido entrevistas dos alunos com seus familiares para o mapeamento e identificação dos jogos tradicionais no Município. O responsável foi o professor de Ed. Física, Vagner Schmidt.

Vídeos produzidos

Resgate dos Jogos Culturais, dentro da Ação Educação Patrimonial na Educação. Os alunos da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental tem aulas dirigidas a Educação Patrimonial  durante o período de Pandemia, as aulas são desenvolvida pela Professora que no ensino Presencial realiza a substituição dos Professores destes níveis de ensino quando os professores titulares tem seu período de planejamento de estudos. Esta proposta também se estende aos anos Finais do Ensino Fundamental, porém neste nível de ensino o conteúdo tem sido desenvolvido pelos professores das diferentes disciplinas como tema transversal durante este ano letivo.

Relatos de professoras

Professora Claudia Moro Bianchin (Anos Iniciais)

Meu nome é Claudia Moro Bianchin. Sou graduada em Pedagogia, pela UFSM, possuo especializações nas áreas de Neuropsicopedagogia, Psicopedagogia Institucional, Gestão Escolar, Orientação e Supervisão. Atualmente sou mestranda do Programa de Pós-graduação em Patrimônio Cultural, na UFSM. Atualmente, sou professora substituta na Escola Municipal de Ensino Fundamental João Frederico Savegnago.

Desde 2019, vinha acompanhando o avanço da COVID-19, pelo mundo. Parecia algo distante, que nos causaria um impacto pequeno. Somente no ano de 2020, quando senti na pele o isolamento, tive a dimensão do que estava acontecendo. O perigo distante chegou até nós e chegou de forma devastadora.

Nunca imaginei ter que passar meses sem sair de casa, sem ver os amigos, e colegas e sem abraçar. Não vejo meus alunos, desde o mês de março. Sem dúvidas, essa é uma situação que nunca imaginei que viveria.

Quando ingressei na faculdade de Pedagogia, no ano de 2008, aprendi que a relação ensino-aprendizagem é fantástica e que o professor tem um papel fundamental na vida de seus alunos. Daquele ano em diante, consegui, pelo olhar, identificar o que meus alunos estão sentindo ou pelo que estão passando, suas dificuldades, seus medos e também, suas alegrias. Mas agora, nosso olhar não se encontra. Eles estão do outro lado da tela, os abraços e o carinho se tornaram virtuais.

Planejamos as atividades e a escola realiza as impressões, pois o acesso à internet, não é uma realidade de todos os alunos. Fui até a escola, algumas vezes, para verificar as atividades realizadas, pelos alunos. Mas a situação mais difícil, foi entrar na escola. Havia somente o canto dos pássaros. Nenhuma gargalhada, nenhuma correria, ninguém brincando no pátio, nenhum professor em sala de aula, ninguém chamando “PROFESSORA”. Voltei para casa pensando nessas tristezas e em como continuar. Lembrei dos meus alunos, de cada rosto, do jeitinho de cada um, das conversas e das coisas engraçadas que as crianças falam e fazem, do carinho e amor que sempre trazem e da capacidade que têm de acreditar que amanhã vai estar tudo bem.

Percebi também, que essa é uma angústia que tantos outros professores vivem. Mas, de certa forma, estamos todos juntos, não para sofrer, e, sim, para nos apoiarmos, para passarmos e sairmos juntos desse momento tão difícil. Estamos sofrendo e provavelmente sofreremos ainda mais, mas juntos teremos força para superar.

Professora: Elizete de Fátima Veiga da Conceição (Anos Iniciais)

Meu nome é Elizete de Fátima Veiga da Conceição, sou graduada em Pedagogia (UFSM), especialista em Gestão Educacional (UFSM), mestre em Ensino de Humanidades e Linguagens (UFN). Aualmente, professora contratada no município de Silveira Martins, no qual atuo com uma turma de 1º Ano, do Ensino Fundamental.

Estando como professora atuante em tempos de pandemia, percebo que uma das principais dificuldades em trabalhar nesse período está em estabelecer a relação-interação professor/aluno/aluno e aprendizagem. Em específico no meu contexto que é de professora alfabetizadora. Não conseguimos estabelecer a interação necessária para que o processo de ensino-aprendizagem aconteça dentro do que é defendido pelos estudiosos, pesquisadores e teóricos que pesquisam e estudam como acontece o processo de aprendizagem dos sujeitos. Esta interação necessária no processo de alfabetização requer a presença física do professor e do aluno em um determinado espaço físico. Contudo, quando passamos a desenvolver atividades assíncronas com a turma, percebemos que esta interação fica estabelecida apenas por uma folha de papel ou por meio de algum instrumento tecnológico digital, como um telefone ou notebook.

Estamos vivendo um contexto educacional nunca antes vivenciado, onde além da preocupação diária com a saúde pessoal e coletiva, também precisamos nos preocupar com a aprendizagem dos alunos fora do ambiente escolar, ou seja, estamos trabalhando desenvolvendo atividades e não temos a segurança de saber se realmente o aluno está conseguindo ser afetado por tal. O envolvimento da família se torna crucial para este processo, pois depende somente dos pais a organização das atividades em casa, tendo em vista que os alunos não estão no ambiente escolar.

O que para muitos parece ser fácil, apenas enviar uma atividade, para o professor é extremamente difícil o momento da realização de um planejamento, pois qualquer atividade pensada precisa ser repensada e analisada. Nesta análise, deve-se levar em conta, principalmente, se a família entenderá tal objetivo, tal proposta. Além disso, é necessário lidar com a ansiedade dos pais que querem ver os filhos lendo e escrevendo o mais rápido possível. Ansiedade natural, mas que aumentou significativamente neste período da pandemia.

Assim, neste contexto atual educacional, eu como professora me sinto imersa em um grande desafio, que vai muito além do alfabetizar o aluno, pois envolve todo um processo de entendimento do ser humano, tanto pessoal como no profissional.