Na tarde de terça-feira (16), a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) inaugurou, no Centro de Convenções, a exposição fotográfica “Conexões que Transformam: 50 Anos da Pró-Reitoria de Extensão”, em comemoração aos 50 anos da Pró-Reitoria de Extensão (PRE). O evento, iniciado às 16h, reuniu representantes institucionais, servidores, estudantes e convidados em um momento de reflexão sobre a trajetória e a importância da extensão universitária.
As memórias e transformações
Logo na abertura, ressaltou-se que a extensão é um movimento que “rompe muros, abre portas e transforma tanto quem ensina quanto quem aprende”. A mostra apresenta registros que contam a história da extensão ao longo das últimas décadas, incluindo atividades realizadas antes mesmo da criação da Pró-Reitoria, em 1975.
Com curadoria da arquivista Cristina Strohschoen, diagramação da acadêmica de Artes Visuais Luana Tampke e produção do Núcleo de Gestão Artística e Cultural da Coordenadoria de Cultura e Arte, a exposição é, segundo Cristina, um “registro afetivo e histórico” que reafirma o compromisso da UFSM com a sociedade e a soberania nacional.
A acadêmica Luana, responsável pela diagramação, contou que o trabalho foi longo e minucioso:
“Desde a seleção das fotografias até a montagem final, passamos por um processo delicado. As legendas originais eram extensas, então resumimos as informações mais relevantes, sempre prezando pela qualidade das imagens. Foram muitas fotos e nós ficamos muito tempo lidando com elas, escolhendo as melhores e garantindo a impressão perfeita. Só quando vimos o resultado final é que tivemos a real dimensão de todo o esforço”.
“De nada adianta organizarmos um arquivo se não disponibilizamos esse material para pesquisadores e para o público. Nossa razão de existir como arquivistas é justamente garantir que essa memória circule”, destacou a curadora Cristina. Ela destacou que o acervo já reúne mais de 6.600 fotografias da Pró-Reitoria e cerca de 5.000 registros da Orquestra Sinfônica da UFSM, além de negativos de projetos que antecederam a institucionalização da extensão. “Preservar é contar a história. Por isso, peço que continuem me chamando de ‘a chata das fotos’, porque é assim que garantimos que nada se perca”, brincou.
Reconhecimentos e desafios
O Pró-Reitor de Extensão, Flavi Lisboa , ressaltou os avanços recentes e a necessidade de consolidar esse trabalho com apoio contínuo. “Dizer que a extensão é importante não é suficiente. Para viabilizar o trabalho, são necessários recursos e pessoas. De 2018 para cá, a Pró-Reitoria quadruplicou de tamanho, e exposições como esta reforçam a relevância do que fazemos”, afirmou.
Ele destacou ainda que a extensão universitária na UFSM é anterior à própria criação da PRE: “Nossa universidade nasceu de um apelo popular, antes mesmo de um decreto presidencial. O compromisso com a comunidade faz parte de nossa essência”.
A vice-reitora Martha Adaime lembrou que a universidade ainda é, por vezes, percebida como distante da sociedade. “Ainda ouvimos que a universidade tem muros para o resto do mundo. Isso me inquieta, pois aqui vemos registros de décadas de trabalho extensionista. Cada foto guarda camadas de histórias e vidas transformadas pelo trabalho da UFSM”, salientou a vice-reitora.

Venha visitar
A exposição “Conexões que Transformam” segue aberta ao público no Centro de Convenções da UFSM até 15 de outubro, convidando a comunidade acadêmica e externa a conhecer de perto a trajetória da extensão universitária e sua contribuição social ao longo dos anos.
Acesse o site da PRE e confira todas as fotografias da exposição.
Apuração: Rafael Reis e Maria Lúcia Homrich Gotuzzo, bolsistas da Subdivisão de Divulgação e Editoração (PRE/UFSM).
Texto: Maria Lúcia Homrich Gotuzzo, bolsista da Subdivisão de Divulgação e Editoração (PRE/UFSM).
Revisão: Catharina Viegas, revisora de textos da Subdivisão de Divulgação e Editoração (PRE/UFSM).