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UFSM é destaque em ranking latino-americano de patenteamento universitário



A Universidade Federal de Santa Maria foi a segunda colocada de toda a América Latina em 2016. Divulgado recentemente, o ranking latino-americano de patenteamento universitário foi elaborado a partir de um método quantitativo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Militar Nueva Granada e da Universidade Central, ambas colombianas. Considerando que 70% das patentes da América Latina estão em anos posteriores a 1997 e os últimos dados prontos para análise são de 2016, o estudo foi realizado a partir da observação deste período.

Para o Coordenador de Propriedade Intelectual da Agittec, Lucio Dorneles, o posicionamento de destaque da UFSM no ranking significa que quantidade e qualidade não andam obrigatoriamente juntas, e que mesmo uma universidade relativamente pequena pode ter um impacto positivo relevante no desenvolvimento de tecnologias para a sociedade. “Este resultado certamente não é mérito apenas da UFSM, pois uma parte significativa dessas patentes foram desenvolvidas em colaboração com outras instituições de ensino superior e empresas”, evidencia Dorneles.

A pesquisa surgiu porque os pesquisadores consideram que a contagem – método tradicional – não é a melhor forma de medir o patenteamento, visto que invenções de diferentes níveis de dificuldade acabam se misturando. Além disso, a pesquisadora María Eugenia Morales argumenta “suponhamos que uma universidade tenha muitas patentes concedidas, mas esta universidade não conseguiu criar spin-offs com base nessas patentes ou não conseguiu gerar licenças baseadas em suas patentes, e que essas invenções não permeiam a sociedade; nesse caso, não estaríamos falando de uma inovação, mas de uma invenção, a diferença entre as duas é que a primeira impacta a sociedade e a segunda não”. O ranking gerado pelo estudo deles é baseado em variáveis relacionadas à qualidade da patente.

Embora o resultado tenha sido recebido há cerca de uma semana, o projeto de nome “Práticas de gestão para patenteamento e transferência de tecnologia universitária na América Latina” foi desenvolvido entre março de 2019 e julho de 2020. A pesquisadora María Eugenia Morales explica que os dados têm essa defasagem de quatro anos porque grande parte dos indicadores utilizados precisam de tempo para amadurecer “esses indicadores, assim como as citações de artigos científicos, não são obtidos de maneira imediata quando as patentes são concedidas e é necessário que a patente amadureça para ser conhecida por outros inventores e que eles tenham a oportunidade de citá-la”, pontua.

 

O Brasil se destaca como o país com maior presença da universidade no registro de patentes, o que significa que as universidades brasileiras são as que têm maior atividade de patenteamento na América Latina. Além disso, o país tem destaque também sobre a qualidade das patentes, já que o Brasil ocupa posições de destaque no ranking e é o país com a melhor avaliação no período 1997-2016, seguido pelo México e Chile. “As universidades brasileiras são as que apresentam maior qualidade de suas patentes do ponto de vista técnico, do impacto na sociedade e potencial a ser explorado economicamente, portanto as demais universidades da região devem entender, aprender e internalizar o caminho que as universidades brasileiras percorreram” destaca María Eugenia Morales. 

 

Já que o Brasil sempre foi referência em inovação tecnológica na América Latina, as universidades brasileiras costumam ocupar as primeiras posições nos índices internacionais. Uma das questões do projeto colombiano era verificar se da mesma forma que as universidades brasileiras são as que mais patenteiam na região, elas também teriam a melhor qualidade na América Latina e, segundo a pesquisadora, a resposta é sim, e de longe. “É por isso que estamos convidando as universidades brasileiras a se associarem ao nosso projeto, onde estamos tentando entender quais são as atividades e processos que tornam as universidades brasileiras de tão alta qualidade em comparação com seus pares na região”, salienta Maria Eugenia.

Texto: Giovana Dutra, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agittec)

Ilustrações: Camila Santarem, acadêmica de Desenho Industrial, bolsista da Agência de Inovação e  Transferência de Tecnologia (Agittec).

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