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“Em busca da Geografia que eu quero ensinar”: conheça este projeto do Laboratório de Ensino e Pesquisas em Geografia e Humanidades



A educação é um processo constante de transformação e, um projeto da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) está modificando a forma como se ensina Geografia. Este, intitulado: Em busca da geografia que eu quero ensinar! produção didática, metodologias de ensino e formação docente vai além de apenas repensar o ensino; ele representa uma evolução no aprendizado, promovendo uma formação de professores mais engajada e alinhada com a realidade dos estudantes. Nesta reportagem vamos ver como a proposta não somente está visando a melhoria da qualidade do ensino de Geografia, mas também está construindo uma ponte entre a UFSM e a comunidade, resultando em uma educação mais abrangente, inclusiva e igualitária.

Integrantes do Laboratório de Ensino e Pesquisas em Geografia e Humanidades (LEPGHU).

Coordenado pela Dra. Natália Lampert Batista, professora do Departamento de Geociências do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE) da UFSM, o projeto “guarda-chuva” abrange diversas ações de extensão do Laboratório de Ensino e Pesquisas em Geografia e Humanidades (LEPGHU).  Este, que tem como principal objetivo reformular o ensino de Geografia, conecta a realidade escolar com a Universidade fazendo o uso de materiais didáticos  e métodos pedagógicos criados pelos integrantes do projeto de acordo com as necessidades do público-alvo. 

Além do desejo de tornar a educação mais interativa e crítica, realizando um trabalho de mediação entre professores, conteúdo e os estudantes, o projeto visa  integrar o ensino com a pesquisa e formação de professores. A coordenadora ressalta: “não nos colocamos como um grupo que irá ‘ensinar’ metodologias ou propostas didáticas, mas como pessoas que estão dispostas a colaborar e aprender com as escolas parceiras. Esse intercâmbio torna a aprendizagem mais rica para todos nós!”

Estudantes do ensino fundamental participando de atividades elaboradas pelos graduandos de Geografia da UFSM.

Bruno Sioqueta, estudante do 6º semestre de Geografia Licenciatura e participante do projeto, compartilhou algumas das principais percepções coletadas sobre o ensino de Geografia nas escolas de Educação Básica em Santa Maria e região. Segundo ele, a realidade do ensino de Geografia nessas escolas, embora seja específica para a disciplina, não difere substancialmente de outras matérias como Matemática, História e Biologia. Bruno também ressaltou a carência de recursos nas escolas, incluindo a falta de projetores multimídia e materiais básicos, como tesouras e réguas, que podem representar desafios no processo de ensino-aprendizagem.

No entanto, o estudante ressalta ainda que, mesmo diante de limitações, os professores de Geografia têm conseguido estimular o pensamento crítico e autônomo dos estudantes. O ensino de Geografia nas escolas de Santa Maria tem desempenhado um papel crucial na promoção da reflexão e análise dos estudantes em relação aos contextos em que vivem, capacitando-os a expressar suas opiniões e argumentos sobre uma variedade de tópicos geográficos e relacionando essas questões à sua própria realidade.

“Entendemos o espaço da escola como um espaço de aprendizagem para quem está lá e, de forma muito especial, para nós docentes e acadêmicos da Universidade. São nessas relações horizontais e de trocas pedagógicas que acontece a efetiva formação de professores nos diferentes espaços de ensino.” 

Natália Lampert Batista.

A participação ativa no projeto é uma experiência enriquecedora para os estudantes envolvidos. Carla Pizzuti Savian, graduada em Geografia Bacharelado e estudante do mesmo curso porém em Licenciatura, destaca a importância do projeto no sentido de oferecer uma formação docente que vai além das disciplinas curriculares da UFSM. Ela explica que ele possibilita um contato com saberes experienciais, propiciando aos participantes do projeto a oportunidade de proporem práticas ou temas que identificam como lacunas em suas formações acadêmicas.

Atividades realizadas pelos participantes do LEPGHU.

Para Jhennifer Habowski, graduada em Geografia Licenciatura e atualmente no Mestrado Acadêmico em Geografia da UFSM, conta que o projeto teve um impacto positivo em seu desenvolvimento acadêmico e profissional. Além de participar de avaliações e oficinas, ela enfatiza que uma das maiores contribuições do projeto para seu desenvolvimento acadêmico foi a oportunidade de aprimorar suas habilidades de comunicação e didática, graças ao feedback constante dos alunos e colegas envolvidos.

Amanda Rech Brands, estudante de Bacharelado em Geografia, realça a importância de conhecer práticas de ensino, mesmo não estando cursando a Licenciatura no momento. Ela destaca que isso é fundamental para a formação de futuras docentes e para a compreensão do processo de ensino-aprendizagem em sala de aula, permitindo uma compreensão crítica de como este tem sido realizado, muitas vezes negligenciando a construção da consciência do aluno, como se fosse um receptor de conteúdo e o professor somente um transmissor destes. Para Amanda, projetos como esse resgatam a ideia de que aprender a ensinar de acordo com o contexto em que a escola e alunos estão inseridos é enriquecedor e fundamental para este processo. 

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O acompanhamento e a divulgação das ações do projeto são aspectos essenciais para garantir sua eficácia e impacto na sociedade. O projeto mantém uma presença ativa nas redes sociais através do Instagram @lepghu.ufsm, além de utilizar o canal do YouTube da Cartografia Viral para compartilhar conteúdo e promover debates sobre temas relacionados ao ensino de Geografia. Essas plataformas permitem que as atividades sejam divulgadas amplamente, alcançando o público interessado e proporcionando uma maior visibilidade para as iniciativas do projeto.

Em resumo, o projeto tem transformado o ensino de Geografia na região de Santa Maria, promovendo uma abordagem colaborativa, inovadora e contextualizada. Ele não apenas melhora o ensino, mas também auxilia na formação de professores mais preparados e engajados, proporcionando uma educação de qualidade e crítica. Este é um exemplo notável de como a UFSM pode desempenhar um papel importante na construção de uma sociedade mais informada e consciente de seu espaço geográfico, seja ele humano ou físico.

 

Texto: Maria Eduarda Silva da Silva, acadêmica de jornalismo e bolsista da Subdivisão de Comunicação do CCNE.

Revisão e edição: Natália Huber da Silva, Chefe da Subdivisão de Comunicação do CCNE.

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