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UFSM acolhe refugiados palestinos com editais exclusivos para estudantes e professores(as)



Foto retangular, horizontal e colorida de uma bandeira da Palestina em frente a um mural com a identidade visual da UFSM.

Diante da crise humanitária na Faixa de Gaza, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), via Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) e Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep), lançou editais especiais para o ingresso de refugiados palestinos em 2026. Ao todo, são 10 vagas para estudantes de graduação e 3 para professores visitantes. Os documentos fazem parte do Programa Humanitário para Refugiados Palestinos, criado pelo Observatório de Direitos Humanos (ODH) e pelo Migraidh/Cátedra Sérgio Vieira de Mello, e visa promover políticas internas de acolhimento e inclusão.

Além disso, as Pró-Reitorias de Extensão (PRE), de Assuntos Estudantis (Prae), de Gestão de Pessoas (Progep), de Pós-Graduação e Pesquisa (PRPGP) e a Diretoria de Relações Internacionais (DRI) também integram o Programa. 

O pró-reitor de Extensão, Flavi Ferreira Lisbôa Filho, afirmou que os editais, apesar de serem destinados a um público específico, seguem o mesmo padrão e resoluções dos editais de ingresso para refugiados e imigrantes na Instituição. “A UFSM já possui a modalidade de ingresso para refugiados e imigrantes, assim como um edital para professores visitantes. Mas, dessa vez, lançamos um edital específico para refugiados palestinos devido à crise humanitária na Faixa de Gaza”, explicou.

Flavi ainda refletiu sobre o papel da instituição no acolhimento dos refugiados e imigrantes. “A universidade possui um papel formativo, mas, neste momento, se posiciona contra essa crise que viola os direitos humanos desse povo que foi submetido a um êxodo forçado e a uma violência que segue aumentando”, pontuou.

Em paralelo à posição do pró-reitor, o coordenador de cidadania da PRE, Victor De Carli Lopes, apontou que a UFSM se solidariza diante da crise humanitária. “Sabemos que não iremos conseguir abarcar muitas pessoas, mas a UFSM abre suas portas para acolher essas pessoas e ajudá-las na questão da permanência na instituição durante o período de estada”, disse o servidor público.

Ações de acolhimento e assistência disponíveis

O Programa Humanitário para Refugiados Palestinos prevê uma série de ações de apoio e medidas de permanência voltadas à acolhida dos selecionados na UFSM. As iniciativas são distribuídas entre discentes e docentes visitantes, além de contemplar atividades comuns a ambos os públicos.

Apoios destinados a estudantes de graduação:

Apoios destinados a professores visitantes:

  • Passagens aéreas para vinda à UFSM;
  • Remuneração correspondente ao regime de trabalho, como disposto na Resolução UFSM N. 173/2024;
  • Duração de contrato de seis meses, com possibilidade de renovação por igual período (conforme edital específico).

Ações conjuntas para estudantes e professores:

Após dois anos, acordo de paz é estabelecido

Na última quinta-feira (9), os envolvidos no conflito aceitaram o plano de paz na Faixa de Gaza. A proposta, apresentada no fim de setembro pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contou com a mediação de Egito, Catar e Turquia. 

Ainda na última semana, na terça-feira (7), a guerra completou dois anos. A Faixa de Gaza abriga cerca de 2,4 milhões de pessoas, das quais 1,6 milhão são consideradas refugiadas da Palestina. Desde o início dos confrontos, aproximadamente 65.062 palestinos foram mortos e outros 165.697 ficaram feridos, segundo dados do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.

No entanto, mesmo após os acordos de paz, os impactos humanitários deixados pela guerra são profundos. Somente entre julho e agosto de 2025, foram registrados 28 mil casos de desnutrição aguda entre crianças menores de cinco anos, número que supera o total dos seis primeiros meses do ano. A crise também atingiu fortemente o setor educacional: cerca de 660 mil crianças e adolescentes estão sem acesso à educação formal, e 91,8% das escolas de Gaza foram diretamente atingidas ou seriamente danificadas, necessitando reconstrução completa ou grandes reparos.

Diante desse cenário, os dados alarmantes inspiraram a criação do Programa Humanitário para Refugiados Palestinos na UFSM. A iniciativa busca oferecer oportunidades de estudo e pesquisa a quem teve a vida e a trajetória educacional interrompidas pelo conflito. “Diversas escolas em Gaza foram afetadas durante o conflito. Isso faz com que a educação, que é um direito básico, acabe ficando em segundo plano. Isso e outros dados alarmantes incentivaram a criação dos editais também”, contextualizou Victor De Carli.

Apesar do cessar-fogo na Faixa de Gaza, Victor destaca a importância da reconstrução. “Só o fim do conflito bélico não é o suficiente. Precisa-se reconstruir as ações que visam o acesso à educação e todos os outros mecanismos que garantam a cidadania plena”, acrescentou.

Acesse os editais

Texto: Pedro Moro, estudante de Jornalismo e bolsista na Agência de Notícias

Arte: Daniel Michelon De Carli, designer

Edição: Maurício Dias

Fonte: ufsm.br 

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