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Projeto da UFSM lança primeira ferramenta capaz de medir o uso de soluções digitais no campo



Plataforma desenvolvida pelo projeto Aquarius pretende coletar dados de 5 mil produtores de soja em todo o país

O Projeto Aquarius lançou, recentemente, o Índice de Digitalização e Tecnologia (IDT), primeira ferramenta capaz de medir o uso de soluções digitais pelos agricultores brasileiros. A plataforma pretende coletar dados de 5 mil produtores de soja de todo o país e quantificar a aplicação de tecnologia no campo. A iniciativa é resultado de um trabalho colaborativo entre o Projeto Aquarius, a UFSM e as empresas parceiras Stara, Cotrijal, Drakkar e OWS, com apoio e fomento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). 

 

Os produtores participarão de uma pesquisa virtual, cujas respostas vão gerar um índice médio de digitalização. Esse índice poderá ser comparado em escalas nacional, estadual e regional. Os agricultores também terão acesso a uma ferramenta que servirá como uma bússola rumo à inovação no agronegócio para se orientarem sobre a adoção de tecnologias e a tomada de decisão de acordo com as deficiências apontadas no questionário, com opções detalhadas de medidas a serem implementadas caso a caso. 

 

O site disponibilizará ao público o mapa e o ranking de digitalização do agronegócio do Brasil com atualização em tempo real. A meta do projeto é também ajudar o governo e a iniciativa privada a criar programas de acordo com a realidade tecnológica e a necessidade de cada lugar.

 

O IDT é medido por meio de um algoritmo, já testado com 50 produtores e com precisão de 90%. Para participar, o produtor faz um cadastro simples na plataforma e responde a três fases de perguntas sobre a adoção de tecnologias digitais na sua atividade. As questões abordam temas como acesso à internet na fazenda, registro digital da produtividade nos últimos três anos, uso de sensores e mapas de colheita, contratação de consultorias e adoção da internet das coisas na produção.  Ao final, o produtor é informado sobre seu IDT, que varia de 26 a 193 pontos. A partir do resultado, o agricultor recebe orientações personalizadas sobre os próximos passos para avançar no processo de transformação digital.

 

Segundo Délis Dalbem, engenheira agrônoma participante do projeto, a ideia do IDT surgiu a partir da percepção da existência de um “gap” entre a curva de conhecimento e a adoção de novas tecnologias disponibilizadas pela agricultura de precisão e digital pelos produtores rurais, especialmente no contexto do Agro 4.0. Ela explica que há uma inconsistência entre o nível da tecnologia atualmente adotado no campo e o conhecimento/tecnologia disponibilizado pelo setor privado e a pesquisa. Ou seja, muitas vezes, o produtor possui os recursos e não os utiliza por negligenciar os benefícios que eles podem proporcionar. Em alguns casos, a tecnologia é utilizada de forma parcial, o que caracteriza um processo chamado de “queima de tecnologia”, que consiste em deixar de fazer sentido a utilização para o produtor e, até mesmo, torná-la obsoleta ou dispensável. 

 

Um dos objetivos dos pesquisadores era difundir o conhecimento e a experiência de 21 anos do Projeto Aquarius a nível nacional, o que só seria possível por meio de uma solução digital inclusiva, como o IDT. “Hoje já podemos afirmar que atingimos esse objetivo, pois todos os produtores rurais poderão acessar de forma gratuita a plataforma IDT e o novo site do projeto que foi reestruturado para ser uma fonte de conhecimento de fácil acesso”, comemora Délis.

 

O Projeto Aquarius planeja realizar um desdobramento das informações obtidas no IDT a partir da aplicação de técnicas de Analytics. O novo site do projeto já contempla dados nacionais disponíveis para consulta pública e a meta é ampliar ainda mais as informações disponíveis, para atrair mais parceiros para esse ecossistema. “Esperamos que a solução desenvolvida possa influenciar desde tomadas de decisão estratégicas dos produtores até políticas públicas do governo, pesquisas em universidades e a busca de soluções por empresas”, finaliza Délis.

 

Texto: Giovana Dutra, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agittec).

 
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