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Feirantes relembram os desafios enfrentados durante as enchentes de 2024 no RS

Agricultores familiares da PoliFeira do Agricultor passaram por perdas de recursos importantes para o seu trabalho



Propriedade de Jeferson Souza após a enchente de 2024

Reportagem, redação e fotos: Pedro Moro

Em 2024, o Rio Grande do Sul viveu uma das maiores tragédias climáticas de sua história. As chuvas intensas e as enchentes sucessivas atingiram mais de 260 mil propriedades rurais, causando prejuízos na produção e na infraestrutura, segundo relatório do Governo do Estado.

Entre os atingidos, direta ou indiretamente, estavam os agricultores familiares da PoliFeira do Agricultor, projeto de extensão da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Meses depois, ainda é difícil esquecer os dias em que o campo parou e o sustento ficou suspenso entre a lama e a espera.

“Não fomos atingidos diretamente, mas ficamos sem trabalhar”, recorda Josiane Santos, feirante da banca Canaã Agroindústria. “Naquele mês fizemos poucas feiras, e diversos produtores ficaram ilhados.” A rotina da feira, marcada pela troca entre produtores e consumidores, deu lugar ao silêncio das bancas vazias.

Propriedade de Jeferson Souza após a enchente de 2024

Para Jeferson Souza, da Silveira y Souza, os impactos foram sentidos de forma mais dura: “Perdemos bastante da produção da lavoura. Foram quase 40 mil reais em perdas. Nossa infraestrutura não foi tão afetada quanto as estufas. Recuperamos um pouco das verduras. Agradeço por termos saído daquela época com saúde e resiliência.”

A resiliência, palavra que Jeferson escolhe, parece ecoar entre todos os feirantes. É também o sentimento de Jussane Turri, da Boutique da Colônia, que ainda se emociona ao lembrar dos primeiros dias após o desastre. “Naqueles 30 primeiros dias, não saímos de casa muitas vezes. Nossa produção de ovos e a queijaria não foram tão afetadas, mas tivemos muitos danos materiais na nossa casa”, conta. “Foi muito difícil o acesso a outras áreas, porque as pontes haviam caído e não podíamos vir fazer a feira. A matéria-prima não chegava, e a questão financeira ficou muito complicada.”

Os feirantes da PoliFeira seguem escrevendo um novo capítulo de resistência e reconstrução. No espaço onde antes a enchente levou o chão, hoje florescem verduras, histórias e esperanças.

Visite a Polifeira:

As feiras ocorrem semanalmente nos seguintes locais:

  • Terça-feira, das 7h às 12h30 – Avenida Roraima (entre a faixa nova e faixa velha)
  • Quarta-feira, das 7h às 13h30 – Prédio 26 A – CCS (próximo ao estacionamento do HUSM)
  • Quinta-feira, das 12h às 18h – Largo do Planetário
  • Domingo – Campus Sede UFSM

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