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Toda Cidade Ensina promove divulgação científica direcionada para a rede básica de ensino

O projeto, vinculado ao Centro de Educação, produz conteúdos em audiovisual levando ciência para a comunidade.



O Toda Cidade Ensina promove a divulgação científica direcionada à rede básica de ensino, por meio da produção de conteúdos audiovisuais. Coordenada pelo professor Luiz Caldeira Brant De Tolentino Neto, a equipe é formada por estudantes da pós-graduação e licenciatura do Centro de Educação (CE). O projeto surgiu como uma forma de suprir as lacunas da educação básica durante a pandemia de COVID-19 e hoje se tornou referência de como fazer divulgação científica de qualidade, unindo educação e comunicação. O Toda Cidade Ensina utiliza, em suas produções, uma linguagem acessível para se aproximar dos jovens estudantes da rede básica.

A educação e a pandemia

O Toda Cidade Ensina surgiu em 2020, financiado pelo Fundo de Incentivo à Extensão (FIEX/UFSM), durante a pandemia de COVID-19. Pensando nas escolas do ensino básico, que não tinham mais a oportunidade de levar os alunos a conhecer espaços não-formais de ensino, a equipe propôs produções audiovisuais para permitir visitas virtuais a três espaços da região de Santa Maria. Neste início, foram publicados seis vídeos no YouTube do projeto, com tours pelo Jardim Botânico, pelo Centro de Pesquisa Paleontológica (CAPPA), pelo Mantenedouro São Bráz, além de outros conteúdos educacionais.

Gravação da visita pelo Centro de Apoio a Pesquisas Paleontológicas (CAPPA)

As produções do Toda Cidade Ensina são realizadas em parceria com o Centro de Tecnologia Educacional (CTE) e disponibilizadas gratuitamente na internet, com a intenção de democratizar o acesso à ciência. A equipe também deixa, na descrição de todos os seus vídeos, informações de contato com o projeto, para oferecer suporte para professores e estudantes interessados em acessar os demais conteúdos produzidos.

Além de estar presente em audiovisual, o Toda Cidade Ensina também conta com uma série de materiais complementares publicados pela Série Extensão, da Editoria PRE. As cartilhas escritas pela equipe exploram com profundidade os temas tratados nas produções em vídeos, oferecendo textos explicativos e até sugestões de atividades para professores. No momento, o grupo não tem conhecimento sobre o público que acessa os materiais. “A ideia é um dia poder acompanhar o movimento das redes. Saber quem está acessando o nosso conteúdo, quanto tempo assiste, o que faz com esse material… Mas a gente não ainda não tem ferramentas pra isso”, explica o coordenador do projeto.

Cada produção do projeto trata de uma temática específica dentro do campo científico, facilitando o entendimento dos conteúdos com uma linguagem acessível e popular. A escolha de cada assunto é definida a partir da experiência do grupo com a rede básica de ensino, e os conteúdos mais tratados em sala de aula, além de serem direcionadas por uma equipe de curadores. Em 2020, o projeto contava com uma equipe formal de curadores, com professores e estudantes da rede básica, que opinavam sobre os temas mais interessantes de serem abordados. Hoje, essa curadoria é feita de maneira mais informal, definida entre conversas do grupo de pesquisa do professor, da experiência dos acadêmicos nos estágios e até entre a família da equipe. O coordenador comenta que o contato com a rede básica é corriqueiro: “A gente pisa na escola todo o ano, o ano inteiro, então não tem esse distanciamento. A gente está sempre com esse olhar de curadoria na educação básica”.

Ensinando hoje

No final do ano passado, o Toda Cidade Ensina foi aprovado em um Edital do Rede Básica, programa da UFSM de apoio à educação básica de modo remoto, e passou a estruturar novas produções. Hoje, a equipe do projeto está no meio da produção de um programa de rádio, que irá ao ar na emissora da universidade, a UNIFM. Pensando em conversar com um público mais amplo, o programa irá trazer temas que instiguem diálogo e discussão na comunidade. A equipe já roteirizou e gravou 10 episódios, que agora estão em fase de pós-produção. “Nós fizemos programas sobre garimpo, sobre mulheres na ciência, sobre ISTs, agora sobre biomas e paisagens brasileiras… A gente está sempre pensando no científico-social, em falar de assuntos problemáticos, controversos”, relata Luiz. 

Gravação do programa de rádio no estúdio da UNIFM.

O coordenador do projeto explica que a equipe produziu o programa pensando em falar com todas as pessoas, “como a gente não sabe quem vai estar escutando, a gente se direciona a todo mundo”. Por hora, os episódios gravados irão ao ar depois de finalizados, mas o grupo tem a intenção de iniciar um programa para compor a grade semanal da rádio. Além da UNIFM, Luiz comenta que pretende vincular os episódios em rádios comunitárias e disponibilizá-los em formato de podcast. Estar em diversas plataformas possibilitará a ampliação do acesso público aos conteúdos, além de oportunizar que professores da rede básica utilizem as produções em sala de aula.

Além das produções envolvidas do programa Rede Básica, o Toda Cidade Ensina também produz vídeos curtos para serem publicados na plataforma TikTok. Luiz explica que a ideia surgiu em 2021, durante a pandemia, com a intenção de fazer divulgação científica de uma forma mais rápida, sem precisar de uma grande produção. 

O coordenador do projeto relata que faz questão de que seus estudantes estejam a par de todas as etapas da produção. Toda a equipe é envolvida na pesquisa, roteirização, gravação e até edição dos vídeos, adquirindo mais experiência. Luiz explica que seu maior objetivo, além de democratizar a ciência, é formar futuros professores para fazerem divulgação científica com qualidade. “Nossa aposta é que a melhor pessoa para fazer divulgação científica é o licenciado, que é o intermediário entre a ciência dura e a ciência popular”, explica o coordenador. A criação do projeto também abriu este terceiro caminho para os estudantes da graduação em Ciências Biológicas. Entre o bacharelado e a licenciatura, agora os acadêmicos podem escolher seguir a divulgação científica como carreira profissional. 

O estudante da pós-graduação em Ciências Biológicas, Camilo Silva Costa, comenta que o projeto auxiliou na sua formação como educador e comunicador. Ele afirma que a divulgação científica faz a união entre as duas áreas, tornando a informação acessível para um público leigo. “Eu me apaixonei tanto pelo projeto que hoje eu trabalho com divulgação científica, em levar a divulgação científica para rede básica como uma ferramenta pedagógica”.

O coordenador do projeto comenta que atua na área da comunicação e divulgação científica desde que era aluno da graduação. Luiz fala sobre a alegria em comandar um projeto como este: “É muito gratificante, em vários aspectos. Porque é uma coisa que eu sempre gostei de fazer […] e me satisfaz muito abrir uma nova possibilidade de trabalho para os meus alunos, estar qualificando pessoas”. O coordenador também esclarece a importância em trabalhar na qualificação da divulgação científica, que ganhou mais visibilidade e importância durante a pandemia de COVID-19. “Agora, que passou a urgência da pandemia, nós podemos pensar em fazer uma divulgação mais institucionalizada, sistematizada, séria, com qualidade e reconhecimento”, disse Luiz.

Para mais informações sobre o projeto, os interessados podem acessar as redes sociais do Toda Cidade Ensina. O grupo está no Instagram, @todacidadeensina, Youtube e TikTok. Para o contato direto com o projeto, entrar em contato com todacidadeensina@gmail.com.


Texto por: Luísa Monteiro

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