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Atualmente pesquisa: “Arte e ficção: Implicações da literatura na subjetividade do(a) artista”. Descrição: O projeto tem como objetivo pesquisar as implicações da escrita nos processos de subjetivação do(a) artista e sua obra, através das distintas interfaces da literatura. Como se produz a subjetividade do(a) artista na sua relação com a literatura? Pesquisam-se distintos dispositivos gerados pela subjetividade do(a) artista, como a narrativa do trabalho visual, a escrita, o livro de literatura, o cinema, o cartão postal, cartas pessoais, narrativas cartográficas de deslocamentos, de viagens, etc, etc. Sugere-se que existem diferentes facetas em que se produz a subjetividade do(a) artista na sua relação com a literatura, dando lugar a processos ficcionais e ao mesmo tempo reais. Existe um diálogo entre a arte e a literatura, cujos desenlaces subjetivos se tornam projeções de si e dos(as) outros mediante diferentes espacialidades, temporalidades e expressividades. Parte-se do suposto de que tanto as artes visuais como a literatura constituem uma obra de arte, conotando uma interseccionalidade entre ambas, diferindo apenas na sua forma de apresentação, e onde, a partir da produção da subjetividade surge a autoria. Usa-se a noção da subjetividade na arte como o “modo de expressão pessoal, particular e distintivo de um(a) sujeito, incluindo conhecimentos de si, atitudes, desejos, necessidades, emoções e afetos definidos ou indefinidos, autorizados ou proscritos (BLANCA, 2023). Mediante a linguagem da subjetividade, o(a) artista participa da vida cultural, desenvolvendo uma memória estética de si e dos(as) outros, dando lugar a proposições identitárias que, em momentos, escapam do estereótipo ou binariedade. O estudo da escrita e seu vínculo com a obra e o(a) artista descobrem escopos íntimos e públicos da arte contemporânea, e de seu vínculo com a história da arte. Entende-se que a linguagem artística produz subjetividade, gerando identidades binárias ou não-binárias, étnicas, nacionais e culturais. A investigação pretende localizar como se constituem as relações entre subjetividade, arte e literatura. Categorias como literatura fora do livro ou literatura do(a) artista plástico(a) explicam as interferências recentes da arte contemporânea no campo da literatura (MOUGIN, 2014). Nesse sentido, pesquisam-se livros escritos por artistas, filmes, exposições, postais, cartas e cartografias de deslocamentos ou narrativas de viagens, livros de escritores onde o(a) protagonista é um(a) artista, e qualquer outro tipo de dispositivo que produza a subjetividade como vertente ficcional da identidade do(a) autor(a), como artista. Existe uma memória estética por parte do(a) artista visual que pode ser levada ao cinema devido ao movimento da câmara e a encenação cinematográfica, as imagens do(a) artista correspondem às imagens da literatura, constituindo uma linguagem flexível importante de ser investigada pela sua pertinência significativa na contemporaneidade (BRANCO DE OLIVEIRA, 2015). As transposições entre quem escreve e quem atua como artista são constantes na literatura. Susan Sellers incorpora à artista Vanessa Woolf descrevendo as emoções e decisões que a artista tomou na manufactura de suas pinturas e vivências na cotidianidade, mediante uma pesquisa histórica e documental (SELLERS, 2012), mostrando o ambiente cultural que se desenvolvia no círculo de Bloomsbury, Inglaterra, no século XX e tendo como principal interesse a sua irmã escritora Virginia Woolf. Lauren Elkin, na sua obra Flâneusse: mulheres que caminham pela cidade em Paris, Nova York, Tóquio, Veneza e Londres (2022), narra sua vida, comparando-la com distintos sucessos experienciados por escritoras e artistas, para mostrar os eclipses da subjetividade nos deslocamentos urbanos que incidem na obra literária e plástica (2022). As interrelações provocadas pela pesquisa geradas pelos dispositivos a serem investigados tem como resultado a intersubjetividade, como potência artística. Também realiza a “IV Exposição Internacional de Arte e Gênero”. O projeto de extensão se caracteriza pela realização de distintas atividades culturais e artísticas, como conferências, diálogos e palestras efetuadas para problematizar o gênero na arte. As atividades e ações desenvolvidas são em parceria com o Instituto de Estudos de Gênero da Universidade Federal de Santa Catarina.O projeto tem como modalidade a organização e trabalho dentro de uma equipe dentro do Seminário Fazendo Gênero 13, atuando através de uma Curadoria Compartilhada.Pretende-se discutir, no universo da arte contemporânea, linguagens plásticas emergentes a partir dos estudos feministas e queer. A proposta insere-se no marco do Seminário Internacional Fazendo Gênero 13.A exposição é uma atividade em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, através do Instituto de Estudos de Gênero. O Laboratório de Arte e Subjetividades está interessado também em realizar publicações, como: “Arte como rotas da existência / Arte como rutas de la existencia”, em parceria com a Prof.ª Dr.ª Cláudia Zanatta.

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