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Pesquisador da UFSM inova no mercado de filtros solares ao criar método de análise de lesões de DNA causadas pela radiação solar

Quando estamos expostos aos raios solares o nosso humor tende a melhorar, além de melhorarmos as condições para a síntese da vitamina D, essencial à fixação do cálcio nos ossos. Porém, é preciso tomar muito cuidado: a radiação ultravioleta (UV) solar, que corresponde às bandas de UVB e UVA, é a causa de diversos efeitos na pele, que variam desde queimaduras solares ao seu envelhecimento e a indução de tumores cutâneos.



Quando estamos expostos aos raios solares o nosso humor tende a melhorar, além de melhorarmos as condições para a síntese da vitamina D, essencial à fixação do cálcio nos ossos. Porém, é preciso tomar muito cuidado: a radiação ultravioleta (UV) solar, que corresponde às bandas de UVB e UVA, é a causa de diversos efeitos na pele, que variam desde queimaduras solares ao seu envelhecimento e a indução de tumores cutâneos.

Bruna Borin, acadêmica integrante do Laboratório de Fotobiologia, aplicando a loção protetora no sistema dosímetro de DNA para realização dos testes.

Nesse contexto, visto que as metodologias atuais não são suficientes para validar a real efetividade de proteção dos filtros solares, o professor Dr. André Passaglia Schuch, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), criou um projeto para desenvolver um método capaz de avaliar a eficácia de proteção solar em nível molecular, de forma rápida, economicamente viável e sem a necessidade do uso de pessoas ou de animais nos testes. De acordo com ele, “esse projeto impacta o cenário científico pois está sendo desenvolvida uma nova tecnologia para quantificar as lesões de DNA induzidas pela radiação UV solar, além de impactar diretamente na vida das pessoas com a criação de filtros solares mais eficientes na proteção dos danos da luz solar”.

Aplicação de loção protetora no sistema dosímetro de DNA para realização dos testes.

O projeto tem uma visão objetiva e bem específica de atuação, pois, segundo o coordenador, o que se é espera é “aplicar o sistema Dosímetro de DNA, criado pelo professor durante seu doutorado, para ajudar a indústria nacional e internacional a aprimorar a qualidade e eficiência de proteção de filtros solares que são vendidos no mercado para uso da população”. Em outras palavras, o projeto pretende avaliar o quanto os filtros solares são, de fato, eficientes para proteger o DNA da nossa pele contra a indução de lesões pela radiação UVB e UVA solar. Por isso, é importante ressaltar que isso só será possível por meio de investimentos públicos na pesquisa e na valorização das universidades como centros de produção e desenvolvimento do conhecimento.

Equipamentos de medição da radiação Ultravioleta incidente no município de Santa Maria instalados no terraço do prédio onde se encontra o Laboratório de Fotobiologia.

A vivência no Laboratório de Fotobiologia tem sido muito importante para meu crescimento acadêmico e pessoal, graças aos desafios e aprendizados diários. Tenho só a agradecer a confiança do professor André com esse projeto e a todos meus colegas pela ajuda em diversos momentos ao longo desses anos” disse Bruna Cogo Borin, estudante do sétimo semestre de ciências biológicas, sobre a importância do envolvimento de estudantes de graduação na iniciação científica e em projetos desse nível.

Para que a sociedade conheça os resultados do projeto, a principal ação realizada até agora foi a iniciativa do grupo envolvido no projeto em ir a campo para divulgar a nova tecnologia entre as principais empresas de cosméticos do país, que também financiam e mantém a pesquisa através da parceria público-privado. “Atualmente, estamos planejando outras ações direcionadas à população local, para a sua orientação sobre a escolha e uso correto de filtros solares”, disse André que espera poder auxiliar a população santa-mariense, diminuindo os efeitos nocivos do sol na pele desse público. Outro fato importante que o coordenador do projeto enfatiza é o convite que recebeu para apresentar o produto no Congresso Internacional de Proteção Solar, que será realizado na cidade de São Paulo, no próximo mês, e abordará a fotoproteção em alto nível cientifico.

Os próximos passos do projeto estão concentrados no reconhecimento dessa tecnologia pelo INMETRO e pela ANVISA, para que assim possa ser determinado o Fator de Proteção Solar para o DNA (FPS-DNA) de filtros solares que são vendidos no Brasil. A necessidade de pessoas altamente treinadas para realizar os testes e a falta de investimento financeiro para a construção de um laboratório adequado, capaz de atingir as exigências do mercado são alguns dos pontos que, segundo o professor, dificultam o caminho percorrido pelo projeto, mas não irão impedir que os objetivos da proposta sejam alcançados e a realidade das pessoas diariamente expostas ao sol melhore.

Texto por: Lucas Zimmermann, acadêmico de Comunicação Social – Relações Públicas e bolsista do Núcleo de Divulgação Institucional do CCNE

Revisão: Wellington Gonçalves, relações públicas do Núcleo de Divulgação Institucional do CCNE

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